Mudança de governo nos EUA foi chance para pai brasileiro buscar o filho


Jovem foi detido na Califórnia, mas as autoridades o liberaram antes que completasse 18 anos

Por Beatriz Bulla e CORRESPONDENTE
Migrantes montam suas moradias em campos fronteiriços, enquanto aguardam processo de asilo, como parte da nova política de imigração de Joe Biden, em Tijuana, na Cidade no México. Foto: Guillermo Arias / AFP 

WASHINGTON - Henrique alugou e mobiliou um novo apartamento em Boston para esperar pela chegada do filho. Ficou combinado que o adolescente repetiria os passos do pai e tentaria entrar nos EUA através da fronteira com o México, após fracassadas tentativas de conseguir o visto americano. Mas, desta vez, a promessa de coiotes em Sardoá, cidade de 5 mil habitantes próxima a Governador Valadares, era que os percalços do caminho eram coisa do passado e, no novo governo americano, o jovem seria entregue ao pai sem riscos.

“Falaram que me entregariam ele na mão, mas a história foi outra”, conta Henrique, nome fictício de um mineiro de 40 anos, quase metade deles vividos nos EUA sem documentação. O filho, então com 17 anos, fez uma viagem menos turbulenta que a encarada pelo pai em 2003. Em vez de atravessar o Rio Grande e chegar pelo Texas, com dias sem comer, o jovem chegou de avião a Cancún e de lá foi para Tijuana – o México é um dos poucos países que não restringe a chegada de viajantes do Brasil na pandemia.

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Após cruzar por terra a divisão entre México e Califórnia, foi apreendido por agentes de imigração e engrossou o número de brasileiros que chegaram aos EUA ilegalmente desde a posse de Joe Biden. “Ele não comia direito, não dormia. Podia fazer duas ligações por semana só. Fiquei muito preocupado, ele nunca tinha saído do Brasil”, conta o pai. “Não pensei se o governo era Trump, Obama, ou Biden na hora que ele chegou. Só queria liberar meu filho.”

“Ele veio nesse esquema ‘cai-cai’, que é o de todos”, conta o pai. “Você chega e se entrega para a imigração, eles tornam mais fácil a chegada se mãe ou pai estão nos EUA”, explica. 

Mas no caso deles o risco da estratégia dar errado era alto, pois o jovem completaria 18 anos logo após a chegada aos EUA. Com isso, deixaria de ser liberado para viver com o pai, por ser considerado adulto. “Até que o povo da imigração me ligou e falou: queremos que seu filho passe o aniversário com você. Queremos liberá-lo antes do aniversário”, conta Henrique, o que foi visto como uma conquista por organizações de apoio ao imigrante que ajudaram nas tratativas.

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Especialistas e autoridades locais relatam que o tratamento aos imigrantes no governo Biden é menos hostil. Os agentes de imigração têm pedido até ajuda a diplomatas dos países de onde são os imigrantes, numa posição colaborativa, segundo relatos ao Estadão. Menores com pais nos EUA têm sido rapidamente liberados para ficar com a família, ainda que ninguém tenha documentação.

Henrique se gaba de ter deixado a pobreza para trás e, hoje, trabalhando com construção nos EUA, “ser considerado rico”. O filho, diz ele, veio em busca do mesmo: “Aqui ele vai estudar inglês e no futuro podemos montar uma empresa. Já a vida no Brasil continua muito difícil”.

 Entidades que trabalham no auxílio a imigrantes brasileiros que chegam sem documentos aos EUA indicam a demanda por mão de obra, com a recuperação da economia americana, após o início da vacinação contra a covid-19, como um dos fatores que mais atraem brasileiros ao país. Outro motivo, dizem esses grupos, é a troca de governo em janeiro.

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Solange Paizante, coordenadora da Mantena Global Care, associação que apoia imigrantes em Newark, em New Jersey, também afirma que a garantia de um posto de trabalho tem motivado os brasileiros.

