Norte-coreanos no Canadá estão duplamente irritados com Trump


Refugiados da Coreia do Norte no Canadá se irritam com comportamento do presidente dos EUA com líder norte-coreano e com ofensas ao premiê canadense Justin Trudeau

Por Redação

Em uma semana intensa para a geopolítica internacional, um grupo específico se irritou com a posição do presidente dos Estados Unidos Donald Trump frente ao líder norte-coreano Kim Jong-un e ao primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau.

O jornal The Guardian conversou com uma pequena comunidade de norte-coreanos que vivem no Canadá. Eles demonstram indignação com os elogios de Trump a Kim, enquanto horas antes da cúpula em Cingapura, o americano atacou Trudeau após a reunião do G-7, chamando o anfitrião do evento de "desonesto" e "fraco". Trump desistiu de um acordo firmado horas antes pelo G-7 ao ver, durante a viagem para a Coreia do Norte, críticas do líder canadense a ele.

+ Mais de 70% dos americanos aprovam as conversas diretas entre Trump e Kim Jong-un+ Leia a íntegra do texto do acordo de cooperação assinado por Trump e Kim Jong-un

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"Nós temos o poder de controlar essa segunda onda. Eu sei que podemos fazer isso, porque já fizemos uma vez", disse Trudeau aos canadenses Foto: AFP PHOTO / Lars Hagberg

Um casal de norte-coreano que vivem em Toronto, Julie e David - que pediram o uso de pseudônimos com medo da retaliação de autoridades norte-coreanas - escapou da Coreia do Norte em 2005, e disse que o país é "comparável ao inferno". Julie se mostrou indignada quanto ao comportamento de Trump. "Foi insuportável assisti-lo atacar o primeiro-ministro Trudeau, para, 24 horas depois, ir à Cingapura louvar um ditador que é um assassino", disparou.

Segundo a ONU, em 2013 existiam de 80 mil a 120 mil presos políticos nas prisões norte-coreanas e os crimes do regime incluem assassinato, violência sexual, tortura e perseguição por motivos políticos, religiosos, raciais e de gênero. "Eles não abordaram o que estava acontecendo com as pessoas na Coreia do Norte - tudo o que ele (Trump) fez foi louvar Kim Jong-un", diz Julie.

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Uma advogada canadense, Jacqueline An, compartilha do mesmo sentimento. Ela já representou vários exilados - no ano passado, ela ajudou a ganhar a liberação do caso de Hyeon Soo Lim, um pastor canadense que recebeu uma sentença de prisão perpétua com trabalhos forçados por supostamente "se intrometer" nos assuntos do Estado norte-coreano.

Jacqueline descreve as ações de Trump como "uma completa zombaria da democracia e celebração e admiração de uma ditadura", e concorda que o presidente americano deve pedir perdão a Trudeau. "Ele quer entrar em uma guerra comercial com o Canadá para logo em seguida encontrar esse ditador", afirma.

+ Análise: Os vencedores e os perdedores na cúpula histórica entre Trump e Kim+ Kim Jong-un tem currículo de execuções e fome na Coreia do Norte

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O encontro de Donald Trump e Kim Jong-un em Cingapura

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Coreia do Norte

Foto: AFP Photo/Saul Loeb
2 | 31

O encontro entre Kim e Trump

Foto: AP Photo/Evan Vucci
3 | 31

O encontro entre Kim e Trump

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O encontro entre Trump e Kim

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O encontro entre Trump e Kim

Foto: REUTERS/Tyrone Siu
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O encontro entre Trump e Kim

Foto: Host Broadcaster Mediacorp Pte Ltd via AP
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Trump e Kim se reúnem em hotel em Cingapura.

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O encontro entre Trump e Kim

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O encontro entre Trump e Kim

Foto: REUTERS/Athit Perawongmetha

Rocky Kim, 38, fugiu da Coreia do Norte em 2003 e se mudou para o Canadá, onde administra uma empresa de ventilação e aquecimento em Toronto. No país oriental, Kim trabalhou em campos de trabalho e viu pessoas morrendo de fome. "Não é um país normal", ele insistiu. "É uma dinastia, com pessoas vivendo na escravidão".

Ele também não acredita que Kim Jong-un vai aderir à desnuclearização. "Para os líderes norte-coreanos, é muito importante ter armas nucleares para se proteger", explica. "Eu não acho que Jong-un vai desistir delas. Nunca. Trump está caindo em uma armadilha."

