Obama diz estar satisfeito com acordo da ONU sobre sanções ao Irã


Resolução 'forte' está sendo compartilhada com 'parceiros do CS', diz presidente dos EUA

Por Alessandra Corrêa

O presidente americano, Barack Obama, disse nesta quarta-feira, 19, estar satisfeito com o acordo alcançado no Conselho de Segurança da ONU sobre uma nova rodada de sanções contra o Irã, devido ao programa nuclear do país persa.

 

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"Estou satisfeito que tenhamos chegado a um acordo com os parceiros do P5 + 1 para uma resolução mais forte, que nós agora compartilhamos com nossos parceiros no Conselho de Segurança", disse Obama, em entrevista durante a visita do presidente do México, Felipe Calderón. Obama se referia ao grupo formado pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança (Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Rússia e China) e a Alemanha, chamado de P5 + 1. Na terça-feira, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, disse que o grupo havia chegado a um consenso sobre uma resolução. Pouco depois, os Estados Unidos apresentaram uma proposta de resolução para ser discutida pelos 15 membros do Conselho de Segurança. A decisão de discutir novas sanções foi tomada um dia depois de o Brasil e a Turquia terem chegado a um acordo com o governo do Irã sobre seu programa nuclear e não foi bem recebida pelo governo brasileiro. Medidas A resolução em discussão no Conselho de Segurança estabelece a quarta rodada de sanções contra o Irã. As três rodadas anteriores não foram suficientes para convencer o governo iraniano a interromper seu programa nuclear. Entre as medidas em discussão estão a inspeção de navios com carga suspeita, proibição de venda de armamento pesado ao Irã e controle de atividades bancárias. Os Estados Unidos já manifestaram o desejo de ver as sanções aprovadas rapidamente, mas as discussões podem levar semanas. O Brasil e a Turquia têm vagas rotativas no Conselho de Segurança, sem poder de veto. Segundo analistas, porém, uma eventual posição contrária desses países prejudicaria a imagem de união sobre o tema que os Estados Unidos desejam transmitir. Brasil Em Madri, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que as negociações poderão voltar à estaca zero caso o Conselho de Segurança não aceite discutir com o governo iraniano. O Ministério de Relações Exteriores enviou nesta quarta uma carta aos membros do Conselho de Segurança, assinada em conjunto com a Turquia, em que fornece detalhes sobre a Declaração Conjunta sobre o programa nuclear iraniano assinada na segunda-feira, em Teerã. "Brasil e Turquia estão convencidos de que é hora de dar uma chance às negociações e evitar medidas que prejudiquem soluções pacíficas a essa questão", diz um trecho da carta. Pelo acordo anunciado na segunda-feira, durante visita de Lula a Teerã, o Irã se compromete a enviar urânio com baixo nível de enriquecimento à Turquia e receber em troca material enriquecido a um nível suficiente para uso civil, mas não militar. Os Estados Unidos, porém, reagiram com ceticismo e disseram que continuariam a pressionar por sanções e que o acordo não toca na questão crucial, que é garantir a interrupção do processo de enriquecimento de urânio no Irã. O temor dos Estados Unidos e de seus aliados é de que o Irã planeje secretamente desenvolver armas nucleares, por isso exigem que o país interrompa o enriquecimento de urânio. O Irã nega essas alegações e diz que seu programa nuclear tem fins pacíficos.

 

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Saiba mais:Especial: Os últimos eventos da crise nuclearEspecial: O programa nuclear do Irã Entenda a polêmica envolvendo o Irã Leia a íntegra do acordo de Irã, Brasil e Turquia

 

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O presidente americano, Barack Obama, disse nesta quarta-feira, 19, estar satisfeito com o acordo alcançado no Conselho de Segurança da ONU sobre uma nova rodada de sanções contra o Irã, devido ao programa nuclear do país persa.

 

