Irma fecha aeroportos na Flórida e afeta 8 mil passageiros brasileiros


Linhas aéreas cancelam ao menos 44 voos entre EUA e Brasil; caos marca busca de abrigo no norte da Flórida

Ao menos 44 voos entre o Brasil e a Flórida, nos Estados Unidos, com decolagem programada entre esta sexta-feira, 8, e a segunda-feira, foram cancelados em razão da chegada do furacão Irma à costa americana. Mesmo com a redução na categoria do furacão, cinco dos principais aeroportos do Estado - Fort Lauderdale, Fort Myers, Miami, West Palm Beach e Orlando - estarão fechados até domingo. A medida afetará também as conexões para mais dez aeroportos da Flórida e outros 25 da região, afetando cerca de 8 mil passageiros do Brasil.

A American Airlines, que já havia cancelado seis voos na quinta-feira, anunciou a suspensão de outros 12 previstos para esta sexta, sábado e domingo. Os voos da companhia para Nova Iorque, Los Angeles e Dallas não serão afetados. A Latam cancelou 12 voos previstos para esta sexta e sábado que tinham como origem ou destino a cidade de Miami.

Passageiro confere relação de voos cancelados em razão do furacão Irma em painel no aeroporto de Miami Foto: AP Photo/Wilfredo Lee
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A Azul cancelou 12 voos que teriam o Aeroporto de Viracopos, em Campinas, como origem ou destino, incluindo um previsto para segunda-feira, que sairia de Fort Lauderdale. A Avianca cancelou dois voos que partiriam de São Paulo nesta sexta e no sábado, e dois de Miami para a capital paulista no sábado e no domingo.

Brasileiros que residem ou estão em viagem à Flórida relatam momentos de angústia com a aproximação do Irma. O casal Virgínia, de 35 anos, e Leandro Gonçalves, de 39 anos, mora em Miami e conta que deixou sua casa e seguiu para Orlando, no centro do Estado, na quinta-feira. "Saímos às 4 da manha, quando grande parte da população já deixava a cidade. No dia anterior, o governador havia feito um alerta de que o Irma seria duas vezes mais severo que o Andrew, que destruiu a Flórida em 1992", conta Virginia.

"Os postos de gasolina estavam fechados por falta de combustível e havia muitos policiais nas ruas para evitar caos." O casal, que se hospedou num hotel de Orlando, estava preparado para seguir viagem de seis horas e cruzar a divisa com o Alabama, ao norte, mas desistiu após a informação de que o furacão chegará em Orlando como categoria 2. 

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"Estamos razoavelmente seguros, pois o hotel tem gerador de energia e proteção para aguentar um furacão categoria 3, por isso decidimos ficar. Todos os hóspedes estão em andares acima do nível da rua, pois há risco de alagamento." O receio dos dois é com relação à casa deles em Miami. "Estamos rezando para que não aconteça nada. Temos estoque de água e comida não perecível para depois do tornado, caso tenhamos problemas de abastecimento."

Furacão devasta Ilhas do Caribe; Flórida se prepara para a passagem do Irma

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Furacão Irma destrói Ilhas do Caribe

Foto: AFP PHOTO/ RCI Guadeloupe e Twitter/ Rinsy XIENG
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Furacão Irma destrói Ilhas do Caribe

Foto: Alvin Baez/ Reuters
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Furacão Irma destrói Ilhas do Caribe

Foto: Ministério da Defesa/ Reuters
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Foto: Ministério da Defesa/ Reuters
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Foto: AFP PHOTO/ ANP/ Gerben van Es
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Foto: AFP PHOTO/ Kevin Barrallon
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Foto: AFP PHOTO/ Kevin Barrallon
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Foto: Ministério da Defesa/ Reuters

Frustração

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As férias do empresário brasileiro Renato Reis, de 47 anos, num hotel beira-mar em Miami Beach tiveram de mudar de lugar dois dias antes do previsto porque o governo ordenou que local fosse esvaziado. Reis passou o fim da viagem num hotel próximo do aeroporto, onde um casal de amigos se hospedava. 

Ele conta que a cidade ficou caótica em meio à expectativa pela chegada do furacão. "No mercado que fomos, já não tinha mais água e muitos outros mantimentos estavam faltando." Segundo ele, a polícia distribuiu areia para que os moradores vedem as portas e muitos estavam comprando tapumes para reforçar portas e janelas contra a tempestade. 

