Onda de violência continua no Quirguistão e mortos chegam a 117


Conflitos étnicos provocam a migração em massa de usbeques fugindo para o sul

OSH - Milhares de pessoas fugindo do sul do Quirguistão seguiram nesta segunda-feira, 14, para a fronteira, tentando escapar da pior onda de violência ocorrida em décadas em Osh. Até o momento, os conflitos étnicos deixaram quarteirões inteiros da cidade em chamas, além de mais de cem mortos.

 

O número oficial de vítimas pelos distúrbios iniciados na semana passada chegou a 117, informou o Ministério da Saúde da ex-república soviética. Há cerca de 1.500 feridos, na nação que abriga bases militares dos EUA e da Rússia. Um líder usbeque disse que 200 usbeques já foram enterrados. O Comitê Internacional da Cruz Vermelha informou que cerca de cem corpos foram enterrados em apenas um cemitério.

continua após a publicidade

 

O chefe do Centro Nacional Usbeque, Jallahitdin Jalilatdinov, disse que pelo menos 100 mil pessoas fugiam para a fronteira e esperavam para entrar no Usbequistão. Um repórter da Associated Press observou centenas de pessoas aguardando na passagem de Jalal-Abad, tentando cruzar a fronteira.

 

continua após a publicidade

O governo interino, que assumiu após a deposição de Kurmanbek Bakiyev em uma revolta em abril, não consegue parar a violência e acusou a família de Bakiyev de instigá-la. Muitos quirguizes no sul do país apoiavam o ex-presidente.

 

Escassez

continua após a publicidade

 

Novos disparos foram ouvidos em vários pontos de Osh, a segunda maior cidade do país, na fronteira com o Usbequistão. A comida e a água começam a escassear em Osh. Saqueadores armados invadiram lojas para roubar comida, mas também levavam itens como televisores.

 

continua após a publicidade

Não era possível ver policiais nas ruas. Autoridades, porém, insistiam que havia postos de controle improvisados pela cidade. Carros roubados de usbeques étnicos andavam em alta velocidade por Osh, enquanto muitos jovens caminhavam com machados, paus e objetos de metal.

 

Outra cidade que sofre com a violência é Jalal-Abad, que fica a 40 quilômetros de Osh. Muitos quirguizes estavam armados na praça central dessa cidade, tentando viajar para o assentamento usbeque de Suzak. Eles queriam buscar um líder comunitário usbeque que, segundo eles, iniciou os distúrbios. A fronteira usbeque fica a apenas cinco quilômetros de Osh. Os refugiados usbeques são, em sua maioria, idosos, mulheres e crianças. A Rússia enviou um reforço militar para proteger sua base no país.

continua após a publicidade

 

Tensão

 

continua após a publicidade

Os usbeques representam 15% da população de 5 milhões de pessoas do Quirguistão. No sul, o número deles é similar ao de quirguizes. O fértil Vale Fergana, onde se localizam Osh e Jalal-Abad, fica em uma área antes totalmente controlada por um senhor feudal. No entanto, o ditador soviético Josef Stalin dividiu essas terras entre Usbequistão, Quirguistão e Tajiquistão, reavivando antigas rivalidades e tensões étnicas na área.

 

De seu exílio na Bielo-Rússia, Bakiyev negou qualquer relação com a violência e criticou o governo interino. A administração da presidente interina Roza Otunbayeva projetava reforçar suas credenciais políticas e democráticas em um referendo para aprovar uma nova Constituição, em 27 de junho. Entretanto, a probabilidade dessa votação ocorrer parece pequena agora.

OSH - Milhares de pessoas fugindo do sul do Quirguistão seguiram nesta segunda-feira, 14, para a fronteira, tentando escapar da pior onda de violência ocorrida em décadas em Osh. Até o momento, os conflitos étnicos deixaram quarteirões inteiros da cidade em chamas, além de mais de cem mortos.

 

O número oficial de vítimas pelos distúrbios iniciados na semana passada chegou a 117, informou o Ministério da Saúde da ex-república soviética. Há cerca de 1.500 feridos, na nação que abriga bases militares dos EUA e da Rússia. Um líder usbeque disse que 200 usbeques já foram enterrados. O Comitê Internacional da Cruz Vermelha informou que cerca de cem corpos foram enterrados em apenas um cemitério.