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"Estou satisfeito que tenhamos chegado a um acordo com os parceiros do P5 + 1 para uma resolução mais forte, que nós agora compartilhamos com nossos parceiros no Conselho de Segurança", disse Obama, em entrevista durante a visita do presidente do México, Felipe Calderón. Obama se referia ao grupo formado pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança (Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Rússia e China) e a Alemanha, chamado de P5 + 1. Na terça-feira, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, disse que o grupo havia chegado a um consenso sobre uma resolução. Pouco depois, os Estados Unidos apresentaram uma proposta de resolução para ser discutida pelos 15 membros do Conselho de Segurança. A decisão de discutir novas sanções foi tomada um dia depois de o Brasil e a Turquia terem chegado a um acordo com o governo do Irã sobre seu programa nuclear e não foi bem recebida pelo governo brasileiro. Medidas A resolução em discussão no Conselho de Segurança estabelece a quarta rodada de sanções contra o Irã. As três rodadas anteriores não foram suficientes para convencer o governo iraniano a interromper seu programa nuclear. Entre as medidas em discussão estão a inspeção de navios com carga suspeita, proibição de venda de armamento pesado ao Irã e controle de atividades bancárias. Os Estados Unidos já manifestaram o desejo de ver as sanções aprovadas rapidamente, mas as discussões podem levar semanas. O Brasil e a Turquia têm vagas rotativas no Conselho de Segurança, sem poder de veto. Segundo analistas, porém, uma eventual posição contrária desses países prejudicaria a imagem de união sobre o tema que os Estados Unidos desejam transmitir. Brasil Em Madri, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que as negociações poderão voltar à estaca zero caso o Conselho de Segurança não aceite discutir com o governo iraniano. O Ministério de Relações Exteriores enviou nesta quarta uma carta aos membros do Conselho de Segurança, assinada em conjunto com a Turquia, em que fornece detalhes sobre a Declaração Conjunta sobre o programa nuclear iraniano assinada na segunda-feira, em Teerã. "Brasil e Turquia estão convencidos de que é hora de dar uma chance às negociações e evitar medidas que prejudiquem soluções pacíficas a essa questão", diz um trecho da carta. Pelo acordo anunciado na segunda-feira, durante visita de Lula a Teerã, o Irã se compromete a enviar urânio com baixo nível de enriquecimento à Turquia e receber em troca material enriquecido a um nível suficiente para uso civil, mas não militar. Os Estados Unidos, porém, reagiram com ceticismo e disseram que continuariam a pressionar por sanções e que o acordo não toca na questão crucial, que é garantir a interrupção do processo de enriquecimento de urânio no Irã. O temor dos Estados Unidos e de seus aliados é de que o Irã planeje secretamente desenvolver armas nucleares, por isso exigem que o país interrompa o enriquecimento de urânio. O Irã nega essas alegações e diz que seu programa nuclear tem fins pacíficos.

 

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O presidente americano, Barack Obama, disse nesta quarta-feira, 19, estar satisfeito com o acordo alcançado no Conselho de Segurança da ONU sobre uma nova rodada de sanções contra o Irã, devido ao programa nuclear do país persa.

 

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"Estou satisfeito que tenhamos chegado a um acordo com os parceiros do P5 + 1 para uma resolução mais forte, que nós agora compartilhamos com nossos parceiros no Conselho de Segurança", disse Obama, em entrevista durante a visita do presidente do México, Felipe Calderón. Obama se referia ao grupo formado pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança (Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Rússia e China) e a Alemanha, chamado de P5 + 1. Na terça-feira, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, disse que o grupo havia chegado a um consenso sobre uma resolução. Pouco depois, os Estados Unidos apresentaram uma proposta de resolução para ser discutida pelos 15 membros do Conselho de Segurança. A decisão de discutir novas sanções foi tomada um dia depois de o Brasil e a Turquia terem chegado a um acordo com o governo do Irã sobre seu programa nuclear e não foi bem recebida pelo governo brasileiro. Medidas A resolução em discussão no Conselho de Segurança estabelece a quarta rodada de sanções contra o Irã. As três rodadas anteriores não foram suficientes para convencer o governo iraniano a interromper seu programa nuclear. Entre as medidas em discussão estão a inspeção de navios com carga suspeita, proibição de venda de armamento pesado ao Irã e controle de atividades bancárias. Os Estados Unidos já manifestaram o desejo de ver as sanções aprovadas rapidamente, mas as discussões podem levar semanas. O Brasil e a Turquia têm vagas rotativas no Conselho de Segurança, sem poder de veto. Segundo analistas, porém, uma eventual posição contrária desses países prejudicaria a imagem de união sobre o tema que os Estados Unidos desejam transmitir. Brasil Em Madri, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que as negociações poderão voltar à estaca zero caso o Conselho de Segurança não aceite discutir com o governo iraniano. O Ministério de Relações Exteriores enviou nesta quarta uma carta aos membros do Conselho de Segurança, assinada em conjunto com a Turquia, em que fornece detalhes sobre a Declaração Conjunta sobre o programa nuclear iraniano assinada na segunda-feira, em Teerã. "Brasil e Turquia estão convencidos de que é hora de dar uma chance às negociações e evitar medidas que prejudiquem soluções pacíficas a essa questão", diz um trecho da carta. Pelo acordo anunciado na segunda-feira, durante visita de Lula a Teerã, o Irã se compromete a enviar urânio com baixo nível de enriquecimento à Turquia e receber em troca material enriquecido a um nível suficiente para uso civil, mas não militar. Os Estados Unidos, porém, reagiram com ceticismo e disseram que continuariam a pressionar por sanções e que o acordo não toca na questão crucial, que é garantir a interrupção do processo de enriquecimento de urânio no Irã. O temor dos Estados Unidos e de seus aliados é de que o Irã planeje secretamente desenvolver armas nucleares, por isso exigem que o país interrompa o enriquecimento de urânio. O Irã nega essas alegações e diz que seu programa nuclear tem fins pacíficos.

 

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