Muitos, especialmente homens, já chegaram com um contrato engatilhado. “Os restaurantes têm nos pedido mão de obra, pois estão voltando a operar e não encontram gente para trabalhar”, afirma a coordenadora da Mantena. Os dados de trabalho nos EUA mostram que, enquanto milhões ainda estão desempregados, há empregadores que têm dificuldade de achar mão de obra.

O número de imigrantes que cruzam a fronteira do México com os EUA bateu o índice mais alto nas últimas duas décadas, em março e em abril. Só no mês passado, 178 mil imigrantes foram apreendidos.

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O ICE (Agência de Imigração e Fiscalização Alfandegária dos EUA) deportou menos de 3 mil imigrantes em abril, o patamar mais baixo da história para o mês, segundo o jornal Washington Post. Mas os voos com deportados seguem como uma estratégia. O grupo Witness at the Border contabilizou 21 voos em uma só semana em fevereiro.

A autorização sistemática para que os EUA enviem ao Brasil voos de d<CW-18>eportação começou em 2019, no governo de Jair Bolsonaro. “Não há justificativa para o governo brasileiro autorizar esses voos. Todos os relatos indicam que os imigrantes viajaram algemados, em voos longuíssimos, com muitas paradas e sem o que comer”, disse Heloísa Galvão, coordenadora do Grupo Mulher Brasileira.

Migrantes montam suas moradias em campos fronteiriços, enquanto aguardam processo de asilo, como parte da nova política de imigração de Joe Biden, em Tijuana, na Cidade no México. Foto: Guillermo Arias / AFP 

WASHINGTON - Henrique alugou e mobiliou um novo apartamento em Boston para esperar pela chegada do filho. Ficou combinado que o adolescente repetiria os passos do pai e tentaria entrar nos EUA através da fronteira com o México, após fracassadas tentativas de conseguir o visto americano. Mas, desta vez, a promessa de coiotes em Sardoá, cidade de 5 mil habitantes próxima a Governador Valadares, era que os percalços do caminho eram coisa do passado e, no novo governo americano, o jovem seria entregue ao pai sem riscos.

“Falaram que me entregariam ele na mão, mas a história foi outra”, conta Henrique, nome fictício de um mineiro de 40 anos, quase metade deles vividos nos EUA sem documentação. O filho, então com 17 anos, fez uma viagem menos turbulenta que a encarada pelo pai em 2003. Em vez de atravessar o Rio Grande e chegar pelo Texas, com dias sem comer, o jovem chegou de avião a Cancún e de lá foi para Tijuana – o México é um dos poucos países que não restringe a chegada de viajantes do Brasil na pandemia.

Após cruzar por terra a divisão entre México e Califórnia, foi apreendido por agentes de imigração e engrossou o número de brasileiros que chegaram aos EUA ilegalmente desde a posse de Joe Biden. “Ele não comia direito, não dormia. Podia fazer duas ligações por semana só. Fiquei muito preocupado, ele nunca tinha saído do Brasil”, conta o pai. “Não pensei se o governo era Trump, Obama, ou Biden na hora que ele chegou. Só queria liberar meu filho.”

“Ele veio nesse esquema ‘cai-cai’, que é o de todos”, conta o pai. “Você chega e se entrega para a imigração, eles tornam mais fácil a chegada se mãe ou pai estão nos EUA”, explica. 

Mas no caso deles o risco da estratégia dar errado era alto, pois o jovem completaria 18 anos logo após a chegada aos EUA. Com isso, deixaria de ser liberado para viver com o pai, por ser considerado adulto. “Até que o povo da imigração me ligou e falou: queremos que seu filho passe o aniversário com você. Queremos liberá-lo antes do aniversário”, conta Henrique, o que foi visto como uma conquista por organizações de apoio ao imigrante que ajudaram nas tratativas.

Especialistas e autoridades locais relatam que o tratamento aos imigrantes no governo Biden é menos hostil. Os agentes de imigração têm pedido até ajuda a diplomatas dos países de onde são os imigrantes, numa posição colaborativa, segundo relatos ao Estadão. Menores com pais nos EUA têm sido rapidamente liberados para ficar com a família, ainda que ninguém tenha documentação.

