Netanyahu fica a duas cadeiras da vitória, diz boca de urna


Bancada do premiê aumentou, mas não o suficiente para que ele forme um governo

Por Redação
Atualização:

JERUSALÉM - O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, ficou muito perto de obter maioria no Parlamento na eleição de ontem. Segundo pesquisas de boca de urna, a coalizão de centro-direita de Bibi elegeria 59 deputados de um total de 120 – dois menos do que o necessário para formar um governo.

“Foi uma grande vitória para Israel”, afirmou Netanyahu, logo após a divulgação das pesquisas. Em discurso, o opositor Benny Gantz, rival do premiê e líder da coalizão Kahol Lavan (Azul e Branco), manteve um tom desafiador. “Obrigado aos ativistas e aos milhões de eleitores”, disse. “Continuarei lutando por vocês.” 

Entre os palestinos, o sentimento era de desânimo. “É óbvio que a colonização, a ocupação e o apartheid ganharam a eleição israelense”, disse Saeb Erekat, secretário-geral da Organização para Libertação da Palestina (OLP) e um dos principais negociadores dos palestinos com Israel.

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O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu Foto: REUTERS/ Nir Elias

A eleição de ontem foi a terceira em menos de um ano em Israel. Nas outras duas – em abril e setembro – , o Likud, partido de Netanyahu, obteve cerca de 25% dos votos – mesma votação do Azul e Branco, de Gantz. A outra metade foi pulverizada entre partidos de esquerda, religiosos, árabes e outras legendas de direita. 

Uma das diferenças de ontem foi o comparecimento recorde – o maior desde 1999 – de 65,5%. Outra mudança com relação a votações passadas é que Netanyahu deu um pequeno salto de quatro a cinco deputados – que só a apuração final dirá se foi ou não suficiente para se manter no cargo ou se o país caminha para um novo impasse político e uma quarta eleição nacional. 

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Se os números das pesquisas de boca de urna se confirmarem, mostrarão que os três indiciamentos do premiê por corrupção, fraude e de quebra de confiança continuam não impactando em sua imagem para a maioria do eleitorado. 

O que a eleição de ontem não mudou, ainda segundo a boca de urna, foi o papel decisivo do ex-chanceler Avigdor Lieberman. Líder do partido Yisrael Beiteinu, ele é extremamente conservador, mas laico. Por isso, rejeita uma aliança com Gantz, que tem apoio dos partidos árabes, mas também não quer uma coalizão com Netanyahu, em razão da presença dos religiosos.

Lieberman defende uma lei que obrigue os judeus ultraortodoxas a servir o Exército – batendo de frente com o interesse dos partidos religiosos. Como Yisrael Beiteinu deverá fazer oito deputados, segundo as pesquisas, um novo governo fica inviabilizado. Para romper o impasse, o ex-chanceler defende uma aliança entre ele, Netanyahu e Gantz – dois nomes que até agora se mostraram incompatíveis. Corrupção. Se confirmada a vitória de Netanyahu, será a primeira vez que Israel terá um primeiro-ministro indiciado no exercício do cargo. Em novembro, o procurador-geral, Avichai Mandelblit, transformou Bibi em réu em três casos. 

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O primeiro escândalo se refere ao “Caso 4000”, em que Netanyahu é acusado de dar concessões regulatórias a Shaul Elovitch, acionista controlador da empresa de telecomunicações Bezeq, em troca de cobertura favorável de seu site de notícias Walla. 

Já o “Caso 2000” é sobre um acordo entre Netanyahu e Arnon Mozes, dono do jornal Yediot Aharonot, por uma cobertura favorável em troca de ações governamentais contra o diário rival Israel Hayom. 

Por fim, no “Caso 1000”, o premiê é acusado de fraude e de quebra de confiança por aceitar presentes caros de empresários ricos, entre eles o do magnata de Hollywood Arnon Milchan, também em troca de favores. / AP e REUTERS 

JERUSALÉM - O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, ficou muito perto de obter maioria no Parlamento na eleição de ontem. Segundo pesquisas de boca de urna, a coalizão de centro-direita de Bibi elegeria 59 deputados de um total de 120 – dois menos do que o necessário para formar um governo.

“Foi uma grande vitória para Israel”, afirmou Netanyahu, logo após a divulgação das pesquisas. Em discurso, o opositor Benny Gantz, rival do premiê e líder da coalizão Kahol Lavan (Azul e Branco), manteve um tom desafiador. “Obrigado aos ativistas e aos milhões de eleitores”, disse. “Continuarei lutando por vocês.” 

Entre os palestinos, o sentimento era de desânimo. “É óbvio que a colonização, a ocupação e o apartheid ganharam a eleição israelense”, disse Saeb Erekat, secretário-geral da Organização para Libertação da Palestina (OLP) e um dos principais negociadores dos palestinos com Israel.

