No século 21, conquista é para os perdedores


Anexação da Crimeia resultou em crise econômica para Putin e deve servir de lição aos 'falcões' da política dos EUA

Por PAUL e KRUGMAN

Mais de um século se passou desde que Norman Angell, jornalista e político britânico, publicou A Grande Ilusão, um tratado argumentando que a era das conquistas terminou ou ao menos devia terminar. Ele não previu o fim da guerra, mas afirmou que guerras agressivas não faziam mais sentido - a guerra moderna empobrece tanto o vencedor quanto o vencido. Ele estava certo, mas, aparentemente, a lição é difícil de absorver. Vladimir Putin certamente não recebeu o memorando. Tampouco o fizeram os neoconservadores americanos, cujo caso agudo de inveja de Putin mostra que não aprenderam nada com a catástrofe do Iraque. O raciocínio de Angell é simples: saquear já não é como era antigamente. Não se pode tratar uma sociedade moderna como a antiga Roma tratava uma província conquistada sem destruir a própria riqueza que se está tentando abocanhar. E a guerra, ou a ameaça de guerra, por sua vez, ao romper as conexões comerciais e financeiras, inflige grandes custos além e acima das despesas diretas de manter e mobilizar exércitos. A guerra nos deixa mais pobres e mais fracos, mesmo quando saímos vencedores. As exceções realmente comprovam a regra. Ainda há truculentos que travam guerras por lucro ou diversão, mas eles invariavelmente o fazem em lugares onde matérias-primas exploráveis são a única fonte real de riqueza. As gangues que estão dilacerando a República Centro-Africana o estão fazendo por diamantes e marfim ilegal. O Estado Islâmico pode alegar que está criando o novo califado, mas por enquanto ele vem se apoderando principalmente de campos de petróleo. A questão é: o que funciona para um senhor da guerra do quarto mundo é autodestrutivo para uma nação do nível dos Estados Unidos - ou mesmo da Rússia. Basta ver o que parecia ser um sucesso de Putin, a captura da Crimeia: a Rússia pode ter anexado a península quase sem nenhuma oposição, mas o que ela obteve do triunfo foi uma economia implodindo que não está em posição de pagar tributos e, aliás, requer uma ajuda dispendiosa. Por outro lado, investimento estrangeiro e empréstimos para a Rússia mais ou menos secaram antes mesmo de o mergulho dos preços do petróleo ter transformado a situação numa crise completa. O que nos leva a duas grandes questões. Primeiro, por que Putin faz uma coisa tão estúpida? Segundo, por que há tantas pessoas influentes nos Estados Unidos impressionadas e invejando sua estupidez? A resposta à primeira pergunta é óbvia se pensarmos nos antecedentes de Putin. Não custa lembrar que ele é um ex-agente da KGB. Violência e ameaças de violência, suplementadas por propina e corrupção, são o que ele sabe. Durante anos, ele não teve nenhum incentivo para aprender outra coisa: os preços altos do petróleo enriqueceram a Rússia e ele certamente se convenceu de que era responsável pelo próprio sucesso. É bem possível que ele só tenha percebido alguns dias atrás que não tem ideia de como funciona o século 21. A resposta à segunda pergunta é um pouco mais complicada, mas não devemos nos esquecer de como terminamos por invadir o Iraque. Não foi uma resposta ao 11 de Setembro. Foi, antes, uma guerra de escolha para demonstrar o poder americano e servir como prova do conceito para toda uma série de guerras que os neoconservadores estavam ansiosos para travar. Há uma facção política, ainda poderosa nos Estados Unidos, comprometida com a visão de que conquistar compensa, e que, em geral, a maneira de ser forte é agir com dureza e amedrontar os outros. É de se suspeitar, aliás, que foi por essa falsa noção de poder que os arquitetos da guerra tornaram a tortura rotineira. Os sonhos neoconservadores levaram uma surra quando a ocupação do Iraque se transformou num fiasco sangrento, mas eles não aprenderam. Por