O que é a Igreja Copta, alvo de atentados do Estado Islâmico?


A Igreja Copta é cristã ortodoxa, mas não aceita o Concílio de Calcedônia e, portanto, não está em comunhão com a Igreja Católica Apostólica Romana por ter algumas divergências doutrinais

Por Redação

No último fim de semana, duas igrejas cristãs coptas foram atingidas por ataques terroristas no Egito, matando ao menos 44 pessoas e deixando mais de 100 feridos. No entanto, pouco se sabe sobre os motivos que levam a Igreja Copta ser alvo do grupo jihadista Estado Islâmico (EI).   

Corpos de cristãos coptas mortos em atentado no fim de semana são velados no Cairo Foto: AP Photo/Nariman El-Mofty

Considerada uma igreja cristã nacional do Egito, a comunidade Copta é uma das igrejas Ortodoxa Oriental mais antiga do mundo. O nome "copta" significa "egípcio".   

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A Igreja Copta é cristã ortodoxa, mas não aceita o Concílio de Calcedônia e, portanto, não está em comunhão com a Igreja Católica Apostólica Romana por ter algumas divergências doutrinais. Mesmo assim, está na mira dos terroristas por ser cristã.   

O Concílio definiu, entre outros dogmas, que Jesus tinha duas naturezas: humana e divina. Este foi um dos principais pontos que os cristãos discordaram, se denominado como coptas. Eles defendiam o monofisismo, que basicamente é a fé que Jesus tinha apenas na natureza divina, e não poderia ser considerado homem.   

Quando os muçulmanos conquistaram o Norte da África, a partir do século 7, impuseram ao Egito o seu idioma e a sua religião. Os coptas são os descendentes dos antigos egípcios. Atualmente, eles correspondem a 10% de uma população de 90 milhões do Egito e são a maior comunidade cristã do Oriente Médio.   

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Atentados em igrejas cristãs no Egito deixam mais de 40 mortos

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Atentados em igrejas cristãs no Egito deixam mais de 40 mortos

Foto: AP Photo/Nariman El-Mofty
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Foto: REUTERS/Fawzy Abdel Hamied
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Foto: REUTERS/Mohamed Abd El Ghany
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Foto: REUTERS/Fawzy Abdel Hamied

O grupo extremista EI, de vertente sunita, persegue e executa fieis de outras religiões de muçulmanos xiitas. Com base em uma interpretação radical do Alcorão, os terroristas consideram os cristãos como infiéis e defendem sua conversão obrigatória ou morte.   

Ao longo dos anos, os ataques do grupo contra os coptas têm se intensificado cada vez mais. Recentemente, cerca de 200 famílias cristãs deixaram a cidade de Alarixe, no Egito, após o EI promover uma onda de assassinatos de membros do grupo étnico-religioso.   

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Além disso, os terroristas afirmaram que o grupo era sua "presa favorita" em um vídeo publicado na internet, no qual ameaça todos os coptas do país.   

Já os atentados desta semana ocorreram cerca de 20 dias antes da visita do papa Francisco ao Egito. O líder da Igreja Católica confirmou sua viagem ao país para os próximos dias 28 e 29 de abril depois de receber diversos convites feitos pelo presidente egípcio, Abdel Fattah Al-Sissi, e pelo patriarca da Igreja Copta Ortodoxa, Teodoro II.

Na ocasião, o Pontífice terá uma reunião com o líder dos Coptas, e com lideranças cristãs, e deve fazer um pedido especial de proteção aos cristãos, que têm sido alvo de atentados a bomba realizados pelos extremistas.   

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No Brasil, os coptas são representados desde 2001 por uma catedral em São Paulo, que é presidida pelo bispo Dom Aghason Anba Paul. / Ansa

No último fim de semana, duas igrejas cristãs coptas foram atingidas por ataques terroristas no Egito, matando ao menos 44 pessoas e deixando mais de 100 feridos. No entanto, pouco se sabe sobre os motivos que levam a Igreja Copta ser alvo do grupo jihadista Estado Islâmico (EI).   

Corpos de cristãos coptas mortos em atentado no fim de semana são velados no Cairo Foto: AP Photo/Nariman El-Mofty

Considerada uma igreja cristã nacional do Egito, a comunidade Copta é uma das igrejas Ortodoxa Oriental mais antiga do mundo. O nome "copta" significa "egípcio".   

