Palestino mata cinco em ataque a tiros em cidade ultraortodoxa no centro de Israel


Trata-se do mais recente de uma série de ataques de árabes no país antes do mês sagrado muçulmano do Ramadã e do aniversário da guerra de Gaza do ano passado

Por Redação
Atualização:

Um atirador em uma motocicleta abriu fogo em uma cidade lotada no centro de Israel nesta terça-feira, 29, acertando metodicamente as vítimas e deixando ao menos cinco mortos no segundo episódio semelhante nesta semana. O atirador foi morto pela polícia.

Trata-se do mais recente de uma série de ataques de árabes no país antes do mês sagrado muçulmano do Ramadã e do aniversário da guerra de Gaza do ano passado. A mídia israelense disse que o agressor era um palestino da Cisjordânia. Os dois ataques anteriores, realizados por cidadãos árabes de Israel inspirados pelo grupo extremista Estado Islâmico, levantaram preocupações de mais violência.

“Israel está diante de uma onda de terrorismo árabe assassino”, declarou o primeiro-ministro Naftali Bennett. Ele prometeu combatê-lo “com perseverança, teimosia e mão de ferro”.

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Equipes médica e forense retiram corpo de vítima e trabalham na cena onde houve ataque em Bnei Brak Foto: Nir Elias/Reuters

As autoridades israelenses ainda não determinaram se a série de ataques foi organizada ou se os agressores agiram individualmente. Os militares israelenses anunciaram que enviariam tropas adicionais para a Cisjordânia, e o chefe de polícia elevou o nível de prontidão nacional ao máximo.

Imagens de vídeo amadoras exibidas na televisão israelense pareciam mostrar o atirador em uma camisa preta armado com um fuzil de assalto parando um veículo em movimento e atirando no motorista. Outro o mostrava perseguindo um ciclista, com a arma parecendo travar enquanto ele tentava atirar.

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Cidade ultraortodoxa

Os disparos de terça-feira ocorreram em dois locais em Bnei Brak, uma cidade ultraortodoxa a leste de Tel Aviv. A polícia disse que uma investigação preliminar descobriu que o atirador estava armado com um fuzil de assalto e abriu fogo contra os pedestres antes de ser baleado por policiais no local.

O serviço de paramédicos Magen David Adom confirmou que cinco pessoas foram mortas. A polícia disse que uma das vítimas era um policial que chegou ao local e atacou o atirador.

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O ministro da Defesa de Israel, Benny Gantz, escreveu no Twitter que as forças de segurança “trabalharão com todos os meios para devolver a segurança às ruas israelenses e a sensação de segurança aos civis”.

A mídia israelense informou que o suposto atirador era um palestino de 27 anos da cidade de Yabad, no norte da Cisjordânia. A polícia não forneceu imediatamente informações sobre o suspeito.

O líder palestino, Mahmoud Abbas, em cerimônia na Cisjordânia Foto: Jacquelyn Martin/AFP
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Na Cisjordânia ocupada por Israel, o presidente palestino, Mahmoud Abbas, condenou o ataque. “A morte de civis israelenses ou palestinos só leva a uma maior deterioração da situação e instabilidade, que todos nós nos esforçamos para alcançar, especialmente quando nos aproximamos do mês sagrado do Ramadã e feriados cristãos e judaicos.”

Ele disse que a violência “confirma que a paz permanente, abrangente e justa é o caminho mais curto para fornecer segurança e estabilidade para os povos palestino e israelense”.

Nenhum grupo palestino reivindicou imediatamente a responsabilidade pelo ataque. O grupo militante islâmico Hamas elogiou a “operação heroica”, mas não chegou a reivindicar a responsabilidade. Mesquitas na Faixa de Gaza governada pelo Hamas ressoaram com gritos de “Deus é Grande” comemorando o ataque.

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Nas últimas semanas, Israel vem tomando medidas destinadas a acalmar as tensões e evitar uma repetição do ano passado, quando confrontos entre a polícia israelense e manifestantes palestinos em Jerusalém se transformaram em uma guerra de 11 dias entre Israel e o Hamas.

