Movimento que depôs Mubarak chega sem representantes à eleição egípcia


Jovens estão desanimados a votar nos candidatos, que são ligados à militância religiosa ou ao regime deposto

Por Roberto Simon e CAIRO

CAIRO - Sem conseguir se organizar em um partido ou força política coesa, os jovens que lotaram a Praça Tahrir para derrubar o ditador Hosni Mubarak chegam à primeira etapa da eleição presidencial no Egito, nesta quarta-feira, 23, e na quinta-feira, 24, completamente divididos. Entre os candidatos com chances reais de passar para o segundo turno, nenhum os representa. A única certeza nas ruas do Cairo é que o próximo presidente será ou um político islâmico ou uma figura do antigo regime.

Alguns como Shady Eladl, ativista de 30 anos que trabalha em uma ONG de defesa da liberdade de imprensa, decidiram apoiar Amr Moussa, que por dez anos foi ministro de Mubarak. Eladl aderiu aos protestos logo no início, acampou por mais de um mês na Praça Tahrir e viu gente morrer ao seu lado, asfixiada pelo gás lacrimogêneo da polícia. Ele criou uma página no Facebook – que em dias reuniu dezenas de milhares de membros – na qual postava vídeos do dia a dia de violência nas tendas, sob cerco policial.

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O ativista não vê contradição em votar por Moussa. "Essa minha escolha parte de um cálculo. Há quatro forças políticas no Egito hoje: os militares, os islâmicos, a Praça Tahrir e o antigo regime. Moussa é o único que pode equilibrar esses quatro", afirma.

O principal representante da "geração Tahrir" na disputa eleitoral talvez seja Khaled Ali, o mais jovem entre os 13 candidatos, com 40 anos. É nele que Nesma Abdelaziz, de 23 anos – que mentiu à mãe para fugir de casa e ir aos protestos –, vai votar. No entanto, secular e esquerdista, Ali não tem chances de passar para o segundo turno. "Recuso-me a apoiar um islâmico ou alguém da era Mubarak. No segundo turno, vou anular", promete Nesma.

Os jovens iniciaram a revolta contra Mubarak, mas ela foi rapidamente abraçada por praticamente toda a sociedade egípcia, afirmou ao Estado o analista político e embaixador aposentado Ashraf Rashed. "A Praça Tahrir foi uma iniciativa que não se materializou, não se tornou uma entidade política."

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Rashed afirma que a falta de um líder nas ruas na época dos distúrbios também dificultou a "institucionalização" de um movimento em rede, fortemente apoiado pela internet.

Entre os políticos que podem vencer hoje e passar para o segundo turno, apenas o último premiê da era Mubarak, Ahmed Shafiq, adota uma posição abertamente hostil ao movimento da Praça Tahrir. Shafiq encarna o discurso da ordem e promete "cortar a eletricidade da região da praça", se houver novos distúrbios.

Estudantes. A divisão do voto jovem é visível nas paredes da Universidade do Cairo, reduto do movimento que levou ao fim das seis décadas de governo militar no Egito. Cartazes parcialmente rasgados de Hamedeen Sabahy, o candidato nasserista, do islâmico moderado Abdel Moneim Abou Fotouh e de Ali estão por toda parte. Nas paredes, há grafites com imagens de alunos que morreram na Praça Tahrir, além de frases e símbolos que marcaram os protestos: "Somos a voz que destrói o silêncio", "Não aos militares, viva a revolução estudantil" e desenhos estilizados de um punho fechado segurando um lápis. Até a queda de Mubarak, as paredes eram lisas e brancas – quem "trouxesse política para o câmpus", era expulso da universidade.

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Em meio aos protestos, estudantes da Universidade do Cairo organizaram uma ampla campanha de coleta de sangue para enviar aos feridos na Praça Tahrir. A aluna de Economia Bassant Ibrahim, de 21 anos, foi uma das coordenadoras da iniciativa. Hoje ela votará em Aboul Fotouh, com medo de ver a Irmandade Muçulmana ganhar a presidência depois de já ter levado quase 50% das cadeiras do Parlamento nas eleições legislativas do ano passado. "Fotouh é moderado e sério, lembra meus pais. Como não existe um candidato perfeito, o escolhi", explica.

