O desmoronamento de parte do Muro das Lamentações - famoso ponto de peregrinação para judeus em Jerusalém - no sábado, durante uma rara tempestade de neve na região, acendeu uma briga entre judeus e muçulmanos para se estabelecer os motivos da queda da secular construção. A autoridade muçulmana para a área, chamada Waqf, culpou pelo problema os prédios de escritórios israelenses, que ficam próximos dali. Mas um arquiteto israelense afirmou que as construções dos árabes é que estavam tornando o muro instável. A Waqf alegou já ter reclamado das renovações feitas por Israel na praça perto do muro, alegando que isso poderia causar problemas. Já a arqueóloga israelense Eilat Mazar disse que foi a quinta vez em dois anos que partes do muro começaram a ruir e a inclinar, como resultado do que ela chamou de edificações não-supervisisonadas pela Waqf. A acusação foi negada pelos clérigos muçulmanos. "É um milagre que ninguém tenha se ferido", disse o rabino Shmuel Rabinovich, responsabilizando o tempo e o clima pelo desabamento. Engenheiros também analisam se um pequeno tremor de terra ocorrido na semana passada teria sido responsável por parte do incidente. A rara tempestade de neve também causou transtornos na Jordânia, no Líbano e na Síria. Segundo a imprensa libanesa, um homem morreu eletrocutado na região do Vale de Becaa depois de fortes ventos terem derrubado torres de transmissão de energia.
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