Mas a nova onda de violência está complicando muito esses esforços. No domingo, dois homens armados mataram dois jovens policiais durante um ataque a tiros na cidade central de Hadera e, na semana passada, um suspeito atropelou e esfaqueou matando quatro pessoas em um ataque na cidade de Beersheba, no sul.

Mais cedo, nesta terça-feira, os serviços de segurança israelenses invadiram as casas de pelo menos 12 cidadãos árabes e prenderam 2 suspeitos de ter ligações com o grupo Estado Islâmico em uma repressão desencadeada pelos recentes ataques.

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Horas antes, Bennett disse que os episódios de violência dentro de Israel marcavam uma “nova situação” que exigia medidas de segurança reforçadas.

Autoridades policiais disseram que 31 casas e locais foram revistados durante a noite no norte de Israel, uma área que abrigava os atiradores que realizaram o ataque a Hadera. O grupo Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade pelos dois ataques anteriores.

Todos os ataques ocorrem pouco antes do Ramadã, que começa no sábado, e com Israel sediando uma reunião de alto nível esta semana entre os ministros das Relações Exteriores de quatro nações árabes e os Estados Unidos.

Participantes da cúpula com quatro nações árabes e os EUA promovida por Israel, em 28 de março, em Negev  Foto: EFE

Todas as quatro nações árabes - Egito, Marrocos, Bahrein e Emirados Árabes Unidos - juntamente com os EUA, condenaram os assassinatos.

Ataques mortais do EI e de cidadãos árabes dentro de Israel são raros. O grupo opera principalmente no Iraque e na Síria, onde recentemente intensificou os ataques contra as forças de segurança. Ele não controla mais nenhum território, mas opera por meio de de células adormecidas. O EI reivindicou ataques contra tropas israelenses no passado e tem filiais no Afeganistão e em outros países.

Repúdio americano

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, condenou o que chamou de “ataque terrorista”, chamando a recente onda de violência em Israel de “inaceitável”.

“Condenamos veementemente o ataque terrorista de hoje em Bnei Brak, Israel, que causou a morte de cinco pessoas inocentes”, disse Blinken, acrescentando que “esta violência é inaceitável. Os israelenses, como todas as pessoas do mundo, têm direito de viver em paz e sem medo.” /AP e AFP

Um atirador em uma motocicleta abriu fogo em uma cidade lotada no centro de Israel nesta terça-feira, 29, acertando metodicamente as vítimas e deixando ao menos cinco mortos no segundo episódio semelhante nesta semana. O atirador foi morto pela polícia.

Trata-se do mais recente de uma série de ataques de árabes no país antes do mês sagrado muçulmano do Ramadã e do aniversário da guerra de Gaza do ano passado. A mídia israelense disse que o agressor era um palestino da Cisjordânia. Os dois ataques anteriores, realizados por cidadãos árabes de Israel inspirados pelo grupo extremista Estado Islâmico, levantaram preocupações de mais violência.

“Israel está diante de uma onda de terrorismo árabe assassino”, declarou o primeiro-ministro Naftali Bennett. Ele prometeu combatê-lo “com perseverança, teimosia e mão de ferro”.

Equipes médica e forense retiram corpo de vítima e trabalham na cena onde houve ataque em Bnei Brak Foto: Nir Elias/Reuters

As autoridades israelenses ainda não determinaram se a série de ataques foi organizada ou se os agressores agiram individualmente. Os militares israelenses anunciaram que enviariam tropas adicionais para a Cisjordânia, e o chefe de polícia elevou o nível de prontidão nacional ao máximo.

Imagens de vídeo amadoras exibidas na televisão israelense pareciam mostrar o atirador em uma camisa preta armado com um fuzil de assalto parando um veículo em movimento e atirando no motorista. Outro o mostrava perseguindo um ciclista, com a arma parecendo travar enquanto ele tentava atirar.

Cidade ultraortodoxa

Os disparos de terça-feira ocorreram em dois locais em Bnei Brak, uma cidade ultraortodoxa a leste de Tel Aviv. A polícia disse que uma investigação preliminar descobriu que o atirador estava armado com um fuzil de assalto e abriu fogo contra os pedestres antes de ser baleado por policiais no local.

