Ônus de saída total fica para o próximo governo


Nova estratégia revigora republicanos para campanha eleitoral de 2008

Por Paul Richter, LOS ANGELES TIMES e WASHINGTON

Os debates sobre redução das tropas no Iraque põem em foco os planos do presidente americano, George W. Bush, de encerrar seu mandato com uma forte presença militar americana nesse país e deixar decisões duras sobre o fim de uma guerra impopular para seu sucessor. Os planos delineados pelo general David H. Petraeus conservariam uma grande força no Iraque - talvez mais de 100 mil soldados - no momento de Bush deixar a Casa Branca, em janeiro de 2009. Os planos também permitiriam que Bush, talvez, melhore suas chances de um legado decente. Ele poderá alegar que deixou o cargo perseguindo uma estratégia, de alguma forma bem-sucedida, para eliminar a violência terrorista. "Bush descobriu sua estratégia de saída", disse Kenneth M. Pollack, um especialista em Oriente Médio que trabalhou para o governo e agora está na Brookings Institution. Quando Petraeus exibiu para os congressistas os gráficos mostrando uma redução na quantidade de soldados, o general parecia estar abrindo uma nova discussão sobre como os EUA encerrariam seu envolvimento no Iraque. Mas, vista com maior cuidado, sua exposição e a do embaixador no Iraque, Ryan Crocker, foram mais adequadas à defesa da estratégia anterior: "Manter o curso." Petraeus disse que o governo poderia estudar a retirada de soldados para níveis anteriores ao reforço das tropas dentro de algumas circunstâncias. Mas a ênfase de Crocker foi no tempo que o Iraque precisaria para traçar seu novo caminho e a necessidade de apoio americano nesse futuro impreciso e distante. Crocker sugeriu que o primeiro-ministro Nuri al-Maliki e seus rivais poderiam não estar avançando tão lentamente em relação aos padrões históricos. Afinal, os americanos precisaram de séculos para resolver o problema de escravidão e dos direitos civis, ele assinalou. SEM VITÓRIA CLARA "Não haverá um momento em que poderemos proclamar a vitória. Qualquer mudança significativa só poderá ser percebida depois. E isso vai exigir muito trabalho", disse Crocker. Um funcionário do Departamento de Estado recordou que, antes da invasão de 2003, Crocker advertira que provavelmente levaria dez anos para que o Iraque se estabilizasse. "E isso é aproximadamente o que vai levar, uns dez anos", disse. A posição de Bush também dá algum respaldo a aliados republicanos no Congresso que se têm mostrado inquietos com a perspectiva de entrar na campanha eleitoral de 2008 carregando a responsabilidade da guerra. Agora, os republicanos poderão alegar que a guerra está no fim e os soldados estão voltando para casa, ainda que menos de 20% devam voltar no ano que vem. Nada de novo foi dito, por exemplo, sobre o rumo que o governo tomará se as forças americanas reduzidas forem incapazes de manter o nível de segurança. Essas questões quase certamente serão deixadas para o próximo presidente.

Os debates sobre redução das tropas no Iraque põem em foco os planos do presidente americano, George W. Bush, de encerrar seu mandato com uma forte presença militar americana nesse país e deixar decisões duras sobre o fim de uma guerra impopular para seu sucessor. Os planos delineados pelo general David H. Petraeus conservariam uma grande força no Iraque - talvez mais de 100 mil soldados - no momento de Bush deixar a Casa Branca, em janeiro de 2009. Os planos também permitiriam que Bush, talvez, melhore suas chances de um legado decente. Ele poderá alegar que deixou o cargo perseguindo uma estratégia, de alguma forma bem-sucedida, para eliminar a violência terrorista. "Bush descobriu sua estratégia de saída", disse Kenneth M. Pollack, um especialista em Oriente Médio que trabalhou para o governo e agora está na Brookings Institution. Quando Petraeus exibiu para os congressistas os gráficos mostrando uma redução na quantidade de soldados, o general parecia estar abrindo uma nova discussão sobre como os EUA encerrariam seu envolvimento no Iraque. Mas, vista com maior cuidado, sua exposição e a do embaixador no Iraque, Ryan Crocker, foram mais adequadas à defesa da estratégia anterior: "Manter o curso." Petraeus disse que o governo poderia estudar a retirada de soldados para níveis anteriores ao reforço das tropas dentro de algumas circunstâncias. Mas a ênfase de Crocker foi no tempo que o Iraque precisaria para traçar seu novo caminho e a necessidade de apoio americano nesse futuro impreciso e distante. Crocker sugeriu que o primeiro-ministro Nuri al-Maliki e seus rivais poderiam não estar avançando tão lentamente em relação aos padrões históricos. Afinal, os americanos precisaram de séculos para resolver o problema de escravidão e dos direitos civis, ele assinalou. SEM VITÓRIA CLARA "Não haverá um momento em que poderemos proclamar a vitória. Qualquer mudança significativa só poderá ser percebida depois. E isso vai exigir muito trabalho", disse Crocker. Um funcionário do Departamento de Estado recordou que, antes da invasão de 2003, Crocker advertira que provavelmente levaria dez anos para que o Iraque se estabilizasse. "E isso é aproximadamente o que vai levar, uns dez anos", disse. A posição de Bush também dá algum respaldo a aliados republicanos no Congresso que se têm mostrado inquietos com a perspectiva de entrar na campanha eleitoral de 2008 carregando a responsabilidade da guerra. Agora, os republicanos poderão alegar que a guerra está no fim e os soldados estão voltando para casa, ainda que menos de 20% devam voltar no ano que vem. Nada de novo foi dito, por exemplo, sobre o rumo que o governo tomará se as forças americanas reduzidas forem incapazes de manter o nível de segurança. Essas questões quase certamente serão deixadas para o próximo presidente.