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu Foto: REUTERS/ Nir Elias

A eleição de ontem foi a terceira em menos de um ano em Israel. Nas outras duas – em abril e setembro – , o Likud, partido de Netanyahu, obteve cerca de 25% dos votos – mesma votação do Azul e Branco, de Gantz. A outra metade foi pulverizada entre partidos de esquerda, religiosos, árabes e outras legendas de direita. 

Uma das diferenças de ontem foi o comparecimento recorde – o maior desde 1999 – de 65,5%. Outra mudança com relação a votações passadas é que Netanyahu deu um pequeno salto de quatro a cinco deputados – que só a apuração final dirá se foi ou não suficiente para se manter no cargo ou se o país caminha para um novo impasse político e uma quarta eleição nacional. 

Se os números das pesquisas de boca de urna se confirmarem, mostrarão que os três indiciamentos do premiê por corrupção, fraude e de quebra de confiança continuam não impactando em sua imagem para a maioria do eleitorado. 

O que a eleição de ontem não mudou, ainda segundo a boca de urna, foi o papel decisivo do ex-chanceler Avigdor Lieberman. Líder do partido Yisrael Beiteinu, ele é extremamente conservador, mas laico. Por isso, rejeita uma aliança com Gantz, que tem apoio dos partidos árabes, mas também não quer uma coalizão com Netanyahu, em razão da presença dos religiosos.

Lieberman defende uma lei que obrigue os judeus ultraortodoxas a servir o Exército – batendo de frente com o interesse dos partidos religiosos. Como Yisrael Beiteinu deverá fazer oito deputados, segundo as pesquisas, um novo governo fica inviabilizado. Para romper o impasse, o ex-chanceler defende uma aliança entre ele, Netanyahu e Gantz – dois nomes que até agora se mostraram incompatíveis. Corrupção. Se confirmada a vitória de Netanyahu, será a primeira vez que Israel terá um primeiro-ministro indiciado no exercício do cargo. Em novembro, o procurador-geral, Avichai Mandelblit, transformou Bibi em réu em três casos. 

O primeiro escândalo se refere ao “Caso 4000”, em que Netanyahu é acusado de dar concessões regulatórias a Shaul Elovitch, acionista controlador da empresa de telecomunicações Bezeq, em troca de cobertura favorável de seu site de notícias Walla. 

Já o “Caso 2000” é sobre um acordo entre Netanyahu e Arnon Mozes, dono do jornal Yediot Aharonot, por uma cobertura favorável em troca de ações governamentais contra o diário rival Israel Hayom. 

Por fim, no “Caso 1000”, o premiê é acusado de fraude e de quebra de confiança por aceitar presentes caros de empresários ricos, entre eles o do magnata de Hollywood Arnon Milchan, também em troca de favores. / AP e REUTERS 

JERUSALÉM - O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, ficou muito perto de obter maioria no Parlamento na eleição de ontem. Segundo pesquisas de boca de urna, a coalizão de centro-direita de Bibi elegeria 59 deputados de um total de 120 – dois menos do que o necessário para formar um governo.

“Foi uma grande vitória para Israel”, afirmou Netanyahu, logo após a divulgação das pesquisas. Em discurso, o opositor Benny Gantz, rival do premiê e líder da coalizão Kahol Lavan (Azul e Branco), manteve um tom desafiador. “Obrigado aos ativistas e aos milhões de eleitores”, disse. “Continuarei lutando por vocês.” 

Entre os palestinos, o sentimento era de desânimo. “É óbvio que a colonização, a ocupação e o apartheid ganharam a eleição israelense”, disse Saeb Erekat, secretário-geral da Organização para Libertação da Palestina (OLP) e um dos principais negociadores dos palestinos com Israel.

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu Foto: REUTERS/ Nir Elias

A eleição de ontem foi a terceira em menos de um ano em Israel. Nas outras duas – em abril e setembro – , o Likud, partido de Netanyahu, obteve cerca de 25% dos votos – mesma votação do Azul e Branco, de Gantz. A outra metade foi pulverizada entre partidos de esquerda, religiosos, árabes e outras legendas de direita. 

Uma das diferenças de ontem foi o comparecimento recorde – o maior desde 1999 – de 65,5%. Outra mudança com relação a votações passadas é que Netanyahu deu um pequeno salto de quatro a cinco deputados – que só a apuração final dirá se foi ou não suficiente para se manter no cargo ou se o país caminha para um novo impasse político e uma quarta eleição nacional. 

Se os números das pesquisas de boca de urna se confirmarem, mostrarão que os três indiciamentos do premiê por corrupção, fraude e de quebra de confiança continuam não impactando em sua imagem para a maioria do eleitorado. 

O que a eleição de ontem não mudou, ainda segundo a boca de urna, foi o papel decisivo do ex-chanceler Avigdor Lieberman. Líder do partido Yisrael Beiteinu, ele é extremamente conservador, mas laico. Por isso, rejeita uma aliança com Gantz, que tem apoio dos partidos árabes, mas também não quer uma coalizão com Netanyahu, em razão da presença dos religiosos.

