É colunista do 'Estadão' e analista de assuntos internacionais. Escreve uma vez por semana.

Opinião|Voto de protesto


Pela primeira vez na história contemporânea, a França chega a um segundo turno presidencial sem a presença de seus partidos tradicionais, seja à esquerda ou à direita. Partidos, assim como times de futebol e igrejas, fazem parte da cultura e da identidade. Eles poderiam não ser um ponto de chegada, mas eram um ponto de partida, balizas de um debate. Sua dissolução aumenta a liberdade, mas também os riscos. Isso é visível em democracias maduras, como a americana e a francesa. Aqui na França, como nos EUA, encontrei muitos eleitores que se sentem perdidos, paralisados pela natureza escorregadia do debate. Que dizer, então, do Brasil, com sua profusão de partidos que nada significam, combinada com a desmoralização, pelas revelações da Lava Jato, daqueles poucos que guardavam alguma identidade ideológica?

Por Lourival Sant'Anna
Opinião por Lourival Sant'Anna

É colunista do 'Estadão' e analista de assuntos internacionais

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