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Os números de reivindicação de refugiados que saem da Coreia do Norte ao Canadá variaram nos últimos anos. De acordo com um documento redigido pelo Senado canadense sobre direitos humanos e desertores norte-coreanos, houve 720 pedidos em 2012. Os números caíram para 150 pedidos em 2013; menos de cinco em 2014; e nenhum em 2015. O governo do Canadá foi criticado por seu tratamento aos norte-coreanos, depois de uma reportagem do jornal canadense Global News mostrar que 150 desertores receberem cartas, em 2017, alegando uma possível deportação.

Em uma semana intensa para a geopolítica internacional, um grupo específico se irritou com a posição do presidente dos Estados Unidos Donald Trump frente ao líder norte-coreano Kim Jong-un e ao primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau.

O jornal The Guardian conversou com uma pequena comunidade de norte-coreanos que vivem no Canadá. Eles demonstram indignação com os elogios de Trump a Kim, enquanto horas antes da cúpula em Cingapura, o americano atacou Trudeau após a reunião do G-7, chamando o anfitrião do evento de "desonesto" e "fraco". Trump desistiu de um acordo firmado horas antes pelo G-7 ao ver, durante a viagem para a Coreia do Norte, críticas do líder canadense a ele.

+ Mais de 70% dos americanos aprovam as conversas diretas entre Trump e Kim Jong-un+ Leia a íntegra do texto do acordo de cooperação assinado por Trump e Kim Jong-un

"Nós temos o poder de controlar essa segunda onda. Eu sei que podemos fazer isso, porque já fizemos uma vez", disse Trudeau aos canadenses Foto: AFP PHOTO / Lars Hagberg

Um casal de norte-coreano que vivem em Toronto, Julie e David - que pediram o uso de pseudônimos com medo da retaliação de autoridades norte-coreanas - escapou da Coreia do Norte em 2005, e disse que o país é "comparável ao inferno". Julie se mostrou indignada quanto ao comportamento de Trump. "Foi insuportável assisti-lo atacar o primeiro-ministro Trudeau, para, 24 horas depois, ir à Cingapura louvar um ditador que é um assassino", disparou.

Segundo a ONU, em 2013 existiam de 80 mil a 120 mil presos políticos nas prisões norte-coreanas e os crimes do regime incluem assassinato, violência sexual, tortura e perseguição por motivos políticos, religiosos, raciais e de gênero. "Eles não abordaram o que estava acontecendo com as pessoas na Coreia do Norte - tudo o que ele (Trump) fez foi louvar Kim Jong-un", diz Julie.

Uma advogada canadense, Jacqueline An, compartilha do mesmo sentimento. Ela já representou vários exilados - no ano passado, ela ajudou a ganhar a liberação do caso de Hyeon Soo Lim, um pastor canadense que recebeu uma sentença de prisão perpétua com trabalhos forçados por supostamente "se intrometer" nos assuntos do Estado norte-coreano.

Jacqueline descreve as ações de Trump como "uma completa zombaria da democracia e celebração e admiração de uma ditadura", e concorda que o presidente americano deve pedir perdão a Trudeau. "Ele quer entrar em uma guerra comercial com o Canadá para logo em seguida encontrar esse ditador", afirma.

+ Análise: Os vencedores e os perdedores na cúpula histórica entre Trump e Kim+ Kim Jong-un tem currículo de execuções e fome na Coreia do Norte

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O encontro entre Kim e Trump

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O encontro entre Kim e Trump

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Rocky Kim, 38, fugiu da Coreia do Norte em 2003 e se mudou para o Canadá, onde administra uma empresa de ventilação e aquecimento em Toronto. No país oriental, Kim trabalhou em campos de trabalho e viu pessoas morrendo de fome. "Não é um país normal", ele insistiu. "É uma dinastia, com pessoas vivendo na escravidão".

Ele também não acredita que Kim Jong-un vai aderir à desnuclearização. "Para os líderes norte-coreanos, é muito importante ter armas nucleares para se proteger", explica. "Eu não acho que Jong-un vai desistir delas. Nunca. Trump está caindo em uma armadilha."