Henrique se gaba de ter deixado a pobreza para trás e, hoje, trabalhando com construção nos EUA, “ser considerado rico”. O filho, diz ele, veio em busca do mesmo: “Aqui ele vai estudar inglês e no futuro podemos montar uma empresa. Já a vida no Brasil continua muito difícil”.

 Entidades que trabalham no auxílio a imigrantes brasileiros que chegam sem documentos aos EUA indicam a demanda por mão de obra, com a recuperação da economia americana, após o início da vacinação contra a covid-19, como um dos fatores que mais atraem brasileiros ao país. Outro motivo, dizem esses grupos, é a troca de governo em janeiro.

Solange Paizante, coordenadora da Mantena Global Care, associação que apoia imigrantes em Newark, em New Jersey, também afirma que a garantia de um posto de trabalho tem motivado os brasileiros.

Muitos, especialmente homens, já chegaram com um contrato engatilhado. “Os restaurantes têm nos pedido mão de obra, pois estão voltando a operar e não encontram gente para trabalhar”, afirma a coordenadora da Mantena. Os dados de trabalho nos EUA mostram que, enquanto milhões ainda estão desempregados, há empregadores que têm dificuldade de achar mão de obra.

O número de imigrantes que cruzam a fronteira do México com os EUA bateu o índice mais alto nas últimas duas décadas, em março e em abril. Só no mês passado, 178 mil imigrantes foram apreendidos.

O ICE (Agência de Imigração e Fiscalização Alfandegária dos EUA) deportou menos de 3 mil imigrantes em abril, o patamar mais baixo da história para o mês, segundo o jornal Washington Post. Mas os voos com deportados seguem como uma estratégia. O grupo Witness at the Border contabilizou 21 voos em uma só semana em fevereiro.

A autorização sistemática para que os EUA enviem ao Brasil voos de d<CW-18>eportação começou em 2019, no governo de Jair Bolsonaro. “Não há justificativa para o governo brasileiro autorizar esses voos. Todos os relatos indicam que os imigrantes viajaram algemados, em voos longuíssimos, com muitas paradas e sem o que comer”, disse Heloísa Galvão, coordenadora do Grupo Mulher Brasileira.

Migrantes montam suas moradias em campos fronteiriços, enquanto aguardam processo de asilo, como parte da nova política de imigração de Joe Biden, em Tijuana, na Cidade no México. Foto: Guillermo Arias / AFP 

WASHINGTON - Henrique alugou e mobiliou um novo apartamento em Boston para esperar pela chegada do filho. Ficou combinado que o adolescente repetiria os passos do pai e tentaria entrar nos EUA através da fronteira com o México, após fracassadas tentativas de conseguir o visto americano. Mas, desta vez, a promessa de coiotes em Sardoá, cidade de 5 mil habitantes próxima a Governador Valadares, era que os percalços do caminho eram coisa do passado e, no novo governo americano, o jovem seria entregue ao pai sem riscos.

“Falaram que me entregariam ele na mão, mas a história foi outra”, conta Henrique, nome fictício de um mineiro de 40 anos, quase metade deles vividos nos EUA sem documentação. O filho, então com 17 anos, fez uma viagem menos turbulenta que a encarada pelo pai em 2003. Em vez de atravessar o Rio Grande e chegar pelo Texas, com dias sem comer, o jovem chegou de avião a Cancún e de lá foi para Tijuana – o México é um dos poucos países que não restringe a chegada de viajantes do Brasil na pandemia.

Após cruzar por terra a divisão entre México e Califórnia, foi apreendido por agentes de imigração e engrossou o número de brasileiros que chegaram aos EUA ilegalmente desde a posse de Joe Biden. “Ele não comia direito, não dormia. Podia fazer duas ligações por semana só. Fiquei muito preocupado, ele nunca tinha saído do Brasil”, conta o pai. “Não pensei se o governo era Trump, Obama, ou Biden na hora que ele chegou. Só queria liberar meu filho.”

“Ele veio nesse esquema ‘cai-cai’, que é o de todos”, conta o pai. “Você chega e se entrega para a imigração, eles tornam mais fácil a chegada se mãe ou pai estão nos EUA”, explica. 