isso, assistiram ao aventureirismo russo com admiração. Eles podem ter se declarado alarmados com os avanços russos, crentes de que Putin estava jogando xadrez enquanto Obama jogava bolinhas de gude. Mas o que realmente os incomodou foi que Putin estava vivendo a vida que eles sempre imaginaram para si. A verdade, porém, é que a guerra de fato não compensa. A aventura no Iraque claramente terminou por enfraquecer a posição americana no mundo, e custou mais de US$ 800 bilhões em gastos diretos e muito mais em indiretos. Os Estados Unidos são uma verdadeira superpotência, por isso pudemos arcar com esses prejuízos - embora cause calafrios pensar o que teria acontecido se os "homens de verdade" tivessem tido a chance de se mudar para outros alvos. Mas uma petro-economia financeiramente frágil como a Rússia não tem a mesma capacidade de administrar seus erros de estratégia. Não tenho ideia do que será do regime de Putin, mas esse nos proporcionou uma lição valiosa. Esqueçam "choque e pavor": no mundo moderno, conquista é para perdedores. / TRADUÇÃO DE CELSO PACIORNIK É COLUNISTA

Mais de um século se passou desde que Norman Angell, jornalista e político britânico, publicou A Grande Ilusão, um tratado argumentando que a era das conquistas terminou ou ao menos devia terminar. Ele não previu o fim da guerra, mas afirmou que guerras agressivas não faziam mais sentido - a guerra moderna empobrece tanto o vencedor quanto o vencido. Ele estava certo, mas, aparentemente, a lição é difícil de absorver. Vladimir Putin certamente não recebeu o memorando. Tampouco o fizeram os neoconservadores americanos, cujo caso agudo de inveja de Putin mostra que não aprenderam nada com a catástrofe do Iraque. O raciocínio de Angell é simples: saquear já não é como era antigamente. Não se pode tratar uma sociedade moderna como a antiga Roma tratava uma província conquistada sem destruir a própria riqueza que se está tentando abocanhar. E a guerra, ou a ameaça de guerra, por sua vez, ao romper as conexões comerciais e financeiras, inflige grandes custos além e acima das despesas diretas de manter e mobilizar exércitos. A guerra nos deixa mais pobres e mais fracos, mesmo quando saímos vencedores. As exceções realmente comprovam a regra. Ainda há truculentos que travam guerras por lucro ou diversão, mas eles invariavelmente o fazem em lugares onde matérias-primas exploráveis são a única fonte real de riqueza. As gangues que estão dilacerando a República Centro-Africana o estão fazendo por diamantes e marfim ilegal. O Estado Islâmico pode alegar que está criando o novo califado, mas por enquanto ele vem se apoderando principalmente de campos de petróleo. A questão é: o que funciona para um senhor da guerra do quarto mundo é autodestrutivo para uma nação do nível dos Estados Unidos - ou mesmo da Rússia. Basta ver o que parecia ser um sucesso de Putin, a captura da Crimeia: a Rússia pode ter anexado a península quase sem nenhuma oposição, mas o que ela obteve do triunfo foi uma economia implodindo que não está em posição de pagar tributos e, aliás, requer uma ajuda dispendiosa. Por outro lado, investimento estrangeiro e empréstimos para a Rússia mais ou menos secaram antes mesmo de o mergulho dos preços do petróleo ter transformado a situação numa crise completa. O que nos leva a duas grandes questões. Primeiro, por que Putin faz uma coisa tão estúpida? Segundo, por que há tantas pessoas influentes nos Estados Unidos impressionadas e invejando sua estupidez? A resposta à primeira pergunta é óbvia se pensarmos nos antecedentes de Putin. Não custa lembrar que ele é um ex-agente da KGB. Violência e ameaças de violência, suplementadas por propina e corrupção, são o que ele sabe. Durante anos, ele não teve nenhum incentivo para aprender outra coisa: os preços altos do petróleo enriqueceram a Rússia e ele certamente se convenceu de que era responsável pelo próprio