Número de migrantes que chegaram à Europa em 2015 passa de 700 mil


Sem uma solução para os conflitos e uma política migratória, travessias do Mediterrâneo batem novo recorde.

Por Jamil Chade, correspondente e Genebra

GENEBRA - Sem dar sinal de perder o fôlego, o fluxo de refugiados para a Europa bate mais um recorde e sírios e cidadãos de outros países enfrentam agora também o frio para chegar até o continente. Dados apresentados pela ONU nesta terça-feira, 27, mostram que mais de 700 mil pessoas chegaram à Europa pelo Mediterrâneo durante o ano. 

Cerca de dez pessoas por dia morrem pelo caminho - 3,2 mil no ano, a maior taxa registrada na rota de fuga da região. 

No total, 705.200 migrantes e refugiados cruzaram o mar, sendo que 562 mil chegaram à Grécia, principalmente a partir da Turquia, atravessando trechos até as ilhas mais próximas. Atenas já recebe 64% dos desembarques e, vivendo sua pior crise econômica em décadas, a onda de estrangeiros tem deixado o país à beira de um desastre humanitário.

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"O número de chegadas continua sendo elevado na Grécia, apesar do agravamento das condições meteorológicas durante o fim de semana", anunciou a Organização Internacional de Migrações (OIM) em um comunicado.

As entidades internacionais apostavam que o fim do verão reduziria o fluxo de estrangeiros. Mas não foi o que acabou sendo registrado. Em outubro, tradicionalmente um mês mais calmo na travessia de barcos com migrantes, acabou batendo um recorde. 

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"Não houve a queda esperada de pessoas em outubro", disse Joel Millman, porta-voz da IOM. Neste mês, já foram 179 mil travessias, o maior número mensal da história e 81% superior às taxas de 2014. 

Deste grupo, mais de 99 mil desembarcaram na pequena ilha de Lesbos, 22 mil em Quios, 21,5 mil em Samos e outros 7,5 mil em Leros. Apenas no último fim de semana, foram 10 mil desembarques nas ilhas gregas.

No sul da Itália, outras 140 mil pessoas desembarcaram neste ano. Mas o número sofreu uma queda em comparação aos meses de 2014.

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Resgate. Para a OIM, o mau tempo do início do outono dificulta cada vez mais o acompanhamento das embarcações de migrantes no mar. Mas a entidade deixa claro que todos os planos anunciados pela UE nos últimos meses para destruir redes de traficantes tem surtido pouco efeito. 

"Vemos uma mudança, com o abandono de barcos enormes para barcos menores. Mas o fluxo não para", disse Millman.

Para ele, uma interrupção dos conflitos é a única forma hoje de frear o fluxo de refugiados e migrantes. "Alguns desses conflitos estão na linha do horizonte da Europa. O fluxo recorde é um fracasso da comunidade internacional", declarou, lembrando que apenas na segunda-feira 26 mais 45 corpos foram encontrados na costa da Líbia. 

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Na ONU, a proliferação de reuniões de cúpula da UE é acompanhada de perto pelos especialistas, na esperança de que se estabeleça um plano comum para lidar com os refugiados. Mas, por enquanto, as medidas são consideradas insuficientes e o que preocupa é o avanço de partidos de extrema direita em eleições locais, todos usando o tema da "invasão migratória" em suas campanhas políticas. 

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Direto da cidade de Passau, na Alemanha,Jamil Chade, repórter do Estadão, seencontra com refugiados e fala sobre a atual crise de imigração na Europa.

GENEBRA - Sem dar sinal de perder o fôlego, o fluxo de refugiados para a Europa bate mais um recorde e sírios e cidadãos de outros países enfrentam agora também o frio para chegar até o continente. Dados apresentados pela ONU nesta terça-feira, 27, mostram que mais de 700 mil pessoas chegaram à Europa pelo Mediterrâneo durante o ano. 

Cerca de dez pessoas por dia morrem pelo caminho - 3,2 mil no ano, a maior taxa registrada na rota de fuga da região. 

No total, 705.200 migrantes e refugiados cruzaram o mar, sendo que 562 mil chegaram à Grécia, principalmente a partir da Turquia, atravessando trechos até as ilhas mais próximas. Atenas já recebe 64% dos desembarques e, vivendo sua pior crise econômica em décadas, a onda de estrangeiros tem deixado o país à beira de um desastre humanitário.

