CARACAS - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, chamou nesta segunda-feira, 14, Jair Bolsonaro de "Hitler dos tempos modernos" e ironizou o apoio que recebe de grupos evangélicos do Brasil. No mesmo dia, o presidente dos EUA, Donald Trump elogiou o presidente brasileiro e o chamou de "Donald Trump da América do Sul".
"Bolsonaro é um Hitler dos tempos modernos. É isso. O que não tem é coragem e decisão próprias, porque é um fantoche desses grupos (evangélicos). Bolsonaro saiu de uma seita", disse Maduro ao apresentar seu relatório anual da administração à Assembleia Constituinte.
"Logo o povo brasileiro se encarregará dele", declarou o líder socialista, a quem Bolsonaro chama de "ditador".
O Brasil é um dos países da América Latina que não reconhece o novo mandato de Maduro (2019-2025) e apoia as denúncias da oposição de que as eleições presidenciais na Venezuela foram fraudadas.
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O governo brasileiro qualificou nesta quinta-feira de "ilegítimo" o novo mandato do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. A posse do venezuelano foi na quinta-feira dia 10 de janeiro.
Maduro foi reeleito no dia 20 de maio de 2018 em votação boicotada pelos principais partidos de oposição e não reconhecidas por Estados Unidos e União Europeia.
O governo brasileiro não enviou representantes à posse de Maduro na quinta-feira passada, no Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), por considerar "ilegítimo" o presidente venezuelano.
Segundo a lei, Maduro deveria ser empossado no Parlamento, controlado pela oposição, que o TSJ declarou em desacato e anulou suas decisões a partir de 2016.
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Nicolás Maduro assumiu a Presidência da Venezuela, nesta quinta-feira, em Caracas, e aproveitou a ocasião para criticar a União Europeia e chamar Jair Bolsonaro de fascista.
O Brasil disse reconhecer o Legislativo como um órgão "democraticamente eleito" e avaliou que cabe à Assembleia "a autoridade executiva da Venezuela".
Segundo o Fundo Monetário Internacional, a economia da Venezuela foi reduzida à metade durante o primeiro mandato de Maduro e deve recuar 5% apenas em 2019, com uma hiperinflação que chegará a 10.000.000%./AFP