Países falham em superar impasse sobre Síria às vésperas de encontro


Segundo diplomata ouvido pelo 'Estado', se não houver acordo no sábado, 'o inferno se abrirá na Síria'

Por Jamil Chade e correspondente em Genebra

GENEBRA – Às vésperas da reunião ministerial que ocorre no sábado, 30, em Genebra, potências fracassam em superar o impasse para promover uma transição política na Síria. Muitos diplomatas apontam o encontro como a última chance de se evitar uma guerra civil no país, que enfrenta duros confrontos desde março do ano passado.

Veja também: Rússia vê 'boas possibilidades' de avançar em reunião sobre a Síria Refugiados sírios podem ser 185 mil até fim do ano

O conflito na Síria, que teve início na onda da chamada Primavera Árabe, vive seu momento de maior violência, com pelo menos 180 mortos apenas nos últimos dois dias e um regime disposto a desafiar a pressão internacional. Na frente diplomática, Rússia e China rejeitam apoiar um projeto que inclua o afastamento forçado de Bashar Assad.

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O enviado especial da ONU para a Sìria, Kofi Annan, que em abril já havia apresentado um plano de paz, fez uma nova proposta esta semana. A ideia é a formação de um governo de unidade nacional, seguido pela elaboração de uma constituição e a realização de eleições. Mas o governo russo alerta que apenas o povo sírio poderia decidir quem formaria o governo.

Ao Estado, diplomatas envolvidos nos debates admitiram que um dos princiais confrontos entre negociadores era a presença ou não de Assad nesse governo de transição. Hoje, em Paris, o Conselho Nacional Sírio alertou que está disposto a aceitar o novo plano Annan, desde que Assad não fizesse parte do governo de união nacional.

Na esperança de salvar o resultado da cúpula, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, esteve com o chanceler russo Sergei Lavrov em São Petersburgo. Lavrov limitou-se a declarar que os dois países tinham um acordo sobre "a maioria dos pontos" do projeto de Annan.

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Mas a realidade na mesa de negociação era bem diferente. No projeto de Annan, o governo de união nacional exclui atores que "minariam a credibilidade de transição e reconciliação". Para a oposição e o Ocidente, isso deixa claro que Assad não estaria no grupo.

Novo texto

Moscou trouxe hoje para a mesa de negociação em Genebra um novo texto, que insistia em não afastar automaticamente Assad do poder e deixar o processo de transição nas mãos dos sírios. Para os russos, com apoio de Pequim, nenhuma solução poderá ser imposta de fora. EUA, Reino Unido e França rejeitaram o projeto. O Kremlin é um dos aliados-chave de Assad. Mas países árabes apontaram na quinta-feira que, mesmo diante da rejeição, Moscou dá sinais de que já entende que precisaria buscar uma solução para o conflito que não inclua Assad.

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"A fase de negociação acabou. Agora, só uma decisão política de ministros pode salvar o projeto", indicou um diplomata, sob condição de permanecer em anonimato, ao deixar o encontro. "A negociação está cada vez pior. Se não houver um acordo, Assad saberá que tem as mãos livres para continuar com seu massacre e que ninguém fará nada para evitar", disse. "Se não houver um acordo no sábado, o inferno se abrirá na Síria”, alertou.

Violência

A sexta-feira foi um alerta claro e real aos negociadores do que poderia ocorrer se o processo fracassar. O governo turco confirmou que tropas sírias se aproximaram da fronteira, um dia depois de Ancara anunciar que estava posicionando suas defesas no local. Segundo a oposição, 2,5 mil soldados sírios, com 170 tanques, estariam próximos à fronteira turca.

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Assad declarou ainda que iria "aniquilar os terroristas" e seu exército lançou uma das maiores ofensivas em meses. O bairro de Duma, em Damasco, foi fortemente atacado, no que diplomatas ocidentais acreditam ser uma tentativa desesperada do regime de reconquistar controle sobre a capital. A posição acusou o governo de ter promovido ontem um massacre na região. Nos últimos dez dias, as mortes teriam superado mil. Ontem, só em Duma foram cerca de 60. Em todo o país, quinta-feira teria registrado 180 mortos, com ataques em Homs e ofensivas áreas pelo país.

O controle de Duma tem se transformado num símbolo da nova etapa do conflito. A oposição não teria cedido, apesar das mortes, e nesta semana conseguiu colocar bombas em carros de juizes nas proximidades da Corte Suprema. A oposição ainda anunciou a captura de dois generais do exército, um golpe contra Assad e uma demonstração de que a ação dos rebeldes está ficando cada vez mais sofisticada.

