AMATRICE, ITÁLIA - Até o momento, cerca de mil pessoas de uma população habitual de 2 mil, foram retiradas de Amatrice, um dos municípios mais afetados pelo terremoto de 6,2 graus de magnitude que atingiu o centro da Itália na quarta-feira.
A informação foi dada nesta quinta-feira, 25, por Tizziano di Caroliz, que participa da gestão do campo de deslocados que foi estabelecido nas imediações da comuna na Província de Rieti, a cerca de 100 km ao nordeste de Roma.
Os esforços das equipes de resgate se concentram em buscar mais sobreviventes, embora a tarefa seja difícil porque a região está devastada. "Ainda estamos trabalhando para retirar escombros e recuperar (os corpos de) pessoas mortas, mas não trabalhamos em condições de segurança e a situação não é fácil", confessou.
O campo acolheu até o momento cerca de 350 pessoas, enquanto o restante está dormindo em seus carros ou em tendas de campanha próprias. Muitas pessoas preferiram ir às "casas de parentes" ou a outras localidades próximas a Amatrice que não sofreram danos. O acampamento em operação "receberá outras 300 pessoas" nesta quinta-feira.
Forte terremoto destrói parte de cidade turística na Itália
Equipes de voluntários trabalham para estabelecer outros três acampamentos que "estarão habilitados ao longo da tarde". No campo que já está em operação, há uma "estrutura médica de primeiros socorros e uma farmácia". Além disso, os deslocados estão tendo acesso à água, alimentos e cobertores.
O município está devastado, praticamente dividido em dois, e o centro está destruído, com carros enterrados sob os escombros e muitos edifícios desabados.
Amatrice normalmente conta com cerca de 2 mil habitantes, mas é uma cidade visitada por muitos turistas no verão. O prefeito Sergio Pirozzi estimou que poderia haver cerca de 40 mil pessoas no município, embora seja um número ainda não confirmado de forma definitiva. / EFE