O empresário, sua família e amigos tiveram sorte: o voo de volta deles, o último da noite de quinta-feira, conseguiu decolar com destino ao Brasil. A partida atrasou duas horas, mas eles deixaram Miami às 22h20. Já em solo brasileiro, Reis conta que o aeroporto estava caótico. "Muitas pessoas estavam desesperadas e crianças choravam. Quem estava lá pagaria o preço que fosse por uma passagem de volta."

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Direitos

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou nesta sexta que acompanha a prestação de assistência aos passageiros que, por medida de segurança, estão tendo seus voos cancelados pela condição adversa provocada pelo furacão Irma. Segundo a Anac, conforme prevê a Resolução nº 400 da agência, em caso de cancelamento de voos pela condição meteorológica, os passageiros têm direito à remarcação do embarque.

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Diante da aproximação do potente furacão Irma, a Defesa Civil cubana decretou situação de Alarme, nível máximo preventivo, em sete das quinze províncias da ilha, onde dez mil turistas estrangeiros foram evacuados

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"A Agência orienta que os passageiros fiquem atentos e entrem em contato com as companhias aéreas para as providências. Caso o passageiro se sinta prejudicado ou tenha seus direitos desrespeitados, deve procurar a empresa aérea contratada e reivindicar seus direitos como consumidor." Ainda conforme a agência, se as tentativas de solução do problema não apresentarem resultado, o usuário pode registrar sua reclamação no site www.consumidor.gov.br.

Pela ferramenta, o consumidor se comunica diretamente com as empresas, que têm 10 dias para receber, analisar e responder as reclamações. "A Anac acompanha a solução de conflitos por essa plataforma. Além disso, o passageiro pode registrar denúncia na Anac para que haja uma fiscalização", informou em nota.

Ao menos 44 voos entre o Brasil e a Flórida, nos Estados Unidos, com decolagem programada entre esta sexta-feira, 8, e a segunda-feira, foram cancelados em razão da chegada do furacão Irma à costa americana. Mesmo com a redução na categoria do furacão, cinco dos principais aeroportos do Estado - Fort Lauderdale, Fort Myers, Miami, West Palm Beach e Orlando - estarão fechados até domingo. A medida afetará também as conexões para mais dez aeroportos da Flórida e outros 25 da região, afetando cerca de 8 mil passageiros do Brasil.

A American Airlines, que já havia cancelado seis voos na quinta-feira, anunciou a suspensão de outros 12 previstos para esta sexta, sábado e domingo. Os voos da companhia para Nova Iorque, Los Angeles e Dallas não serão afetados. A Latam cancelou 12 voos previstos para esta sexta e sábado que tinham como origem ou destino a cidade de Miami.

Passageiro confere relação de voos cancelados em razão do furacão Irma em painel no aeroporto de Miami Foto: AP Photo/Wilfredo Lee

A Azul cancelou 12 voos que teriam o Aeroporto de Viracopos, em Campinas, como origem ou destino, incluindo um previsto para segunda-feira, que sairia de Fort Lauderdale. A Avianca cancelou dois voos que partiriam de São Paulo nesta sexta e no sábado, e dois de Miami para a capital paulista no sábado e no domingo.

Brasileiros que residem ou estão em viagem à Flórida relatam momentos de angústia com a aproximação do Irma. O casal Virgínia, de 35 anos, e Leandro Gonçalves, de 39 anos, mora em Miami e conta que deixou sua casa e seguiu para Orlando, no centro do Estado, na quinta-feira. "Saímos às 4 da manha, quando grande parte da população já deixava a cidade. No dia anterior, o governador havia feito um alerta de que o Irma seria duas vezes mais severo que o Andrew, que destruiu a Flórida em 1992", conta Virginia.

"Os postos de gasolina estavam fechados por falta de combustível e havia muitos policiais nas ruas para evitar caos." O casal, que se hospedou num hotel de Orlando, estava preparado para seguir viagem de seis horas e cruzar a divisa com o Alabama, ao norte, mas desistiu após a informação de que o furacão chegará em Orlando como categoria 2. 

"Estamos razoavelmente seguros, pois o hotel tem gerador de energia e proteção para aguentar um furacão categoria 3, por isso decidimos ficar. Todos os hóspedes estão em andares acima do nível da rua, pois há risco de alagamento." O receio dos dois é com relação à casa deles em Miami. "Estamos rezando para que não aconteça nada. Temos estoque de água e comida não perecível para depois do tornado, caso tenhamos problemas de abastecimento."

