Oposição paquistanesa estuda aliança


Viúvo de Benazir, cujo partido venceu as eleições, diz que não haverá lugar na coalizão para aliados de Musharraf

Por Islamabad

Após vencer as eleições parlamentares de segunda-feira, os opositores do presidente paquistanês, Pervez Musharraf, disseram ontem que vão tentar formar uma coalizão de governo, pondo em dúvida quanto tempo o chefe de Estado conseguirá permanecer no poder. O Partido Popular do Paquistão (PPP), da ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, assassinada em dezembro, disse estar disposto a negociar uma aliança com a Liga Muçulmana do Paquistão-N (Liga-N), do ex-premiê Nawaz Sharif. O PPP obteve 87 das 272 cadeiras da Assembléia Nacional e a Liga-N, 66, segundo resultados parciais. O viúvo de Benazir e co-presidente do PPP, Asif Ali Zardari, afirmou que na coalizão de governo não haverá lugar para o partido pró-Musharraf Liga Muçulmana do Paquistão-Q (Liga-Q). "A decisão do partido é a de que não estamos interessados em nenhum dos que participaram do último governo", disse Zardari em uma entrevista coletiva em Islamabad. Zardari, que assumiu a chefia do PPP após a morte de Benazir em um atentado a tiros e bomba durante um comício em Rawalpindi, disse que tentará convencer Sharif - deposto por Musharraf em um golpe de Estado, em 1999 - a entrar para a coalizão. Sharif, por sua vez, afirmou ontem em uma entrevista em Lahore que Musharraf deve aceitar que a população não o quer mais no poder. O ex-premiê anunciou que pretende se reunir com Zardari amanhã. "Convido todos a sentar juntos e libertar o Paquistão da ditadura", declarou Sharif, que voltou do exílio em novembro, um mês depois de Benazir. A oposição diz que a reeleição de Musharraf, em 6 de outubro, foi inconstitucional, pois ele ainda não havia deixado a chefia das Forças Armadas. A aliança entre o PPP e a Liga-N teria 153 cadeiras da nova Assembléia Nacional e um Parlamento hostil poderia iniciar um processo de impeachment contra Musharraf, que também é acusado de violar a Constituição ao decretar estado de emergência em novembro e destituir vários juízes do Supremo que se preparavam para anunciar se sua reeleição tinha sido válida. O partido governista, que até agora obteve 38 cadeiras, admitiu sua derrota. Chaudhry Shujaat Hussain, presidente da Liga-Q disse à TV AP: "Aceitamos os resultados com o coração aberto e sentaremos no banco da oposição no novo Parlamento." ESTADOS UNIDOS O Departamento de Estado americano disse ontem que o Paquistão deu o primeiro passo rumo à plena democracia. A Casa Branca, por sua vez, disse esperar que o Paquistão continue cooperando com os Estados Unidos em sua luta contra o terrorismo, após a oposição vencer as eleições. REUTERS, ASSOCIATED PRESS E AFP Resultados parciais PPP (partido de Benazir) -87 cadeiras da Assembléia Nacional Liga-N (partido de Sharif) - 66 cadeiras Liga-Q (pró-Musharraf) - 38 cadeiras Outros - 67 cadeiras

