Manifestantes jogam sangue contra casa de primeiro-ministro tailandês


Opositores, que já haviam derramado centenas de litros de sangue diante do Parlamento, exigem renúncia do premiê.

Por Marina Wentzel

Manifestantes de oposição derramaram sangue na frente da residência do primeiro-ministro da Tailândia, Abhisit Vejjajiva, nesta quarta-feira, o quarto dia de protestos pedindo a sua renúncia. Os ativistas da Frente Unida pela Democracia contra a Ditadura (UDD, na sigla em tailandês), também conhecidos como "camisas-vermelhas", já haviam jogado sangue diante da sede do governo tailandês e no escritório do Partido Democrata na terça-feira. O premiê Vejjajiva e sua família não estavam na residência no momento em que o sangue foi jogado pelos manifestantes, pouco antes do meio-dia no horário local (2h00 de Brasília). Apesar da forte chuva, alguns manifestantes conseguiram ultrapassar as barreiras policiais e, além de derramar sangue, jogaram sacolas com líquidos e objetos por cima do muro da residência. Após o protesto, os manifestantes disseram que marchariam até a embaixada dos Estados Unidos, em resposta a rumores de que a inteligência americana teria alertado o governo tailandês que os "camisas-vermelhas" teriam planejado atos de violência contra o país. Protestos pacíficos Os protestos começaram no domingo, quando milhares de manifestantes acamparam em frente ao quartel militar em que acreditavam que o primeiro-ministro estaria abrigado. Os organizadores dos protestos queriam reunir 100 mil pessoas e chegaram próximo a esse objetivo, mas os participantes começam a se dispersar com o passar dos dias. Grande parte dos manifestantes é de agricultores trazidos pela UDD à capital. Muitos já não tem mais recursos para permanecer em Bangcoc, por isso começaram a retornar ao interior. Segundo estimativa dada pelo vice-premiê, Suthep Thaugsuban, ao jornal The Nation, apenas 15 mil manifestantes ainda estariam na capital. Avaliações independentes, porém, sugerem pelo menos o quádruplo disso está nas ruas. O governo mobilizou 40 mil soldados para conter as manifestações e até o momento não houve confrontos entre as partes. Um dos líderes dos camisas-vermelhas, Veera Musikapong, disse à imprensa estrangeira que os próximos passos não estão planejados e que o rumo dos protestos vem sendo decidido a cada dia. Sem a presença de Thaksin no país, não está claro quem seria um possível interlocutor por parte dos manifestantes caso o governo acenasse com a possibilidade de negociar um acordo para por fim aos protestos. Instabilidade A situação política na Tailândia é instável há quatro anos. Em 2006 manifestantes de camisas amarelas, contrários a Thaksin, exigiram a renúncia do primeiro-ministro sob a acusação de corrupção. Thaksin acabou deposto em golpe de Estado no mesmo ano, mas demonstrou ainda ter força política em 2008, quando aliados dele voltaram ao poder e ocuparam o gabinete do primeiro-ministro por três meses. Na ocasião, confrontos entre apoiadores e opositores de Thaksin resultaram na ocupação e fechamento dos dois principais aeroportos de Bangcoc por uma semana. Hoje em dia, Thaksin vive exilado, viajando pelo exterior, mas passando grande parte do tempo em Dubai. Ele foi condenado à revelia a dois anos de prisão por abuso de poder. Há pouco mais de uma semana ele perdeu US$1,4 bilhão da sua fortuna pessoal de US$2,3 bilhões após a Justiça tailandesa concluir que esse dinheiro teve origem ilegal. Os seus simpatizantes afirmam que o julgamento foi político. Antes de se tornar primeiro-ministro, Thaksin já era muito rico e possuía, entre outros negócios, a companhia de telecomunicações Shin Corp. A empresa foi vendida ao fundo soberano Tamasek, de Cingapura, em janeiro de 2006, numa operação controversa que acabou desencadeando os protestos que resultaram na queda dele. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Manifestantes de oposição derramaram sangue na frente da residência do primeiro-ministro da Tailândia, Abhisit Vejjajiva, nesta quarta-feira, o quarto dia de protestos pedindo a sua renúncia. Os ativistas da Frente Unida pela Democracia contra a Ditadura (UDD, na sigla em tailandês), também conhecidos como "camisas-vermelhas", já haviam jogado sangue diante da sede do governo tailandês e no escritório do Partido Democrata na terça-feira. O premiê Vejjajiva e sua família não estavam na residência no momento em que o sangue foi jogado pelos manifestantes, pouco antes do meio-dia no horário local (2h00 de Brasília). Apesar da forte chuva, alguns manifestantes conseguiram ultrapassar as barreiras policiais e, além de derramar sangue, jogaram sacolas com líquidos e objetos por cima do muro da residência. Após o protesto, os manifestantes disseram que marchariam até a embaixada dos Estados Unidos, em resposta a rumores de que a inteligência americana teria alertado o governo tailandês que os "camisas-vermelhas" teriam planejado atos de violência contra o país. Protestos pacíficos Os protestos