Os números de reivindicação de refugiados que saem da Coreia do Norte ao Canadá variaram nos últimos anos. De acordo com um documento redigido pelo Senado canadense sobre direitos humanos e desertores norte-coreanos, houve 720 pedidos em 2012. Os números caíram para 150 pedidos em 2013; menos de cinco em 2014; e nenhum em 2015. O governo do Canadá foi criticado por seu tratamento aos norte-coreanos, depois de uma reportagem do jornal canadense Global News mostrar que 150 desertores receberem cartas, em 2017, alegando uma possível deportação.

Em uma semana intensa para a geopolítica internacional, um grupo específico se irritou com a posição do presidente dos Estados Unidos Donald Trump frente ao líder norte-coreano Kim Jong-un e ao primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau.

O jornal The Guardian conversou com uma pequena comunidade de norte-coreanos que vivem no Canadá. Eles demonstram indignação com os elogios de Trump a Kim, enquanto horas antes da cúpula em Cingapura, o americano atacou Trudeau após a reunião do G-7, chamando o anfitrião do evento de "desonesto" e "fraco". Trump desistiu de um acordo firmado horas antes pelo G-7 ao ver, durante a viagem para a Coreia do Norte, críticas do líder canadense a ele.

+ Mais de 70% dos americanos aprovam as conversas diretas entre Trump e Kim Jong-un+ Leia a íntegra do texto do acordo de cooperação assinado por Trump e Kim Jong-un

"Nós temos o poder de controlar essa segunda onda. Eu sei que podemos fazer isso, porque já fizemos uma vez", disse Trudeau aos canadenses Foto: AFP PHOTO / Lars Hagberg

Um casal de norte-coreano que vivem em Toronto, Julie e David - que pediram o uso de pseudônimos com medo da retaliação de autoridades norte-coreanas - escapou da Coreia do Norte em 2005, e disse que o país é "comparável ao inferno". Julie se mostrou indignada quanto ao comportamento de Trump. "Foi insuportável assisti-lo atacar o primeiro-ministro Trudeau, para, 24 horas depois, ir à Cingapura louvar um ditador que é um assassino", disparou.

Segundo a ONU, em 2013 existiam de 80 mil a 120 mil presos políticos nas prisões norte-coreanas e os crimes do regime incluem assassinato, violência sexual, tortura e perseguição por motivos políticos, religiosos, raciais e de gênero. "Eles não abordaram o que estava acontecendo com as pessoas na Coreia do Norte - tudo o que ele (Trump) fez foi louvar Kim Jong-un", diz Julie.

Uma advogada canadense, Jacqueline An, compartilha do mesmo sentimento. Ela já representou vários exilados - no ano passado, ela ajudou a ganhar a liberação do caso de Hyeon Soo Lim, um pastor canadense que recebeu uma sentença de prisão perpétua com trabalhos forçados por supostamente "se intrometer" nos assuntos do Estado norte-coreano.

Jacqueline descreve as ações de Trump como "uma completa zombaria da democracia e celebração e admiração de uma ditadura", e concorda que o presidente americano deve pedir perdão a Trudeau. "Ele quer entrar em uma guerra comercial com o Canadá para logo em seguida encontrar esse ditador", afirma.

+ Análise: Os vencedores e os perdedores na cúpula histórica entre Trump e Kim+ Kim Jong-un tem currículo de execuções e fome na Coreia do Norte

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O encontro entre Kim e Trump

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Trump e Kim se reúnem em hotel em Cingapura.

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O encontro entre Trump e Kim

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O encontro entre Trump e Kim

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O encontro entre Trump e Kim

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O encontro entre Trump e Kim

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O encontro entre Trump e Kim

Foto: REUTERS/Athit Perawongmetha

Rocky Kim, 38, fugiu da Coreia do Norte em 2003 e se mudou para o Canadá, onde administra uma empresa de ventilação e aquecimento em Toronto. No país oriental, Kim trabalhou em campos de trabalho e viu pessoas morrendo de fome. "Não é um país normal", ele insistiu. "É uma dinastia, com pessoas vivendo na escravidão".

Ele também não acredita que Kim Jong-un vai aderir à desnuclearização. "Para os líderes norte-coreanos, é muito importante ter armas nucleares para se proteger", explica. "Eu não acho que Jong-un vai desistir delas. Nunca. Trump está caindo em uma armadilha."