O serviço de paramédicos Magen David Adom confirmou que cinco pessoas foram mortas. A polícia disse que uma das vítimas era um policial que chegou ao local e atacou o atirador.

O ministro da Defesa de Israel, Benny Gantz, escreveu no Twitter que as forças de segurança “trabalharão com todos os meios para devolver a segurança às ruas israelenses e a sensação de segurança aos civis”.

A mídia israelense informou que o suposto atirador era um palestino de 27 anos da cidade de Yabad, no norte da Cisjordânia. A polícia não forneceu imediatamente informações sobre o suspeito.

O líder palestino, Mahmoud Abbas, em cerimônia na Cisjordânia Foto: Jacquelyn Martin/AFP

Na Cisjordânia ocupada por Israel, o presidente palestino, Mahmoud Abbas, condenou o ataque. “A morte de civis israelenses ou palestinos só leva a uma maior deterioração da situação e instabilidade, que todos nós nos esforçamos para alcançar, especialmente quando nos aproximamos do mês sagrado do Ramadã e feriados cristãos e judaicos.”

Ele disse que a violência “confirma que a paz permanente, abrangente e justa é o caminho mais curto para fornecer segurança e estabilidade para os povos palestino e israelense”.

Nenhum grupo palestino reivindicou imediatamente a responsabilidade pelo ataque. O grupo militante islâmico Hamas elogiou a “operação heroica”, mas não chegou a reivindicar a responsabilidade. Mesquitas na Faixa de Gaza governada pelo Hamas ressoaram com gritos de “Deus é Grande” comemorando o ataque.

Nas últimas semanas, Israel vem tomando medidas destinadas a acalmar as tensões e evitar uma repetição do ano passado, quando confrontos entre a polícia israelense e manifestantes palestinos em Jerusalém se transformaram em uma guerra de 11 dias entre Israel e o Hamas.

Mas a nova onda de violência está complicando muito esses esforços. No domingo, dois homens armados mataram dois jovens policiais durante um ataque a tiros na cidade central de Hadera e, na semana passada, um suspeito atropelou e esfaqueou matando quatro pessoas em um ataque na cidade de Beersheba, no sul.

Mais cedo, nesta terça-feira, os serviços de segurança israelenses invadiram as casas de pelo menos 12 cidadãos árabes e prenderam 2 suspeitos de ter ligações com o grupo Estado Islâmico em uma repressão desencadeada pelos recentes ataques.

Horas antes, Bennett disse que os episódios de violência dentro de Israel marcavam uma “nova situação” que exigia medidas de segurança reforçadas.

Autoridades policiais disseram que 31 casas e locais foram revistados durante a noite no norte de Israel, uma área que abrigava os atiradores que realizaram o ataque a Hadera. O grupo Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade pelos dois ataques anteriores.

Todos os ataques ocorrem pouco antes do Ramadã, que começa no sábado, e com Israel sediando uma reunião de alto nível esta semana entre os ministros das Relações Exteriores de quatro nações árabes e os Estados Unidos.

Participantes da cúpula com quatro nações árabes e os EUA promovida por Israel, em 28 de março, em Negev  Foto: EFE

Todas as quatro nações árabes - Egito, Marrocos, Bahrein e Emirados Árabes Unidos - juntamente com os EUA, condenaram os assassinatos.

Ataques mortais do EI e de cidadãos árabes dentro de Israel são raros. O grupo opera principalmente no Iraque e na Síria, onde recentemente intensificou os ataques contra as forças de segurança. Ele não controla mais nenhum território, mas opera por meio de de células adormecidas. O EI reivindicou ataques contra tropas israelenses no passado e tem filiais no Afeganistão e em outros países.

Repúdio americano

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, condenou o que chamou de “ataque terrorista”, chamando a recente onda de violência em Israel de “inaceitável”.