Os debates sobre redução das tropas no Iraque põem em foco os planos do presidente americano, George W. Bush, de encerrar seu mandato com uma forte presença militar americana nesse país e deixar decisões duras sobre o fim de uma guerra impopular para seu sucessor. Os planos delineados pelo general David H. Petraeus conservariam uma grande força no Iraque - talvez mais de 100 mil soldados - no momento de Bush deixar a Casa Branca, em janeiro de 2009. Os planos também permitiriam que Bush, talvez, melhore suas chances de um legado decente. Ele poderá alegar que deixou o cargo perseguindo uma estratégia, de alguma forma bem-sucedida, para eliminar a violência terrorista. "Bush descobriu sua estratégia de saída", disse Kenneth M. Pollack, um especialista em Oriente Médio que trabalhou para o governo e agora está na Brookings Institution. Quando Petraeus exibiu para os congressistas os gráficos mostrando uma redução na quantidade de soldados, o general parecia estar abrindo uma nova discussão sobre como os EUA encerrariam seu envolvimento no Iraque. Mas, vista com maior cuidado, sua exposição e a do embaixador no Iraque, Ryan Crocker, foram mais adequadas à defesa da estratégia anterior: "Manter o curso." Petraeus disse que o governo poderia estudar a retirada de soldados para níveis anteriores ao reforço das tropas dentro de algumas circunstâncias. Mas a ênfase de Crocker foi no tempo que o Iraque precisaria para traçar seu novo caminho e a necessidade de apoio americano nesse futuro impreciso e distante. Crocker sugeriu que o primeiro-ministro Nuri al-Maliki e seus rivais poderiam não estar avançando tão lentamente em relação aos padrões históricos. Afinal, os americanos precisaram de séculos para resolver o problema de escravidão e dos direitos civis, ele assinalou. SEM VITÓRIA CLARA "Não haverá um momento em que poderemos proclamar a vitória. Qualquer mudança significativa só poderá ser percebida depois. E isso vai exigir muito trabalho", disse Crocker. Um funcionário do Departamento de Estado recordou que, antes da invasão de 2003, Crocker advertira que provavelmente levaria dez anos para que o Iraque se estabilizasse. "E isso é aproximadamente o que vai levar, uns dez anos", disse. A posição de Bush também dá algum respaldo a aliados republicanos no Congresso que se têm mostrado inquietos com a perspectiva de entrar na campanha eleitoral de 2008 carregando a responsabilidade da guerra. Agora, os republicanos poderão alegar que a guerra está no fim e os soldados estão voltando para casa, ainda que menos de 20% devam voltar no ano que vem. Nada de novo foi dito, por exemplo, sobre o rumo que o governo tomará se as forças americanas reduzidas forem incapazes de manter o nível de segurança. Essas questões quase certamente serão deixadas para o próximo presidente.

Os debates sobre redução das tropas no Iraque põem em foco os planos do presidente americano, George W. Bush, de encerrar seu mandato com uma forte presença militar americana nesse país e deixar decisões duras sobre o fim de uma guerra impopular para seu sucessor. Os planos delineados pelo general David H. Petraeus conservariam uma grande força no Iraque - talvez mais de 100 mil soldados - no momento de Bush deixar a Casa Branca, em janeiro de 2009. Os planos também permitiriam que Bush, talvez, melhore suas chances de um legado decente. Ele poderá alegar que deixou o cargo perseguindo uma estratégia, de alguma forma bem-sucedida, para eliminar a violência terrorista. "Bush descobriu sua estratégia de saída", disse Kenneth M. Pollack, um especialista em Oriente Médio que trabalhou para o governo e agora está na Brookings Institution. Quando Petraeus exibiu para os congressistas os gráficos mostrando uma redução na quantidade de soldados, o general parecia estar abrindo uma nova discussão sobre como os EUA encerrariam seu envolvimento no Iraque. Mas, vista com maior cuidado, sua exposição e a do embaixador no Iraque, Ryan Crocker, foram mais adequadas à defesa da estratégia anterior: "Manter o curso." Petraeus disse que o governo poderia estudar a retirada de soldados para níveis anteriores ao reforço das tropas dentro de algumas circunstâncias. Mas a ênfase de Crocker foi no tempo que o Iraque precisaria para traçar seu novo caminho e a necessidade de apoio americano nesse futuro impreciso e distante. Crocker sugeriu que o primeiro-ministro Nuri al-Maliki e seus rivais poderiam não estar avançando tão lentamente em relação aos padrões históricos. Afinal, os americanos precisaram de séculos para resolver o problema de escravidão e dos direitos civis, ele assinalou. SEM VITÓRIA CLARA "Não haverá um momento em que poderemos proclamar a vitória. Qualquer mudança significativa só poderá ser percebida depois. E isso vai exigir muito trabalho", disse Crocker. Um funcionário do Departamento de Estado recordou que, antes da invasão de 2003, Crocker advertira que provavelmente levaria dez anos para que o Iraque se estabilizasse. "E isso é aproximadamente o que vai levar, uns dez anos", disse. A posição de Bush também dá algum respaldo a aliados republicanos no Congresso que se têm mostrado inquietos com a perspectiva de entrar na campanha eleitoral de 2008 carregando a responsabilidade da guerra. Agora, os republicanos poderão alegar que a guerra está no fim e os soldados estão voltando para casa, ainda que menos de 20% devam voltar no ano que vem. Nada de novo foi dito, por exemplo, sobre o rumo que o governo tomará se as forças americanas reduzidas forem incapazes de manter o nível de segurança. Essas questões quase certamente serão deixadas para o próximo presidente.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.