"O número de chegadas continua sendo elevado na Grécia, apesar do agravamento das condições meteorológicas durante o fim de semana", anunciou a Organização Internacional de Migrações (OIM) em um comunicado.

As entidades internacionais apostavam que o fim do verão reduziria o fluxo de estrangeiros. Mas não foi o que acabou sendo registrado. Em outubro, tradicionalmente um mês mais calmo na travessia de barcos com migrantes, acabou batendo um recorde. 

"Não houve a queda esperada de pessoas em outubro", disse Joel Millman, porta-voz da IOM. Neste mês, já foram 179 mil travessias, o maior número mensal da história e 81% superior às taxas de 2014. 

Deste grupo, mais de 99 mil desembarcaram na pequena ilha de Lesbos, 22 mil em Quios, 21,5 mil em Samos e outros 7,5 mil em Leros. Apenas no último fim de semana, foram 10 mil desembarques nas ilhas gregas.

No sul da Itália, outras 140 mil pessoas desembarcaram neste ano. Mas o número sofreu uma queda em comparação aos meses de 2014.

Resgate. Para a OIM, o mau tempo do início do outono dificulta cada vez mais o acompanhamento das embarcações de migrantes no mar. Mas a entidade deixa claro que todos os planos anunciados pela UE nos últimos meses para destruir redes de traficantes tem surtido pouco efeito. 

"Vemos uma mudança, com o abandono de barcos enormes para barcos menores. Mas o fluxo não para", disse Millman.

Para ele, uma interrupção dos conflitos é a única forma hoje de frear o fluxo de refugiados e migrantes. "Alguns desses conflitos estão na linha do horizonte da Europa. O fluxo recorde é um fracasso da comunidade internacional", declarou, lembrando que apenas na segunda-feira 26 mais 45 corpos foram encontrados na costa da Líbia. 

Na ONU, a proliferação de reuniões de cúpula da UE é acompanhada de perto pelos especialistas, na esperança de que se estabeleça um plano comum para lidar com os refugiados. Mas, por enquanto, as medidas são consideradas insuficientes e o que preocupa é o avanço de partidos de extrema direita em eleições locais, todos usando o tema da "invasão migratória" em suas campanhas políticas. 

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Direto da cidade de Passau, na Alemanha,Jamil Chade, repórter do Estadão, seencontra com refugiados e fala sobre a atual crise de imigração na Europa.

GENEBRA - Sem dar sinal de perder o fôlego, o fluxo de refugiados para a Europa bate mais um recorde e sírios e cidadãos de outros países enfrentam agora também o frio para chegar até o continente. Dados apresentados pela ONU nesta terça-feira, 27, mostram que mais de 700 mil pessoas chegaram à Europa pelo Mediterrâneo durante o ano. 

Cerca de dez pessoas por dia morrem pelo caminho - 3,2 mil no ano, a maior taxa registrada na rota de fuga da região. 

No total, 705.200 migrantes e refugiados cruzaram o mar, sendo que 562 mil chegaram à Grécia, principalmente a partir da Turquia, atravessando trechos até as ilhas mais próximas. Atenas já recebe 64% dos desembarques e, vivendo sua pior crise econômica em décadas, a onda de estrangeiros tem deixado o país à beira de um desastre humanitário.

"O número de chegadas continua sendo elevado na Grécia, apesar do agravamento das condições meteorológicas durante o fim de semana", anunciou a Organização Internacional de Migrações (OIM) em um comunicado.

As entidades internacionais apostavam que o fim do verão reduziria o fluxo de estrangeiros. Mas não foi o que acabou sendo registrado. Em outubro, tradicionalmente um mês mais calmo na travessia de barcos com migrantes, acabou batendo um recorde. 

"Não houve a queda esperada de pessoas em outubro", disse Joel Millman, porta-voz da IOM. Neste mês, já foram 179 mil travessias, o maior número mensal da história e 81% superior às taxas de 2014. 

Deste grupo, mais de 99 mil desembarcaram na pequena ilha de Lesbos, 22 mil em Quios, 21,5 mil em Samos e outros 7,5 mil em Leros. Apenas no último fim de semana, foram 10 mil desembarques nas ilhas gregas.

No sul da Itália, outras 140 mil pessoas desembarcaram neste ano. Mas o número sofreu uma queda em comparação aos meses de 2014.