Furacão devasta Ilhas do Caribe; Flórida se prepara para a passagem do Irma

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Foto: AFP PHOTO/ Kevin Barrallon
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Furacão Irma destrói Ilhas do Caribe

Foto: Ministério da Defesa/ Reuters

Frustração

As férias do empresário brasileiro Renato Reis, de 47 anos, num hotel beira-mar em Miami Beach tiveram de mudar de lugar dois dias antes do previsto porque o governo ordenou que local fosse esvaziado. Reis passou o fim da viagem num hotel próximo do aeroporto, onde um casal de amigos se hospedava. 

Ele conta que a cidade ficou caótica em meio à expectativa pela chegada do furacão. "No mercado que fomos, já não tinha mais água e muitos outros mantimentos estavam faltando." Segundo ele, a polícia distribuiu areia para que os moradores vedem as portas e muitos estavam comprando tapumes para reforçar portas e janelas contra a tempestade. 

O empresário, sua família e amigos tiveram sorte: o voo de volta deles, o último da noite de quinta-feira, conseguiu decolar com destino ao Brasil. A partida atrasou duas horas, mas eles deixaram Miami às 22h20. Já em solo brasileiro, Reis conta que o aeroporto estava caótico. "Muitas pessoas estavam desesperadas e crianças choravam. Quem estava lá pagaria o preço que fosse por uma passagem de volta."

Direitos

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou nesta sexta que acompanha a prestação de assistência aos passageiros que, por medida de segurança, estão tendo seus voos cancelados pela condição adversa provocada pelo furacão Irma. Segundo a Anac, conforme prevê a Resolução nº 400 da agência, em caso de cancelamento de voos pela condição meteorológica, os passageiros têm direito à remarcação do embarque.

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Diante da aproximação do potente furacão Irma, a Defesa Civil cubana decretou situação de Alarme, nível máximo preventivo, em sete das quinze províncias da ilha, onde dez mil turistas estrangeiros foram evacuados

"A Agência orienta que os passageiros fiquem atentos e entrem em contato com as companhias aéreas para as providências. Caso o passageiro se sinta prejudicado ou tenha seus direitos desrespeitados, deve procurar a empresa aérea contratada e reivindicar seus direitos como consumidor." Ainda conforme a agência, se as tentativas de solução do problema não apresentarem resultado, o usuário pode registrar sua reclamação no site www.consumidor.gov.br.

Pela ferramenta, o consumidor se comunica diretamente com as empresas, que têm 10 dias para receber, analisar e responder as reclamações. "A Anac acompanha a solução de conflitos por essa plataforma. Além disso, o passageiro pode registrar denúncia na Anac para que haja uma fiscalização", informou em nota.

Ao menos 44 voos entre o Brasil e a Flórida, nos Estados Unidos, com decolagem programada entre esta sexta-feira, 8, e a segunda-feira, foram cancelados em razão da chegada do furacão Irma à costa americana. Mesmo com a redução na categoria do furacão, cinco dos principais aeroportos do Estado - Fort Lauderdale, Fort Myers, Miami, West Palm Beach e Orlando - estarão fechados até domingo. A medida afetará também as conexões para mais dez aeroportos da Flórida e outros 25 da região, afetando cerca de 8 mil passageiros do Brasil.

A American Airlines, que já havia cancelado seis voos na quinta-feira, anunciou a suspensão de outros 12 previstos para esta sexta, sábado e domingo. Os voos da companhia para Nova Iorque, Los Angeles e Dallas não serão afetados. A Latam cancelou 12 voos previstos para esta sexta e sábado que tinham como origem ou destino a cidade de Miami.

Passageiro confere relação de voos cancelados em razão do furacão Irma em painel no aeroporto de Miami Foto: AP Photo/Wilfredo Lee

A Azul cancelou 12 voos que teriam o Aeroporto de Viracopos, em Campinas, como origem ou destino, incluindo um previsto para segunda-feira, que sairia de Fort Lauderdale. A Avianca cancelou dois voos que partiriam de São Paulo nesta sexta e no sábado, e dois de Miami para a capital paulista no sábado e no domingo.

Brasileiros que residem ou estão em viagem à Flórida relatam momentos de angústia com a aproximação do Irma. O casal Virgínia, de 35 anos, e Leandro Gonçalves, de 39 anos, mora em Miami e conta que deixou sua casa e seguiu para Orlando, no centro do Estado, na quinta-feira. "Saímos às 4 da manha, quando grande parte da população já deixava a cidade. No dia anterior, o governador havia feito um alerta de que o Irma seria duas vezes mais severo que o Andrew, que destruiu a Flórida em 1992", conta Virginia.