A Igreja Copta é cristã ortodoxa, mas não aceita o Concílio de Calcedônia e, portanto, não está em comunhão com a Igreja Católica Apostólica Romana por ter algumas divergências doutrinais. Mesmo assim, está na mira dos terroristas por ser cristã.   

O Concílio definiu, entre outros dogmas, que Jesus tinha duas naturezas: humana e divina. Este foi um dos principais pontos que os cristãos discordaram, se denominado como coptas. Eles defendiam o monofisismo, que basicamente é a fé que Jesus tinha apenas na natureza divina, e não poderia ser considerado homem.   

Quando os muçulmanos conquistaram o Norte da África, a partir do século 7, impuseram ao Egito o seu idioma e a sua religião. Os coptas são os descendentes dos antigos egípcios. Atualmente, eles correspondem a 10% de uma população de 90 milhões do Egito e são a maior comunidade cristã do Oriente Médio.   

Atentados em igrejas cristãs no Egito deixam mais de 40 mortos

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O grupo extremista EI, de vertente sunita, persegue e executa fieis de outras religiões de muçulmanos xiitas. Com base em uma interpretação radical do Alcorão, os terroristas consideram os cristãos como infiéis e defendem sua conversão obrigatória ou morte.   

Ao longo dos anos, os ataques do grupo contra os coptas têm se intensificado cada vez mais. Recentemente, cerca de 200 famílias cristãs deixaram a cidade de Alarixe, no Egito, após o EI promover uma onda de assassinatos de membros do grupo étnico-religioso.   

Além disso, os terroristas afirmaram que o grupo era sua "presa favorita" em um vídeo publicado na internet, no qual ameaça todos os coptas do país.   

Já os atentados desta semana ocorreram cerca de 20 dias antes da visita do papa Francisco ao Egito. O líder da Igreja Católica confirmou sua viagem ao país para os próximos dias 28 e 29 de abril depois de receber diversos convites feitos pelo presidente egípcio, Abdel Fattah Al-Sissi, e pelo patriarca da Igreja Copta Ortodoxa, Teodoro II.

Na ocasião, o Pontífice terá uma reunião com o líder dos Coptas, e com lideranças cristãs, e deve fazer um pedido especial de proteção aos cristãos, que têm sido alvo de atentados a bomba realizados pelos extremistas.   

No Brasil, os coptas são representados desde 2001 por uma catedral em São Paulo, que é presidida pelo bispo Dom Aghason Anba Paul. / Ansa

No último fim de semana, duas igrejas cristãs coptas foram atingidas por ataques terroristas no Egito, matando ao menos 44 pessoas e deixando mais de 100 feridos. No entanto, pouco se sabe sobre os motivos que levam a Igreja Copta ser alvo do grupo jihadista Estado Islâmico (EI).   

Corpos de cristãos coptas mortos em atentado no fim de semana são velados no Cairo Foto: AP Photo/Nariman El-Mofty

Considerada uma igreja cristã nacional do Egito, a comunidade Copta é uma das igrejas Ortodoxa Oriental mais antiga do mundo. O nome "copta" significa "egípcio".   

A Igreja Copta é cristã ortodoxa, mas não aceita o Concílio de Calcedônia e, portanto, não está em comunhão com a Igreja Católica Apostólica Romana por ter algumas divergências doutrinais. Mesmo assim, está na mira dos terroristas por ser cristã.   

O Concílio definiu, entre outros dogmas, que Jesus tinha duas naturezas: humana e divina. Este foi um dos principais pontos que os cristãos discordaram, se denominado como coptas. Eles defendiam o monofisismo, que basicamente é a fé que Jesus tinha apenas na natureza divina, e não poderia ser considerado homem.   

Quando os muçulmanos conquistaram o Norte da África, a partir do século 7, impuseram ao Egito o seu idioma e a sua religião. Os coptas são os descendentes dos antigos egípcios. Atualmente, eles correspondem a 10% de uma população de 90 milhões do Egito e são a maior comunidade cristã do Oriente Médio.   

Atentados em igrejas cristãs no Egito deixam mais de 40 mortos

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O grupo extremista EI, de vertente sunita, persegue e executa fieis de outras religiões de muçulmanos xiitas. Com base em uma interpretação radical do Alcorão, os terroristas consideram os cristãos como infiéis e defendem sua conversão obrigatória ou morte.   

