QUITO - O ex-presidente equatoriano Gustavo Noboa morreu aos 83 anos. A gestão dele, de 2000 a 2003, foi marcada pela dolarização da economia equatoriana. “O Equador está de luto”, escreveu no Twitter o atual chefe do Executivo, Lenín Moreno.
O político de centro assumiu o mandato por sucessão constitucional, porque era vice-presidente quando, em janeiro de 2000, o então chefe de Estado Jamil Mahuad (1998-2000) foi destituído por um golpe que uniu indígenas e militares.
Moreno afirmou que Noboa foi um “amigo querido, um democrata respeitado, um formador moral da juventude, um patriota. Minhas condolências a sua família e amigos”.
Em março de 2000, com Noboa no comando do governo, o Equador adotou a dolarização como uma saída para uma profunda crise bancária, em um momento em que a alta dos preços ameaçava se transformar em hiperinflação. “Um presidente honesto e responsável que liderou com sucesso o país em tempos muito difíceis”, escreveu seu amigo pessoal, o ex-vice-presidente Alberto Dahik (1992-1995), no Twitter.
Noboa estava no Jackson Memorial Hospital, em Miami, onde foi operado no dia 9 de fevereiro para tratar um meningioma. Embora a cirurgia tenha sido um sucesso, seu quadro de saúde piorou e o ex-presidente sofreu um infarto ontem, segundo a imprensa local. Noboa, advogado e professor universitário, foi governador de Guayas, cuja capital é sua cidade natal, Guayaquil. “O Equador perde um de seus melhores homens. Formador da juventude, estadista”, disse seu advogado, Joffre Campaña. / AFP