Milhares protestam contra medidas do governo em Portugal


Governo português lançou pacote de austeridade com cortes de gastos e aumentos de impostos.

Por Jair Rattner

Mais de 200 mil pessoas participaram neste sábado em Lisboa de uma passeata contra as medidas de austeridade do governo português convocada pela maior central sindical do país, a Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP). A manifestação terminou com a ameaça de uma greve geral. Foi o primeiro grande protesto desde o anúncio do pacote de medidas criado para restaurar a confiança dos mercados e evitar que Portugal fosse vítima de um ataque especulativo semelhante ao que atingiu a Grécia. Entre as medidas estão a retirada de todas as iniciativas de apoio à economia adotadas depois da crise imobiliária americana, redução do seguro-desemprego, diminuição dos gastos com a renda mínima, aumento de impostos, congelamento de admissões, de salários e de promoções dos funcionários públicos, entre outras. O governo prevê reduzir o déficit de 9,4% do PIB em 2009 para 2,8% em 2013. Na manifestação, o líder da CGTP, Manuel Carvalho da Silva, afirmou que não foram os trabalhadores os que criaram a crise e que são eles que vão ter que pagar. O sindicalista propôs, em vez de cortar nos gastos, combater a evasão fiscal e a fraude nos impostos para obter mais receitas. Ele ameaçou com uma greve geral caso não fossem retiradas as medidas. Tom mais duro A segunda central sindical portuguesa, a União Geral dos Trabalhadores, mesmo não tendo participado no protesto, endureceu o tom em relação ao governo. Comentando a manifestação, o secretário-geral da UGT, João Proença, disse que não podem ser exigidos mais sacrifícios aos trabalhadores, mas descartou convocar uma greve geral. Da parte do governo, a resposta foi um apelo ao diálogo. "Somos pela concertação, não pela contestação", afirmou a ministra do Trabalho, Helena André. "O objetivo agora é restaurar a confiança internacional na República Portuguesa", disse, defendendo as medidas do governo. A economia portuguesa estava sob ataque, depois de a avaliação da dívida do país ter sido rebaixada dois níveis no final de abril pela Standard & Poor's que considerou que o país teria dificuldade em honrar as dívidas, caso continuasse a gastar mais do que recolhe. Previsto para durar até o final de 2011, o pacote aumenta impostos e corta despesas. Para pessoas que recebem mais de 100 mil euros por ano, a alíquota do imposto de renda também foi elevada, de 40% para 45%. No tocante às empresas, aquelas que tiverem lucros superiores a 2 milhões de euros terão de pagar mais 2,5% de imposto. Outro tributo, o imposto sobre o crédito ao consumo, também será aumentado, no que Sócrates afirmou ser "um sinal claro no sentido de fazer um apelo à poupança". Outra medida, que o primeiro-ministro considerou simbólica, foi a de reduzir 5% as remunerações dos políticos e administradores públicos. Antes de serem anunciadas, as medidas foram negociadas com o principal partido da oposição, o PSD, de centro-direita. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Mais de 200 mil pessoas participaram neste sábado em Lisboa de uma passeata contra as medidas de austeridade do governo português convocada pela maior central sindical do país, a Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP). A manifestação terminou com a ameaça de uma greve geral. Foi o primeiro grande protesto desde o anúncio do pacote de medidas criado para restaurar a confiança dos mercados e evitar que Portugal fosse vítima de um ataque especulativo semelhante ao que atingiu a Grécia. Entre as medidas estão a retirada de todas as iniciativas de apoio à economia adotadas depois da crise imobiliária americana, redução do seguro-desemprego, diminuição dos gastos com a renda mínima, aumento de impostos, congelamento de admissões, de salários e de promoções dos funcionários públicos, entre outras. O governo prevê reduzir o déficit de 9,4% do PIB em 2009 para 2,8% em 2013. Na manifestação, o líder da CGTP, Manuel Carvalho da Silva, afirmou que não foram os trabalhadores os que criaram a crise e que são eles que vão ter que pagar. O sindicalista propôs, em vez de cortar nos gastos, combater a evasão fiscal e a fraude nos impostos para obter mais receitas. Ele ameaçou com uma greve geral caso não fossem retiradas as medidas. Tom mais duro A segunda central sindical portuguesa, a União Geral dos Trabalhadores, mesmo não tendo participado no protesto, endureceu o tom em relação ao governo. Comentando a manifestação, o secretário-geral da UGT, João Proença, disse que não podem ser exigidos mais sacrifícios aos trabalhadores, mas descartou convocar uma greve geral. Da parte do governo, a resposta foi um apelo ao diálogo. "Somos pela concertação, não pela contestação", afirmou a ministra do Trabalho, Helena André. "O objetivo agora é restaurar a confiança internacional na República Portuguesa", disse, defendendo as medidas do governo. A economia portuguesa estava sob ataque, depois de a avaliação da dívida do país ter sido rebaixada dois níveis no final de abril pela Standard & Poor's que considerou que o país teria dificuldade em honrar as dívidas, caso continuasse a gastar mais do que recolhe. Previsto para durar até o final de 2011, o pacote aumenta impostos e corta despesas. Para pessoas que recebem mais de 100 mil euros por ano, a alíquota do imposto de renda também foi elevada, de 40% para 45%. No tocante às empresas, aquelas que tiverem lucros superiores a 2 milhões de euros terão de pagar mais 2,5% de imposto. Outro tributo, o imposto sobre o crédito ao consumo, também será aumentado, no que Sócrates afirmou ser "um sinal claro no sentido de fazer um apelo à poupança". Outra medida, que o primeiro-ministro considerou simbólica, foi a de reduzir 5% as remunerações dos políticos e administradores públicos. Antes de serem anunciadas, as medidas foram negociadas com o principal partido da oposição, o PSD, de centro-direita. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Mais de 200 mil pessoas participaram neste sábado em Lisboa de uma passeata contra as medidas de austeridade do governo português convocada pela maior central sindical do país, a Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP). A manifestação terminou com a ameaça de uma greve geral. Foi o primeiro grande protesto desde o anúncio do pacote de medidas criado para restaurar a confiança dos mercados e evitar que Portugal fosse vítima de um ataque especulativo semelhante ao que atingiu a Grécia. Entre as medidas estão a retirada de todas as iniciativas de apoio à economia adotadas depois da crise imobiliária americana, redução do seguro-desemprego, diminuição dos gastos com a renda mínima, aumento de impostos, congelamento de admissões, de salários e de promoções dos funcionários públicos, entre outras. O governo prevê reduzir o déficit de 9,4% do PIB em 2009 para 2,8% em 2013. Na manifestação, o líder da CGTP, Manuel Carvalho da Silva, afirmou que não foram os trabalhadores os que criaram a crise e que são eles que vão ter que pagar. O sindicalista propôs, em vez de cortar nos gastos, combater a evasão fiscal e a fraude nos impostos para obter mais receitas. Ele ameaçou com uma greve geral caso não fossem retiradas as medidas. Tom mais duro A segunda central sindical portuguesa, a União Geral dos Trabalhadores, mesmo não tendo participado no protesto, endureceu o tom em relação ao governo. Comentando a manifestação, o secretário-geral da UGT, João Proença, disse que não podem ser exigidos mais sacrifícios aos trabalhadores, mas descartou convocar uma greve geral. Da parte do governo, a resposta foi um apelo ao diálogo. "Somos pela concertação, não pela contestação", afirmou a ministra do Trabalho, Helena André. "O objetivo agora é restaurar a confiança internacional na República Portuguesa", disse, defendendo as medidas do governo. A economia portuguesa estava sob ataque, depois de a avaliação da dívida do país ter sido rebaixada dois níveis no final de abril pela Standard & Poor's que considerou que o país teria dificuldade em honrar as dívidas, caso continuasse a gastar mais do que recolhe. Previsto para durar até o final de 2011, o pacote aumenta impostos e corta despesas. Para pessoas que recebem mais de 100 mil euros por ano, a alíquota do imposto de renda também foi elevada, de 40% para 45%. No tocante às empresas, aquelas que tiverem lucros superiores a 2 milhões de euros terão de pagar mais 2,5% de imposto. Outro tributo, o imposto sobre o crédito ao consumo, também será aumentado, no que Sócrates afirmou ser "um sinal claro no sentido de fazer um apelo à poupança". Outra medida, que o primeiro-ministro considerou simbólica, foi a de reduzir 5% as remunerações dos políticos e administradores públicos. Antes de serem anunciadas, as medidas foram negociadas com o principal partido da oposição, o PSD, de centro-direita. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Mais de 200 mil pessoas participaram neste sábado em Lisboa de uma passeata contra as medidas de austeridade do governo português convocada pela maior central sindical do país, a Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP). A manifestação terminou com a ameaça de uma greve geral. Foi o primeiro grande protesto desde o anúncio do pacote de medidas criado para restaurar a confiança dos mercados e evitar que Portugal fosse vítima de um ataque especulativo semelhante ao que atingiu a Grécia. Entre as medidas estão a retirada de todas as iniciativas de apoio à economia adotadas depois da crise imobiliária americana, redução do seguro-desemprego, diminuição dos gastos com a renda mínima, aumento de impostos, congelamento de admissões, de salários e de promoções dos funcionários públicos, entre outras. O governo prevê reduzir o déficit de 9,4% do PIB em 2009 para 2,8% em 2013. Na manifestação, o líder da CGTP, Manuel Carvalho da Silva, afirmou que não foram os trabalhadores os que criaram a crise e que são eles que vão ter que pagar. O sindicalista propôs, em vez de cortar nos gastos, combater a evasão fiscal e a fraude nos impostos para obter mais receitas. Ele ameaçou com uma greve geral caso não fossem retiradas as medidas. Tom mais duro A segunda central sindical portuguesa, a União Geral dos Trabalhadores, mesmo não tendo participado no protesto, endureceu o tom em relação ao governo. Comentando a manifestação, o secretário-geral da UGT, João Proença, disse que não podem ser exigidos mais sacrifícios aos trabalhadores, mas descartou convocar uma greve geral. Da parte do governo, a resposta foi um apelo ao diálogo. "Somos pela concertação, não pela contestação", afirmou a ministra do Trabalho, Helena André. "O objetivo agora é restaurar a confiança internacional na República Portuguesa", disse, defendendo as medidas do governo. A economia portuguesa estava sob ataque, depois de a avaliação da dívida do país ter sido rebaixada dois níveis no final de abril pela Standard & Poor's que considerou que o país teria dificuldade em honrar as dívidas, caso continuasse a gastar mais do que recolhe. Previsto para durar até o final de 2011, o pacote aumenta impostos e corta despesas. Para pessoas que recebem mais de 100 mil euros por ano, a alíquota do imposto de renda também foi elevada, de 40% para 45%. No tocante às empresas, aquelas que tiverem lucros superiores a 2 milhões de euros terão de pagar mais 2,5% de imposto. Outro tributo, o imposto sobre o crédito ao consumo, também será aumentado, no que Sócrates afirmou ser "um sinal claro no sentido de fazer um apelo à poupança". Outra medida, que o primeiro-ministro considerou simbólica, foi a de reduzir 5% as remunerações dos políticos e administradores públicos. Antes de serem anunciadas, as medidas foram negociadas com o principal partido da oposição, o PSD, de centro-direita. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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