CAIRO - Vários governos árabes condenaram firmemente nesta terça-feira, 22, os atentados ocorridos em Bruxelas e qualquer tipo de violência e terrorismo.
O ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Nasser Judeh, condenou os "atos criminosos" de Bruxelas em entrevista coletiva na capital jordaniana junto à alta representante da União Europeia para a Política Externa e Segurança Comum, Federica Mogherini, que está em visita ao país árabe. "Expressamos nossa solidariedade com os amigos da Bélgica nestas difíceis circunstâncias", acrescentou Judeh.
Explosões fecham aeroporto e metrô de Bruxelas
O Egito condenou de forma firme os "ataques terroristas" perpetrados na capital belga e expressou suas condolências ao governo belga e aos familiares das vítimas.
Em nota, o porta-voz das Relações Exteriores, Ahmed Abu Zeid, afirmou que "o brutal terrorismo não distingue entre religião ou raça, e não tem fronteiras, por isso é necessária a solidariedade da comunidade internacional para enfrentar este desagregável fenômeno e impedir sua propagação".
"Chegou o momento de o mundo enfrentar de maneira decidida o terrorismo internacional, que tem como alvo a segurança e a estabilidade dos povos, e que prejudica toda a humanidade, e isto requer medidas rápidas e eficazes em nível mundial", reforçou Abu Zeid no comunicado.
Os Emirados Árabes Unidos se uniram à condenação da "covarde ação terrorista contra civis inocentes" na Bélgica, em comunicado oficial.
O ministro de Estado para Relações Exteriores dos EAU, Anwar bin Mohammed Qarqash, reiterou que seu país "rejeita todas as formas de violência e terrorismo seja qual for sua origem". Ele também manifestou seu apoio e solidariedade à Bélgica e seu povo na luta contra o terrorismo e o extremismo, e pediu à comunidade internacional que se una para erradicá-los.
O Ministério das Relações Exteriores do Bahrein emitiu um comunicado de condenação, em que expressou sua solidariedade ao reino da Bélgica "na luta contra todas as formas de violência, extremismo e terrorismo, quaisquer que sejam sua origem e alvos", e aos parentes das vítimas destas "ações criminosas que contradizem os princípios de todos os valores éticos, humanos e religiosos".
Afeganistão e Paquistão também condenaram "energicamente" os atentados e disseram que os atos terroristas são contrários a todas as "religiões".
"O terrorismo não conhece religião, fronteiras ou geografia. É um ato contra todas as crenças, comunidades e nações ao redor do mundo", indicou o chefe de governo afegão, Abdullah Abdullah, em sua conta no Twitter.
Abdullah garantiu que o Afeganistão, como nação "vítima do terrorismo", se solidariza com a "dor de seus aliados" e pediu que este "inimigo comum" seja erradicado seja qual for sua procedência.
O presidente do país, Ashraf Ghani, utilizou a mesma rede social para transferir suas condolências às famílias das vítimas.
O primeiro-ministro paquistanês, Nawaz Sharif, destacou que nenhuma religião permite atos "bárbaros e desumanos" como matar outras pessoas. "O mundo deve desdobrar uma resistência conjunta e lutar contra este mal para varrer o terrorismo de todas partes e países do mundo", disse o dirigente em comunicado. /COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS