Karzai toma posse no Afeganistão em meio à insatisfação


Por Agencia Estado

O governo de transição do presidente pró-ocidental do Afeganistão, Hamid Karzai, tomou posse hoje em meio a um clima de insatisfação geral, já que a etnia pashtun, majoritária no país, parece novamente inclinada a cair nos braços do Paquistão e no fundamentalismo islâmico. "Karzai é débil?, disse um político afegão que prefere manter-se no anominato. ?Ele cedeu às pressões americanas e cometeu um gravíssimo erro ao impedir que o ex-rei Zaher Shah se tornasse o chefe de Estado.? Zaher Shah, de 87 anos, foi o nome proposto por 85 participantes da loya jirga - o grande conselho tribal realizado recentemente em Cabul, para eleger o governo que ficará no poder até as eleições de 2004 -, mas antes que sua candidatura pudesse ser apresentada, teve de renunciar publicamente. "O ex-rei é um símbolo e teria sido garantia da unidade para o país. Agora Karzai fica, como o governo anterior, refém dos senhores da guerra", afirmou o político. Tajiques Os tajiques do Vale de Panjshir, membros da ex-Aliança do Norte, têm a melhor representação no gabinete de 29 ministros, três vice-presidentes e um conselheiro. Foram reconfirmados Abdullah Abdullah na pasta de Relações Exteriores e o general Mohammad Qassim Fahim na de Defesa. Yunus Qanuni, ofendido por ter recebido apenas o ministério da Educação, tornou-se também conselheiro de Segurança Interior - ou seja, chefe da polícia e do serviço secreto -, depois que seus homens impediram, durante três dias, a entrada em seu escritório do ministro do Interior, Taj Mohammad Khan Wardak, um pashtun de 81 anos que acaba de regressar dos EUA. Wardak é considerado uma boa pessoa, mas não à altura do cargo. Também é tajique praticamente todo o aparato de segurança do governo central, da polícia, do serviço de inteligência Amnyat, acusado por membros da loya jirga de ter feito ameaças e pressões. Doze dos 15 distritos policiais de Cabul estão em mãos dos tajiques. Os islâmicos levantaram a voz e obtiveram a introdução do termo "islâmico" no governo de transição. As mulheres têm só dois ministérios, com antes - o da Saúde e o da Condição Feminina, anunciado hoje, de última hora. Todos os homens do ex-rei ficaram fora do gabinete, exceto Mohammad Amin Farhang, da pasta da Reconstrução. Garantias Os que defendem Karzai sustentam que os pashtuns, nos ministérios econômicos, controlam a ajuda ocidental e por isso têm um peso notável. Mas o Ocidente, que está entregando US$ 1,8 bilhão prometido para este ano, quer garantias de estabilidade - que este governo não parece ter condições de oferecer. De fato, o país continua dividido. O sul dos pashtuns - onde o movimento dos fundamentalistas islâmicos do Taleban encontrou terreno propício, em 1996, como paladino da Justiça contra os abusos dos senhores da guerra - se sente traído por Karzai e os fundamentalists encontram apoio. "Os EUA e Karzai estão empurrando os pashtuns para os braços do Paquistão", disse um analista político. O governador de Kandahar, Gul Agha, viajou para Islamabad na semana passada, enquanto a loya jirga estava em curso, para uma reunião com o ministro do Interior. O Paquistão apoiou a jihad anti-soviética e a chegada dos talebans em uma tentativa de controlar o estratégico país limítrofe. Expulso pela luta contra o terrorismo, não espera nada além de uma boa ocasião para voltar a entrar.

O governo de transição do presidente pró-ocidental do Afeganistão, Hamid Karzai, tomou posse hoje em meio a um clima de insatisfação geral, já que a etnia pashtun, majoritária no país, parece novamente inclinada a cair nos braços do Paquistão e no fundamentalismo islâmico. "Karzai é débil?, disse um político afegão que prefere manter-se no anominato. ?Ele cedeu às pressões americanas e cometeu um gravíssimo erro ao impedir que o ex-rei Zaher Shah se tornasse o chefe de Estado.? Zaher Shah, de 87 anos, foi o nome proposto por 85 participantes da loya jirga - o grande conselho tribal realizado recentemente em Cabul, para eleger o governo que ficará no poder até as eleições de 2004 -, mas antes que sua candidatura pudesse ser apresentada, teve de renunciar publicamente. "O ex-rei é um símbolo e teria sido garantia da unidade para o país. Agora Karzai fica, como o governo anterior, refém dos senhores da guerra", afirmou o político. Tajiques Os tajiques do Vale de Panjshir, membros da ex-Aliança do Norte, têm a melhor representação no gabinete de 29 ministros, três vice-presidentes e um conselheiro. Foram reconfirmados Abdullah Abdullah na pasta de Relações Exteriores e o general Mohammad Qassim Fahim na de Defesa. Yunus Qanuni, ofendido por ter recebido apenas o ministério da Educação, tornou-se também conselheiro de Segurança Interior - ou seja, chefe da polícia e do serviço secreto -, depois que seus homens impediram, durante três dias, a entrada em seu escritório do ministro do Interior, Taj Mohammad Khan Wardak, um pashtun de 81 anos que acaba de regressar dos EUA. Wardak é considerado uma boa pessoa, mas não à altura do cargo. Também é tajique praticamente todo o aparato de segurança do governo central, da polícia, do serviço de inteligência Amnyat, acusado por membros da loya jirga de ter feito ameaças e pressões. Doze dos 15 distritos policiais de Cabul estão em mãos dos tajiques. Os islâmicos levantaram a voz e obtiveram a introdução do termo "islâmico" no governo de transição. As mulheres têm só dois ministérios, com antes - o da Saúde e o da Condição Feminina, anunciado hoje, de última hora. Todos os homens do ex-rei ficaram fora do gabinete, exceto Mohammad Amin Farhang, da pasta da Reconstrução. Garantias Os que defendem Karzai sustentam que os pashtuns, nos ministérios econômicos, controlam a ajuda ocidental e por isso têm um peso notável. Mas o Ocidente, que está entregando US$ 1,8 bilhão prometido para este ano, quer garantias de estabilidade - que este governo não parece ter condições de oferecer. De fato, o país continua dividido. O sul dos pashtuns - onde o movimento dos fundamentalistas islâmicos do Taleban encontrou terreno propício, em 1996, como paladino da Justiça contra os abusos dos senhores da guerra - se sente traído por Karzai e os fundamentalists encontram apoio. "Os EUA e Karzai estão empurrando os pashtuns para os braços do Paquistão", disse um analista político. O governador de Kandahar, Gul Agha, viajou para Islamabad na semana passada, enquanto a loya jirga estava em curso, para uma reunião com o ministro do Interior. O Paquistão apoiou a jihad anti-soviética e a chegada dos talebans em uma tentativa de controlar o estratégico país limítrofe. Expulso pela luta contra o terrorismo, não espera nada além de uma boa ocasião para voltar a entrar.

O governo de transição do presidente pró-ocidental do Afeganistão, Hamid Karzai, tomou posse hoje em meio a um clima de insatisfação geral, já que a etnia pashtun, majoritária no país, parece novamente inclinada a cair nos braços do Paquistão e no fundamentalismo islâmico. "Karzai é débil?, disse um político afegão que prefere manter-se no anominato. ?Ele cedeu às pressões americanas e cometeu um gravíssimo erro ao impedir que o ex-rei Zaher Shah se tornasse o chefe de Estado.? Zaher Shah, de 87 anos, foi o nome proposto por 85 participantes da loya jirga - o grande conselho tribal realizado recentemente em Cabul, para eleger o governo que ficará no poder até as eleições de 2004 -, mas antes que sua candidatura pudesse ser apresentada, teve de renunciar publicamente. "O ex-rei é um símbolo e teria sido garantia da unidade para o país. Agora Karzai fica, como o governo anterior, refém dos senhores da guerra", afirmou o político. Tajiques Os tajiques do Vale de Panjshir, membros da ex-Aliança do Norte, têm a melhor representação no gabinete de 29 ministros, três vice-presidentes e um conselheiro. Foram reconfirmados Abdullah Abdullah na pasta de Relações Exteriores e o general Mohammad Qassim Fahim na de Defesa. Yunus Qanuni, ofendido por ter recebido apenas o ministério da Educação, tornou-se também conselheiro de Segurança Interior - ou seja, chefe da polícia e do serviço secreto -, depois que seus homens impediram, durante três dias, a entrada em seu escritório do ministro do Interior, Taj Mohammad Khan Wardak, um pashtun de 81 anos que acaba de regressar dos EUA. Wardak é considerado uma boa pessoa, mas não à altura do cargo. Também é tajique praticamente todo o aparato de segurança do governo central, da polícia, do serviço de inteligência Amnyat, acusado por membros da loya jirga de ter feito ameaças e pressões. Doze dos 15 distritos policiais de Cabul estão em mãos dos tajiques. Os islâmicos levantaram a voz e obtiveram a introdução do termo "islâmico" no governo de transição. As mulheres têm só dois ministérios, com antes - o da Saúde e o da Condição Feminina, anunciado hoje, de última hora. Todos os homens do ex-rei ficaram fora do gabinete, exceto Mohammad Amin Farhang, da pasta da Reconstrução. Garantias Os que defendem Karzai sustentam que os pashtuns, nos ministérios econômicos, controlam a ajuda ocidental e por isso têm um peso notável. Mas o Ocidente, que está entregando US$ 1,8 bilhão prometido para este ano, quer garantias de estabilidade - que este governo não parece ter condições de oferecer. De fato, o país continua dividido. O sul dos pashtuns - onde o movimento dos fundamentalistas islâmicos do Taleban encontrou terreno propício, em 1996, como paladino da Justiça contra os abusos dos senhores da guerra - se sente traído por Karzai e os fundamentalists encontram apoio. "Os EUA e Karzai estão empurrando os pashtuns para os braços do Paquistão", disse um analista político. O governador de Kandahar, Gul Agha, viajou para Islamabad na semana passada, enquanto a loya jirga estava em curso, para uma reunião com o ministro do Interior. O Paquistão apoiou a jihad anti-soviética e a chegada dos talebans em uma tentativa de controlar o estratégico país limítrofe. Expulso pela luta contra o terrorismo, não espera nada além de uma boa ocasião para voltar a entrar.

