LISBOA - A ministra do Interior de Portugal, Constança Urbano de Sousa, renunciou nesta quarta-feira, 18, depois que incêndios florestais deixaram mais de 100 mortos no país nos últimos meses.
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Centenas de incêndios assolaram o norte e o centro de Portugal desde domingo, após o verão mais seco em quase 90 anos, deixando ao menos 41 mortos e sobrecarregando os serviços de bombeiros e as equipes de resgate. Em junho, um incêndio florestal matou 64 pessoas.
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O Ministério do Interior é responsável pelos bombeiros, pela polícia e pela agência de Defesa Civil, que enfrentaram críticas após os incêndios.
Em sua carta de demissão, a ministra disse: “Eu não tinha as condições políticas e pessoais para continuar no meu posto”. O primeiro-ministro português, António Costa, informou em comunicado que aceitou a renúncia da ministra.
Portugal e Espanha sofrem com incêndios florestais
Até mesmo o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, chegou a lançar duras advertências ao governo. Em um discurso à nação em Oliveira do Hospital, uma das áreas mais afetadas pelas chamas, o chefe de Estado destacou que espera que o Parlamento, "soberanamente, esclareça se quer manter o governo atual". / REUTERS e EFE
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Trinta e nove pessoas morreram até essa segunda-feira nos incêndios florestais que atingem há vários dias Portugal e a região vizinha da Galícia, na Espanha.