Mais de 500 pessoas foram mortas no enclave costeiro que tem um número estimado de 4.500 pessoas por quilômetro quadrado, disse Laerke. A prioridade para as agências de apoio é a proteção de civis, o resgate e tratamento de feridos.
Cerca de 500 casas foram destruídas por ataques aéreos israelenses e 100.000 pessoas buscaram abrigo em escolas da Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina no Oriente Médio (Unrwa, em inglês) e precisam de comida, água e colchões, disse ele.
Israel começou os bombardeios aéreos sobre a Faixa de Gaza em 8 de julho, dizendo que queria acabar com os ataques com foguetes de militantes do Hamas, e lançou uma ofensiva terrestre na última quinta-feira. Israel voltou a atingir alvos na Faixa de Gaza nesta terça-feira, acabando com as esperanças de uma pausa nos combates.
Na semana passada o Hamas rejeitou uma proposta de cessar-fogo mediada pelo Egito.
Vinte e nove israelenses, 27 deles soldados, morreram.
A maioria das pessoas mortas até agora no conflito é de palestinos, incluindo 121 crianças e jovens de Gaza menores de 18 anos, que compõem um terço do total de mortes de civis, disse Juliette Touma, do Fundo das Nações Unidas para a Infância(Unicef).
Mais de 900 crianças palestinas também estão feridas, segundo a Unicef.
"De acordo com uma avaliação dos agentes humanitários no local, ao menos 107 mil crianças precisam de apoio psicológico para o trauma que estão enfrentando, com as mortes, ferimentos e a perda de suas casas", disse Laerke.
Mais de 1,2 milhão de pessoas no enclave não tem água ou tem apenas um acesso limitado à água, com redes de energia danificadas e falta de combustível para geradores, disse ele.
"Além disso, temos relatos de inundações com esgoto, o que é uma ameaça à saúde pública", disse ele.
O Programa Mundial de Alimentos (PMA) distribuiu comida e vale-alimentação para mais de 90.000 pessoas até agora durante o conflito, disse a porta-voz Elisabeth Byrs.
"Alimentos prontos para o consumo estão acabando em Gaza, já que o conflito já dura duas semanas e as necessidades estão aumentando", disse ela.
Suprimentos serão comprados localmente e também levados de helicóptero a partir de Dubai.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) disse que 18 unidades de saúde em Gaza foram danificadas, incluindo três hospitais.
"Há sérias preocupações com o abastecimento de materiais hospitalares, já que os estoques de medicamentos e produtos descartáveis estão seriamente reduzidos, tanto no hospital do Ministério da Saúde como nos de ONGs, devido ao grande número de vítimas e à escassez antes mesmo da escalada da violência", disse a porta-voz da OMS, Fadela Chaib.