Lieberman defende uma lei que obrigue os judeus ultraortodoxas a servir o Exército – batendo de frente com o interesse dos partidos religiosos. Como Yisrael Beiteinu deverá fazer oito deputados, segundo as pesquisas, um novo governo fica inviabilizado. Para romper o impasse, o ex-chanceler defende uma aliança entre ele, Netanyahu e Gantz – dois nomes que até agora se mostraram incompatíveis. Corrupção. Se confirmada a vitória de Netanyahu, será a primeira vez que Israel terá um primeiro-ministro indiciado no exercício do cargo. Em novembro, o procurador-geral, Avichai Mandelblit, transformou Bibi em réu em três casos. 

O primeiro escândalo se refere ao “Caso 4000”, em que Netanyahu é acusado de dar concessões regulatórias a Shaul Elovitch, acionista controlador da empresa de telecomunicações Bezeq, em troca de cobertura favorável de seu site de notícias Walla. 

Já o “Caso 2000” é sobre um acordo entre Netanyahu e Arnon Mozes, dono do jornal Yediot Aharonot, por uma cobertura favorável em troca de ações governamentais contra o diário rival Israel Hayom. 

Por fim, no “Caso 1000”, o premiê é acusado de fraude e de quebra de confiança por aceitar presentes caros de empresários ricos, entre eles o do magnata de Hollywood Arnon Milchan, também em troca de favores. / AP e REUTERS 

JERUSALÉM - O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, ficou muito perto de obter maioria no Parlamento na eleição de ontem. Segundo pesquisas de boca de urna, a coalizão de centro-direita de Bibi elegeria 59 deputados de um total de 120 – dois menos do que o necessário para formar um governo.

“Foi uma grande vitória para Israel”, afirmou Netanyahu, logo após a divulgação das pesquisas. Em discurso, o opositor Benny Gantz, rival do premiê e líder da coalizão Kahol Lavan (Azul e Branco), manteve um tom desafiador. “Obrigado aos ativistas e aos milhões de eleitores”, disse. “Continuarei lutando por vocês.” 

Entre os palestinos, o sentimento era de desânimo. “É óbvio que a colonização, a ocupação e o apartheid ganharam a eleição israelense”, disse Saeb Erekat, secretário-geral da Organização para Libertação da Palestina (OLP) e um dos principais negociadores dos palestinos com Israel.

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu Foto: REUTERS/ Nir Elias

A eleição de ontem foi a terceira em menos de um ano em Israel. Nas outras duas – em abril e setembro – , o Likud, partido de Netanyahu, obteve cerca de 25% dos votos – mesma votação do Azul e Branco, de Gantz. A outra metade foi pulverizada entre partidos de esquerda, religiosos, árabes e outras legendas de direita. 

Uma das diferenças de ontem foi o comparecimento recorde – o maior desde 1999 – de 65,5%. Outra mudança com relação a votações passadas é que Netanyahu deu um pequeno salto de quatro a cinco deputados – que só a apuração final dirá se foi ou não suficiente para se manter no cargo ou se o país caminha para um novo impasse político e uma quarta eleição nacional. 

Se os números das pesquisas de boca de urna se confirmarem, mostrarão que os três indiciamentos do premiê por corrupção, fraude e de quebra de confiança continuam não impactando em sua imagem para a maioria do eleitorado. 

O que a eleição de ontem não mudou, ainda segundo a boca de urna, foi o papel decisivo do ex-chanceler Avigdor Lieberman. Líder do partido Yisrael Beiteinu, ele é extremamente conservador, mas laico. Por isso, rejeita uma aliança com Gantz, que tem apoio dos partidos árabes, mas também não quer uma coalizão com Netanyahu, em razão da presença dos religiosos.

Lieberman defende uma lei que obrigue os judeus ultraortodoxas a servir o Exército – batendo de frente com o interesse dos partidos religiosos. Como Yisrael Beiteinu deverá fazer oito deputados, segundo as pesquisas, um novo governo fica inviabilizado. Para romper o impasse, o ex-chanceler defende uma aliança entre ele, Netanyahu e Gantz – dois nomes que até agora se mostraram incompatíveis. Corrupção. Se confirmada a vitória de Netanyahu, será a primeira vez que Israel terá um primeiro-ministro indiciado no exercício do cargo. Em novembro, o procurador-geral, Avichai Mandelblit, transformou Bibi em réu em três casos. 

O primeiro escândalo se refere ao “Caso 4000”, em que Netanyahu é acusado de dar concessões regulatórias a Shaul Elovitch, acionista controlador da empresa de telecomunicações Bezeq, em troca de cobertura favorável de seu site de notícias Walla. 

Já o “Caso 2000” é sobre um acordo entre Netanyahu e Arnon Mozes, dono do jornal Yediot Aharonot, por uma cobertura favorável em troca de ações governamentais contra o diário rival Israel Hayom. 

Por fim, no “Caso 1000”, o premiê é acusado de fraude e de quebra de confiança por aceitar presentes caros de empresários ricos, entre eles o do magnata de Hollywood Arnon Milchan, também em troca de favores. / AP e REUTERS 

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