“Condenamos veementemente o ataque terrorista de hoje em Bnei Brak, Israel, que causou a morte de cinco pessoas inocentes”, disse Blinken, acrescentando que “esta violência é inaceitável. Os israelenses, como todas as pessoas do mundo, têm direito de viver em paz e sem medo.” /AP e AFP

Um atirador em uma motocicleta abriu fogo em uma cidade lotada no centro de Israel nesta terça-feira, 29, acertando metodicamente as vítimas e deixando ao menos cinco mortos no segundo episódio semelhante nesta semana. O atirador foi morto pela polícia.

Trata-se do mais recente de uma série de ataques de árabes no país antes do mês sagrado muçulmano do Ramadã e do aniversário da guerra de Gaza do ano passado. A mídia israelense disse que o agressor era um palestino da Cisjordânia. Os dois ataques anteriores, realizados por cidadãos árabes de Israel inspirados pelo grupo extremista Estado Islâmico, levantaram preocupações de mais violência.

“Israel está diante de uma onda de terrorismo árabe assassino”, declarou o primeiro-ministro Naftali Bennett. Ele prometeu combatê-lo “com perseverança, teimosia e mão de ferro”.

Equipes médica e forense retiram corpo de vítima e trabalham na cena onde houve ataque em Bnei Brak Foto: Nir Elias/Reuters

As autoridades israelenses ainda não determinaram se a série de ataques foi organizada ou se os agressores agiram individualmente. Os militares israelenses anunciaram que enviariam tropas adicionais para a Cisjordânia, e o chefe de polícia elevou o nível de prontidão nacional ao máximo.

Imagens de vídeo amadoras exibidas na televisão israelense pareciam mostrar o atirador em uma camisa preta armado com um fuzil de assalto parando um veículo em movimento e atirando no motorista. Outro o mostrava perseguindo um ciclista, com a arma parecendo travar enquanto ele tentava atirar.

Cidade ultraortodoxa

Os disparos de terça-feira ocorreram em dois locais em Bnei Brak, uma cidade ultraortodoxa a leste de Tel Aviv. A polícia disse que uma investigação preliminar descobriu que o atirador estava armado com um fuzil de assalto e abriu fogo contra os pedestres antes de ser baleado por policiais no local.

O serviço de paramédicos Magen David Adom confirmou que cinco pessoas foram mortas. A polícia disse que uma das vítimas era um policial que chegou ao local e atacou o atirador.

O ministro da Defesa de Israel, Benny Gantz, escreveu no Twitter que as forças de segurança “trabalharão com todos os meios para devolver a segurança às ruas israelenses e a sensação de segurança aos civis”.

A mídia israelense informou que o suposto atirador era um palestino de 27 anos da cidade de Yabad, no norte da Cisjordânia. A polícia não forneceu imediatamente informações sobre o suspeito.

O líder palestino, Mahmoud Abbas, em cerimônia na Cisjordânia Foto: Jacquelyn Martin/AFP

Na Cisjordânia ocupada por Israel, o presidente palestino, Mahmoud Abbas, condenou o ataque. “A morte de civis israelenses ou palestinos só leva a uma maior deterioração da situação e instabilidade, que todos nós nos esforçamos para alcançar, especialmente quando nos aproximamos do mês sagrado do Ramadã e feriados cristãos e judaicos.”

Ele disse que a violência “confirma que a paz permanente, abrangente e justa é o caminho mais curto para fornecer segurança e estabilidade para os povos palestino e israelense”.

Nenhum grupo palestino reivindicou imediatamente a responsabilidade pelo ataque. O grupo militante islâmico Hamas elogiou a “operação heroica”, mas não chegou a reivindicar a responsabilidade. Mesquitas na Faixa de Gaza governada pelo Hamas ressoaram com gritos de “Deus é Grande” comemorando o ataque.

Nas últimas semanas, Israel vem tomando medidas destinadas a acalmar as tensões e evitar uma repetição do ano passado, quando confrontos entre a polícia israelense e manifestantes palestinos em Jerusalém se transformaram em uma guerra de 11 dias entre Israel e o Hamas.

Mas a nova onda de violência está complicando muito esses esforços. No domingo, dois homens armados mataram dois jovens policiais durante um ataque a tiros na cidade central de Hadera e, na semana passada, um suspeito atropelou e esfaqueou matando quatro pessoas em um ataque na cidade de Beersheba, no sul.

