Odebrecht pagará US$ 181 milhões para seguir no Peru


Construtora assina com MP do país acordo no qual se compromete a fornecer provas sobre subornos a funcionários públicos e pagar multa; em troca, promotoria não usará dados contra empregados da empresa e poderá ouvir ex-diretor preso no Brasil

Atualização:

LIMA - O Ministério Público (MP) do Peru e a construtora brasileira Odebrecht assinaram um acordo de colaboração em que a empresa se compromete a entregar documentos e dados sobre o pagamento de propina para funcionários públicos no país. Segundo o procurador Rafael Vela, a companhia pagará US$ 181 milhões (R$ 707 milhões) de indenização ao longo de 15 anos. O acordo permitirá à Odebrecht continuar operando no país.

“Eles (a empresa) têm a obrigação de continuar colaborando, continuar entregando provas documentais de acordo com as demandas da promotoria”, afirmou Vela, coordenador da investigação no Peru, ao jornal El Comercio

Odebrecht assinou acordo de delação com promotores peruanos e pagará multa de US$ 181 milhões Foto: REUTERS/Mariana Bazo
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O acordo foi fechado no sábado, depois de 12 horas de negociações e revisão do texto entre os representantes da promotoria, da procuradoria e da empresa. A primeira parcela paga pela empresa será de US$ 23 milhões, segundo a imprensa peruana. Um ponto importante do acordo é que o ex-diretor da Odebrecht no Peru, Jorge Barata, poderá ser interrogado. 

A promotoria também poderá receber informação dos sistemas de computador criptografados chamados MyWebDay e Drousys, que a Odebrecht usava para proteger os dados sobre o pagamento de propina. O MP peruano se comprometeu a não usar essas informações contra os funcionários da Odebrecht ou contra a própria empresa. Os procuradores também prometem arquivar os processos em andamento que sejam ligados aos casos judiciais surgidos do pacto firmado.

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O ex-presidente do Peru Alan García pediu asilo na embaixada do Uruguai em Lima na noite de sábado, após ter sido proibido de sair do país por 18 meses devido a uma investigação por supostos subornos pagos pela Odebrecht.

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O acordo fornecerá provas importantes para as acusações contra importantes políticos peruanos, incluindo o ex-presidente Alan García, bem como a líder da oposição Keiko Fujimori. Também espera-se obter mais informações sobre as acusações contra os ex-presidentes Alejandro Toledo, Ollanta Humala e Pedro Pablo Kuczynski.

Reconhecimento da Propina

Sob os termos do acordo, a Odebrecht reconhece que pagou propina para a obtenção de seis contratos. Dois deles são referentes à construção de uma estrada que uniu o Brasil ao Peru durante o governo do presidente Alejandro Toledo, que governou o país entre 2001 e 2006, afirmaram à agência Reuters duas das fontes com conhecimento do acordo.

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Outros dois contratos correspondem à construção do metrô de Lima, que foi executa durante o segundo governo do presidente Alan García, entre 2006 e 2011.

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A líder da oposição peruana, Keiko Fujimori, negou ter recebido dinheiro da empreiteira brasileira Odebrecht. Os depoimentos do chefe da empresa no Peru, Jorge Barata, podem complicar a filha do ex-presidente Alberto Fujimori.

As fontes também disseram que estão sob investigação os contratos para ampliar o corredor Costa Verde-Callao na costa de Lima, e a construção de uma estrada de acesso rápido para a cidade de Cusco. Uma quinta obra em que a Odebrecht admitiu ter pago suborno é o projeto “Chacas”, na região andina de Ancash.

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Como em outros países da América Latina, o caso da Odebrecht provocou uma profunda crise no Peru que atingiu toda a elite política. O MP do Peru investiga todos os presidentes que governaram o país desde 2001 por supostos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. 