O temor em relação a uma eventual vitória da Irmandade, representada na disputa presidencial por Mohamed Morsi, também era um dos poucos pontos de consenso em uma rodinha de cinco alunos do curso de Rádio e TV. Eles, entretanto, estão divididos quanto à escolha final: três garotas votariam em Fotouh; um garoto, em Sabahy; e outro, em Moussa.

Nahda Mohamed, de 20 anos, e duas amigas, todas com a cabeça coberta pelo véu islâmico, escolheram o moderado Fotouh porque "ele respeitará um Estado civil, mas tem valores do Islã". Neder Hirsham, de 21 anos, apoia Sabahy, pois "ele foi um deputado exemplar e é o único que conseguirá conter os radicais islâmicos". E Mohamed Gamal, de 20 anos, votará em Moussa, sob o argumento de que só o ex-chanceler pode "trazer de volta a estabilidade".

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CAIRO - Sem conseguir se organizar em um partido ou força política coesa, os jovens que lotaram a Praça Tahrir para derrubar o ditador Hosni Mubarak chegam à primeira etapa da eleição presidencial no Egito, nesta quarta-feira, 23, e na quinta-feira, 24, completamente divididos. Entre os candidatos com chances reais de passar para o segundo turno, nenhum os representa. A única certeza nas ruas do Cairo é que o próximo presidente será ou um político islâmico ou uma figura do antigo regime.

Alguns como Shady Eladl, ativista de 30 anos que trabalha em uma ONG de defesa da liberdade de imprensa, decidiram apoiar Amr Moussa, que por dez anos foi ministro de Mubarak. Eladl aderiu aos protestos logo no início, acampou por mais de um mês na Praça Tahrir e viu gente morrer ao seu lado, asfixiada pelo gás lacrimogêneo da polícia. Ele criou uma página no Facebook – que em dias reuniu dezenas de milhares de membros – na qual postava vídeos do dia a dia de violência nas tendas, sob cerco policial.

O ativista não vê contradição em votar por Moussa. "Essa minha escolha parte de um cálculo. Há quatro forças políticas no Egito hoje: os militares, os islâmicos, a Praça Tahrir e o antigo regime. Moussa é o único que pode equilibrar esses quatro", afirma.

O principal representante da "geração Tahrir" na disputa eleitoral talvez seja Khaled Ali, o mais jovem entre os 13 candidatos, com 40 anos. É nele que Nesma Abdelaziz, de 23 anos – que mentiu à mãe para fugir de casa e ir aos protestos –, vai votar. No entanto, secular e esquerdista, Ali não tem chances de passar para o segundo turno. "Recuso-me a apoiar um islâmico ou alguém da era Mubarak. No segundo turno, vou anular", promete Nesma.

Os jovens iniciaram a revolta contra Mubarak, mas ela foi rapidamente abraçada por praticamente toda a sociedade egípcia, afirmou ao Estado o analista político e embaixador aposentado Ashraf Rashed. "A Praça Tahrir foi uma iniciativa que não se materializou, não se tornou uma entidade política."

Rashed afirma que a falta de um líder nas ruas na época dos distúrbios também dificultou a "institucionalização" de um movimento em rede, fortemente apoiado pela internet.

Entre os políticos que podem vencer hoje e passar para o segundo turno, apenas o último premiê da era Mubarak, Ahmed Shafiq, adota uma posição abertamente hostil ao movimento da Praça Tahrir. Shafiq encarna o discurso da ordem e promete "cortar a eletricidade da região da praça", se houver novos distúrbios.

