DAVOS, SUÍÇA - O presidente americano, Donald Trump, qualificou como "notícias falsas" as informações de que teria ordenado a demissão do promotor especial Robert Mueller em 2017, e só mudou de ideia ante a ameaça de deixar o cargo feita por um funcionário de alto escalão.
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"Notícias falsas. Notícias falsas. Típica história do New York Times. Histórias falsas", afirmou Trump aos jornalistas no Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça.
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De acordo com a publicação, o republicano teria ordenado a demissão de Mueller em junho, mas o conselheiro jurídico da Casa Branca, Don McGahn, foi contrário, alegando que teria um "efeito catastrófico" para a presidência.
Ele mudou de ideia apenas quando McGahn ameaçou pedir demissão, segundo o jornal, que cita quatro fontes anônimas.
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O Washington Post confirmou, citando duas fontes anônimas, que Trump pensou em demitir Mueller. "McGahn não ameaçou diretamente Donald Trump com uma demissão, mas estava pensando seriamente nesta ameaça, segundo uma pessoa próxima aos fatos", afirmou o jornal.
O advogado da Casa Branca, Ty Cobb, se negou a comentar o assunto, segundo a publicação. O presidente afirmou na quarta-feira que está disposto a ser interrogado sob juramento por Mueller. "Gostaria de fazer o mais rápido possível", declarou ele.
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Mueller, ex-diretor do FBI, de 73 anos, com reputação de probidade e independência política, tem um amplo mandato desde 17 de maio de 2017 para investigar todas as questões relacionadas à interferência russa durante as últimas eleições presidenciais americanas. / AFP