A Odebrecht começou a operar no Peru há quatro décadas e foi fortemente afetada pelos casos de corrupção no país. Atualmente, a companhia conta com 2.000 funcionários na nação, contra 20 mil em seu auge. / AP, EFE e REUTERS

LIMA - O Ministério Público (MP) do Peru e a construtora brasileira Odebrecht assinaram um acordo de colaboração em que a empresa se compromete a entregar documentos e dados sobre o pagamento de propina para funcionários públicos no país. Segundo o procurador Rafael Vela, a companhia pagará US$ 181 milhões (R$ 707 milhões) de indenização ao longo de 15 anos. O acordo permitirá à Odebrecht continuar operando no país.

“Eles (a empresa) têm a obrigação de continuar colaborando, continuar entregando provas documentais de acordo com as demandas da promotoria”, afirmou Vela, coordenador da investigação no Peru, ao jornal El Comercio

Odebrecht assinou acordo de delação com promotores peruanos e pagará multa de US$ 181 milhões Foto: REUTERS/Mariana Bazo

O acordo foi fechado no sábado, depois de 12 horas de negociações e revisão do texto entre os representantes da promotoria, da procuradoria e da empresa. A primeira parcela paga pela empresa será de US$ 23 milhões, segundo a imprensa peruana. Um ponto importante do acordo é que o ex-diretor da Odebrecht no Peru, Jorge Barata, poderá ser interrogado. 

A promotoria também poderá receber informação dos sistemas de computador criptografados chamados MyWebDay e Drousys, que a Odebrecht usava para proteger os dados sobre o pagamento de propina. O MP peruano se comprometeu a não usar essas informações contra os funcionários da Odebrecht ou contra a própria empresa. Os procuradores também prometem arquivar os processos em andamento que sejam ligados aos casos judiciais surgidos do pacto firmado.

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O ex-presidente do Peru Alan García pediu asilo na embaixada do Uruguai em Lima na noite de sábado, após ter sido proibido de sair do país por 18 meses devido a uma investigação por supostos subornos pagos pela Odebrecht.

O acordo fornecerá provas importantes para as acusações contra importantes políticos peruanos, incluindo o ex-presidente Alan García, bem como a líder da oposição Keiko Fujimori. Também espera-se obter mais informações sobre as acusações contra os ex-presidentes Alejandro Toledo, Ollanta Humala e Pedro Pablo Kuczynski.

Reconhecimento da Propina

Sob os termos do acordo, a Odebrecht reconhece que pagou propina para a obtenção de seis contratos. Dois deles são referentes à construção de uma estrada que uniu o Brasil ao Peru durante o governo do presidente Alejandro Toledo, que governou o país entre 2001 e 2006, afirmaram à agência Reuters duas das fontes com conhecimento do acordo.

Outros dois contratos correspondem à construção do metrô de Lima, que foi executa durante o segundo governo do presidente Alan García, entre 2006 e 2011.

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A líder da oposição peruana, Keiko Fujimori, negou ter recebido dinheiro da empreiteira brasileira Odebrecht. Os depoimentos do chefe da empresa no Peru, Jorge Barata, podem complicar a filha do ex-presidente Alberto Fujimori.

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Como em outros países da América Latina, o caso da Odebrecht provocou uma profunda crise no Peru que atingiu toda a elite política. O MP do Peru investiga todos os presidentes que governaram o país desde 2001 por supostos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. 

A Odebrecht começou a operar no Peru há quatro décadas e foi fortemente afetada pelos casos de corrupção no país. Atualmente, a companhia conta com 2.000 funcionários na nação, contra 20 mil em seu auge. / AP, EFE e REUTERS

LIMA - O Ministério Público (MP) do Peru e a construtora brasileira Odebrecht assinaram um acordo de colaboração em que a empresa se compromete a entregar documentos e dados sobre o pagamento de propina para funcionários públicos no país. Segundo o procurador Rafael Vela, a companhia pagará US$ 181 milhões (R$ 707 milhões) de indenização ao longo de 15 anos. O acordo permitirá à Odebrecht continuar operando no país.

