Cerca de 10 mil monges voltaram ontem às ruas de várias cidades de Mianmá (ex-Birmânia), no sexto dia de protestos. A marcha dirigiu-se à casa da ativista por democracia e Prêmio Nobel da Paz Aung San Suu Kyi, em Rangum, onde ela cumpre prisão domiciliar desde 2003. Desde sua detenção, Suu Kyi não foi autorizada pela junta militar que governa o país com mão-de-ferro a fazer nenhuma aparição pública. Sua residência é constantemente vigiada por 20 agentes policiais e não tem telefone. A última visita que recebeu foi em novembro, quando um funcionário da ONU obteve permissão para reunir-se com ela. Para chegar à casa de Suu Kyi, os monges atravessaram uma barreira policial, sem que fossem reprimidos. A ativista saiu à porta da residência para saudá-los. Os budistas querem desculpas formais do governo pelos incidentes do dia 5, quando vários monges foram agredidos por policiais da tropa de choque durante uma manifestação pacífica.
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