 

O chefe do Centro Nacional Usbeque, Jallahitdin Jalilatdinov, disse que pelo menos 100 mil pessoas fugiam para a fronteira e esperavam para entrar no Usbequistão. Um repórter da Associated Press observou centenas de pessoas aguardando na passagem de Jalal-Abad, tentando cruzar a fronteira.

 

O governo interino, que assumiu após a deposição de Kurmanbek Bakiyev em uma revolta em abril, não consegue parar a violência e acusou a família de Bakiyev de instigá-la. Muitos quirguizes no sul do país apoiavam o ex-presidente.

 

Escassez

 

Novos disparos foram ouvidos em vários pontos de Osh, a segunda maior cidade do país, na fronteira com o Usbequistão. A comida e a água começam a escassear em Osh. Saqueadores armados invadiram lojas para roubar comida, mas também levavam itens como televisores.

 

Não era possível ver policiais nas ruas. Autoridades, porém, insistiam que havia postos de controle improvisados pela cidade. Carros roubados de usbeques étnicos andavam em alta velocidade por Osh, enquanto muitos jovens caminhavam com machados, paus e objetos de metal.

 

Outra cidade que sofre com a violência é Jalal-Abad, que fica a 40 quilômetros de Osh. Muitos quirguizes estavam armados na praça central dessa cidade, tentando viajar para o assentamento usbeque de Suzak. Eles queriam buscar um líder comunitário usbeque que, segundo eles, iniciou os distúrbios. A fronteira usbeque fica a apenas cinco quilômetros de Osh. Os refugiados usbeques são, em sua maioria, idosos, mulheres e crianças. A Rússia enviou um reforço militar para proteger sua base no país.

 

Tensão

 

Os usbeques representam 15% da população de 5 milhões de pessoas do Quirguistão. No sul, o número deles é similar ao de quirguizes. O fértil Vale Fergana, onde se localizam Osh e Jalal-Abad, fica em uma área antes totalmente controlada por um senhor feudal. No entanto, o ditador soviético Josef Stalin dividiu essas terras entre Usbequistão, Quirguistão e Tajiquistão, reavivando antigas rivalidades e tensões étnicas na área.

 

De seu exílio na Bielo-Rússia, Bakiyev negou qualquer relação com a violência e criticou o governo interino. A administração da presidente interina Roza Otunbayeva projetava reforçar suas credenciais políticas e democráticas em um referendo para aprovar uma nova Constituição, em 27 de junho. Entretanto, a probabilidade dessa votação ocorrer parece pequena agora.

OSH - Milhares de pessoas fugindo do sul do Quirguistão seguiram nesta segunda-feira, 14, para a fronteira, tentando escapar da pior onda de violência ocorrida em décadas em Osh. Até o momento, os conflitos étnicos deixaram quarteirões inteiros da cidade em chamas, além de mais de cem mortos.

 

O número oficial de vítimas pelos distúrbios iniciados na semana passada chegou a 117, informou o Ministério da Saúde da ex-república soviética. Há cerca de 1.500 feridos, na nação que abriga bases militares dos EUA e da Rússia. Um líder usbeque disse que 200 usbeques já foram enterrados. O Comitê Internacional da Cruz Vermelha informou que cerca de cem corpos foram enterrados em apenas um cemitério.

 

O chefe do Centro Nacional Usbeque, Jallahitdin Jalilatdinov, disse que pelo menos 100 mil pessoas fugiam para a fronteira e esperavam para entrar no Usbequistão. Um repórter da Associated Press observou centenas de pessoas aguardando na passagem de Jalal-Abad, tentando cruzar a fronteira.

 

O governo interino, que assumiu após a deposição de Kurmanbek Bakiyev em uma revolta em abril, não consegue parar a violência e acusou a família de Bakiyev de instigá-la. Muitos quirguizes no sul do país apoiavam o ex-presidente.

 

Escassez

 

Novos disparos foram ouvidos em vários pontos de Osh, a segunda maior cidade do país, na fronteira com o Usbequistão. A comida e a água começam a escassear em Osh. Saqueadores armados invadiram lojas para roubar comida, mas também levavam itens como televisores.

 

Não era possível ver policiais nas ruas. Autoridades, porém, insistiam que havia postos de controle improvisados pela cidade. Carros roubados de usbeques étnicos andavam em alta velocidade por Osh, enquanto muitos jovens caminhavam com machados, paus e objetos de metal.