"Os postos de gasolina estavam fechados por falta de combustível e havia muitos policiais nas ruas para evitar caos." O casal, que se hospedou num hotel de Orlando, estava preparado para seguir viagem de seis horas e cruzar a divisa com o Alabama, ao norte, mas desistiu após a informação de que o furacão chegará em Orlando como categoria 2. 

"Estamos razoavelmente seguros, pois o hotel tem gerador de energia e proteção para aguentar um furacão categoria 3, por isso decidimos ficar. Todos os hóspedes estão em andares acima do nível da rua, pois há risco de alagamento." O receio dos dois é com relação à casa deles em Miami. "Estamos rezando para que não aconteça nada. Temos estoque de água e comida não perecível para depois do tornado, caso tenhamos problemas de abastecimento."

Furacão devasta Ilhas do Caribe; Flórida se prepara para a passagem do Irma

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Foto: Ministério da Defesa/ Reuters

Frustração

As férias do empresário brasileiro Renato Reis, de 47 anos, num hotel beira-mar em Miami Beach tiveram de mudar de lugar dois dias antes do previsto porque o governo ordenou que local fosse esvaziado. Reis passou o fim da viagem num hotel próximo do aeroporto, onde um casal de amigos se hospedava. 

Ele conta que a cidade ficou caótica em meio à expectativa pela chegada do furacão. "No mercado que fomos, já não tinha mais água e muitos outros mantimentos estavam faltando." Segundo ele, a polícia distribuiu areia para que os moradores vedem as portas e muitos estavam comprando tapumes para reforçar portas e janelas contra a tempestade. 

O empresário, sua família e amigos tiveram sorte: o voo de volta deles, o último da noite de quinta-feira, conseguiu decolar com destino ao Brasil. A partida atrasou duas horas, mas eles deixaram Miami às 22h20. Já em solo brasileiro, Reis conta que o aeroporto estava caótico. "Muitas pessoas estavam desesperadas e crianças choravam. Quem estava lá pagaria o preço que fosse por uma passagem de volta."

Direitos

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou nesta sexta que acompanha a prestação de assistência aos passageiros que, por medida de segurança, estão tendo seus voos cancelados pela condição adversa provocada pelo furacão Irma. Segundo a Anac, conforme prevê a Resolução nº 400 da agência, em caso de cancelamento de voos pela condição meteorológica, os passageiros têm direito à remarcação do embarque.

Seu navegador não suporta esse video.

Diante da aproximação do potente furacão Irma, a Defesa Civil cubana decretou situação de Alarme, nível máximo preventivo, em sete das quinze províncias da ilha, onde dez mil turistas estrangeiros foram evacuados

"A Agência orienta que os passageiros fiquem atentos e entrem em contato com as companhias aéreas para as providências. Caso o passageiro se sinta prejudicado ou tenha seus direitos desrespeitados, deve procurar a empresa aérea contratada e reivindicar seus direitos como consumidor." Ainda conforme a agência, se as tentativas de solução do problema não apresentarem resultado, o usuário pode registrar sua reclamação no site www.consumidor.gov.br.

Pela ferramenta, o consumidor se comunica diretamente com as empresas, que têm 10 dias para receber, analisar e responder as reclamações. "A Anac acompanha a solução de conflitos por essa plataforma. Além disso, o passageiro pode registrar denúncia na Anac para que haja uma fiscalização", informou em nota.

Ao menos 44 voos entre o Brasil e a Flórida, nos Estados Unidos, com decolagem programada entre esta sexta-feira, 8, e a segunda-feira, foram cancelados em razão da chegada do furacão Irma à costa americana. Mesmo com a redução na categoria do furacão, cinco dos principais aeroportos do Estado - Fort Lauderdale, Fort Myers, Miami, West Palm Beach e Orlando - estarão fechados até domingo. A medida afetará também as conexões para mais dez aeroportos da Flórida e outros 25 da região, afetando cerca de 8 mil passageiros do Brasil.

A American Airlines, que já havia cancelado seis voos na quinta-feira, anunciou a suspensão de outros 12 previstos para esta sexta, sábado e domingo. Os voos da companhia para Nova Iorque, Los Angeles e Dallas não serão afetados. A Latam cancelou 12 voos previstos para esta sexta e sábado que tinham como origem ou destino a cidade de Miami.

