''Obama foi o principal fator da mudança de política para a ilha''


Entrevista - José Saramago: escritor português; comunista há mais[br]de 60 anos, Saramago analisa medidas americanas e critica a esquerda atual

Por João Paulo Charleaux

Em entrevista concedida por e-mail, o escritor português José Saramago, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura de 1998, comentou ontem para o Estado o anúncio da Casa Branca do relaxamentos das sanções americanas a Cuba. Ele destacou o empenho do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, na distensão das relações entre Washington e Havana. Qual seria o significado simbólico do fim do embargo dos Estados Unidos a Cuba, caso ele fosse anunciado? Sem querer ferir as suscetibilidades americanas pode-se dizer que "quem resiste ganha". Portanto, deste ponto de vista, Cuba ganhou. É, porém, mais do que duvidoso que se o eleito não tivesse sido Barack Obama houvesse alguma mudança na política de Washington: Cuba continuaria a resistir e os Estados Unidos a oprimir. O fator pessoal tem mais importância do que geralmente se crê. Quanto ao fim do embargo, ainda haverá que esperar. Quando tal coisa ocorrer, verificaremos que coincidiram o significado simbólico e o significado real. Que mudanças o fim do embargo poderia provocar no pensamento dos movimentos de esquerda em todo o mundo? Não creio que exista verdadeiramente um pensamento unificado das esquerdas em todo o mundo. A prova disso está na sua passividade perante a crise. O que há são variações sobre o pensamento econômico social-democrata, o qual, por seu lado, assenta-se num suposto capitalismo humanizado, que tem agora um ambiente favorável a tentativas de persuasão ideológica centrista, aliás já em curso, e dos quais, queira-se ou não, Obama será mentor. Quem venceu, ou quem mudou de posição, para que esta aproximação entre Cuba e Estados Unidos fosse possível depois de tantos anos? Digamos que não venceu ninguém, mas que os Estados Unidos mudaram de posição.

Em entrevista concedida por e-mail, o escritor português José Saramago, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura de 1998, comentou ontem para o Estado o anúncio da Casa Branca do relaxamentos das sanções americanas a Cuba. Ele destacou o empenho do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, na distensão das relações entre Washington e Havana. Qual seria o significado simbólico do fim do embargo dos Estados Unidos a Cuba, caso ele fosse anunciado? Sem querer ferir as suscetibilidades americanas pode-se dizer que "quem resiste ganha". Portanto, deste ponto de vista, Cuba ganhou. É, porém, mais do que duvidoso que se o eleito não tivesse sido Barack Obama houvesse alguma mudança na política de Washington: Cuba continuaria a resistir e os Estados Unidos a oprimir. O fator pessoal tem mais importância do que geralmente se crê. Quanto ao fim do embargo, ainda haverá que esperar. Quando tal coisa ocorrer, verificaremos que coincidiram o significado simbólico e o significado real. Que mudanças o fim do embargo poderia provocar no pensamento dos movimentos de esquerda em todo o mundo? Não creio que exista verdadeiramente um pensamento unificado das esquerdas em todo o mundo. A prova disso está na sua passividade perante a crise. O que há são variações sobre o pensamento econômico social-democrata, o qual, por seu lado, assenta-se num suposto capitalismo humanizado, que tem agora um ambiente favorável a tentativas de persuasão ideológica centrista, aliás já em curso, e dos quais, queira-se ou não, Obama será mentor. Quem venceu, ou quem mudou de posição, para que esta aproximação entre Cuba e Estados Unidos fosse possível depois de tantos anos? Digamos que não venceu ninguém, mas que os Estados Unidos mudaram de posição.

Em entrevista concedida por e-mail, o escritor português José Saramago, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura de 1998, comentou ontem para o Estado o anúncio da Casa Branca do relaxamentos das sanções americanas a Cuba. Ele destacou o empenho do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, na distensão das relações entre Washington e Havana. Qual seria o significado simbólico do fim do embargo dos Estados Unidos a Cuba, caso ele fosse anunciado? Sem querer ferir as suscetibilidades americanas pode-se dizer que "quem resiste ganha". Portanto, deste ponto de vista, Cuba ganhou. É, porém, mais do que duvidoso que se o eleito não tivesse sido Barack Obama houvesse alguma mudança na política de Washington: Cuba continuaria a resistir e os Estados Unidos a oprimir. O fator pessoal tem mais importância do que geralmente se crê. Quanto ao fim do embargo, ainda haverá que esperar. Quando tal coisa ocorrer, verificaremos que coincidiram o significado simbólico e o significado real. Que mudanças o fim do embargo poderia provocar no pensamento dos movimentos de esquerda em todo o mundo? Não creio que exista verdadeiramente um pensamento unificado das esquerdas em todo o mundo. A prova disso está na sua passividade perante a crise. O que há são variações sobre o pensamento econômico social-democrata, o qual, por seu lado, assenta-se num suposto capitalismo humanizado, que tem agora um ambiente favorável a tentativas de persuasão ideológica centrista, aliás já em curso, e dos quais, queira-se ou não, Obama será mentor. Quem venceu, ou quem mudou de posição, para que esta aproximação entre Cuba e Estados Unidos fosse possível depois de tantos anos? Digamos que não venceu ninguém, mas que os Estados Unidos mudaram de posição.

Em entrevista concedida por e-mail, o escritor português José Saramago, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura de 1998, comentou ontem para o Estado o anúncio da Casa Branca do relaxamentos das sanções americanas a Cuba. Ele destacou o empenho do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, na distensão das relações entre Washington e Havana. Qual seria o significado simbólico do fim do embargo dos Estados Unidos a Cuba, caso ele fosse anunciado? Sem querer ferir as suscetibilidades americanas pode-se dizer que "quem resiste ganha". Portanto, deste ponto de vista, Cuba ganhou. É, porém, mais do que duvidoso que se o eleito não tivesse sido Barack Obama houvesse alguma mudança na política de Washington: Cuba continuaria a resistir e os Estados Unidos a oprimir. O fator pessoal tem mais importância do que geralmente se crê. Quanto ao fim do embargo, ainda haverá que esperar. Quando tal coisa ocorrer, verificaremos que coincidiram o significado simbólico e o significado real. Que mudanças o fim do embargo poderia provocar no pensamento dos movimentos de esquerda em todo o mundo? Não creio que exista verdadeiramente um pensamento unificado das esquerdas em todo o mundo. A prova disso está na sua passividade perante a crise. O que há são variações sobre o pensamento econômico social-democrata, o qual, por seu lado, assenta-se num suposto capitalismo humanizado, que tem agora um ambiente favorável a tentativas de persuasão ideológica centrista, aliás já em curso, e dos quais, queira-se ou não, Obama será mentor. Quem venceu, ou quem mudou de posição, para que esta aproximação entre Cuba e Estados Unidos fosse possível depois de tantos anos? Digamos que não venceu ninguém, mas que os Estados Unidos mudaram de posição.

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