Israel desiste de banir repórteres de flotilha


Governo havia ameaçado vetar a entrada de jornalistas que acompanharem frota rumo à Gaza

Por Roberto Simon

ENVIADO ESPECIAL / JERUSALÉM - O início da jornada de uma nova flotilha rumo à Faixa de Gaza voltou a colocar Israel contra a parede. No domingo, o país ameaçou banir de seu território por dez anos repórteres estrangeiros que estiverem a bordo das embarcações. A declaração enfureceu organismos de defesa da liberdade de imprensa e, horas depois, autoridades israelenses viram-se forçadas a se retratar.

 

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O escritório de imprensa do governo enviou um e-mail a repórteres dizendo que a participação na flotilha "viola a lei israelense", cuja pena é a proibição de entrada no país por dez anos, além da apreensão de equipamento "e outras sanções". "Peço que evitem tomar parte desse evento provocador e perigoso", escreveu no e-mail o chefe da assessoria israelense, Oren Helman.

A Associação de Imprensa Internacional em Israel, horas depois, emitiu nota contra a mensagem. "Essa ameaça de punição a jornalistas que cobrem a flotilha levanta sérias questões sobre o compromisso de Israel com a liberdade de imprensa."Navios que pretendem furar o bloqueio a Gaza já deixaram portos em três continentes e deverão se encontrar num ponto não divulgado do Mediterrâneo. De lá, navegarão rumo a Gaza. No ano passado, Israel conduziu uma desastrosa operação contra um barco turco que integrava a chamada "Flotilha da Liberdade". A ação deixou nove mortos.Nos bastidores, autoridades israelenses admitiam ontem que o e-mail de Helman foi um "erro". A sanção seria a pena para qualquer pessoa que entra ilegalmente em Israel - status atribuído pela Justiça israelense àqueles que tentam furar o bloqueio a Gaza. "Não importa se mecânico ou jornalista", explicou uma fonte.Segundo Moshe Yalon, um dos principais nomes do gabinete israelense, o premiê Binyamin Netanyahu discorda da mensagem. "Netanyahu escutou a notícia e pediu para o assunto ser reexaminado", disse Yalon. "Não há como parar a imprensa, mesmo se ela estiver a bordo. O melhor é não entrar em choque com ela."Sem controle sobre Gaza, desde 2007 nas mãos do Hamas, a tradicional liderança palestina de Ramallah observa de longe o desgaste de Israel. Hanan Ashrawi, negociadora nos processos de paz dos anos 90 e hoje deputada, disse que a mensagem prova que o governo usa "censura". "Eles devem fazer algo simples: levantar o bloqueio", disse ao Estado.PARA LEMBRAREm maio do ano passado, a Marinha israelense atacou em águas internacionais o navio turco Mavi Marmara, que integrava uma flotilha internacional que se dirigia à Faixa de Gaza com ajuda humanitária. Nove pessoas morreram na ação. O governo de Israel afirma que havia militantes turcos armados à bordo. A desastrosa operação militar, porém, foi bastante criticada pela comunidade internacional e aumentou os pedidos pelo fim do bloqueio ao território palestino, que desde 2007 está em poder do Hamas.

ENVIADO ESPECIAL / JERUSALÉM - O início da jornada de uma nova flotilha rumo à Faixa de Gaza voltou a colocar Israel contra a parede. No domingo, o país ameaçou banir de seu território por dez anos repórteres estrangeiros que estiverem a bordo das embarcações. A declaração enfureceu organismos de defesa da liberdade de imprensa e, horas depois, autoridades israelenses viram-se forçadas a se retratar.

 

 

O escritório de imprensa do governo enviou um e-mail a repórteres dizendo que a participação na flotilha "viola a lei israelense", cuja pena é a proibição de entrada no país por dez anos, além da apreensão de equipamento "e outras sanções". "Peço que evitem tomar parte desse evento provocador e perigoso", escreveu no e-mail o chefe da assessoria israelense, Oren Helman.

