ORLANDO - Mir Seddique, pai de Omar Mateen - suspeito de ser o autor do ataque à casa noturna Pulse, frequentada pelo público LGBT, em Orlando, que deixou pelo menos 50 mortos -, descartou neste domingo, 12, os motivos religiosos para a ação e apontou para homofobia do filho.
"Isto não tem nada a ver com a religião", disse o pai em declarações à rede de televisão NBC News, nas quais indicou que seu filho ficou transtornado, há mais ou menos dois meses, durante uma viagem a Miami, quando viu dois homens se beijando. Seddique acredita que o episódio possa estar por trás do ataque.
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"Peço desculpas pelo incidente. Não estávamos conscientes de que estivesse premeditando algum tipo de ação. Estamos em estado de choque da mesma forma que todo o país", disse o pai de Mateen.
O agente especial do FBI Ron Hopper afirmou em entrevista coletiva que ainda não é possível classificar o fato como um "crime de ódio ou terrorista" pois as investigações seguem abertas.
Mustafa Abasin, que atendeu ao telefone no endereço na qual Mateen residia em Port Saint Lucie, situada a 200 quilômetros ao sul de Orlando, disse à NBC News que estavam "impactados" com o ocorrido e estão colaborando com as autoridades na investigação.
O congressista democrata pela Flórida Alan Grayson indicou na mesma entrevista coletiva que não há evidências de que haja outras pessoas ou grupos relacionados com este fato, e explicou que agentes foram à casa do suspeito para obter informação de seus computadores e mensagens nas redes sociais.
A polícia ainda não divulgou informações sobre as vítimas do massacre, mas acredita que havia muitos hispânicos entre o público, atraídos pelo evento da noite: "Latin Night - Reggaeton, Bachata, Merengue, Mojo", segundo dizia o cartaz da casa noturna. /EFE