Desde março de 2011, o Observatório Sírio de Direitos Humanos já apontou 15,8 mil mortos no conflito. Desde o primeiro plano de Annan, o número teria chegado a 4,7 mil.

GENEBRA – Às vésperas da reunião ministerial que ocorre no sábado, 30, em Genebra, potências fracassam em superar o impasse para promover uma transição política na Síria. Muitos diplomatas apontam o encontro como a última chance de se evitar uma guerra civil no país, que enfrenta duros confrontos desde março do ano passado.

Veja também: Rússia vê 'boas possibilidades' de avançar em reunião sobre a Síria Refugiados sírios podem ser 185 mil até fim do ano

O conflito na Síria, que teve início na onda da chamada Primavera Árabe, vive seu momento de maior violência, com pelo menos 180 mortos apenas nos últimos dois dias e um regime disposto a desafiar a pressão internacional. Na frente diplomática, Rússia e China rejeitam apoiar um projeto que inclua o afastamento forçado de Bashar Assad.

O enviado especial da ONU para a Sìria, Kofi Annan, que em abril já havia apresentado um plano de paz, fez uma nova proposta esta semana. A ideia é a formação de um governo de unidade nacional, seguido pela elaboração de uma constituição e a realização de eleições. Mas o governo russo alerta que apenas o povo sírio poderia decidir quem formaria o governo.

Ao Estado, diplomatas envolvidos nos debates admitiram que um dos princiais confrontos entre negociadores era a presença ou não de Assad nesse governo de transição. Hoje, em Paris, o Conselho Nacional Sírio alertou que está disposto a aceitar o novo plano Annan, desde que Assad não fizesse parte do governo de união nacional.

Na esperança de salvar o resultado da cúpula, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, esteve com o chanceler russo Sergei Lavrov em São Petersburgo. Lavrov limitou-se a declarar que os dois países tinham um acordo sobre "a maioria dos pontos" do projeto de Annan.

Mas a realidade na mesa de negociação era bem diferente. No projeto de Annan, o governo de união nacional exclui atores que "minariam a credibilidade de transição e reconciliação". Para a oposição e o Ocidente, isso deixa claro que Assad não estaria no grupo.

Novo texto

Moscou trouxe hoje para a mesa de negociação em Genebra um novo texto, que insistia em não afastar automaticamente Assad do poder e deixar o processo de transição nas mãos dos sírios. Para os russos, com apoio de Pequim, nenhuma solução poderá ser imposta de fora. EUA, Reino Unido e França rejeitaram o projeto. O Kremlin é um dos aliados-chave de Assad. Mas países árabes apontaram na quinta-feira que, mesmo diante da rejeição, Moscou dá sinais de que já entende que precisaria buscar uma solução para o conflito que não inclua Assad.

"A fase de negociação acabou. Agora, só uma decisão política de ministros pode salvar o projeto", indicou um diplomata, sob condição de permanecer em anonimato, ao deixar o encontro. "A negociação está cada vez pior. Se não houver um acordo, Assad saberá que tem as mãos livres para continuar com seu massacre e que ninguém fará nada para evitar", disse. "Se não houver um acordo no sábado, o inferno se abrirá na Síria”, alertou.

Violência

A sexta-feira foi um alerta claro e real aos negociadores do que poderia ocorrer se o processo fracassar. O governo turco confirmou que tropas sírias se aproximaram da fronteira, um dia depois de Ancara anunciar que estava posicionando suas defesas no local. Segundo a oposição, 2,5 mil soldados sírios, com 170 tanques, estariam próximos à fronteira turca.

Assad declarou ainda que iria "aniquilar os terroristas" e seu exército lançou uma das maiores ofensivas em meses. O bairro de Duma, em Damasco, foi fortemente atacado, no que diplomatas ocidentais acreditam ser uma tentativa desesperada do regime de reconquistar controle sobre a capital. A posição acusou o governo de ter promovido ontem um massacre na região. Nos últimos dez dias, as mortes teriam superado mil. Ontem, só em Duma foram cerca de 60. Em todo o país, quinta-feira teria registrado 180 mortos, com ataques em Homs e ofensivas áreas pelo país.

O controle de Duma tem se transformado num símbolo da nova etapa do conflito. A oposição não teria cedido, apesar das mortes, e nesta semana conseguiu colocar bombas em carros de juizes nas proximidades da Corte Suprema. A oposição ainda anunciou a captura de dois generais do exército, um golpe contra Assad e uma demonstração de que a ação dos rebeldes está ficando cada vez mais sofisticada.

