O Governo dos Estados Unidos condenou o atentado cometido neste domingo, 18, contra a Guarda Revolucionária iraniana e negou seu envolvimento no episódio, no qual 35 pessoas morreram e pelo menos 27 ficaram feridas.
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Em nota, o porta-voz do Departamento de Estado, Ian Kelly, afirmou que "as informações que apontam para uma participação americana são absolutamente falsas". "Condenamos este ato de terrorismo e lamentamos a perda de vidas inocentes", acrescentou o funcionário.
Mais cedo, o presidente do Parlamento iraniano, Ali Larijani, tinha dito que o atentado foi fruto da política dos Estados Unidos na região. "No passado, houve notícias sobre os contatos dos EUA com alguns grupos terroristas da região, o que demonstra a inimizade dos americanos em relação ao desenvolvimento de nosso país", disse Larijani minutos antes de partir rumo à Suíça, onde vai participar de uma conferência interparlamentar.
O político iraniano lembrou que o novo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que estendia a mão ao Irã. "Vemos que é uma mão tingida de sangue", comentou o parlamentar.
O ataque contra a Guarda Revolucionária iraniana foi registrado na conflituosa província do Sistão-Baluchistão, na fronteira com o Paquistão e o Afeganistão. Entre os mortos, estão dois oficiais de alta patente e cerca de dez líderes tribais sunitas e xiitas.
O grupo radical sunita Yundulah, que teria ligações com a Al-Qaeda, assumiu a autoria do atentado, segundo o procurador-geral do Sistão-Baluchistão, Mohamad Marzieh.
Punição
O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, determinou às autoridades do país que encontrem e punam os responsáveis pelo ataque suicida deste domingo na região sudeste do país, disse a agência de notícias oficial IRNA. Ahmadinejad disse que "os criminosos que cometeram... crimes contra a humanidade... serão gravemente responsabilizados", informou a agência.