Resgate. Para a OIM, o mau tempo do início do outono dificulta cada vez mais o acompanhamento das embarcações de migrantes no mar. Mas a entidade deixa claro que todos os planos anunciados pela UE nos últimos meses para destruir redes de traficantes tem surtido pouco efeito. 

"Vemos uma mudança, com o abandono de barcos enormes para barcos menores. Mas o fluxo não para", disse Millman.

Para ele, uma interrupção dos conflitos é a única forma hoje de frear o fluxo de refugiados e migrantes. "Alguns desses conflitos estão na linha do horizonte da Europa. O fluxo recorde é um fracasso da comunidade internacional", declarou, lembrando que apenas na segunda-feira 26 mais 45 corpos foram encontrados na costa da Líbia. 

Na ONU, a proliferação de reuniões de cúpula da UE é acompanhada de perto pelos especialistas, na esperança de que se estabeleça um plano comum para lidar com os refugiados. Mas, por enquanto, as medidas são consideradas insuficientes e o que preocupa é o avanço de partidos de extrema direita em eleições locais, todos usando o tema da "invasão migratória" em suas campanhas políticas. 

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Direto da cidade de Passau, na Alemanha,Jamil Chade, repórter do Estadão, seencontra com refugiados e fala sobre a atual crise de imigração na Europa.

GENEBRA - Sem dar sinal de perder o fôlego, o fluxo de refugiados para a Europa bate mais um recorde e sírios e cidadãos de outros países enfrentam agora também o frio para chegar até o continente. Dados apresentados pela ONU nesta terça-feira, 27, mostram que mais de 700 mil pessoas chegaram à Europa pelo Mediterrâneo durante o ano. 

Cerca de dez pessoas por dia morrem pelo caminho - 3,2 mil no ano, a maior taxa registrada na rota de fuga da região. 

No total, 705.200 migrantes e refugiados cruzaram o mar, sendo que 562 mil chegaram à Grécia, principalmente a partir da Turquia, atravessando trechos até as ilhas mais próximas. Atenas já recebe 64% dos desembarques e, vivendo sua pior crise econômica em décadas, a onda de estrangeiros tem deixado o país à beira de um desastre humanitário.

"O número de chegadas continua sendo elevado na Grécia, apesar do agravamento das condições meteorológicas durante o fim de semana", anunciou a Organização Internacional de Migrações (OIM) em um comunicado.

As entidades internacionais apostavam que o fim do verão reduziria o fluxo de estrangeiros. Mas não foi o que acabou sendo registrado. Em outubro, tradicionalmente um mês mais calmo na travessia de barcos com migrantes, acabou batendo um recorde. 

"Não houve a queda esperada de pessoas em outubro", disse Joel Millman, porta-voz da IOM. Neste mês, já foram 179 mil travessias, o maior número mensal da história e 81% superior às taxas de 2014. 

Deste grupo, mais de 99 mil desembarcaram na pequena ilha de Lesbos, 22 mil em Quios, 21,5 mil em Samos e outros 7,5 mil em Leros. Apenas no último fim de semana, foram 10 mil desembarques nas ilhas gregas.

No sul da Itália, outras 140 mil pessoas desembarcaram neste ano. Mas o número sofreu uma queda em comparação aos meses de 2014.

Resgate. Para a OIM, o mau tempo do início do outono dificulta cada vez mais o acompanhamento das embarcações de migrantes no mar. Mas a entidade deixa claro que todos os planos anunciados pela UE nos últimos meses para destruir redes de traficantes tem surtido pouco efeito. 

"Vemos uma mudança, com o abandono de barcos enormes para barcos menores. Mas o fluxo não para", disse Millman.

Para ele, uma interrupção dos conflitos é a única forma hoje de frear o fluxo de refugiados e migrantes. "Alguns desses conflitos estão na linha do horizonte da Europa. O fluxo recorde é um fracasso da comunidade internacional", declarou, lembrando que apenas na segunda-feira 26 mais 45 corpos foram encontrados na costa da Líbia. 

Na ONU, a proliferação de reuniões de cúpula da UE é acompanhada de perto pelos especialistas, na esperança de que se estabeleça um plano comum para lidar com os refugiados. Mas, por enquanto, as medidas são consideradas insuficientes e o que preocupa é o avanço de partidos de extrema direita em eleições locais, todos usando o tema da "invasão migratória" em suas campanhas políticas. 

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