HAIA - A Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq) confirmou nesta quarta-feira, 16, que cloro "provavelmente foi utilizado como arma química" em fevereiro durante um ataque contra a cidade síria de Saraqeb, no leste da Província de Idlib.
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Uma missão de investigação da Opaq determinou que o "cloro foi liberado dos cilindros por impacto mecânico no bairro de Al Talil, em Saraqeb", afirma um comunicado da organização.
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A equipe encontrou dois cilindros nos quais detectaram que havia cloro. As apreensões na região também "mostraram uma presença incomum de cloro no entorno local", completou a organização que tem sede em Haia. A Opaq não indicou quem poderia ter utilizado a substância.
No dia 4 de fevereiro, 11 pessoas foram atendidas com dificuldades respiratórias na cidade de Saraqeb, informou a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). Na ocasião, Mohammad Ghaleb Tannari, médico em uma cidade próxima, disse que o hospital em que trabalha havia atendido 11 pessoas por "sintomas correspondentes a uma inalação de gás de cloro, incluindo cansaço, dificuldades respiratórias e tosse".
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O suposto ataque químico em Duma, na Síria, causou uma onda de protestos internacionais no domingo. O bombardeio foi atribuído ao regime de Bahsar al-Assad, que nega a acusação.
A Opaq afirmou que durante sua investigação entrevistou testemunhas e confirmou que "vários pacientes foram tratados pelos sintomas correspondentes a uma exposição ao cloro".
Outra missão da organização aguarda os resultados de uma complexa investigação na cidade síria de Duma, em Ghouta, por acusações de um ataque com cloro e gás sarin que deixou ao menos 40 mortos no dia 7 de abril. / AFP e AP