A Associação de Imprensa Internacional em Israel, horas depois, emitiu nota contra a mensagem. "Essa ameaça de punição a jornalistas que cobrem a flotilha levanta sérias questões sobre o compromisso de Israel com a liberdade de imprensa."Navios que pretendem furar o bloqueio a Gaza já deixaram portos em três continentes e deverão se encontrar num ponto não divulgado do Mediterrâneo. De lá, navegarão rumo a Gaza. No ano passado, Israel conduziu uma desastrosa operação contra um barco turco que integrava a chamada "Flotilha da Liberdade". A ação deixou nove mortos.Nos bastidores, autoridades israelenses admitiam ontem que o e-mail de Helman foi um "erro". A sanção seria a pena para qualquer pessoa que entra ilegalmente em Israel - status atribuído pela Justiça israelense àqueles que tentam furar o bloqueio a Gaza. "Não importa se mecânico ou jornalista", explicou uma fonte.Segundo Moshe Yalon, um dos principais nomes do gabinete israelense, o premiê Binyamin Netanyahu discorda da mensagem. "Netanyahu escutou a notícia e pediu para o assunto ser reexaminado", disse Yalon. "Não há como parar a imprensa, mesmo se ela estiver a bordo. O melhor é não entrar em choque com ela."Sem controle sobre Gaza, desde 2007 nas mãos do Hamas, a tradicional liderança palestina de Ramallah observa de longe o desgaste de Israel. Hanan Ashrawi, negociadora nos processos de paz dos anos 90 e hoje deputada, disse que a mensagem prova que o governo usa "censura". "Eles devem fazer algo simples: levantar o bloqueio", disse ao Estado.PARA LEMBRAREm maio do ano passado, a Marinha israelense atacou em águas internacionais o navio turco Mavi Marmara, que integrava uma flotilha internacional que se dirigia à Faixa de Gaza com ajuda humanitária. Nove pessoas morreram na ação. O governo de Israel afirma que havia militantes turcos armados à bordo. A desastrosa operação militar, porém, foi bastante criticada pela comunidade internacional e aumentou os pedidos pelo fim do bloqueio ao território palestino, que desde 2007 está em poder do Hamas.

ENVIADO ESPECIAL / JERUSALÉM - O início da jornada de uma nova flotilha rumo à Faixa de Gaza voltou a colocar Israel contra a parede. No domingo, o país ameaçou banir de seu território por dez anos repórteres estrangeiros que estiverem a bordo das embarcações. A declaração enfureceu organismos de defesa da liberdade de imprensa e, horas depois, autoridades israelenses viram-se forçadas a se retratar.

 

 

O escritório de imprensa do governo enviou um e-mail a repórteres dizendo que a participação na flotilha "viola a lei israelense", cuja pena é a proibição de entrada no país por dez anos, além da apreensão de equipamento "e outras sanções". "Peço que evitem tomar parte desse evento provocador e perigoso", escreveu no e-mail o chefe da assessoria israelense, Oren Helman.

A Associação de Imprensa Internacional em Israel, horas depois, emitiu nota contra a mensagem. "Essa ameaça de punição a jornalistas que cobrem a flotilha levanta sérias questões sobre o compromisso de Israel com a liberdade de imprensa."Navios que pretendem furar o bloqueio a Gaza já deixaram portos em três continentes e deverão se encontrar num ponto não divulgado do Mediterrâneo. De lá, navegarão rumo a Gaza. No ano passado, Israel conduziu uma desastrosa operação contra um barco turco que integrava a chamada "Flotilha da Liberdade". A ação deixou nove mortos.Nos bastidores, autoridades israelenses admitiam ontem que o e-mail de Helman foi um "erro". A sanção seria a pena para qualquer pessoa que entra ilegalmente em Israel - status atribuído pela Justiça israelense àqueles que tentam furar o bloqueio a Gaza. "Não importa se mecânico ou jornalista", explicou uma fonte.Segundo Moshe Yalon, um dos principais nomes do gabinete israelense, o premiê Binyamin Netanyahu discorda da mensagem. "Netanyahu escutou a notícia e pediu para o assunto ser reexaminado", disse Yalon. "Não há como parar a imprensa, mesmo se ela estiver a bordo. O melhor é não entrar em choque com ela."Sem controle sobre Gaza, desde 2007 nas mãos do Hamas, a tradicional liderança palestina de Ramallah observa de longe o desgaste de Israel. Hanan Ashrawi, negociadora nos processos de paz dos anos 90 e hoje deputada, disse que a mensagem prova que o governo usa "censura". "Eles devem fazer algo simples: levantar o bloqueio", disse ao Estado.PARA LEMBRAREm maio do ano passado, a Marinha israelense atacou em águas internacionais o navio turco Mavi Marmara, que integrava uma flotilha internacional que se dirigia à Faixa de Gaza com ajuda humanitária. Nove pessoas morreram na ação. O governo de Israel afirma que havia militantes turcos armados à bordo. A desastrosa operação militar, porém, foi bastante criticada pela comunidade internacional e aumentou os pedidos pelo fim do bloqueio ao território palestino, que desde 2007 está em poder do Hamas.

