TÓQUIO - Japão e Reino Unido querem "reforçar o ritmo das sanções" contra a Coreia do Norte, após o disparo de um míssil que sobrevoou o Japão na terça-feira, anunciou a primeira-ministra britânica, Theresa May, que visita a capital nipônica.
"Em resposta a esta ação ilegal, o primeiro-ministro (Shinzo) Abe e eu concordamos em trabalhar juntos com outros membros da comunidade internacional para aumentar a pressão sobre a Coreia do Norte, ao reforçar o ritmo das sanções", declarou May.
"O disparo de míssil norte-coreano desta semana foi uma escandalosa provocação e uma ameaça inaceitável par a segurança do Japão", completou.
May destacou o "papel particular" da China, aliado de Pyongyang e membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, que condenou por unanimidade o disparo norte-coreano, mas sem prever um reforço das sanções.
No entanto, Pequim denunciou nesta quinta-feira os pedidos para aumentar as sanções contra Pyongyang atribuindo um "papel destrutivo a alguns países que ignoram as exigências de diálogo s falam apenas de sanções".
Alcance
Também nesta quinta, o Ministério da Defesa da Coreia do Sul afirmou que Pyongyang limitou pela metade o alcance real do míssil lançado nesta semana nas águas do Oceano Pacífico no seu último teste.
O míssil balístico de alcance intermédio Hwasong-12, lançado na última terça-feira pelo regime norte-coreano foi disparado em um ângulo "normal", mas a metade de seu alcance, segundo o relatório apresentado pelo ministério na Assembleia Nacional (Parlamento).
Sob ameaças da Coreia do Norte, habitantes de Guam tentam viver normalmente
O projétil sobrevoou parte do território do norte do Japão e percorreu cerca de 2,7 mil quilômetros antes de cair cerca de 1.180 quilômetros do Cabo de Erimo, mas o seu alcance real seria dentre 4,5 mil e 5 mil quilômetros, segundo Seul.
Esta distância seria suficiente para alcançar bases dos Estados Unidos na ilha de Guam, cujas águas a Coreia do Norte ameaçou bombardear com mísseis em sua recente escalada de tensão com Washington, a pior dos últimos anos.
O próprio regime norte-coreano advertiu na véspera que o último teste foi uma "advertência" para o Washington e um "prelúdio significativo para manter Guam", ao mesmo tempo que seu líder, Kim Jong-un, pediu novos lançamentos na região. / AFP e EFE