Monarquia no Bahrein anuncia 'diálogo nacional' para lidar com crise política


Príncipe Khalifa foi autorizado a conversar com todos os partidos do país para tentar pôr fim aos protestos que já deixaram ao menos 50 feridos.

Por BBC Brasil

Os manifestantes no Bahrein pedem mudanças no regime O rei Hamad do Bahrein determinou nesta sexta-feira que o príncipe Salman Bin Hamad Al Khalifa iniciassem um diálogo nacional com todos os partidos, para tentar resolver a crescente crise política que atinge o país. Segundo um comunicado oficial, o príncipe agora tem "todos os poderes para lidar com as aspirações e esperanças de todos os cidadãos do país". No entanto, a correspondente da BBC no país, Caroline Hawley, afirmou que o anúncio da dinastia sunita pode ter sido anunciado tarde demais para acalmar os protestos. Os protestos tomaram a capital Manama no início da noite. Segundo testemunhas, tiros foram ouvidos durante choques entre as forças de segurança e os manifestantes anti-governo. Violência Mais cedo, as tropas abriram fogo contra a população, ferindo pelo menos 50 manifestantes na Praça Pérola. Os ataques, que provocaram cenas de pânico e caos, ocorreram no mesmo dia em que os manifestantes participavam dos funerais de quatro vítimas de confrontos com a polícia nos últimos dias. O funeral de duas vítimas - dois homens, de 20 e 50 anos - ocorreu em um bairro xiita de Manama. Os caixões foram envoltos em bandeiras do país e levados em cortejo pelas ruas do bairro. A multidão presente gritava pedindo "justiça, liberdade e monarquia constitucional". Alguns disseram que estavam dispostos a sacrificar suas vidas para derrubar o governo. "Haverá violência, haverá confrontos", disse à BBC um manifestante que se identificou como Sayed. "Bahrein está passando por um túnel escuro." Os manifestantes tentaram chegar a um hospital onde outros ativistas feridos estão internados. Mas, no caminho, passaram perto da Praça da Pérola - que tinha sido isolada pelo Exército, depois que os soldados expulsaram na quinta-feira manifestantes que lá estavam acampados - e aí foram atingidos. Uma testemunha disse ao canal de televisão Al-Jazeera que as autoridades não deram aviso antes de atirar. "Eles simplesmente começaram a atirar contra nós. Agora há mais de 20 feridos no hospital. Um rapaz morreu, foi baleado na cabeça", disse a testemunha. Tensões Desde sua independência da Grã-Bretanha, em 1971, o Bahrein tem registrado tensões entre a elite sunita e a maioria xiita, que se diz marginalizada e reprimida. Agora, essas tensões ganharam força em meio à atual onda de levantes nos países árabes e muçulmanos, que já levaram à renúncia dos presidentes da Tunísia e do Egito. O uso da força militar nos protestos recentes colocou a família real de Bahrein em rota direta de confronto com os xiitas, que compõem a maioria dos manifestantes, relata o correspondente da BBC no Oriente Médio Jon Leyne. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Os manifestantes no Bahrein pedem mudanças no regime O rei Hamad do Bahrein determinou nesta sexta-feira que o príncipe Salman Bin Hamad Al Khalifa iniciassem um diálogo nacional com todos os partidos, para tentar resolver a crescente crise política que atinge o país. Segundo um comunicado oficial, o príncipe agora tem "todos os poderes para lidar com as aspirações e esperanças de todos os cidadãos do país". No entanto, a correspondente da BBC no país, Caroline Hawley, afirmou que o anúncio da dinastia sunita pode ter sido anunciado tarde demais para acalmar os protestos. Os protestos tomaram a capital Manama no início da noite. Segundo testemunhas, tiros foram ouvidos durante choques entre as forças de segurança e os manifestantes anti-governo. Violência Mais cedo, as tropas abriram fogo contra a população, ferindo pelo menos 50 manifestantes na Praça Pérola. Os ataques, que provocaram cenas de pânico e caos, ocorreram no mesmo dia em que os manifestantes participavam dos funerais de quatro vítimas de confrontos com a polícia nos últimos dias. O funeral de duas vítimas - dois homens, de 20 e 50 anos - ocorreu em um bairro xiita de Manama. Os caixões foram envoltos em bandeiras do país e levados em cortejo pelas ruas do bairro. A multidão presente gritava pedindo "justiça, liberdade e monarquia constitucional". Alguns disseram que estavam dispostos a sacrificar suas vidas para derrubar o governo. "Haverá violência, haverá confrontos", disse à BBC um manifestante que se identificou como Sayed. "Bahrein está passando por um túnel escuro." Os manifestantes tentaram chegar a um hospital onde outros ativistas feridos estão internados. Mas, no caminho, passaram perto da Praça da Pérola - que tinha sido isolada pelo Exército, depois que os soldados expulsaram na quinta-feira manifestantes que lá estavam acampados - e aí foram atingidos. Uma testemunha disse ao canal de televisão Al-Jazeera que as autoridades não deram aviso antes de atirar. "Eles simplesmente começaram a atirar contra nós. Agora há mais de 20 feridos no hospital. Um rapaz morreu, foi baleado na cabeça", disse a testemunha. Tensões Desde sua independência da Grã-Bretanha, em 1971, o Bahrein tem registrado tensões entre a elite sunita e a maioria xiita, que se diz marginalizada e reprimida. Agora, essas tensões ganharam força em meio à atual onda de levantes nos países árabes e muçulmanos, que já levaram à renúncia dos presidentes da Tunísia e do Egito. O uso da força militar nos protestos recentes colocou a família real de Bahrein em rota direta de confronto com os xiitas, que compõem a maioria dos manifestantes, relata o correspondente da BBC no Oriente Médio Jon Leyne. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Os manifestantes no Bahrein pedem mudanças no regime O rei Hamad do Bahrein determinou nesta sexta-feira que o príncipe Salman Bin Hamad Al Khalifa iniciassem um diálogo nacional com todos os partidos, para tentar resolver a crescente crise política que atinge o país. Segundo um comunicado oficial, o príncipe agora tem "todos os poderes para lidar com as aspirações e esperanças de todos os cidadãos do país". No entanto, a correspondente da BBC no país, Caroline Hawley, afirmou que o anúncio da dinastia sunita pode ter sido anunciado tarde demais para acalmar os protestos. Os protestos tomaram a capital Manama no início da noite. Segundo testemunhas, tiros foram ouvidos durante choques entre as forças de segurança e os manifestantes anti-governo. Violência Mais cedo, as tropas abriram fogo contra a população, ferindo pelo menos 50 manifestantes na Praça Pérola. Os ataques, que provocaram cenas de pânico e caos, ocorreram no mesmo dia em que os manifestantes participavam dos funerais de quatro vítimas de confrontos com a polícia nos últimos dias. O funeral de duas vítimas - dois homens, de 20 e 50 anos - ocorreu em um bairro xiita de Manama. Os caixões foram envoltos em bandeiras do país e levados em cortejo pelas ruas do bairro. A multidão presente gritava pedindo "justiça, liberdade e monarquia constitucional". Alguns disseram que estavam dispostos a sacrificar suas vidas para derrubar o governo. "Haverá violência, haverá confrontos", disse à BBC um manifestante que se identificou como Sayed. "Bahrein está passando por um túnel escuro." Os manifestantes tentaram chegar a um hospital onde outros ativistas feridos estão internados. Mas, no caminho, passaram perto da Praça da Pérola - que tinha sido isolada pelo Exército, depois que os soldados expulsaram na quinta-feira manifestantes que lá estavam acampados - e aí foram atingidos. Uma testemunha disse ao canal de televisão Al-Jazeera que as autoridades não deram aviso antes de atirar. "Eles simplesmente começaram a atirar contra nós. Agora há mais de 20 feridos no hospital. Um rapaz morreu, foi baleado na cabeça", disse a testemunha. Tensões Desde sua independência da Grã-Bretanha, em 1971, o Bahrein tem registrado tensões entre a elite sunita e a maioria xiita, que se diz marginalizada e reprimida. Agora, essas tensões ganharam força em meio à atual onda de levantes nos países árabes e muçulmanos, que já levaram à renúncia dos presidentes da Tunísia e do Egito. O uso da força militar nos protestos recentes colocou a família real de Bahrein em rota direta de confronto com os xiitas, que compõem a maioria dos manifestantes, relata o correspondente da BBC no Oriente Médio Jon Leyne. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Os manifestantes no Bahrein pedem mudanças no regime O rei Hamad do Bahrein determinou nesta sexta-feira que o príncipe Salman Bin Hamad Al Khalifa iniciassem um diálogo nacional com todos os partidos, para tentar resolver a crescente crise política que atinge o país. Segundo um comunicado oficial, o príncipe agora tem "todos os poderes para lidar com as aspirações e esperanças de todos os cidadãos do país". No entanto, a correspondente da BBC no país, Caroline Hawley, afirmou que o anúncio da dinastia sunita pode ter sido anunciado tarde demais para acalmar os protestos. Os protestos tomaram a capital Manama no início da noite. Segundo testemunhas, tiros foram ouvidos durante choques entre as forças de segurança e os manifestantes anti-governo. Violência Mais cedo, as tropas abriram fogo contra a população, ferindo pelo menos 50 manifestantes na Praça Pérola. Os ataques, que provocaram cenas de pânico e caos, ocorreram no mesmo dia em que os manifestantes participavam dos funerais de quatro vítimas de confrontos com a polícia nos últimos dias. O funeral de duas vítimas - dois homens, de 20 e 50 anos - ocorreu em um bairro xiita de Manama. Os caixões foram envoltos em bandeiras do país e levados em cortejo pelas ruas do bairro. A multidão presente gritava pedindo "justiça, liberdade e monarquia constitucional". Alguns disseram que estavam dispostos a sacrificar suas vidas para derrubar o governo. "Haverá violência, haverá confrontos", disse à BBC um manifestante que se identificou como Sayed. "Bahrein está passando por um túnel escuro." Os manifestantes tentaram chegar a um hospital onde outros ativistas feridos estão internados. Mas, no caminho, passaram perto da Praça da Pérola - que tinha sido isolada pelo Exército, depois que os soldados expulsaram na quinta-feira manifestantes que lá estavam acampados - e aí foram atingidos. Uma testemunha disse ao canal de televisão Al-Jazeera que as autoridades não deram aviso antes de atirar. "Eles simplesmente começaram a atirar contra nós. Agora há mais de 20 feridos no hospital. Um rapaz morreu, foi baleado na cabeça", disse a testemunha. Tensões Desde sua independência da Grã-Bretanha, em 1971, o Bahrein tem registrado tensões entre a elite sunita e a maioria xiita, que se diz marginalizada e reprimida. Agora, essas tensões ganharam força em meio à atual onda de levantes nos países árabes e muçulmanos, que já levaram à renúncia dos presidentes da Tunísia e do Egito. O uso da força militar nos protestos recentes colocou a família real de Bahrein em rota direta de confronto com os xiitas, que compõem a maioria dos manifestantes, relata o correspondente da BBC no Oriente Médio Jon Leyne. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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