começaram no domingo, quando milhares de manifestantes acamparam em frente ao quartel militar em que acreditavam que o primeiro-ministro estaria abrigado. Os organizadores dos protestos queriam reunir 100 mil pessoas e chegaram próximo a esse objetivo, mas os participantes começam a se dispersar com o passar dos dias. Grande parte dos manifestantes é de agricultores trazidos pela UDD à capital. Muitos já não tem mais recursos para permanecer em Bangcoc, por isso começaram a retornar ao interior. Segundo estimativa dada pelo vice-premiê, Suthep Thaugsuban, ao jornal The Nation, apenas 15 mil manifestantes ainda estariam na capital. Avaliações independentes, porém, sugerem pelo menos o quádruplo disso está nas ruas. O governo mobilizou 40 mil soldados para conter as manifestações e até o momento não houve confrontos entre as partes. Um dos líderes dos camisas-vermelhas, Veera Musikapong, disse à imprensa estrangeira que os próximos passos não estão planejados e que o rumo dos protestos vem sendo decidido a cada dia. Sem a presença de Thaksin no país, não está claro quem seria um possível interlocutor por parte dos manifestantes caso o governo acenasse com a possibilidade de negociar um acordo para por fim aos protestos. Instabilidade A situação política na Tailândia é instável há quatro anos. Em 2006 manifestantes de camisas amarelas, contrários a Thaksin, exigiram a renúncia do primeiro-ministro sob a acusação de corrupção. Thaksin acabou deposto em golpe de Estado no mesmo ano, mas demonstrou ainda ter força política em 2008, quando aliados dele voltaram ao poder e ocuparam o gabinete do primeiro-ministro por três meses. Na ocasião, confrontos entre apoiadores e opositores de Thaksin resultaram na ocupação e fechamento dos dois principais aeroportos de Bangcoc por uma semana. Hoje em dia, Thaksin vive exilado, viajando pelo exterior, mas passando grande parte do tempo em Dubai. Ele foi condenado à revelia a dois anos de prisão por abuso de poder. Há pouco mais de uma semana ele perdeu US$1,4 bilhão da sua fortuna pessoal de US$2,3 bilhões após a Justiça tailandesa concluir que esse dinheiro teve origem ilegal. Os seus simpatizantes afirmam que o julgamento foi político. Antes de se tornar primeiro-ministro, Thaksin já era muito rico e possuía, entre outros negócios, a companhia de telecomunicações Shin Corp. A empresa foi vendida ao fundo soberano Tamasek, de Cingapura, em janeiro de 2006, numa operação controversa que acabou desencadeando os protestos que resultaram na queda dele. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Manifestantes de oposição derramaram sangue na frente da residência do primeiro-ministro da Tailândia, Abhisit Vejjajiva, nesta quarta-feira, o quarto dia de protestos pedindo a sua renúncia. Os ativistas da Frente Unida pela Democracia contra a Ditadura (UDD, na sigla em tailandês), também conhecidos como "camisas-vermelhas", já haviam jogado sangue diante da sede do governo tailandês e no escritório do Partido Democrata na terça-feira. O premiê Vejjajiva e sua família não estavam na residência no momento em que o sangue foi jogado pelos manifestantes, pouco antes do meio-dia no horário local (2h00 de Brasília). Apesar da forte chuva, alguns manifestantes conseguiram ultrapassar as barreiras policiais e, além de derramar sangue, jogaram sacolas com líquidos e objetos por cima do muro da residência. Após o protesto, os manifestantes disseram que marchariam até a embaixada dos Estados Unidos, em resposta a rumores de que a inteligência americana teria alertado o governo tailandês que os "camisas-vermelhas" teriam planejado atos de violência contra o país. Protestos pacíficos Os protestos começaram no domingo, quando milhares de manifestantes acamparam em frente ao quartel militar em que acreditavam que o primeiro-ministro estaria abrigado. Os organizadores dos protestos queriam reunir 100 mil pessoas e chegaram próximo a esse objetivo, mas os participantes começam a se dispersar com o passar dos dias. Grande parte dos manifestantes é de agricultores trazidos pela UDD à capital. Muitos já não tem mais recursos para permanecer em Bangcoc, por isso começaram a retornar ao interior. Segundo estimativa dada pelo vice-premiê, Suthep Thaugsuban, ao jornal The Nation, apenas 15 mil manifestantes ainda estariam na capital. Avaliações independentes, porém, sugerem pelo menos o quádruplo disso está nas ruas. O governo mobilizou 40 mil soldados para conter as manifestações e até o momento não houve confrontos entre as partes. Um dos líderes dos camisas-vermelhas, Veera Musikapong, disse à imprensa estrangeira que os próximos passos não estão planejados e que o rumo dos protestos vem sendo decidido a cada dia. Sem a presença de Thaksin no país, não está claro quem seria um possível interlocutor por parte dos manifestantes caso o governo acenasse com a possibilidade de negociar um acordo para por fim aos protestos. Instabilidade A situação política na Tailândia é instável há quatro anos. Em 2006 