Desde março de 2011, o Observatório Sírio de Direitos Humanos já apontou 15,8 mil mortos no conflito. Desde o primeiro plano de Annan, o número teria chegado a 4,7 mil.

GENEBRA – Às vésperas da reunião ministerial que ocorre no sábado, 30, em Genebra, potências fracassam em superar o impasse para promover uma transição política na Síria. Muitos diplomatas apontam o encontro como a última chance de se evitar uma guerra civil no país, que enfrenta duros confrontos desde março do ano passado.

Veja também: Rússia vê 'boas possibilidades' de avançar em reunião sobre a Síria Refugiados sírios podem ser 185 mil até fim do ano

O conflito na Síria, que teve início na onda da chamada Primavera Árabe, vive seu momento de maior violência, com pelo menos 180 mortos apenas nos últimos dois dias e um regime disposto a desafiar a pressão internacional. Na frente diplomática, Rússia e China rejeitam apoiar um projeto que inclua o afastamento forçado de Bashar Assad.

O enviado especial da ONU para a Sìria, Kofi Annan, que em abril já havia apresentado um plano de paz, fez uma nova proposta esta semana. A ideia é a formação de um governo de unidade nacional, seguido pela elaboração de uma constituição e a realização de eleições. Mas o governo russo alerta que apenas o povo sírio poderia decidir quem formaria o governo.

Ao Estado, diplomatas envolvidos nos debates admitiram que um dos princiais confrontos entre negociadores era a presença ou não de Assad nesse governo de transição. Hoje, em Paris, o Conselho Nacional Sírio alertou que está disposto a aceitar o novo plano Annan, desde que Assad não fizesse parte do governo de união nacional.

Na esperança de salvar o resultado da cúpula, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, esteve com o chanceler russo Sergei Lavrov em São Petersburgo. Lavrov limitou-se a declarar que os dois países tinham um acordo sobre "a maioria dos pontos" do projeto de Annan.

Mas a realidade na mesa de negociação era bem diferente. No projeto de Annan, o governo de união nacional exclui atores que "minariam a credibilidade de transição e reconciliação". Para a oposição e o Ocidente, isso deixa claro que Assad não estaria no grupo.

Novo texto

Moscou trouxe hoje para a mesa de negociação em Genebra um novo texto, que insistia em não afastar automaticamente Assad do poder e deixar o processo de transição nas mãos dos sírios. Para os russos, com apoio de Pequim, nenhuma solução poderá ser imposta de fora. EUA, Reino Unido e França rejeitaram o projeto. O Kremlin é um dos aliados-chave de Assad. Mas países árabes apontaram na quinta-feira que, mesmo diante da rejeição, Moscou dá sinais de que já entende que precisaria buscar uma solução para o conflito que não inclua Assad.

"A fase de negociação acabou. Agora, só uma decisão política de ministros pode salvar o projeto", indicou um diplomata, sob condição de permanecer em anonimato, ao deixar o encontro. "A negociação está cada vez pior. Se não houver um acordo, Assad saberá que tem as mãos livres para continuar com seu massacre e que ninguém fará nada para evitar", disse. "Se não houver um acordo no sábado, o inferno se abrirá na Síria”, alertou.

Violência

A sexta-feira foi um alerta claro e real aos negociadores do que poderia ocorrer se o processo fracassar. O governo turco confirmou que tropas sírias se aproximaram da fronteira, um dia depois de Ancara anunciar que estava posicionando suas defesas no local. Segundo a oposição, 2,5 mil soldados sírios, com 170 tanques, estariam próximos à fronteira turca.

Assad declarou ainda que iria "aniquilar os terroristas" e seu exército lançou uma das maiores ofensivas em meses. O bairro de Duma, em Damasco, foi fortemente atacado, no que diplomatas ocidentais acreditam ser uma tentativa desesperada do regime de reconquistar controle sobre a capital. A posição acusou o governo de ter promovido ontem um massacre na região. Nos últimos dez dias, as mortes teriam superado mil. Ontem, só em Duma foram cerca de 60. Em todo o país, quinta-feira teria registrado 180 mortos, com ataques em Homs e ofensivas áreas pelo país.

O controle de Duma tem se transformado num símbolo da nova etapa do conflito. A oposição não teria cedido, apesar das mortes, e nesta semana conseguiu colocar bombas em carros de juizes nas proximidades da Corte Suprema. A oposição ainda anunciou a captura de dois generais do exército, um golpe contra Assad e uma demonstração de que a ação dos rebeldes está ficando cada vez mais sofisticada.

Desde março de 2011, o Observatório Sírio de Direitos Humanos já apontou 15,8 mil mortos no conflito. Desde o primeiro plano de Annan, o número teria chegado a 4,7 mil.

