Militarização da fronteira irrita população de Táchira


Fronteiriça com a Colômbia, região é alvo de rígido controle militar para coibir o contrabando de alimento e combustíveis

Por Luiz Raatz, San Cristóbal e Venezuela

A caminhonete para no primeiro posto de controle entre os Estados venezuelanos de Mérida e Táchira, a cerca de 800 quilômetros de Caracas. Dois soldados da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) ordenam que o condutor e o acompanhante desçam e mostrem o conteúdo de uma caixa de papelão com mantimentos. Depois de um exame minucioso, o policial libera os dois e os alimentos, em sua maioria frutas e verduras.

A cena é comum e se repete em ao menos 14 blitze montadas pela GNB, Exército e Polícia Nacional Bolivariana (PNB) na Rodovia Pan-Americana, a principal rodovia do Estado de Táchira. Fronteiriça com a Colômbia, a região é alvo de um rígido controle militar implementado pelo chavismo para coibir o contrabando de alimento e combustíveis entre a porosa divisa que separa os dois países.

Venezuela registrou mais de 500 protestos em setembro

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Venezuela registrou mais de 500 protestos em setembro

Foto: REUTERS
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Venezuela registrou mais de 500 protestos em setembro

Foto: AFP
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Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
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Venezuela registrou mais de 500 protestos em setembro

Foto: REUTERS/Henry Romero
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Moradores da região e motoristas que trabalham na rodovia transportando cargas e pessoas dizem que o excesso de controle é ineficaz e, na maioria das vezes, são liberados pelos oficiais. “A maioria do contrabando não passa por aqui. Eles desconfiam quando trazemos comida, mas na maioria das vezes nos deixam passar quando dizemos que é para consumo próprio”, disse ao Estado a estudante Yesenia Varela, que viajava de ônibus de El Vigia para San Cristóbal.

Na estrada também é comum ambulantes venderem produtos que geralmente estão escassos no país, comprados em Cúcuta, depois que a fronteira com a Colômbia foi reaberta, em agosto. Um pacote de um quilo de farinha de milho, usado na fabricação da tradicional arepa venezuelana, custa, na beira da estrada, 2 mil bolívares (cerca de US$ 2).

Pelo preço tabelado pelo chavismo, a farinha de milho deveria custar 190 bolívares (US$ 0,19), mas a produção local não atende à demanda. A farinha importada da Colômbia custa, em San Cristóbal, cerca de 1.200 bolívares (US$ 1,2).

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“Entre São Cristóbal e El Vigia, eles dificilmente pedem algum documento do carro, no máximo pedem para abrir o porta-malas, mas são muito postos de controle. A cada 30 quilômetros você tem de parar e, no fim das contas, não funciona para nada”, criticou o motorista de táxi Ronaldo Correa. “Muitos motoristas enchem o táxi em San Cristóbal e vendem a gasolina para os postos da estrada. Você nunca sabe se as filas são para encher ou esvaziar o tanque.”

A caminhonete para no primeiro posto de controle entre os Estados venezuelanos de Mérida e Táchira, a cerca de 800 quilômetros de Caracas. Dois soldados da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) ordenam que o condutor e o acompanhante desçam e mostrem o conteúdo de uma caixa de papelão com mantimentos. Depois de um exame minucioso, o policial libera os dois e os alimentos, em sua maioria frutas e verduras.

A cena é comum e se repete em ao menos 14 blitze montadas pela GNB, Exército e Polícia Nacional Bolivariana (PNB) na Rodovia Pan-Americana, a principal rodovia do Estado de Táchira. Fronteiriça com a Colômbia, a região é alvo de um rígido controle militar implementado pelo chavismo para coibir o contrabando de alimento e combustíveis entre a porosa divisa que separa os dois países.

Venezuela registrou mais de 500 protestos em setembro

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Foto: REUTERS/Henry Romero

Moradores da região e motoristas que trabalham na rodovia transportando cargas e pessoas dizem que o excesso de controle é ineficaz e, na maioria das vezes, são liberados pelos oficiais. “A maioria do contrabando não passa por aqui. Eles desconfiam quando trazemos comida, mas na maioria das vezes nos deixam passar quando dizemos que é para consumo próprio”, disse ao Estado a estudante Yesenia Varela, que viajava de ônibus de El Vigia para San Cristóbal.

Na estrada também é comum ambulantes venderem produtos que geralmente estão escassos no país, comprados em Cúcuta, depois que a fronteira com a Colômbia foi reaberta, em agosto. Um pacote de um quilo de farinha de milho, usado na fabricação da tradicional arepa venezuelana, custa, na beira da estrada, 2 mil bolívares (cerca de US$ 2).

Pelo preço tabelado pelo chavismo, a farinha de milho deveria custar 190 bolívares (US$ 0,19), mas a produção local não atende à demanda. A farinha importada da Colômbia custa, em San Cristóbal, cerca de 1.200 bolívares (US$ 1,2).