 

Outra cidade que sofre com a violência é Jalal-Abad, que fica a 40 quilômetros de Osh. Muitos quirguizes estavam armados na praça central dessa cidade, tentando viajar para o assentamento usbeque de Suzak. Eles queriam buscar um líder comunitário usbeque que, segundo eles, iniciou os distúrbios. A fronteira usbeque fica a apenas cinco quilômetros de Osh. Os refugiados usbeques são, em sua maioria, idosos, mulheres e crianças. A Rússia enviou um reforço militar para proteger sua base no país.

 

Tensão

 

Os usbeques representam 15% da população de 5 milhões de pessoas do Quirguistão. No sul, o número deles é similar ao de quirguizes. O fértil Vale Fergana, onde se localizam Osh e Jalal-Abad, fica em uma área antes totalmente controlada por um senhor feudal. No entanto, o ditador soviético Josef Stalin dividiu essas terras entre Usbequistão, Quirguistão e Tajiquistão, reavivando antigas rivalidades e tensões étnicas na área.

 

De seu exílio na Bielo-Rússia, Bakiyev negou qualquer relação com a violência e criticou o governo interino. A administração da presidente interina Roza Otunbayeva projetava reforçar suas credenciais políticas e democráticas em um referendo para aprovar uma nova Constituição, em 27 de junho. Entretanto, a probabilidade dessa votação ocorrer parece pequena agora.

OSH - Milhares de pessoas fugindo do sul do Quirguistão seguiram nesta segunda-feira, 14, para a fronteira, tentando escapar da pior onda de violência ocorrida em décadas em Osh. Até o momento, os conflitos étnicos deixaram quarteirões inteiros da cidade em chamas, além de mais de cem mortos.

 

O número oficial de vítimas pelos distúrbios iniciados na semana passada chegou a 117, informou o Ministério da Saúde da ex-república soviética. Há cerca de 1.500 feridos, na nação que abriga bases militares dos EUA e da Rússia. Um líder usbeque disse que 200 usbeques já foram enterrados. O Comitê Internacional da Cruz Vermelha informou que cerca de cem corpos foram enterrados em apenas um cemitério.

 

O chefe do Centro Nacional Usbeque, Jallahitdin Jalilatdinov, disse que pelo menos 100 mil pessoas fugiam para a fronteira e esperavam para entrar no Usbequistão. Um repórter da Associated Press observou centenas de pessoas aguardando na passagem de Jalal-Abad, tentando cruzar a fronteira.

 

O governo interino, que assumiu após a deposição de Kurmanbek Bakiyev em uma revolta em abril, não consegue parar a violência e acusou a família de Bakiyev de instigá-la. Muitos quirguizes no sul do país apoiavam o ex-presidente.

 

Escassez

 

Novos disparos foram ouvidos em vários pontos de Osh, a segunda maior cidade do país, na fronteira com o Usbequistão. A comida e a água começam a escassear em Osh. Saqueadores armados invadiram lojas para roubar comida, mas também levavam itens como televisores.

 

Não era possível ver policiais nas ruas. Autoridades, porém, insistiam que havia postos de controle improvisados pela cidade. Carros roubados de usbeques étnicos andavam em alta velocidade por Osh, enquanto muitos jovens caminhavam com machados, paus e objetos de metal.

 

Outra cidade que sofre com a violência é Jalal-Abad, que fica a 40 quilômetros de Osh. Muitos quirguizes estavam armados na praça central dessa cidade, tentando viajar para o assentamento usbeque de Suzak. Eles queriam buscar um líder comunitário usbeque que, segundo eles, iniciou os distúrbios. A fronteira usbeque fica a apenas cinco quilômetros de Osh. Os refugiados usbeques são, em sua maioria, idosos, mulheres e crianças. A Rússia enviou um reforço militar para proteger sua base no país.

 

Tensão

 

Os usbeques representam 15% da população de 5 milhões de pessoas do Quirguistão. No sul, o número deles é similar ao de quirguizes. O fértil Vale Fergana, onde se localizam Osh e Jalal-Abad, fica em uma área antes totalmente controlada por um senhor feudal. No entanto, o ditador soviético Josef Stalin dividiu essas terras entre Usbequistão, Quirguistão e Tajiquistão, reavivando antigas rivalidades e tensões étnicas na área.

 

De seu exílio na Bielo-Rússia, Bakiyev negou qualquer relação com a violência e criticou o governo interino. A administração da presidente interina Roza Otunbayeva projetava reforçar suas credenciais políticas e democráticas em um referendo para aprovar uma nova Constituição, em 27 de junho. Entretanto, a probabilidade dessa votação ocorrer parece pequena agora.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.