Mas no caso deles o risco da estratégia dar errado era alto, pois o jovem completaria 18 anos logo após a chegada aos EUA. Com isso, deixaria de ser liberado para viver com o pai, por ser considerado adulto. “Até que o povo da imigração me ligou e falou: queremos que seu filho passe o aniversário com você. Queremos liberá-lo antes do aniversário”, conta Henrique, o que foi visto como uma conquista por organizações de apoio ao imigrante que ajudaram nas tratativas.

Especialistas e autoridades locais relatam que o tratamento aos imigrantes no governo Biden é menos hostil. Os agentes de imigração têm pedido até ajuda a diplomatas dos países de onde são os imigrantes, numa posição colaborativa, segundo relatos ao Estadão. Menores com pais nos EUA têm sido rapidamente liberados para ficar com a família, ainda que ninguém tenha documentação.

Henrique se gaba de ter deixado a pobreza para trás e, hoje, trabalhando com construção nos EUA, “ser considerado rico”. O filho, diz ele, veio em busca do mesmo: “Aqui ele vai estudar inglês e no futuro podemos montar uma empresa. Já a vida no Brasil continua muito difícil”.

 Entidades que trabalham no auxílio a imigrantes brasileiros que chegam sem documentos aos EUA indicam a demanda por mão de obra, com a recuperação da economia americana, após o início da vacinação contra a covid-19, como um dos fatores que mais atraem brasileiros ao país. Outro motivo, dizem esses grupos, é a troca de governo em janeiro.

Solange Paizante, coordenadora da Mantena Global Care, associação que apoia imigrantes em Newark, em New Jersey, também afirma que a garantia de um posto de trabalho tem motivado os brasileiros.

Muitos, especialmente homens, já chegaram com um contrato engatilhado. “Os restaurantes têm nos pedido mão de obra, pois estão voltando a operar e não encontram gente para trabalhar”, afirma a coordenadora da Mantena. Os dados de trabalho nos EUA mostram que, enquanto milhões ainda estão desempregados, há empregadores que têm dificuldade de achar mão de obra.

O número de imigrantes que cruzam a fronteira do México com os EUA bateu o índice mais alto nas últimas duas décadas, em março e em abril. Só no mês passado, 178 mil imigrantes foram apreendidos.

O ICE (Agência de Imigração e Fiscalização Alfandegária dos EUA) deportou menos de 3 mil imigrantes em abril, o patamar mais baixo da história para o mês, segundo o jornal Washington Post. Mas os voos com deportados seguem como uma estratégia. O grupo Witness at the Border contabilizou 21 voos em uma só semana em fevereiro.

A autorização sistemática para que os EUA enviem ao Brasil voos de d<CW-18>eportação começou em 2019, no governo de Jair Bolsonaro. “Não há justificativa para o governo brasileiro autorizar esses voos. Todos os relatos indicam que os imigrantes viajaram algemados, em voos longuíssimos, com muitas paradas e sem o que comer”, disse Heloísa Galvão, coordenadora do Grupo Mulher Brasileira.

Migrantes montam suas moradias em campos fronteiriços, enquanto aguardam processo de asilo, como parte da nova política de imigração de Joe Biden, em Tijuana, na Cidade no México. Foto: Guillermo Arias / AFP 

WASHINGTON - Henrique alugou e mobiliou um novo apartamento em Boston para esperar pela chegada do filho. Ficou combinado que o adolescente repetiria os passos do pai e tentaria entrar nos EUA através da fronteira com o México, após fracassadas tentativas de conseguir o visto americano. Mas, desta vez, a promessa de coiotes em Sardoá, cidade de 5 mil habitantes próxima a Governador Valadares, era que os percalços do caminho eram coisa do passado e, no novo governo americano, o jovem seria entregue ao pai sem riscos.