“Entre São Cristóbal e El Vigia, eles dificilmente pedem algum documento do carro, no máximo pedem para abrir o porta-malas, mas são muito postos de controle. A cada 30 quilômetros você tem de parar e, no fim das contas, não funciona para nada”, criticou o motorista de táxi Ronaldo Correa. “Muitos motoristas enchem o táxi em San Cristóbal e vendem a gasolina para os postos da estrada. Você nunca sabe se as filas são para encher ou esvaziar o tanque.”

A caminhonete para no primeiro posto de controle entre os Estados venezuelanos de Mérida e Táchira, a cerca de 800 quilômetros de Caracas. Dois soldados da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) ordenam que o condutor e o acompanhante desçam e mostrem o conteúdo de uma caixa de papelão com mantimentos. Depois de um exame minucioso, o policial libera os dois e os alimentos, em sua maioria frutas e verduras.

A cena é comum e se repete em ao menos 14 blitze montadas pela GNB, Exército e Polícia Nacional Bolivariana (PNB) na Rodovia Pan-Americana, a principal rodovia do Estado de Táchira. Fronteiriça com a Colômbia, a região é alvo de um rígido controle militar implementado pelo chavismo para coibir o contrabando de alimento e combustíveis entre a porosa divisa que separa os dois países.

Venezuela registrou mais de 500 protestos em setembro

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Moradores da região e motoristas que trabalham na rodovia transportando cargas e pessoas dizem que o excesso de controle é ineficaz e, na maioria das vezes, são liberados pelos oficiais. “A maioria do contrabando não passa por aqui. Eles desconfiam quando trazemos comida, mas na maioria das vezes nos deixam passar quando dizemos que é para consumo próprio”, disse ao Estado a estudante Yesenia Varela, que viajava de ônibus de El Vigia para San Cristóbal.

Na estrada também é comum ambulantes venderem produtos que geralmente estão escassos no país, comprados em Cúcuta, depois que a fronteira com a Colômbia foi reaberta, em agosto. Um pacote de um quilo de farinha de milho, usado na fabricação da tradicional arepa venezuelana, custa, na beira da estrada, 2 mil bolívares (cerca de US$ 2).

Pelo preço tabelado pelo chavismo, a farinha de milho deveria custar 190 bolívares (US$ 0,19), mas a produção local não atende à demanda. A farinha importada da Colômbia custa, em San Cristóbal, cerca de 1.200 bolívares (US$ 1,2).

“Entre São Cristóbal e El Vigia, eles dificilmente pedem algum documento do carro, no máximo pedem para abrir o porta-malas, mas são muito postos de controle. A cada 30 quilômetros você tem de parar e, no fim das contas, não funciona para nada”, criticou o motorista de táxi Ronaldo Correa. “Muitos motoristas enchem o táxi em San Cristóbal e vendem a gasolina para os postos da estrada. Você nunca sabe se as filas são para encher ou esvaziar o tanque.”

A caminhonete para no primeiro posto de controle entre os Estados venezuelanos de Mérida e Táchira, a cerca de 800 quilômetros de Caracas. Dois soldados da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) ordenam que o condutor e o acompanhante desçam e mostrem o conteúdo de uma caixa de papelão com mantimentos. Depois de um exame minucioso, o policial libera os dois e os alimentos, em sua maioria frutas e verduras.

A cena é comum e se repete em ao menos 14 blitze montadas pela GNB, Exército e Polícia Nacional Bolivariana (PNB) na Rodovia Pan-Americana, a principal rodovia do Estado de Táchira. Fronteiriça com a Colômbia, a região é alvo de um rígido controle militar implementado pelo chavismo para coibir o contrabando de alimento e combustíveis entre a porosa divisa que separa os dois países.

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Moradores da região e motoristas que trabalham na rodovia transportando cargas e pessoas dizem que o excesso de controle é ineficaz e, na maioria das vezes, são liberados pelos oficiais. “A maioria do contrabando não passa por aqui. Eles desconfiam quando trazemos comida, mas na maioria das vezes nos deixam passar quando dizemos que é para consumo próprio”, disse ao Estado a estudante Yesenia Varela, que viajava de ônibus de El Vigia para San Cristóbal.

Na estrada também é comum ambulantes venderem produtos que geralmente estão escassos no país, comprados em Cúcuta, depois que a fronteira com a Colômbia foi reaberta, em agosto. Um pacote de um quilo de farinha de milho, usado na fabricação da tradicional arepa venezuelana, custa, na beira da estrada, 2 mil bolívares (cerca de US$ 2).

Pelo preço tabelado pelo chavismo, a farinha de milho deveria custar 190 bolívares (US$ 0,19), mas a produção local não atende à demanda. A farinha importada da Colômbia custa, em San Cristóbal, cerca de 1.200 bolívares (US$ 1,2).

“Entre São Cristóbal e El Vigia, eles dificilmente pedem algum documento do carro, no máximo pedem para abrir o porta-malas, mas são muito postos de controle. A cada 30 quilômetros você tem de parar e, no fim das contas, não funciona para nada”, criticou o motorista de táxi Ronaldo Correa. “Muitos motoristas enchem o táxi em San Cristóbal e vendem a gasolina para os postos da estrada. Você nunca sabe se as filas são para encher ou esvaziar o tanque.”

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