Palestinos entram em choque com polícia em Jerusalém Oriental


Palestinos atiram pedras contra polícia em protesto contra reabertura de sinagoga na parte árabe da cidade.

Por BBC Brasil

Manifestantes palestinos entraram em choque com a polícia israelense em Jerusalém Oriental, nesta terça-feira, durante protestos contra a construção de novos assentamentos judaicos na região e a reabertura de uma sinagoga. Os manifestantes queimaram pneus e atiraram pedras contra os policiais, que responderam com granadas de efeito moral. Os choques ocorreram em vários pontos de Jerusalém Oriental, entre eles o campo de refugiados de Shu'fat, e os arredores da mesquita de al-Aqsa. O governo israelense mobilizou três mil agentes para reforçar a segurança na parte predominantemente árabe da cidade, onde os palestinos querem fundar a capital de seu Estado independente. Diferenças Na semana passada, durante a visita do vice-presidente americano Joe Biden, o governo israelense anunciou a construção de 1.600 novas casas em Jerusalém Oriental. A visita tinha o objetivo de reiniciar as negociações de paz entre israelenses e palestinos, mas o anúncio impediu qualquer progresso nas conversas e ainda provocou a pior crise diplomática entre os Estados Unidos e Israel nos últimos 35 anos. O governo americano suspendeu o encontro de seu enviado especial para a região, George Mitchell, com o presidente de Israel, Shimon Peres, nesta terça-feira, à espera das respostas para uma série de demandas feitas na sexta-feira passada. Acredita-se que entre essas demandas estaria a suspensão da construção do novo assentamento. Segundo o correspondente da BBC em Jerusalém, Paul Wood, o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu - que disse que Israel tem todo o direito de construir as novas casas - está num impasse: se ele ceder à pressão americana e suspender a construção dos novos assentamentos, ele corre o risco de provocar instabilidades em seu gabinete; se ele não ceder, fica difícil imaginar como as negociações de paz poderão ser retomadas. Além dos assentamentos, a reabertura da sinagoga Hurva, que já foi destruída duas vezes e fica perto da mesquita de al-Aqsa - o terceiro lugar mais sagrado para o Islã - também inflamou a tensão. Um porta-voz do movimento palestino Fatah, do presidente Mahmoud Abbas, disse que a reabertura será o prelúdio da violência e do fanatismo religioso. O grupo militante Hamas declarou esta terça-feira como o "Dia da Ira" contra a reabertura da sinagoga. Segundo o correspondente da BBC em Jerusalém, algumas autoridades palestinas também conclamaram os palestinos a defender o Monte do Templo - considerado o local mais sagrado para o judaísmo - onde fica a mesquita de al-Aqsa, em meio a rumores de que extremistas judeus estariam planejando assumir o controle da área. A última Intifada palestina, no início deste milênio, foi provocada por causa da disputa por locais sagrados em Jerusalém. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Manifestantes palestinos entraram em choque com a polícia israelense em Jerusalém Oriental, nesta terça-feira, durante protestos contra a construção de novos assentamentos judaicos na região e a reabertura de uma sinagoga. Os manifestantes queimaram pneus e atiraram pedras contra os policiais, que responderam com granadas de efeito moral. Os choques ocorreram em vários pontos de Jerusalém Oriental, entre eles o campo de refugiados de Shu'fat, e os arredores da mesquita de al-Aqsa. O governo israelense mobilizou três mil agentes para reforçar a segurança na parte predominantemente árabe da cidade, onde os palestinos querem fundar a capital de seu Estado independente. Diferenças Na semana passada, durante a visita do vice-presidente americano Joe Biden, o governo israelense anunciou a construção de 1.600 novas casas em Jerusalém Oriental. A visita tinha o objetivo de reiniciar as negociações de paz entre israelenses e palestinos, mas o anúncio impediu qualquer progresso nas conversas e ainda provocou a pior crise diplomática entre os Estados Unidos e Israel nos últimos 35 anos. O governo americano suspendeu o encontro de seu enviado especial para a região, George Mitchell, com o presidente de Israel, Shimon Peres, nesta terça-feira, à espera das respostas para uma série de demandas feitas na sexta-feira passada. Acredita-se que entre essas demandas estaria a suspensão da construção do novo assentamento. Segundo o correspondente da BBC em Jerusalém, Paul Wood, o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu - que disse que Israel tem todo o direito de construir as novas casas - está num impasse: se ele ceder à pressão americana e suspender a construção dos novos assentamentos, ele corre o risco de provocar instabilidades em seu gabinete; se ele não ceder, fica difícil imaginar como as negociações de paz poderão ser retomadas. Além dos assentamentos, a reabertura da sinagoga Hurva, que já foi destruída duas vezes e fica perto da mesquita de al-Aqsa - o terceiro lugar mais sagrado para o Islã - também inflamou a tensão. Um porta-voz do movimento palestino Fatah, do presidente Mahmoud Abbas, disse que a reabertura será o prelúdio da violência e do fanatismo religioso. O grupo militante Hamas declarou esta terça-feira como o "Dia da Ira" contra a reabertura da sinagoga. Segundo o correspondente da BBC em Jerusalém, algumas autoridades palestinas também conclamaram os palestinos a defender o Monte do Templo - considerado o local mais sagrado para o judaísmo - onde fica a mesquita de al-Aqsa, em meio a rumores de que extremistas judeus estariam planejando assumir o controle da área. A última Intifada palestina, no início deste milênio, foi provocada por causa da disputa por locais sagrados em Jerusalém. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Manifestantes palestinos entraram em choque com a polícia israelense em Jerusalém Oriental, nesta terça-feira, durante protestos contra a construção de novos assentamentos judaicos na região e a reabertura de uma sinagoga. Os manifestantes queimaram pneus e atiraram pedras contra os policiais, que responderam com granadas de efeito moral. Os choques ocorreram em vários pontos de Jerusalém Oriental, entre eles o campo de refugiados de Shu'fat, e os arredores da mesquita de al-Aqsa. O governo israelense mobilizou três mil agentes para reforçar a segurança na parte predominantemente árabe da cidade, onde os palestinos querem fundar a capital de seu Estado independente. Diferenças Na semana passada, durante a visita do vice-presidente americano Joe Biden, o governo israelense anunciou a construção de 1.600 novas casas em Jerusalém Oriental. A visita tinha o objetivo de reiniciar as negociações de paz entre israelenses e palestinos, mas o anúncio impediu qualquer progresso nas conversas e ainda provocou a pior crise diplomática entre os Estados Unidos e Israel nos últimos 35 anos. O governo americano suspendeu o encontro de seu enviado especial para a região, George Mitchell, com o presidente de Israel, Shimon Peres, nesta terça-feira, à espera das respostas para uma série de demandas feitas na sexta-feira passada. Acredita-se que entre essas demandas estaria a suspensão da construção do novo assentamento. Segundo o correspondente da BBC em Jerusalém, Paul Wood, o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu - que disse que Israel tem todo o direito de construir as novas casas - está num impasse: se ele ceder à pressão americana e suspender a construção dos novos assentamentos, ele corre o risco de provocar instabilidades em seu gabinete; se ele não ceder, fica difícil imaginar como as negociações de paz poderão ser retomadas. Além dos assentamentos, a reabertura da sinagoga Hurva, que já foi destruída duas vezes e fica perto da mesquita de al-Aqsa - o terceiro lugar mais sagrado para o Islã - também inflamou a tensão. Um porta-voz do movimento palestino Fatah, do presidente Mahmoud Abbas, disse que a reabertura será o prelúdio da violência e do fanatismo religioso. O grupo militante Hamas declarou esta terça-feira como o "Dia da Ira" contra a reabertura da sinagoga. Segundo o correspondente da BBC em Jerusalém, algumas autoridades palestinas também conclamaram os palestinos a defender o Monte do Templo - considerado o local mais sagrado para o judaísmo - onde fica a mesquita de al-Aqsa, em meio a rumores de que extremistas judeus estariam planejando assumir o controle da área. A última Intifada palestina, no início deste milênio, foi provocada por causa da disputa por locais sagrados em Jerusalém. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Manifestantes palestinos entraram em choque com a polícia israelense em Jerusalém Oriental, nesta terça-feira, durante protestos contra a construção de novos assentamentos judaicos na região e a reabertura de uma sinagoga. Os manifestantes queimaram pneus e atiraram pedras contra os policiais, que responderam com granadas de efeito moral. Os choques ocorreram em vários pontos de Jerusalém Oriental, entre eles o campo de refugiados de Shu'fat, e os arredores da mesquita de al-Aqsa. O governo israelense mobilizou três mil agentes para reforçar a segurança na parte predominantemente árabe da cidade, onde os palestinos querem fundar a capital de seu Estado independente. Diferenças Na semana passada, durante a visita do vice-presidente americano Joe Biden, o governo israelense anunciou a construção de 1.600 novas casas em Jerusalém Oriental. A visita tinha o objetivo de reiniciar as negociações de paz entre israelenses e palestinos, mas o anúncio impediu qualquer progresso nas conversas e ainda provocou a pior crise diplomática entre os Estados Unidos e Israel nos últimos 35 anos. O governo americano suspendeu o encontro de seu enviado especial para a região, George Mitchell, com o presidente de Israel, Shimon Peres, nesta terça-feira, à espera das respostas para uma série de demandas feitas na sexta-feira passada. Acredita-se que entre essas demandas estaria a suspensão da construção do novo assentamento. Segundo o correspondente da BBC em Jerusalém, Paul Wood, o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu - que disse que Israel tem todo o direito de construir as novas casas - está num impasse: se ele ceder à pressão americana e suspender a construção dos novos assentamentos, ele corre o risco de provocar instabilidades em seu gabinete; se ele não ceder, fica difícil imaginar como as negociações de paz poderão ser retomadas. Além dos assentamentos, a reabertura da sinagoga Hurva, que já foi destruída duas vezes e fica perto da mesquita de al-Aqsa - o terceiro lugar mais sagrado para o Islã - também inflamou a tensão. Um porta-voz do movimento palestino Fatah, do presidente Mahmoud Abbas, disse que a reabertura será o prelúdio da violência e do fanatismo religioso. O grupo militante Hamas declarou esta terça-feira como o "Dia da Ira" contra a reabertura da sinagoga. Segundo o correspondente da BBC em Jerusalém, algumas autoridades palestinas também conclamaram os palestinos a defender o Monte do Templo - considerado o local mais sagrado para o judaísmo - onde fica a mesquita de al-Aqsa, em meio a rumores de que extremistas judeus estariam planejando assumir o controle da área. A última Intifada palestina, no início deste milênio, foi provocada por causa da disputa por locais sagrados em Jerusalém. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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