sucesso. É bem possível que ele só tenha percebido alguns dias atrás que não tem ideia de como funciona o século 21. A resposta à segunda pergunta é um pouco mais complicada, mas não devemos nos esquecer de como terminamos por invadir o Iraque. Não foi uma resposta ao 11 de Setembro. Foi, antes, uma guerra de escolha para demonstrar o poder americano e servir como prova do conceito para toda uma série de guerras que os neoconservadores estavam ansiosos para travar. Há uma facção política, ainda poderosa nos Estados Unidos, comprometida com a visão de que conquistar compensa, e que, em geral, a maneira de ser forte é agir com dureza e amedrontar os outros. É de se suspeitar, aliás, que foi por essa falsa noção de poder que os arquitetos da guerra tornaram a tortura rotineira. Os sonhos neoconservadores levaram uma surra quando a ocupação do Iraque se transformou num fiasco sangrento, mas eles não aprenderam. Por isso, assistiram ao aventureirismo russo com admiração. Eles podem ter se declarado alarmados com os avanços russos, crentes de que Putin estava jogando xadrez enquanto Obama jogava bolinhas de gude. Mas o que realmente os incomodou foi que Putin estava vivendo a vida que eles sempre imaginaram para si. A verdade, porém, é que a guerra de fato não compensa. A aventura no Iraque claramente terminou por enfraquecer a posição americana no mundo, e custou mais de US$ 800 bilhões em gastos diretos e muito mais em indiretos. Os Estados Unidos são uma verdadeira superpotência, por isso pudemos arcar com esses prejuízos - embora cause calafrios pensar o que teria acontecido se os "homens de verdade" tivessem tido a chance de se mudar para outros alvos. Mas uma petro-economia financeiramente frágil como a Rússia não tem a mesma capacidade de administrar seus erros de estratégia. Não tenho ideia do que será do regime de Putin, mas esse nos proporcionou uma lição valiosa. Esqueçam "choque e pavor": no mundo moderno, conquista é para perdedores. / TRADUÇÃO DE CELSO PACIORNIK É COLUNISTA

Mais de um século se passou desde que Norman Angell, jornalista e político britânico, publicou A Grande Ilusão, um tratado argumentando que a era das conquistas terminou ou ao menos devia terminar. Ele não previu o fim da guerra, mas afirmou que guerras agressivas não faziam mais sentido - a guerra moderna empobrece tanto o vencedor quanto o vencido. Ele estava certo, mas, aparentemente, a lição é difícil de absorver. Vladimir Putin certamente não recebeu o memorando. Tampouco o fizeram os neoconservadores americanos, cujo caso agudo de inveja de Putin mostra que não aprenderam nada com a catástrofe do Iraque. O raciocínio de Angell é simples: saquear já não é como era antigamente. Não se pode tratar uma sociedade moderna como a antiga Roma tratava uma província conquistada sem destruir a própria riqueza que se está tentando abocanhar. E a guerra, ou a ameaça de guerra, por sua vez, ao romper as conexões comerciais e financeiras, inflige grandes custos além e acima das despesas diretas de manter e mobilizar exércitos. A guerra nos deixa mais pobres e mais fracos, mesmo quando saímos vencedores. As exceções realmente comprovam a regra. Ainda há truculentos que travam guerras por lucro ou diversão, mas eles invariavelmente o fazem em lugares onde matérias-primas exploráveis são a única fonte real de riqueza. As gangues que estão dilacerando a República Centro-Africana o estão fazendo por diamantes e marfim ilegal. O Estado Islâmico pode alegar que está criando o novo califado, mas por enquanto ele vem se apoderando principalmente de campos de petróleo. A questão é: o que funciona para um senhor da guerra do quarto mundo é autodestrutivo para uma nação do nível dos Estados Unidos - ou mesmo da Rússia. Basta ver o que parecia ser um sucesso de Putin, a captura da Crimeia: a Rússia pode ter anexado a península quase sem nenhuma oposição, mas o que ela obteve