Ao longo dos anos, os ataques do grupo contra os coptas têm se intensificado cada vez mais. Recentemente, cerca de 200 famílias cristãs deixaram a cidade de Alarixe, no Egito, após o EI promover uma onda de assassinatos de membros do grupo étnico-religioso.   

Além disso, os terroristas afirmaram que o grupo era sua "presa favorita" em um vídeo publicado na internet, no qual ameaça todos os coptas do país.   

Já os atentados desta semana ocorreram cerca de 20 dias antes da visita do papa Francisco ao Egito. O líder da Igreja Católica confirmou sua viagem ao país para os próximos dias 28 e 29 de abril depois de receber diversos convites feitos pelo presidente egípcio, Abdel Fattah Al-Sissi, e pelo patriarca da Igreja Copta Ortodoxa, Teodoro II.

Na ocasião, o Pontífice terá uma reunião com o líder dos Coptas, e com lideranças cristãs, e deve fazer um pedido especial de proteção aos cristãos, que têm sido alvo de atentados a bomba realizados pelos extremistas.   

No Brasil, os coptas são representados desde 2001 por uma catedral em São Paulo, que é presidida pelo bispo Dom Aghason Anba Paul. / Ansa

No último fim de semana, duas igrejas cristãs coptas foram atingidas por ataques terroristas no Egito, matando ao menos 44 pessoas e deixando mais de 100 feridos. No entanto, pouco se sabe sobre os motivos que levam a Igreja Copta ser alvo do grupo jihadista Estado Islâmico (EI).   

Corpos de cristãos coptas mortos em atentado no fim de semana são velados no Cairo Foto: AP Photo/Nariman El-Mofty

Considerada uma igreja cristã nacional do Egito, a comunidade Copta é uma das igrejas Ortodoxa Oriental mais antiga do mundo. O nome "copta" significa "egípcio".   

A Igreja Copta é cristã ortodoxa, mas não aceita o Concílio de Calcedônia e, portanto, não está em comunhão com a Igreja Católica Apostólica Romana por ter algumas divergências doutrinais. Mesmo assim, está na mira dos terroristas por ser cristã.   

O Concílio definiu, entre outros dogmas, que Jesus tinha duas naturezas: humana e divina. Este foi um dos principais pontos que os cristãos discordaram, se denominado como coptas. Eles defendiam o monofisismo, que basicamente é a fé que Jesus tinha apenas na natureza divina, e não poderia ser considerado homem.   

Quando os muçulmanos conquistaram o Norte da África, a partir do século 7, impuseram ao Egito o seu idioma e a sua religião. Os coptas são os descendentes dos antigos egípcios. Atualmente, eles correspondem a 10% de uma população de 90 milhões do Egito e são a maior comunidade cristã do Oriente Médio.   

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O grupo extremista EI, de vertente sunita, persegue e executa fieis de outras religiões de muçulmanos xiitas. Com base em uma interpretação radical do Alcorão, os terroristas consideram os cristãos como infiéis e defendem sua conversão obrigatória ou morte.   

Ao longo dos anos, os ataques do grupo contra os coptas têm se intensificado cada vez mais. Recentemente, cerca de 200 famílias cristãs deixaram a cidade de Alarixe, no Egito, após o EI promover uma onda de assassinatos de membros do grupo étnico-religioso.   

Além disso, os terroristas afirmaram que o grupo era sua "presa favorita" em um vídeo publicado na internet, no qual ameaça todos os coptas do país.   

Já os atentados desta semana ocorreram cerca de 20 dias antes da visita do papa Francisco ao Egito. O líder da Igreja Católica confirmou sua viagem ao país para os próximos dias 28 e 29 de abril depois de receber diversos convites feitos pelo presidente egípcio, Abdel Fattah Al-Sissi, e pelo patriarca da Igreja Copta Ortodoxa, Teodoro II.

Na ocasião, o Pontífice terá uma reunião com o líder dos Coptas, e com lideranças cristãs, e deve fazer um pedido especial de proteção aos cristãos, que têm sido alvo de atentados a bomba realizados pelos extremistas.   

No Brasil, os coptas são representados desde 2001 por uma catedral em São Paulo, que é presidida pelo bispo Dom Aghason Anba Paul. / Ansa

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