Militares veem agressão ao Brasil e pedem ação diplomática


'Recebemos uma chuva de gás lacrimogêneo vindo do território venezuelano', diz chefe da Operação Acolhida

Por Felipe Frazão e Luiz Raatz
Houve confronto na fronteira com o Brasil, em Pacaraima Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO

PACARAIMA (RR) - Depois do confronto envolvendo cidadãos venezuelanos radicados no Brasil e militares da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) na fronteira entre os dois países neste sábado, 23, o Estado ouviu as primeiras impressões de oficiais do Exército envolvidos na Operação Acolhida e integrantes do pelotão de fronteira do 7º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS), responsável pela segurança na fronteira com a Venezuela.

Os militares brasileiros fizeram uma varredura em solo próximo à linha de fronteira para afastar os últimos venezuelanos que continuavam atacando bases das forças leais a Maduro. Para eles, as forças venezuelanas "agrediram o Brasil" e avançaram sobre a fronteira ao se deslocarem até o último marco físico e revidarem as pedradas, além de terem disparado bombas de gás contra o território nacional. 

continua após a publicidade

“Foi um episódio lamentável. Ninguém esperava que isso acontecesse no nosso território. Recebemos uma chuva de gás lacrimogêneo vindo do território venezuelano e esperamos que isso não fique assim”, disse o coronel José Jacaúna, chefe da Operação Acolhida, que, segundo ele, foi afetada e paralisada neste sábado. “Algo deve ser feito em termos de relações internacionais. Alguma ação diplomática em face a esse governo (Maduro) que nos atacou. Não há uma ofensa ao território nacional, mas há rusga.”

“Quem vai dizer que foi uma agressão ao País é o presidente (Jair Bolsonaro), nosso comandante. Não reconhecemos o governo Maduro. A diplomacia já disse isso e é quem deve se manifestar”, completou.

A situação foi comparada por um militar a conflitos ocorridos durante a missão de paz da ONU no Haiti, liderada pelo Brasil. Ele pediu para não ser identificado e disse que o Exército agiu apenas com alguns militares desarmados na linha de fronteira para “evitar uma escalada desnecessária da violência”.

continua após a publicidade

Até o começo da noite deste sábado o governo brasileiro não havia se manifestado em relação à declaração do comandante da Operação Acolhida.

continua após a publicidade

Tranquilidade

Em entrevista ao Estado publicada no sábado, o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, disse que “não há possibilidade de confronto militar” entre Brasil e Venezuela apesar dos conflitos como os registrados na fronteira na sexta-feira e neste sábado. 

“A determinação que nós recebemos do presidente Jair Bolsonaro é de que, de jeito nenhum, as Forças Armadas brasileiras atravessarão a fronteira”, disse o general. “De forma alguma nós vamos manter qualquer ingerência em relação ao território venezuelano.”

continua após a publicidade

O ministro também disse que não houve o aumento de pessoal militar em Pacaraima e que “a posição das nossas forças no local é de completa normalidade”.

Houve confronto na fronteira com o Brasil, em Pacaraima Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO

PACARAIMA (RR) - Depois do confronto envolvendo cidadãos venezuelanos radicados no Brasil e militares da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) na fronteira entre os dois países neste sábado, 23, o Estado ouviu as primeiras impressões de oficiais do Exército envolvidos na Operação Acolhida e integrantes do pelotão de fronteira do 7º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS), responsável pela segurança na fronteira com a Venezuela.

Os militares brasileiros fizeram uma varredura em solo próximo à linha de fronteira para afastar os últimos venezuelanos que continuavam atacando bases das forças leais a Maduro. Para eles, as forças venezuelanas "agrediram o Brasil" e avançaram sobre a fronteira ao se deslocarem até o último marco físico e revidarem as pedradas, além de terem disparado bombas de gás contra o território nacional. 

“Foi um episódio lamentável. Ninguém esperava que isso acontecesse no nosso território. Recebemos uma chuva de gás lacrimogêneo vindo do território venezuelano e esperamos que isso não fique assim”, disse o coronel José Jacaúna, chefe da Operação Acolhida, que, segundo ele, foi afetada e paralisada neste sábado. “Algo deve ser feito em termos de relações internacionais. Alguma ação diplomática em face a esse governo (Maduro) que nos atacou. Não há uma ofensa ao território nacional, mas há rusga.”

“Quem vai dizer que foi uma agressão ao País é o presidente (Jair Bolsonaro), nosso comandante. Não reconhecemos o governo Maduro. A diplomacia já disse isso e é quem deve se manifestar”, completou.

A situação foi comparada por um militar a conflitos ocorridos durante a missão de paz da ONU no Haiti, liderada pelo Brasil. Ele pediu para não ser identificado e disse que o Exército agiu apenas com alguns militares desarmados na linha de fronteira para “evitar uma escalada desnecessária da violência”.

Até o começo da noite deste sábado o governo brasileiro não havia se manifestado em relação à declaração do comandante da Operação Acolhida.

Tranquilidade

Em entrevista ao Estado publicada no sábado, o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, disse que “não há possibilidade de confronto militar” entre Brasil e Venezuela apesar dos conflitos como os registrados na fronteira na sexta-feira e neste sábado. 

“A determinação que nós recebemos do presidente Jair Bolsonaro é de que, de jeito nenhum, as Forças Armadas brasileiras atravessarão a fronteira”, disse o general. “De forma alguma nós vamos manter qualquer ingerência em relação ao território venezuelano.”

