Líderes latino-americanos e europeus lamentaram neste sábado, 26, a morte do ex-presidente cubano Fidel Castro.Na Venezuela, principal aliada de Cuba, o presidente Nicolás Maduro, lembrou que a morte de Fidel coincidiu com o aniversário da saída dos guerrilheiros da Sierra Maestra do México para Cuba em 1957.Outros presidentes de esquerda na América do Sul, como Rafael Correa, no Equador, e Evo Morales, na Bolívia, também enviaram mensagens de condolência ao povo cubano.
O presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, lembrou de Fidel como "um amigo do povo mexicano" e ressaltou a importância da relação bilateral entre os dois países. Após o ataque frustrado ao Quartel Moncada, em 1953, Fidel fugiu para o México, de onde começou a tramar a derrubada de Fulgêncio Batista.
O governo espanhol, do conservador primeiro-ministro Mariano Rajoy, também lamentou a morte de Fidel. "Foi uma figura de importância histórica tremenda, que mudou o destino do país,com grande influência na América Latina", disse.
"Fidel Castro fez no século XX tudo o que foi possível para destruir o sistema colonial, para estabelecer relações cooperativas", disse o ex-presidente soviético Mikhail Gorbachev à agência de notícias Interfax. "Fidel sobreviveu e fortaleceu seu país durante o mais severo embargo norte-americano, quando havia enorme pressão sobre ele, e ainda levou seu país para o caminho do desenvolvimento independente", concluiu.
Salvador Sanchez Ceren, o presidente de El Salvador, disse que sentia "profundo pesar". Ele descreveu Fidel Castro como "amigo e eterno companheiro".
Nerendra Modi, o primeiro-ministro indiano afirmou que a "Índia lamenta a perda de um grande amigo".
Um depoimento do governo espanhol foi divulgado no qual Castro é chamando "figura de enorme importância histórica".
O presidente sul-africano, Jacob Zuma, lembrou da importância de Fidel na luta contra o apartheid e da proximidade histórica entre Cuba e o Congresso Nacional Africano, além da amizade de Fidel com Nelson Mandela. / AFP