Mais cedo, nesta terça-feira, os serviços de segurança israelenses invadiram as casas de pelo menos 12 cidadãos árabes e prenderam 2 suspeitos de ter ligações com o grupo Estado Islâmico em uma repressão desencadeada pelos recentes ataques.

Horas antes, Bennett disse que os episódios de violência dentro de Israel marcavam uma “nova situação” que exigia medidas de segurança reforçadas.

Autoridades policiais disseram que 31 casas e locais foram revistados durante a noite no norte de Israel, uma área que abrigava os atiradores que realizaram o ataque a Hadera. O grupo Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade pelos dois ataques anteriores.

Todos os ataques ocorrem pouco antes do Ramadã, que começa no sábado, e com Israel sediando uma reunião de alto nível esta semana entre os ministros das Relações Exteriores de quatro nações árabes e os Estados Unidos.

Participantes da cúpula com quatro nações árabes e os EUA promovida por Israel, em 28 de março, em Negev  Foto: EFE

Todas as quatro nações árabes - Egito, Marrocos, Bahrein e Emirados Árabes Unidos - juntamente com os EUA, condenaram os assassinatos.

Ataques mortais do EI e de cidadãos árabes dentro de Israel são raros. O grupo opera principalmente no Iraque e na Síria, onde recentemente intensificou os ataques contra as forças de segurança. Ele não controla mais nenhum território, mas opera por meio de de células adormecidas. O EI reivindicou ataques contra tropas israelenses no passado e tem filiais no Afeganistão e em outros países.

Repúdio americano

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, condenou o que chamou de “ataque terrorista”, chamando a recente onda de violência em Israel de “inaceitável”.

“Condenamos veementemente o ataque terrorista de hoje em Bnei Brak, Israel, que causou a morte de cinco pessoas inocentes”, disse Blinken, acrescentando que “esta violência é inaceitável. Os israelenses, como todas as pessoas do mundo, têm direito de viver em paz e sem medo.” /AP e AFP

Um atirador em uma motocicleta abriu fogo em uma cidade lotada no centro de Israel nesta terça-feira, 29, acertando metodicamente as vítimas e deixando ao menos cinco mortos no segundo episódio semelhante nesta semana. O atirador foi morto pela polícia.

Trata-se do mais recente de uma série de ataques de árabes no país antes do mês sagrado muçulmano do Ramadã e do aniversário da guerra de Gaza do ano passado. A mídia israelense disse que o agressor era um palestino da Cisjordânia. Os dois ataques anteriores, realizados por cidadãos árabes de Israel inspirados pelo grupo extremista Estado Islâmico, levantaram preocupações de mais violência.

“Israel está diante de uma onda de terrorismo árabe assassino”, declarou o primeiro-ministro Naftali Bennett. Ele prometeu combatê-lo “com perseverança, teimosia e mão de ferro”.

Equipes médica e forense retiram corpo de vítima e trabalham na cena onde houve ataque em Bnei Brak Foto: Nir Elias/Reuters

As autoridades israelenses ainda não determinaram se a série de ataques foi organizada ou se os agressores agiram individualmente. Os militares israelenses anunciaram que enviariam tropas adicionais para a Cisjordânia, e o chefe de polícia elevou o nível de prontidão nacional ao máximo.

Imagens de vídeo amadoras exibidas na televisão israelense pareciam mostrar o atirador em uma camisa preta armado com um fuzil de assalto parando um veículo em movimento e atirando no motorista. Outro o mostrava perseguindo um ciclista, com a arma parecendo travar enquanto ele tentava atirar.

Cidade ultraortodoxa

Os disparos de terça-feira ocorreram em dois locais em Bnei Brak, uma cidade ultraortodoxa a leste de Tel Aviv. A polícia disse que uma investigação preliminar descobriu que o atirador estava armado com um fuzil de assalto e abriu fogo contra os pedestres antes de ser baleado por policiais no local.