Estudantes. A divisão do voto jovem é visível nas paredes da Universidade do Cairo, reduto do movimento que levou ao fim das seis décadas de governo militar no Egito. Cartazes parcialmente rasgados de Hamedeen Sabahy, o candidato nasserista, do islâmico moderado Abdel Moneim Abou Fotouh e de Ali estão por toda parte. Nas paredes, há grafites com imagens de alunos que morreram na Praça Tahrir, além de frases e símbolos que marcaram os protestos: "Somos a voz que destrói o silêncio", "Não aos militares, viva a revolução estudantil" e desenhos estilizados de um punho fechado segurando um lápis. Até a queda de Mubarak, as paredes eram lisas e brancas – quem "trouxesse política para o câmpus", era expulso da universidade.

Em meio aos protestos, estudantes da Universidade do Cairo organizaram uma ampla campanha de coleta de sangue para enviar aos feridos na Praça Tahrir. A aluna de Economia Bassant Ibrahim, de 21 anos, foi uma das coordenadoras da iniciativa. Hoje ela votará em Aboul Fotouh, com medo de ver a Irmandade Muçulmana ganhar a presidência depois de já ter levado quase 50% das cadeiras do Parlamento nas eleições legislativas do ano passado. "Fotouh é moderado e sério, lembra meus pais. Como não existe um candidato perfeito, o escolhi", explica.

O temor em relação a uma eventual vitória da Irmandade, representada na disputa presidencial por Mohamed Morsi, também era um dos poucos pontos de consenso em uma rodinha de cinco alunos do curso de Rádio e TV. Eles, entretanto, estão divididos quanto à escolha final: três garotas votariam em Fotouh; um garoto, em Sabahy; e outro, em Moussa.

Nahda Mohamed, de 20 anos, e duas amigas, todas com a cabeça coberta pelo véu islâmico, escolheram o moderado Fotouh porque "ele respeitará um Estado civil, mas tem valores do Islã". Neder Hirsham, de 21 anos, apoia Sabahy, pois "ele foi um deputado exemplar e é o único que conseguirá conter os radicais islâmicos". E Mohamed Gamal, de 20 anos, votará em Moussa, sob o argumento de que só o ex-chanceler pode "trazer de volta a estabilidade".

 

CAIRO - Sem conseguir se organizar em um partido ou força política coesa, os jovens que lotaram a Praça Tahrir para derrubar o ditador Hosni Mubarak chegam à primeira etapa da eleição presidencial no Egito, nesta quarta-feira, 23, e na quinta-feira, 24, completamente divididos. Entre os candidatos com chances reais de passar para o segundo turno, nenhum os representa. A única certeza nas ruas do Cairo é que o próximo presidente será ou um político islâmico ou uma figura do antigo regime.

Alguns como Shady Eladl, ativista de 30 anos que trabalha em uma ONG de defesa da liberdade de imprensa, decidiram apoiar Amr Moussa, que por dez anos foi ministro de Mubarak. Eladl aderiu aos protestos logo no início, acampou por mais de um mês na Praça Tahrir e viu gente morrer ao seu lado, asfixiada pelo gás lacrimogêneo da polícia. Ele criou uma página no Facebook – que em dias reuniu dezenas de milhares de membros – na qual postava vídeos do dia a dia de violência nas tendas, sob cerco policial.

O ativista não vê contradição em votar por Moussa. "Essa minha escolha parte de um cálculo. Há quatro forças políticas no Egito hoje: os militares, os islâmicos, a Praça Tahrir e o antigo regime. Moussa é o único que pode equilibrar esses quatro", afirma.

O principal representante da "geração Tahrir" na disputa eleitoral talvez seja Khaled Ali, o mais jovem entre os 13 candidatos, com 40 anos. É nele que Nesma Abdelaziz, de 23 anos – que mentiu à mãe para fugir de casa e ir aos protestos –, vai votar. No entanto, secular e esquerdista, Ali não tem chances de passar para o segundo turno. "Recuso-me a apoiar um islâmico ou alguém da era Mubarak. No segundo turno, vou anular", promete Nesma.