do triunfo foi uma economia implodindo que não está em posição de pagar tributos e, aliás, requer uma ajuda dispendiosa. Por outro lado, investimento estrangeiro e empréstimos para a Rússia mais ou menos secaram antes mesmo de o mergulho dos preços do petróleo ter transformado a situação numa crise completa. O que nos leva a duas grandes questões. Primeiro, por que Putin faz uma coisa tão estúpida? Segundo, por que há tantas pessoas influentes nos Estados Unidos impressionadas e invejando sua estupidez? A resposta à primeira pergunta é óbvia se pensarmos nos antecedentes de Putin. Não custa lembrar que ele é um ex-agente da KGB. Violência e ameaças de violência, suplementadas por propina e corrupção, são o que ele sabe. Durante anos, ele não teve nenhum incentivo para aprender outra coisa: os preços altos do petróleo enriqueceram a Rússia e ele certamente se convenceu de que era responsável pelo próprio sucesso. É bem possível que ele só tenha percebido alguns dias atrás que não tem ideia de como funciona o século 21. A resposta à segunda pergunta é um pouco mais complicada, mas não devemos nos esquecer de como terminamos por invadir o Iraque. Não foi uma resposta ao 11 de Setembro. Foi, antes, uma guerra de escolha para demonstrar o poder americano e servir como prova do conceito para toda uma série de guerras que os neoconservadores estavam ansiosos para travar. Há uma facção política, ainda poderosa nos Estados Unidos, comprometida com a visão de que conquistar compensa, e que, em geral, a maneira de ser forte é agir com dureza e amedrontar os outros. É de se suspeitar, aliás, que foi por essa falsa noção de poder que os arquitetos da guerra tornaram a tortura rotineira. Os sonhos neoconservadores levaram uma surra quando a ocupação do Iraque se transformou num fiasco sangrento, mas eles não aprenderam. Por isso, assistiram ao aventureirismo russo com admiração. Eles podem ter se declarado alarmados com os avanços russos, crentes de que Putin estava jogando xadrez enquanto Obama jogava bolinhas de gude. Mas o que realmente os incomodou foi que Putin estava vivendo a vida que eles sempre imaginaram para si. A verdade, porém, é que a guerra de fato não compensa. A aventura no Iraque claramente terminou por enfraquecer a posição americana no mundo, e custou mais de US$ 800 bilhões em gastos diretos e muito mais em indiretos. Os Estados Unidos são uma verdadeira superpotência, por isso pudemos arcar com esses prejuízos - embora cause calafrios pensar o que teria acontecido se os "homens de verdade" tivessem tido a chance de se mudar para outros alvos. Mas uma petro-economia financeiramente frágil como a Rússia não tem a mesma capacidade de administrar seus erros de estratégia. Não tenho ideia do que será do regime de Putin, mas esse nos proporcionou uma lição valiosa. Esqueçam "choque e pavor": no mundo moderno, conquista é para perdedores. / TRADUÇÃO DE CELSO PACIORNIK É COLUNISTA

Mais de um século se passou desde que Norman Angell, jornalista e político britânico, publicou A Grande Ilusão, um tratado argumentando que a era das conquistas terminou ou ao menos devia terminar. Ele não previu o fim da guerra, mas afirmou que guerras agressivas não faziam mais sentido - a guerra moderna empobrece tanto o vencedor quanto o vencido. Ele estava certo, mas, aparentemente, a lição é difícil de absorver. Vladimir Putin certamente não recebeu o memorando. Tampouco o fizeram os neoconservadores americanos, cujo caso agudo de inveja de Putin mostra que não aprenderam nada com a catástrofe do Iraque. O raciocínio de Angell é simples: saquear já não é como era antigamente. Não se pode tratar uma sociedade moderna como a antiga Roma tratava uma província conquistada sem destruir a própria riqueza que se está tentando abocanhar. E a guerra, ou a ameaça de guerra, por sua vez, ao romper as conexões comerciais e financeiras, inflige grandes custos além