ENVIADO ESPECIAL / JERUSALÉM - O início da jornada de uma nova flotilha rumo à Faixa de Gaza voltou a colocar Israel contra a parede. No domingo, o país ameaçou banir de seu território por dez anos repórteres estrangeiros que estiverem a bordo das embarcações. A declaração enfureceu organismos de defesa da liberdade de imprensa e, horas depois, autoridades israelenses viram-se forçadas a se retratar.

 

 

O escritório de imprensa do governo enviou um e-mail a repórteres dizendo que a participação na flotilha "viola a lei israelense", cuja pena é a proibição de entrada no país por dez anos, além da apreensão de equipamento "e outras sanções". "Peço que evitem tomar parte desse evento provocador e perigoso", escreveu no e-mail o chefe da assessoria israelense, Oren Helman.

A Associação de Imprensa Internacional em Israel, horas depois, emitiu nota contra a mensagem. "Essa ameaça de punição a jornalistas que cobrem a flotilha levanta sérias questões sobre o compromisso de Israel com a liberdade de imprensa."Navios que pretendem furar o bloqueio a Gaza já deixaram portos em três continentes e deverão se encontrar num ponto não divulgado do Mediterrâneo. De lá, navegarão rumo a Gaza. No ano passado, Israel conduziu uma desastrosa operação contra um barco turco que integrava a chamada "Flotilha da Liberdade". A ação deixou nove mortos.Nos bastidores, autoridades israelenses admitiam ontem que o e-mail de Helman foi um "erro". A sanção seria a pena para qualquer pessoa que entra ilegalmente em Israel - status atribuído pela Justiça israelense àqueles que tentam furar o bloqueio a Gaza. "Não importa se mecânico ou jornalista", explicou uma fonte.Segundo Moshe Yalon, um dos principais nomes do gabinete israelense, o premiê Binyamin Netanyahu discorda da mensagem. "Netanyahu escutou a notícia e pediu para o assunto ser reexaminado", disse Yalon. "Não há como parar a imprensa, mesmo se ela estiver a bordo. O melhor é não entrar em choque com ela."Sem controle sobre Gaza, desde 2007 nas mãos do Hamas, a tradicional liderança palestina de Ramallah observa de longe o desgaste de Israel. Hanan Ashrawi, negociadora nos processos de paz dos anos 90 e hoje deputada, disse que a mensagem prova que o governo usa "censura". "Eles devem fazer algo simples: levantar o bloqueio", disse ao Estado.PARA LEMBRAREm maio do ano passado, a Marinha israelense atacou em águas internacionais o navio turco Mavi Marmara, que integrava uma flotilha internacional que se dirigia à Faixa de Gaza com ajuda humanitária. Nove pessoas morreram na ação. O governo de Israel afirma que havia militantes turcos armados à bordo. A desastrosa operação militar, porém, foi bastante criticada pela comunidade internacional e aumentou os pedidos pelo fim do bloqueio ao território palestino, que desde 2007 está em poder do Hamas.

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