O serviço de paramédicos Magen David Adom confirmou que cinco pessoas foram mortas. A polícia disse que uma das vítimas era um policial que chegou ao local e atacou o atirador.

O ministro da Defesa de Israel, Benny Gantz, escreveu no Twitter que as forças de segurança “trabalharão com todos os meios para devolver a segurança às ruas israelenses e a sensação de segurança aos civis”.

A mídia israelense informou que o suposto atirador era um palestino de 27 anos da cidade de Yabad, no norte da Cisjordânia. A polícia não forneceu imediatamente informações sobre o suspeito.

O líder palestino, Mahmoud Abbas, em cerimônia na Cisjordânia Foto: Jacquelyn Martin/AFP

Na Cisjordânia ocupada por Israel, o presidente palestino, Mahmoud Abbas, condenou o ataque. “A morte de civis israelenses ou palestinos só leva a uma maior deterioração da situação e instabilidade, que todos nós nos esforçamos para alcançar, especialmente quando nos aproximamos do mês sagrado do Ramadã e feriados cristãos e judaicos.”

Ele disse que a violência “confirma que a paz permanente, abrangente e justa é o caminho mais curto para fornecer segurança e estabilidade para os povos palestino e israelense”.

Nenhum grupo palestino reivindicou imediatamente a responsabilidade pelo ataque. O grupo militante islâmico Hamas elogiou a “operação heroica”, mas não chegou a reivindicar a responsabilidade. Mesquitas na Faixa de Gaza governada pelo Hamas ressoaram com gritos de “Deus é Grande” comemorando o ataque.

Nas últimas semanas, Israel vem tomando medidas destinadas a acalmar as tensões e evitar uma repetição do ano passado, quando confrontos entre a polícia israelense e manifestantes palestinos em Jerusalém se transformaram em uma guerra de 11 dias entre Israel e o Hamas.

Mas a nova onda de violência está complicando muito esses esforços. No domingo, dois homens armados mataram dois jovens policiais durante um ataque a tiros na cidade central de Hadera e, na semana passada, um suspeito atropelou e esfaqueou matando quatro pessoas em um ataque na cidade de Beersheba, no sul.

Mais cedo, nesta terça-feira, os serviços de segurança israelenses invadiram as casas de pelo menos 12 cidadãos árabes e prenderam 2 suspeitos de ter ligações com o grupo Estado Islâmico em uma repressão desencadeada pelos recentes ataques.

Horas antes, Bennett disse que os episódios de violência dentro de Israel marcavam uma “nova situação” que exigia medidas de segurança reforçadas.

Autoridades policiais disseram que 31 casas e locais foram revistados durante a noite no norte de Israel, uma área que abrigava os atiradores que realizaram o ataque a Hadera. O grupo Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade pelos dois ataques anteriores.

Todos os ataques ocorrem pouco antes do Ramadã, que começa no sábado, e com Israel sediando uma reunião de alto nível esta semana entre os ministros das Relações Exteriores de quatro nações árabes e os Estados Unidos.

Participantes da cúpula com quatro nações árabes e os EUA promovida por Israel, em 28 de março, em Negev  Foto: EFE

Todas as quatro nações árabes - Egito, Marrocos, Bahrein e Emirados Árabes Unidos - juntamente com os EUA, condenaram os assassinatos.

Ataques mortais do EI e de cidadãos árabes dentro de Israel são raros. O grupo opera principalmente no Iraque e na Síria, onde recentemente intensificou os ataques contra as forças de segurança. Ele não controla mais nenhum território, mas opera por meio de de células adormecidas. O EI reivindicou ataques contra tropas israelenses no passado e tem filiais no Afeganistão e em outros países.

Repúdio americano

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, condenou o que chamou de “ataque terrorista”, chamando a recente onda de violência em Israel de “inaceitável”.

“Condenamos veementemente o ataque terrorista de hoje em Bnei Brak, Israel, que causou a morte de cinco pessoas inocentes”, disse Blinken, acrescentando que “esta violência é inaceitável. Os israelenses, como todas as pessoas do mundo, têm direito de viver em paz e sem medo.” /AP e AFP

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