Após vencer as eleições parlamentares de segunda-feira, os opositores do presidente paquistanês, Pervez Musharraf, disseram ontem que vão tentar formar uma coalizão de governo, pondo em dúvida quanto tempo o chefe de Estado conseguirá permanecer no poder. O Partido Popular do Paquistão (PPP), da ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, assassinada em dezembro, disse estar disposto a negociar uma aliança com a Liga Muçulmana do Paquistão-N (Liga-N), do ex-premiê Nawaz Sharif. O PPP obteve 87 das 272 cadeiras da Assembléia Nacional e a Liga-N, 66, segundo resultados parciais. O viúvo de Benazir e co-presidente do PPP, Asif Ali Zardari, afirmou que na coalizão de governo não haverá lugar para o partido pró-Musharraf Liga Muçulmana do Paquistão-Q (Liga-Q). "A decisão do partido é a de que não estamos interessados em nenhum dos que participaram do último governo", disse Zardari em uma entrevista coletiva em Islamabad. Zardari, que assumiu a chefia do PPP após a morte de Benazir em um atentado a tiros e bomba durante um comício em Rawalpindi, disse que tentará convencer Sharif - deposto por Musharraf em um golpe de Estado, em 1999 - a entrar para a coalizão. Sharif, por sua vez, afirmou ontem em uma entrevista em Lahore que Musharraf deve aceitar que a população não o quer mais no poder. O ex-premiê anunciou que pretende se reunir com Zardari amanhã. "Convido todos a sentar juntos e libertar o Paquistão da ditadura", declarou Sharif, que voltou do exílio em novembro, um mês depois de Benazir. A oposição diz que a reeleição de Musharraf, em 6 de outubro, foi inconstitucional, pois ele ainda não havia deixado a chefia das Forças Armadas. A aliança entre o PPP e a Liga-N teria 153 cadeiras da nova Assembléia Nacional e um Parlamento hostil poderia iniciar um processo de impeachment contra Musharraf, que também é acusado de violar a Constituição ao decretar estado de emergência em novembro e destituir vários juízes do Supremo que se preparavam para anunciar se sua reeleição tinha sido válida. O partido governista, que até agora obteve 38 cadeiras, admitiu sua derrota. Chaudhry Shujaat Hussain, presidente da Liga-Q disse à TV AP: "Aceitamos os resultados com o coração aberto e sentaremos no banco da oposição no novo Parlamento." ESTADOS UNIDOS O Departamento de Estado americano disse ontem que o Paquistão deu o primeiro passo rumo à plena democracia. A Casa Branca, por sua vez, disse esperar que o Paquistão continue cooperando com os Estados Unidos em sua luta contra o terrorismo, após a oposição vencer as eleições. REUTERS, ASSOCIATED PRESS E AFP Resultados parciais PPP (partido de Benazir) -87 cadeiras da Assembléia Nacional Liga-N (partido de Sharif) - 66 cadeiras Liga-Q (pró-Musharraf) - 38 cadeiras Outros - 67 cadeiras

Após vencer as eleições parlamentares de segunda-feira, os opositores do presidente paquistanês, Pervez Musharraf, disseram ontem que vão tentar formar uma coalizão de governo, pondo em dúvida quanto tempo o chefe de Estado conseguirá permanecer no poder. O Partido Popular do Paquistão (PPP), da ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, assassinada em dezembro, disse estar disposto a negociar uma aliança com a Liga Muçulmana do Paquistão-N (Liga-N), do ex-premiê Nawaz Sharif. O PPP obteve 87 das 272 cadeiras da Assembléia Nacional e a Liga-N, 66, segundo resultados parciais. O viúvo de Benazir e co-presidente do PPP, Asif Ali Zardari, afirmou que na coalizão de governo não haverá lugar para o partido pró-Musharraf Liga Muçulmana do Paquistão-Q (Liga-Q). "A decisão do partido é a de que não estamos interessados em nenhum dos que participaram do último governo", disse Zardari em uma entrevista coletiva em Islamabad. Zardari, que assumiu a chefia do PPP após a morte de Benazir em um atentado a tiros e bomba durante um comício em Rawalpindi, disse que tentará convencer Sharif - deposto por Musharraf em um golpe de Estado, em 1999 - a entrar para a coalizão. Sharif, por sua vez, afirmou ontem em uma entrevista em Lahore que Musharraf deve aceitar que a população não o quer mais no poder. O ex-premiê anunciou que pretende se reunir com Zardari amanhã. "Convido todos a sentar juntos e libertar o Paquistão da ditadura", declarou Sharif, que voltou do exílio em novembro, um mês depois de Benazir. A oposição diz que a reeleição de Musharraf, em 6 de outubro, foi inconstitucional, pois ele ainda não havia deixado a chefia das Forças Armadas. A aliança entre o PPP e a Liga-N teria 153 cadeiras da nova Assembléia Nacional e um Parlamento hostil poderia iniciar um processo de impeachment contra Musharraf, que também é acusado de violar a Constituição ao decretar estado de emergência em novembro e destituir vários juízes do Supremo que se preparavam para anunciar se sua reeleição tinha sido válida. O partido governista, que até agora obteve 38 cadeiras, admitiu sua derrota. Chaudhry Shujaat Hussain, presidente da Liga-Q disse à TV AP: "Aceitamos os resultados com o coração aberto e sentaremos no banco da oposição no novo Parlamento." ESTADOS UNIDOS O Departamento de Estado americano disse ontem que o Paquistão deu o primeiro passo rumo à plena democracia. A Casa Branca, por sua vez, disse esperar que o Paquistão continue cooperando com os Estados Unidos em sua luta contra o terrorismo, após a oposição vencer as eleições. REUTERS, ASSOCIATED PRESS E AFP Resultados parciais PPP (partido de Benazir) -87 cadeiras da Assembléia Nacional Liga-N (partido de Sharif) - 66 cadeiras Liga-Q (pró-Musharraf) - 38 cadeiras Outros - 67 cadeiras

Após vencer as eleições parlamentares de segunda-feira, os opositores do presidente paquistanês, Pervez Musharraf, disseram ontem que vão tentar formar uma coalizão de governo, pondo em dúvida quanto tempo o chefe de Estado conseguirá permanecer no poder. O Partido Popular do Paquistão (PPP), da ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, assassinada em dezembro, disse estar disposto a negociar uma aliança com a Liga Muçulmana do Paquistão-N (Liga-N), do ex-premiê Nawaz Sharif. O PPP obteve 87 das 272 cadeiras da Assembléia Nacional e a Liga-N, 66, segundo resultados parciais. O viúvo de Benazir e co-presidente do PPP, Asif Ali Zardari, afirmou que na coalizão de governo não haverá lugar para o partido pró-Musharraf Liga Muçulmana do Paquistão-Q (Liga-Q). "A decisão do partido é a de que não estamos interessados em nenhum dos que participaram do último governo", disse Zardari em uma entrevista coletiva em Islamabad. Zardari, que assumiu a chefia do PPP após a morte de Benazir em um atentado a tiros e bomba durante um comício em Rawalpindi, disse que tentará convencer Sharif - deposto por Musharraf em um golpe de Estado, em 1999 - a entrar para a coalizão. Sharif, por sua vez, afirmou ontem em uma entrevista em Lahore que Musharraf deve aceitar que a população não o quer mais no poder. O ex-premiê anunciou que pretende se reunir com Zardari amanhã. "Convido todos a sentar juntos e libertar o Paquistão da ditadura", declarou Sharif, que voltou do exílio em novembro, um mês depois de Benazir. A oposição diz que a reeleição de Musharraf, em 6 de outubro, foi inconstitucional, pois ele ainda não havia deixado a chefia das Forças Armadas. A aliança entre o PPP e a Liga-N teria 153 cadeiras da nova Assembléia Nacional e um Parlamento hostil poderia iniciar um processo de impeachment contra Musharraf, que também é acusado de violar a Constituição ao decretar estado de emergência em novembro e destituir vários juízes do Supremo que se preparavam para anunciar se sua reeleição tinha sido válida. O partido governista, que até agora obteve 38 cadeiras, admitiu sua derrota. Chaudhry Shujaat Hussain, presidente da Liga-Q disse à TV AP: "Aceitamos os resultados com o coração aberto e sentaremos no banco da oposição no novo Parlamento." ESTADOS UNIDOS O Departamento de Estado americano disse ontem que o Paquistão deu o primeiro passo rumo à plena democracia. A Casa Branca, por sua vez, disse esperar que o Paquistão continue cooperando com os Estados Unidos em sua luta contra o terrorismo, após a oposição vencer as eleições. REUTERS, ASSOCIATED PRESS E AFP Resultados parciais PPP (partido de Benazir) -87 cadeiras da Assembléia Nacional Liga-N (partido de Sharif) - 66 cadeiras Liga-Q (pró-Musharraf) - 38 cadeiras Outros - 67 cadeiras

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