Os jovens iniciaram a revolta contra Mubarak, mas ela foi rapidamente abraçada por praticamente toda a sociedade egípcia, afirmou ao Estado o analista político e embaixador aposentado Ashraf Rashed. "A Praça Tahrir foi uma iniciativa que não se materializou, não se tornou uma entidade política."

Rashed afirma que a falta de um líder nas ruas na época dos distúrbios também dificultou a "institucionalização" de um movimento em rede, fortemente apoiado pela internet.

Entre os políticos que podem vencer hoje e passar para o segundo turno, apenas o último premiê da era Mubarak, Ahmed Shafiq, adota uma posição abertamente hostil ao movimento da Praça Tahrir. Shafiq encarna o discurso da ordem e promete "cortar a eletricidade da região da praça", se houver novos distúrbios.

Estudantes. A divisão do voto jovem é visível nas paredes da Universidade do Cairo, reduto do movimento que levou ao fim das seis décadas de governo militar no Egito. Cartazes parcialmente rasgados de Hamedeen Sabahy, o candidato nasserista, do islâmico moderado Abdel Moneim Abou Fotouh e de Ali estão por toda parte. Nas paredes, há grafites com imagens de alunos que morreram na Praça Tahrir, além de frases e símbolos que marcaram os protestos: "Somos a voz que destrói o silêncio", "Não aos militares, viva a revolução estudantil" e desenhos estilizados de um punho fechado segurando um lápis. Até a queda de Mubarak, as paredes eram lisas e brancas – quem "trouxesse política para o câmpus", era expulso da universidade.

Em meio aos protestos, estudantes da Universidade do Cairo organizaram uma ampla campanha de coleta de sangue para enviar aos feridos na Praça Tahrir. A aluna de Economia Bassant Ibrahim, de 21 anos, foi uma das coordenadoras da iniciativa. Hoje ela votará em Aboul Fotouh, com medo de ver a Irmandade Muçulmana ganhar a presidência depois de já ter levado quase 50% das cadeiras do Parlamento nas eleições legislativas do ano passado. "Fotouh é moderado e sério, lembra meus pais. Como não existe um candidato perfeito, o escolhi", explica.

O temor em relação a uma eventual vitória da Irmandade, representada na disputa presidencial por Mohamed Morsi, também era um dos poucos pontos de consenso em uma rodinha de cinco alunos do curso de Rádio e TV. Eles, entretanto, estão divididos quanto à escolha final: três garotas votariam em Fotouh; um garoto, em Sabahy; e outro, em Moussa.

Nahda Mohamed, de 20 anos, e duas amigas, todas com a cabeça coberta pelo véu islâmico, escolheram o moderado Fotouh porque "ele respeitará um Estado civil, mas tem valores do Islã". Neder Hirsham, de 21 anos, apoia Sabahy, pois "ele foi um deputado exemplar e é o único que conseguirá conter os radicais islâmicos". E Mohamed Gamal, de 20 anos, votará em Moussa, sob o argumento de que só o ex-chanceler pode "trazer de volta a estabilidade".

 

CAIRO - Sem conseguir se organizar em um partido ou força política coesa, os jovens que lotaram a Praça Tahrir para derrubar o ditador Hosni Mubarak chegam à primeira etapa da eleição presidencial no Egito, nesta quarta-feira, 23, e na quinta-feira, 24, completamente divididos. Entre os candidatos com chances reais de passar para o segundo turno, nenhum os representa. A única certeza nas ruas do Cairo é que o próximo presidente será ou um político islâmico ou uma figura do antigo regime.

Alguns como Shady Eladl, ativista de 30 anos que trabalha em uma ONG de defesa da liberdade de imprensa, decidiram apoiar Amr Moussa, que por dez anos foi ministro de Mubarak. Eladl aderiu aos protestos logo no início, acampou por mais de um mês na Praça Tahrir e viu gente morrer ao seu lado, asfixiada pelo gás lacrimogêneo da polícia. Ele criou uma página no Facebook – que em dias reuniu dezenas de milhares de membros – na qual postava vídeos do dia a dia de violência nas tendas, sob cerco policial.