O ministro também disse que não houve o aumento de pessoal militar em Pacaraima e que “a posição das nossas forças no local é de completa normalidade”.

Houve confronto na fronteira com o Brasil, em Pacaraima Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO

PACARAIMA (RR) - Depois do confronto envolvendo cidadãos venezuelanos radicados no Brasil e militares da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) na fronteira entre os dois países neste sábado, 23, o Estado ouviu as primeiras impressões de oficiais do Exército envolvidos na Operação Acolhida e integrantes do pelotão de fronteira do 7º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS), responsável pela segurança na fronteira com a Venezuela.

Os militares brasileiros fizeram uma varredura em solo próximo à linha de fronteira para afastar os últimos venezuelanos que continuavam atacando bases das forças leais a Maduro. Para eles, as forças venezuelanas "agrediram o Brasil" e avançaram sobre a fronteira ao se deslocarem até o último marco físico e revidarem as pedradas, além de terem disparado bombas de gás contra o território nacional. 

“Foi um episódio lamentável. Ninguém esperava que isso acontecesse no nosso território. Recebemos uma chuva de gás lacrimogêneo vindo do território venezuelano e esperamos que isso não fique assim”, disse o coronel José Jacaúna, chefe da Operação Acolhida, que, segundo ele, foi afetada e paralisada neste sábado. “Algo deve ser feito em termos de relações internacionais. Alguma ação diplomática em face a esse governo (Maduro) que nos atacou. Não há uma ofensa ao território nacional, mas há rusga.”

“Quem vai dizer que foi uma agressão ao País é o presidente (Jair Bolsonaro), nosso comandante. Não reconhecemos o governo Maduro. A diplomacia já disse isso e é quem deve se manifestar”, completou.

A situação foi comparada por um militar a conflitos ocorridos durante a missão de paz da ONU no Haiti, liderada pelo Brasil. Ele pediu para não ser identificado e disse que o Exército agiu apenas com alguns militares desarmados na linha de fronteira para “evitar uma escalada desnecessária da violência”.

Até o começo da noite deste sábado o governo brasileiro não havia se manifestado em relação à declaração do comandante da Operação Acolhida.

Tranquilidade

Em entrevista ao Estado publicada no sábado, o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, disse que “não há possibilidade de confronto militar” entre Brasil e Venezuela apesar dos conflitos como os registrados na fronteira na sexta-feira e neste sábado. 

“A determinação que nós recebemos do presidente Jair Bolsonaro é de que, de jeito nenhum, as Forças Armadas brasileiras atravessarão a fronteira”, disse o general. “De forma alguma nós vamos manter qualquer ingerência em relação ao território venezuelano.”

O ministro também disse que não houve o aumento de pessoal militar em Pacaraima e que “a posição das nossas forças no local é de completa normalidade”.

Houve confronto na fronteira com o Brasil, em Pacaraima Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO

PACARAIMA (RR) - Depois do confronto envolvendo cidadãos venezuelanos radicados no Brasil e militares da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) na fronteira entre os dois países neste sábado, 23, o Estado ouviu as primeiras impressões de oficiais do Exército envolvidos na Operação Acolhida e integrantes do pelotão de fronteira do 7º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS), responsável pela segurança na fronteira com a Venezuela.

Os militares brasileiros fizeram uma varredura em solo próximo à linha de fronteira para afastar os últimos venezuelanos que continuavam atacando bases das forças leais a Maduro. Para eles, as forças venezuelanas "agrediram o Brasil" e avançaram sobre a fronteira ao se deslocarem até o último marco físico e revidarem as pedradas, além de terem disparado bombas de gás contra o território nacional. 

“Foi um episódio lamentável. Ninguém esperava que isso acontecesse no nosso território. Recebemos uma chuva de gás lacrimogêneo vindo do território venezuelano e esperamos que isso não fique assim”, disse o coronel José Jacaúna, chefe da Operação Acolhida, que, segundo ele, foi afetada e paralisada neste sábado. “Algo deve ser feito em termos de relações internacionais. Alguma ação diplomática em face a esse governo (Maduro) que nos atacou. Não há uma ofensa ao território nacional, mas há rusga.”

“Quem vai dizer que foi uma agressão ao País é o presidente (Jair Bolsonaro), nosso comandante. Não reconhecemos o governo Maduro. A diplomacia já disse isso e é quem deve se manifestar”, completou.

A situação foi comparada por um militar a conflitos ocorridos durante a missão de paz da ONU no Haiti, liderada pelo Brasil. Ele pediu para não ser identificado e disse que o Exército agiu apenas com alguns militares desarmados na linha de fronteira para “evitar uma escalada desnecessária da violência”.

Até o começo da noite deste sábado o governo brasileiro não havia se manifestado em relação à declaração do comandante da Operação Acolhida.

Tranquilidade

Em entrevista ao Estado publicada no sábado, o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, disse que “não há possibilidade de confronto militar” entre Brasil e Venezuela apesar dos conflitos como os registrados na fronteira na sexta-feira e neste sábado. 

“A determinação que nós recebemos do presidente Jair Bolsonaro é de que, de jeito nenhum, as Forças Armadas brasileiras atravessarão a fronteira”, disse o general. “De forma alguma nós vamos manter qualquer ingerência em relação ao território venezuelano.”

O ministro também disse que não houve o aumento de pessoal militar em Pacaraima e que “a posição das nossas forças no local é de completa normalidade”.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.