GENEBRA – Às vésperas da reunião ministerial que ocorre no sábado, 30, em Genebra, potências fracassam em superar o impasse para promover uma transição política na Síria. Muitos diplomatas apontam o encontro como a última chance de se evitar uma guerra civil no país, que enfrenta duros confrontos desde março do ano passado.

Veja também: Rússia vê 'boas possibilidades' de avançar em reunião sobre a Síria Refugiados sírios podem ser 185 mil até fim do ano

O conflito na Síria, que teve início na onda da chamada Primavera Árabe, vive seu momento de maior violência, com pelo menos 180 mortos apenas nos últimos dois dias e um regime disposto a desafiar a pressão internacional. Na frente diplomática, Rússia e China rejeitam apoiar um projeto que inclua o afastamento forçado de Bashar Assad.

O enviado especial da ONU para a Sìria, Kofi Annan, que em abril já havia apresentado um plano de paz, fez uma nova proposta esta semana. A ideia é a formação de um governo de unidade nacional, seguido pela elaboração de uma constituição e a realização de eleições. Mas o governo russo alerta que apenas o povo sírio poderia decidir quem formaria o governo.

Ao Estado, diplomatas envolvidos nos debates admitiram que um dos princiais confrontos entre negociadores era a presença ou não de Assad nesse governo de transição. Hoje, em Paris, o Conselho Nacional Sírio alertou que está disposto a aceitar o novo plano Annan, desde que Assad não fizesse parte do governo de união nacional.

Na esperança de salvar o resultado da cúpula, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, esteve com o chanceler russo Sergei Lavrov em São Petersburgo. Lavrov limitou-se a declarar que os dois países tinham um acordo sobre "a maioria dos pontos" do projeto de Annan.

Mas a realidade na mesa de negociação era bem diferente. No projeto de Annan, o governo de união nacional exclui atores que "minariam a credibilidade de transição e reconciliação". Para a oposição e o Ocidente, isso deixa claro que Assad não estaria no grupo.

Novo texto

Moscou trouxe hoje para a mesa de negociação em Genebra um novo texto, que insistia em não afastar automaticamente Assad do poder e deixar o processo de transição nas mãos dos sírios. Para os russos, com apoio de Pequim, nenhuma solução poderá ser imposta de fora. EUA, Reino Unido e França rejeitaram o projeto. O Kremlin é um dos aliados-chave de Assad. Mas países árabes apontaram na quinta-feira que, mesmo diante da rejeição, Moscou dá sinais de que já entende que precisaria buscar uma solução para o conflito que não inclua Assad.

"A fase de negociação acabou. Agora, só uma decisão política de ministros pode salvar o projeto", indicou um diplomata, sob condição de permanecer em anonimato, ao deixar o encontro. "A negociação está cada vez pior. Se não houver um acordo, Assad saberá que tem as mãos livres para continuar com seu massacre e que ninguém fará nada para evitar", disse. "Se não houver um acordo no sábado, o inferno se abrirá na Síria”, alertou.

Violência

A sexta-feira foi um alerta claro e real aos negociadores do que poderia ocorrer se o processo fracassar. O governo turco confirmou que tropas sírias se aproximaram da fronteira, um dia depois de Ancara anunciar que estava posicionando suas defesas no local. Segundo a oposição, 2,5 mil soldados sírios, com 170 tanques, estariam próximos à fronteira turca.

Assad declarou ainda que iria "aniquilar os terroristas" e seu exército lançou uma das maiores ofensivas em meses. O bairro de Duma, em Damasco, foi fortemente atacado, no que diplomatas ocidentais acreditam ser uma tentativa desesperada do regime de reconquistar controle sobre a capital. A posição acusou o governo de ter promovido ontem um massacre na região. Nos últimos dez dias, as mortes teriam superado mil. Ontem, só em Duma foram cerca de 60. Em todo o país, quinta-feira teria registrado 180 mortos, com ataques em Homs e ofensivas áreas pelo país.

O controle de Duma tem se transformado num símbolo da nova etapa do conflito. A oposição não teria cedido, apesar das mortes, e nesta semana conseguiu colocar bombas em carros de juizes nas proximidades da Corte Suprema. A oposição ainda anunciou a captura de dois generais do exército, um golpe contra Assad e uma demonstração de que a ação dos rebeldes está ficando cada vez mais sofisticada.

Desde março de 2011, o Observatório Sírio de Direitos Humanos já apontou 15,8 mil mortos no conflito. Desde o primeiro plano de Annan, o número teria chegado a 4,7 mil.

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