Passageiro confere relação de voos cancelados em razão do furacão Irma em painel no aeroporto de Miami Foto: AP Photo/Wilfredo Lee

A Azul cancelou 12 voos que teriam o Aeroporto de Viracopos, em Campinas, como origem ou destino, incluindo um previsto para segunda-feira, que sairia de Fort Lauderdale. A Avianca cancelou dois voos que partiriam de São Paulo nesta sexta e no sábado, e dois de Miami para a capital paulista no sábado e no domingo.

Brasileiros que residem ou estão em viagem à Flórida relatam momentos de angústia com a aproximação do Irma. O casal Virgínia, de 35 anos, e Leandro Gonçalves, de 39 anos, mora em Miami e conta que deixou sua casa e seguiu para Orlando, no centro do Estado, na quinta-feira. "Saímos às 4 da manha, quando grande parte da população já deixava a cidade. No dia anterior, o governador havia feito um alerta de que o Irma seria duas vezes mais severo que o Andrew, que destruiu a Flórida em 1992", conta Virginia.

"Os postos de gasolina estavam fechados por falta de combustível e havia muitos policiais nas ruas para evitar caos." O casal, que se hospedou num hotel de Orlando, estava preparado para seguir viagem de seis horas e cruzar a divisa com o Alabama, ao norte, mas desistiu após a informação de que o furacão chegará em Orlando como categoria 2. 

"Estamos razoavelmente seguros, pois o hotel tem gerador de energia e proteção para aguentar um furacão categoria 3, por isso decidimos ficar. Todos os hóspedes estão em andares acima do nível da rua, pois há risco de alagamento." O receio dos dois é com relação à casa deles em Miami. "Estamos rezando para que não aconteça nada. Temos estoque de água e comida não perecível para depois do tornado, caso tenhamos problemas de abastecimento."

Furacão devasta Ilhas do Caribe; Flórida se prepara para a passagem do Irma

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Frustração

As férias do empresário brasileiro Renato Reis, de 47 anos, num hotel beira-mar em Miami Beach tiveram de mudar de lugar dois dias antes do previsto porque o governo ordenou que local fosse esvaziado. Reis passou o fim da viagem num hotel próximo do aeroporto, onde um casal de amigos se hospedava. 

Ele conta que a cidade ficou caótica em meio à expectativa pela chegada do furacão. "No mercado que fomos, já não tinha mais água e muitos outros mantimentos estavam faltando." Segundo ele, a polícia distribuiu areia para que os moradores vedem as portas e muitos estavam comprando tapumes para reforçar portas e janelas contra a tempestade. 

O empresário, sua família e amigos tiveram sorte: o voo de volta deles, o último da noite de quinta-feira, conseguiu decolar com destino ao Brasil. A partida atrasou duas horas, mas eles deixaram Miami às 22h20. Já em solo brasileiro, Reis conta que o aeroporto estava caótico. "Muitas pessoas estavam desesperadas e crianças choravam. Quem estava lá pagaria o preço que fosse por uma passagem de volta."

Direitos

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou nesta sexta que acompanha a prestação de assistência aos passageiros que, por medida de segurança, estão tendo seus voos cancelados pela condição adversa provocada pelo furacão Irma. Segundo a Anac, conforme prevê a Resolução nº 400 da agência, em caso de cancelamento de voos pela condição meteorológica, os passageiros têm direito à remarcação do embarque.

Seu navegador não suporta esse video.

Diante da aproximação do potente furacão Irma, a Defesa Civil cubana decretou situação de Alarme, nível máximo preventivo, em sete das quinze províncias da ilha, onde dez mil turistas estrangeiros foram evacuados

"A Agência orienta que os passageiros fiquem atentos e entrem em contato com as companhias aéreas para as providências. Caso o passageiro se sinta prejudicado ou tenha seus direitos desrespeitados, deve procurar a empresa aérea contratada e reivindicar seus direitos como consumidor." Ainda conforme a agência, se as tentativas de solução do problema não apresentarem resultado, o usuário pode registrar sua reclamação no site www.consumidor.gov.br.

Pela ferramenta, o consumidor se comunica diretamente com as empresas, que têm 10 dias para receber, analisar e responder as reclamações. "A Anac acompanha a solução de conflitos por essa plataforma. Além disso, o passageiro pode registrar denúncia na Anac para que haja uma fiscalização", informou em nota.

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