“Eles (a empresa) têm a obrigação de continuar colaborando, continuar entregando provas documentais de acordo com as demandas da promotoria”, afirmou Vela, coordenador da investigação no Peru, ao jornal El Comercio

Odebrecht assinou acordo de delação com promotores peruanos e pagará multa de US$ 181 milhões Foto: REUTERS/Mariana Bazo

O acordo foi fechado no sábado, depois de 12 horas de negociações e revisão do texto entre os representantes da promotoria, da procuradoria e da empresa. A primeira parcela paga pela empresa será de US$ 23 milhões, segundo a imprensa peruana. Um ponto importante do acordo é que o ex-diretor da Odebrecht no Peru, Jorge Barata, poderá ser interrogado. 

A promotoria também poderá receber informação dos sistemas de computador criptografados chamados MyWebDay e Drousys, que a Odebrecht usava para proteger os dados sobre o pagamento de propina. O MP peruano se comprometeu a não usar essas informações contra os funcionários da Odebrecht ou contra a própria empresa. Os procuradores também prometem arquivar os processos em andamento que sejam ligados aos casos judiciais surgidos do pacto firmado.

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O ex-presidente do Peru Alan García pediu asilo na embaixada do Uruguai em Lima na noite de sábado, após ter sido proibido de sair do país por 18 meses devido a uma investigação por supostos subornos pagos pela Odebrecht.

O acordo fornecerá provas importantes para as acusações contra importantes políticos peruanos, incluindo o ex-presidente Alan García, bem como a líder da oposição Keiko Fujimori. Também espera-se obter mais informações sobre as acusações contra os ex-presidentes Alejandro Toledo, Ollanta Humala e Pedro Pablo Kuczynski.

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Sob os termos do acordo, a Odebrecht reconhece que pagou propina para a obtenção de seis contratos. Dois deles são referentes à construção de uma estrada que uniu o Brasil ao Peru durante o governo do presidente Alejandro Toledo, que governou o país entre 2001 e 2006, afirmaram à agência Reuters duas das fontes com conhecimento do acordo.

Outros dois contratos correspondem à construção do metrô de Lima, que foi executa durante o segundo governo do presidente Alan García, entre 2006 e 2011.

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Como em outros países da América Latina, o caso da Odebrecht provocou uma profunda crise no Peru que atingiu toda a elite política. O MP do Peru investiga todos os presidentes que governaram o país desde 2001 por supostos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. 

A Odebrecht começou a operar no Peru há quatro décadas e foi fortemente afetada pelos casos de corrupção no país. Atualmente, a companhia conta com 2.000 funcionários na nação, contra 20 mil em seu auge. / AP, EFE e REUTERS

LIMA - O Ministério Público (MP) do Peru e a construtora brasileira Odebrecht assinaram um acordo de colaboração em que a empresa se compromete a entregar documentos e dados sobre o pagamento de propina para funcionários públicos no país. Segundo o procurador Rafael Vela, a companhia pagará US$ 181 milhões (R$ 707 milhões) de indenização ao longo de 15 anos. O acordo permitirá à Odebrecht continuar operando no país.

“Eles (a empresa) têm a obrigação de continuar colaborando, continuar entregando provas documentais de acordo com as demandas da promotoria”, afirmou Vela, coordenador da investigação no Peru, ao jornal El Comercio

Odebrecht assinou acordo de delação com promotores peruanos e pagará multa de US$ 181 milhões Foto: REUTERS/Mariana Bazo

O acordo foi fechado no sábado, depois de 12 horas de negociações e revisão do texto entre os representantes da promotoria, da procuradoria e da empresa. A primeira parcela paga pela empresa será de US$ 23 milhões, segundo a imprensa peruana. Um ponto importante do acordo é que o ex-diretor da Odebrecht no Peru, Jorge Barata, poderá ser interrogado. 

A promotoria também poderá receber informação dos sistemas de computador criptografados chamados MyWebDay e Drousys, que a Odebrecht usava para proteger os dados sobre o pagamento de propina. O MP peruano se comprometeu a não usar essas informações contra os funcionários da Odebrecht ou contra a própria empresa. Os procuradores também prometem arquivar os processos em andamento que sejam ligados aos casos judiciais surgidos do pacto firmado.

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O ex-presidente do Peru Alan García pediu asilo na embaixada do Uruguai em Lima na noite de sábado, após ter sido proibido de sair do país por 18 meses devido a uma investigação por supostos subornos pagos pela Odebrecht.

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