manifestantes de camisas amarelas, contrários a Thaksin, exigiram a renúncia do primeiro-ministro sob a acusação de corrupção. Thaksin acabou deposto em golpe de Estado no mesmo ano, mas demonstrou ainda ter força política em 2008, quando aliados dele voltaram ao poder e ocuparam o gabinete do primeiro-ministro por três meses. Na ocasião, confrontos entre apoiadores e opositores de Thaksin resultaram na ocupação e fechamento dos dois principais aeroportos de Bangcoc por uma semana. Hoje em dia, Thaksin vive exilado, viajando pelo exterior, mas passando grande parte do tempo em Dubai. Ele foi condenado à revelia a dois anos de prisão por abuso de poder. Há pouco mais de uma semana ele perdeu US$1,4 bilhão da sua fortuna pessoal de US$2,3 bilhões após a Justiça tailandesa concluir que esse dinheiro teve origem ilegal. Os seus simpatizantes afirmam que o julgamento foi político. Antes de se tornar primeiro-ministro, Thaksin já era muito rico e possuía, entre outros negócios, a companhia de telecomunicações Shin Corp. A empresa foi vendida ao fundo soberano Tamasek, de Cingapura, em janeiro de 2006, numa operação controversa que acabou desencadeando os protestos que resultaram na queda dele. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Manifestantes de oposição derramaram sangue na frente da residência do primeiro-ministro da Tailândia, Abhisit Vejjajiva, nesta quarta-feira, o quarto dia de protestos pedindo a sua renúncia. Os ativistas da Frente Unida pela Democracia contra a Ditadura (UDD, na sigla em tailandês), também conhecidos como "camisas-vermelhas", já haviam jogado sangue diante da sede do governo tailandês e no escritório do Partido Democrata na terça-feira. O premiê Vejjajiva e sua família não estavam na residência no momento em que o sangue foi jogado pelos manifestantes, pouco antes do meio-dia no horário local (2h00 de Brasília). Apesar da forte chuva, alguns manifestantes conseguiram ultrapassar as barreiras policiais e, além de derramar sangue, jogaram sacolas com líquidos e objetos por cima do muro da residência. Após o protesto, os manifestantes disseram que marchariam até a embaixada dos Estados Unidos, em resposta a rumores de que a inteligência americana teria alertado o governo tailandês que os "camisas-vermelhas" teriam planejado atos de violência contra o país. Protestos pacíficos Os protestos começaram no domingo, quando milhares de manifestantes acamparam em frente ao quartel militar em que acreditavam que o primeiro-ministro estaria abrigado. Os organizadores dos protestos queriam reunir 100 mil pessoas e chegaram próximo a esse objetivo, mas os participantes começam a se dispersar com o passar dos dias. Grande parte dos manifestantes é de agricultores trazidos pela UDD à capital. Muitos já não tem mais recursos para permanecer em Bangcoc, por isso começaram a retornar ao interior. Segundo estimativa dada pelo vice-premiê, Suthep Thaugsuban, ao jornal The Nation, apenas 15 mil manifestantes ainda estariam na capital. Avaliações independentes, porém, sugerem pelo menos o quádruplo disso está nas ruas. O governo mobilizou 40 mil soldados para conter as manifestações e até o momento não houve confrontos entre as partes. Um dos líderes dos camisas-vermelhas, Veera Musikapong, disse à imprensa estrangeira que os próximos passos não estão planejados e que o rumo dos protestos vem sendo decidido a cada dia. Sem a presença de Thaksin no país, não está claro quem seria um possível interlocutor por parte dos manifestantes caso o governo acenasse com a possibilidade de negociar um acordo para por fim aos protestos. Instabilidade A situação política na Tailândia é instável há quatro anos. Em 2006 manifestantes de camisas amarelas, contrários a Thaksin, exigiram a renúncia do primeiro-ministro sob a acusação de corrupção. Thaksin acabou deposto em golpe de Estado no mesmo ano, mas demonstrou ainda ter força política em 2008, quando aliados dele voltaram ao poder e ocuparam o gabinete do primeiro-ministro por três meses. Na ocasião, confrontos entre apoiadores e opositores de Thaksin resultaram na ocupação e fechamento dos dois principais aeroportos de Bangcoc por uma semana. Hoje em dia, Thaksin vive exilado, viajando pelo exterior, mas passando grande parte do tempo em Dubai. Ele foi condenado à revelia a dois anos de prisão por abuso de poder. Há pouco mais de uma semana ele perdeu US$1,4 bilhão da sua fortuna pessoal de US$2,3 bilhões após a Justiça tailandesa concluir que esse dinheiro teve origem ilegal. Os seus simpatizantes afirmam que o julgamento foi político. Antes de se tornar primeiro-ministro, Thaksin já era muito rico e possuía, entre outros negócios, a companhia de telecomunicações Shin Corp. A empresa foi vendida ao fundo soberano Tamasek, de Cingapura, em janeiro de 2006, numa operação controversa que acabou desencadeando os protestos que resultaram na queda dele. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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