“Falaram que me entregariam ele na mão, mas a história foi outra”, conta Henrique, nome fictício de um mineiro de 40 anos, quase metade deles vividos nos EUA sem documentação. O filho, então com 17 anos, fez uma viagem menos turbulenta que a encarada pelo pai em 2003. Em vez de atravessar o Rio Grande e chegar pelo Texas, com dias sem comer, o jovem chegou de avião a Cancún e de lá foi para Tijuana – o México é um dos poucos países que não restringe a chegada de viajantes do Brasil na pandemia.

Após cruzar por terra a divisão entre México e Califórnia, foi apreendido por agentes de imigração e engrossou o número de brasileiros que chegaram aos EUA ilegalmente desde a posse de Joe Biden. “Ele não comia direito, não dormia. Podia fazer duas ligações por semana só. Fiquei muito preocupado, ele nunca tinha saído do Brasil”, conta o pai. “Não pensei se o governo era Trump, Obama, ou Biden na hora que ele chegou. Só queria liberar meu filho.”

“Ele veio nesse esquema ‘cai-cai’, que é o de todos”, conta o pai. “Você chega e se entrega para a imigração, eles tornam mais fácil a chegada se mãe ou pai estão nos EUA”, explica. 

Mas no caso deles o risco da estratégia dar errado era alto, pois o jovem completaria 18 anos logo após a chegada aos EUA. Com isso, deixaria de ser liberado para viver com o pai, por ser considerado adulto. “Até que o povo da imigração me ligou e falou: queremos que seu filho passe o aniversário com você. Queremos liberá-lo antes do aniversário”, conta Henrique, o que foi visto como uma conquista por organizações de apoio ao imigrante que ajudaram nas tratativas.

Especialistas e autoridades locais relatam que o tratamento aos imigrantes no governo Biden é menos hostil. Os agentes de imigração têm pedido até ajuda a diplomatas dos países de onde são os imigrantes, numa posição colaborativa, segundo relatos ao Estadão. Menores com pais nos EUA têm sido rapidamente liberados para ficar com a família, ainda que ninguém tenha documentação.

Henrique se gaba de ter deixado a pobreza para trás e, hoje, trabalhando com construção nos EUA, “ser considerado rico”. O filho, diz ele, veio em busca do mesmo: “Aqui ele vai estudar inglês e no futuro podemos montar uma empresa. Já a vida no Brasil continua muito difícil”.

 Entidades que trabalham no auxílio a imigrantes brasileiros que chegam sem documentos aos EUA indicam a demanda por mão de obra, com a recuperação da economia americana, após o início da vacinação contra a covid-19, como um dos fatores que mais atraem brasileiros ao país. Outro motivo, dizem esses grupos, é a troca de governo em janeiro.

Solange Paizante, coordenadora da Mantena Global Care, associação que apoia imigrantes em Newark, em New Jersey, também afirma que a garantia de um posto de trabalho tem motivado os brasileiros.

Muitos, especialmente homens, já chegaram com um contrato engatilhado. “Os restaurantes têm nos pedido mão de obra, pois estão voltando a operar e não encontram gente para trabalhar”, afirma a coordenadora da Mantena. Os dados de trabalho nos EUA mostram que, enquanto milhões ainda estão desempregados, há empregadores que têm dificuldade de achar mão de obra.

O número de imigrantes que cruzam a fronteira do México com os EUA bateu o índice mais alto nas últimas duas décadas, em março e em abril. Só no mês passado, 178 mil imigrantes foram apreendidos.

O ICE (Agência de Imigração e Fiscalização Alfandegária dos EUA) deportou menos de 3 mil imigrantes em abril, o patamar mais baixo da história para o mês, segundo o jornal Washington Post. Mas os voos com deportados seguem como uma estratégia. O grupo Witness at the Border contabilizou 21 voos em uma só semana em fevereiro.

A autorização sistemática para que os EUA enviem ao Brasil voos de d<CW-18>eportação começou em 2019, no governo de Jair Bolsonaro. “Não há justificativa para o governo brasileiro autorizar esses voos. Todos os relatos indicam que os imigrantes viajaram algemados, em voos longuíssimos, com muitas paradas e sem o que comer”, disse Heloísa Galvão, coordenadora do Grupo Mulher Brasileira.

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