SANTIAGO - Mais de 80 mil pessoas se reuniram nesta quarta-feira, 25, no Chile, para retomar as reivindicações feitas em 2011 por uma reforma educacional no país. Muitos dos manifestantes eram membros do setor educacional e estudantes, segundo a agência ANSA.
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O presidente da Federação de Estudantes da Universidad de Chile (Fech), Gabriel Boric, advertiu que os estudantes não irão encerrar a luta "para que a educação seja um direito do povo" e que a manifestação cala aqueles que acreditavam "que não continuaríamos lutando".
O protesto aconteceu de forma pacífica, mas atos violentos foram registrados após o evento. Na frente do grupo, seguiam os líderes do movimento junto a um ator que representava o ex-presidente Salvador Allende (1908-1973).
A marcha, autorizada pelo governo, seguiu pela Avenida Libertador General Bernardo O'Higgins, mais conhecida como Alameda, principal via da capital chilena, e foi encerrada com um ato na Estación Mapocho, localizada a cerca de dez quadras do Palácio La Moneda, sede do governo do Chile.
A manifestação está sendo realizada dois dias após ser anunciada uma proposta do governo de assumir integralmente o custo da educação superior, deixando fora do processo de financiamento as instituições bancárias. O gesto foi valorizado pela classe estudantil, mas considerado insuficiente.