O ativista não vê contradição em votar por Moussa. "Essa minha escolha parte de um cálculo. Há quatro forças políticas no Egito hoje: os militares, os islâmicos, a Praça Tahrir e o antigo regime. Moussa é o único que pode equilibrar esses quatro", afirma.

O principal representante da "geração Tahrir" na disputa eleitoral talvez seja Khaled Ali, o mais jovem entre os 13 candidatos, com 40 anos. É nele que Nesma Abdelaziz, de 23 anos – que mentiu à mãe para fugir de casa e ir aos protestos –, vai votar. No entanto, secular e esquerdista, Ali não tem chances de passar para o segundo turno. "Recuso-me a apoiar um islâmico ou alguém da era Mubarak. No segundo turno, vou anular", promete Nesma.

Os jovens iniciaram a revolta contra Mubarak, mas ela foi rapidamente abraçada por praticamente toda a sociedade egípcia, afirmou ao Estado o analista político e embaixador aposentado Ashraf Rashed. "A Praça Tahrir foi uma iniciativa que não se materializou, não se tornou uma entidade política."

Rashed afirma que a falta de um líder nas ruas na época dos distúrbios também dificultou a "institucionalização" de um movimento em rede, fortemente apoiado pela internet.

Entre os políticos que podem vencer hoje e passar para o segundo turno, apenas o último premiê da era Mubarak, Ahmed Shafiq, adota uma posição abertamente hostil ao movimento da Praça Tahrir. Shafiq encarna o discurso da ordem e promete "cortar a eletricidade da região da praça", se houver novos distúrbios.

Estudantes. A divisão do voto jovem é visível nas paredes da Universidade do Cairo, reduto do movimento que levou ao fim das seis décadas de governo militar no Egito. Cartazes parcialmente rasgados de Hamedeen Sabahy, o candidato nasserista, do islâmico moderado Abdel Moneim Abou Fotouh e de Ali estão por toda parte. Nas paredes, há grafites com imagens de alunos que morreram na Praça Tahrir, além de frases e símbolos que marcaram os protestos: "Somos a voz que destrói o silêncio", "Não aos militares, viva a revolução estudantil" e desenhos estilizados de um punho fechado segurando um lápis. Até a queda de Mubarak, as paredes eram lisas e brancas – quem "trouxesse política para o câmpus", era expulso da universidade.

Em meio aos protestos, estudantes da Universidade do Cairo organizaram uma ampla campanha de coleta de sangue para enviar aos feridos na Praça Tahrir. A aluna de Economia Bassant Ibrahim, de 21 anos, foi uma das coordenadoras da iniciativa. Hoje ela votará em Aboul Fotouh, com medo de ver a Irmandade Muçulmana ganhar a presidência depois de já ter levado quase 50% das cadeiras do Parlamento nas eleições legislativas do ano passado. "Fotouh é moderado e sério, lembra meus pais. Como não existe um candidato perfeito, o escolhi", explica.

O temor em relação a uma eventual vitória da Irmandade, representada na disputa presidencial por Mohamed Morsi, também era um dos poucos pontos de consenso em uma rodinha de cinco alunos do curso de Rádio e TV. Eles, entretanto, estão divididos quanto à escolha final: três garotas votariam em Fotouh; um garoto, em Sabahy; e outro, em Moussa.

Nahda Mohamed, de 20 anos, e duas amigas, todas com a cabeça coberta pelo véu islâmico, escolheram o moderado Fotouh porque "ele respeitará um Estado civil, mas tem valores do Islã". Neder Hirsham, de 21 anos, apoia Sabahy, pois "ele foi um deputado exemplar e é o único que conseguirá conter os radicais islâmicos". E Mohamed Gamal, de 20 anos, votará em Moussa, sob o argumento de que só o ex-chanceler pode "trazer de volta a estabilidade".

 

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