e acima das despesas diretas de manter e mobilizar exércitos. A guerra nos deixa mais pobres e mais fracos, mesmo quando saímos vencedores. As exceções realmente comprovam a regra. Ainda há truculentos que travam guerras por lucro ou diversão, mas eles invariavelmente o fazem em lugares onde matérias-primas exploráveis são a única fonte real de riqueza. As gangues que estão dilacerando a República Centro-Africana o estão fazendo por diamantes e marfim ilegal. O Estado Islâmico pode alegar que está criando o novo califado, mas por enquanto ele vem se apoderando principalmente de campos de petróleo. A questão é: o que funciona para um senhor da guerra do quarto mundo é autodestrutivo para uma nação do nível dos Estados Unidos - ou mesmo da Rússia. Basta ver o que parecia ser um sucesso de Putin, a captura da Crimeia: a Rússia pode ter anexado a península quase sem nenhuma oposição, mas o que ela obteve do triunfo foi uma economia implodindo que não está em posição de pagar tributos e, aliás, requer uma ajuda dispendiosa. Por outro lado, investimento estrangeiro e empréstimos para a Rússia mais ou menos secaram antes mesmo de o mergulho dos preços do petróleo ter transformado a situação numa crise completa. O que nos leva a duas grandes questões. Primeiro, por que Putin faz uma coisa tão estúpida? Segundo, por que há tantas pessoas influentes nos Estados Unidos impressionadas e invejando sua estupidez? A resposta à primeira pergunta é óbvia se pensarmos nos antecedentes de Putin. Não custa lembrar que ele é um ex-agente da KGB. Violência e ameaças de violência, suplementadas por propina e corrupção, são o que ele sabe. Durante anos, ele não teve nenhum incentivo para aprender outra coisa: os preços altos do petróleo enriqueceram a Rússia e ele certamente se convenceu de que era responsável pelo próprio sucesso. É bem possível que ele só tenha percebido alguns dias atrás que não tem ideia de como funciona o século 21. A resposta à segunda pergunta é um pouco mais complicada, mas não devemos nos esquecer de como terminamos por invadir o Iraque. Não foi uma resposta ao 11 de Setembro. Foi, antes, uma guerra de escolha para demonstrar o poder americano e servir como prova do conceito para toda uma série de guerras que os neoconservadores estavam ansiosos para travar. Há uma facção política, ainda poderosa nos Estados Unidos, comprometida com a visão de que conquistar compensa, e que, em geral, a maneira de ser forte é agir com dureza e amedrontar os outros. É de se suspeitar, aliás, que foi por essa falsa noção de poder que os arquitetos da guerra tornaram a tortura rotineira. Os sonhos neoconservadores levaram uma surra quando a ocupação do Iraque se transformou num fiasco sangrento, mas eles não aprenderam. Por isso, assistiram ao aventureirismo russo com admiração. Eles podem ter se declarado alarmados com os avanços russos, crentes de que Putin estava jogando xadrez enquanto Obama jogava bolinhas de gude. Mas o que realmente os incomodou foi que Putin estava vivendo a vida que eles sempre imaginaram para si. A verdade, porém, é que a guerra de fato não compensa. A aventura no Iraque claramente terminou por enfraquecer a posição americana no mundo, e custou mais de US$ 800 bilhões em gastos diretos e muito mais em indiretos. Os Estados Unidos são uma verdadeira superpotência, por isso pudemos arcar com esses prejuízos - embora cause calafrios pensar o que teria acontecido se os "homens de verdade" tivessem tido a chance de se mudar para outros alvos. Mas uma petro-economia financeiramente frágil como a Rússia não tem a mesma capacidade de administrar seus erros de estratégia. Não tenho ideia do que será do regime de Putin, mas esse nos proporcionou uma lição valiosa. Esqueçam "choque e pavor": no mundo moderno, conquista é para perdedores. / TRADUÇÃO DE CELSO PACIORNIK É COLUNISTA

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