O governo de transição do presidente pró-ocidental do Afeganistão, Hamid Karzai, tomou posse hoje em meio a um clima de insatisfação geral, já que a etnia pashtun, majoritária no país, parece novamente inclinada a cair nos braços do Paquistão e no fundamentalismo islâmico. "Karzai é débil?, disse um político afegão que prefere manter-se no anominato. ?Ele cedeu às pressões americanas e cometeu um gravíssimo erro ao impedir que o ex-rei Zaher Shah se tornasse o chefe de Estado.? Zaher Shah, de 87 anos, foi o nome proposto por 85 participantes da loya jirga - o grande conselho tribal realizado recentemente em Cabul, para eleger o governo que ficará no poder até as eleições de 2004 -, mas antes que sua candidatura pudesse ser apresentada, teve de renunciar publicamente. "O ex-rei é um símbolo e teria sido garantia da unidade para o país. Agora Karzai fica, como o governo anterior, refém dos senhores da guerra", afirmou o político. Tajiques Os tajiques do Vale de Panjshir, membros da ex-Aliança do Norte, têm a melhor representação no gabinete de 29 ministros, três vice-presidentes e um conselheiro. Foram reconfirmados Abdullah Abdullah na pasta de Relações Exteriores e o general Mohammad Qassim Fahim na de Defesa. Yunus Qanuni, ofendido por ter recebido apenas o ministério da Educação, tornou-se também conselheiro de Segurança Interior - ou seja, chefe da polícia e do serviço secreto -, depois que seus homens impediram, durante três dias, a entrada em seu escritório do ministro do Interior, Taj Mohammad Khan Wardak, um pashtun de 81 anos que acaba de regressar dos EUA. Wardak é considerado uma boa pessoa, mas não à altura do cargo. Também é tajique praticamente todo o aparato de segurança do governo central, da polícia, do serviço de inteligência Amnyat, acusado por membros da loya jirga de ter feito ameaças e pressões. Doze dos 15 distritos policiais de Cabul estão em mãos dos tajiques. Os islâmicos levantaram a voz e obtiveram a introdução do termo "islâmico" no governo de transição. As mulheres têm só dois ministérios, com antes - o da Saúde e o da Condição Feminina, anunciado hoje, de última hora. Todos os homens do ex-rei ficaram fora do gabinete, exceto Mohammad Amin Farhang, da pasta da Reconstrução. Garantias Os que defendem Karzai sustentam que os pashtuns, nos ministérios econômicos, controlam a ajuda ocidental e por isso têm um peso notável. Mas o Ocidente, que está entregando US$ 1,8 bilhão prometido para este ano, quer garantias de estabilidade - que este governo não parece ter condições de oferecer. De fato, o país continua dividido. O sul dos pashtuns - onde o movimento dos fundamentalistas islâmicos do Taleban encontrou terreno propício, em 1996, como paladino da Justiça contra os abusos dos senhores da guerra - se sente traído por Karzai e os fundamentalists encontram apoio. "Os EUA e Karzai estão empurrando os pashtuns para os braços do Paquistão", disse um analista político. O governador de Kandahar, Gul Agha, viajou para Islamabad na semana passada, enquanto a loya jirga estava em curso, para uma reunião com o ministro do Interior. O Paquistão apoiou a jihad anti-soviética e a chegada dos talebans em uma tentativa de controlar o estratégico país limítrofe. Expulso pela luta contra o terrorismo, não espera nada além de uma boa ocasião para voltar a entrar.

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