CALCUTÁ, ÍNDIA - Usando serras, pequenos guindastes e as próprias mãos, as equipes de resgate da Índia removeram nesta sexta-feira, 1º, boa parte do concreto que se desintegrou e do aço retorcido do viaduto que desabou em uma área cheia de pessoas em Calcutá na quinta-feira, matando pelo menos 23 pessoas e ferindo mais de 80. Com mais da metade dos destroços removida, 67 pessoas foram retiradas com vida do escombros, informou a polícia. Ao meio-dia (4 horas em Brasília), os socorristas disseram que havia pouca esperança de encontrar mais sobreviventes.
Queda de viaduto na Índia deixa dezenas de mortos e feridos
"A operação de resgate estão em sua última fase. Não há nenhuma possibilidade de encontrar qualquer pessoa viva", disse S. S. Guleria, inspetor-geral adjunto da Força Nacional de Resposta a Desastres da Índia. Guleria disse que os trabalhadores estavam concentrados na recuperação de corpos e remoção dos escombros. As autoridades ainda não estimaram quantas pessoas podem estar presas nos escombros.
Ainda na quinta-feira, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, que estava em Washington na hora do incidente, telefonou para o ministro-chefe do Estado de Bengala Ocidental, a mais alta autoridade eleita da região, para expressar seu pesar pela tragédia e oferecer apoio do governo federal.
Modi disse estar "chocado e entristecido", segundo uma mensagem publicada em sua conta no Twitter. "Meus pensamentos estão com os parentes daqueles que perderam suas vidas em Calcutá. Que os feridos se recuperem o mais rápido possível."
Prisões. A polícia de Calcutá prendeu nesta sexta-feira vários diretores da empresa encarregada da construção de um viaduto. "Prendemos alguns responsáveis da construtora e estamos entrando com ações contra eles", afirmou o inspetor da polícia de Calcutá, Rajeev Kumar, durante uma visita ao local do acidente.
Os investigadores da delegacia de Posta, responsável pela região onde ocorreu o desabamento, apresentaram uma denúncia por "homicídio e tentativa de homicídio" contra a empresa. Além disso, eles acusam a companhia de "crime resultante em danos", disse o chefe do quartel-general da Polícia de Calcutá, Nurul Absar.
Um porta-voz do quartel-general disse que há em "pleno desenvolvimento" uma investigação para esclarecer os detalhes do ocorrido e confirmou o registro da denúncia. De acordo com o porta-voz, todos os escritórios da construtora estão sendo vasculhados. Ele se disse convencido de que os resultados das investigações serão conhecidos "muito em breve". / AP e EFE