Os números de reivindicação de refugiados que saem da Coreia do Norte ao Canadá variaram nos últimos anos. De acordo com um documento redigido pelo Senado canadense sobre direitos humanos e desertores norte-coreanos, houve 720 pedidos em 2012. Os números caíram para 150 pedidos em 2013; menos de cinco em 2014; e nenhum em 2015. O governo do Canadá foi criticado por seu tratamento aos norte-coreanos, depois de uma reportagem do jornal canadense Global News mostrar que 150 desertores receberem cartas, em 2017, alegando uma possível deportação.

Em uma semana intensa para a geopolítica internacional, um grupo específico se irritou com a posição do presidente dos Estados Unidos Donald Trump frente ao líder norte-coreano Kim Jong-un e ao primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau.

O jornal The Guardian conversou com uma pequena comunidade de norte-coreanos que vivem no Canadá. Eles demonstram indignação com os elogios de Trump a Kim, enquanto horas antes da cúpula em Cingapura, o americano atacou Trudeau após a reunião do G-7, chamando o anfitrião do evento de "desonesto" e "fraco". Trump desistiu de um acordo firmado horas antes pelo G-7 ao ver, durante a viagem para a Coreia do Norte, críticas do líder canadense a ele.

+ Mais de 70% dos americanos aprovam as conversas diretas entre Trump e Kim Jong-un+ Leia a íntegra do texto do acordo de cooperação assinado por Trump e Kim Jong-un

"Nós temos o poder de controlar essa segunda onda. Eu sei que podemos fazer isso, porque já fizemos uma vez", disse Trudeau aos canadenses Foto: AFP PHOTO / Lars Hagberg

Um casal de norte-coreano que vivem em Toronto, Julie e David - que pediram o uso de pseudônimos com medo da retaliação de autoridades norte-coreanas - escapou da Coreia do Norte em 2005, e disse que o país é "comparável ao inferno". Julie se mostrou indignada quanto ao comportamento de Trump. "Foi insuportável assisti-lo atacar o primeiro-ministro Trudeau, para, 24 horas depois, ir à Cingapura louvar um ditador que é um assassino", disparou.

Segundo a ONU, em 2013 existiam de 80 mil a 120 mil presos políticos nas prisões norte-coreanas e os crimes do regime incluem assassinato, violência sexual, tortura e perseguição por motivos políticos, religiosos, raciais e de gênero. "Eles não abordaram o que estava acontecendo com as pessoas na Coreia do Norte - tudo o que ele (Trump) fez foi louvar Kim Jong-un", diz Julie.

Uma advogada canadense, Jacqueline An, compartilha do mesmo sentimento. Ela já representou vários exilados - no ano passado, ela ajudou a ganhar a liberação do caso de Hyeon Soo Lim, um pastor canadense que recebeu uma sentença de prisão perpétua com trabalhos forçados por supostamente "se intrometer" nos assuntos do Estado norte-coreano.

Jacqueline descreve as ações de Trump como "uma completa zombaria da democracia e celebração e admiração de uma ditadura", e concorda que o presidente americano deve pedir perdão a Trudeau. "Ele quer entrar em uma guerra comercial com o Canadá para logo em seguida encontrar esse ditador", afirma.

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O encontro entre Kim e Trump

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O encontro entre Trump e Kim

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O encontro entre Trump e Kim

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Rocky Kim, 38, fugiu da Coreia do Norte em 2003 e se mudou para o Canadá, onde administra uma empresa de ventilação e aquecimento em Toronto. No país oriental, Kim trabalhou em campos de trabalho e viu pessoas morrendo de fome. "Não é um país normal", ele insistiu. "É uma dinastia, com pessoas vivendo na escravidão".

Ele também não acredita que Kim Jong-un vai aderir à desnuclearização. "Para os líderes norte-coreanos, é muito importante ter armas nucleares para se proteger", explica. "Eu não acho que Jong-un vai desistir delas. Nunca. Trump está caindo em uma armadilha."

Os números de reivindicação de refugiados que saem da Coreia do Norte ao Canadá variaram nos últimos anos. De acordo com um documento redigido pelo Senado canadense sobre direitos humanos e desertores norte-coreanos, houve 720 pedidos em 2012. Os números caíram para 150 pedidos em 2013; menos de cinco em 2014; e nenhum em 2015. O governo do Canadá foi criticado por seu tratamento aos norte-coreanos, depois de uma reportagem do jornal canadense Global News mostrar que 150 desertores receberem cartas, em 2017, alegando uma possível deportação.

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