Para Venezuela, mapa político latino-americano está sendo redesenhado


Alto membro do governo chavista diz que retirar de Caracas a presidência do Mercosul “enfraquecerá” a região

Por Jamil Chade, correspondente e Genebra

GENEBRA - As decisões tomadas pelo Brasil e o restante do Mercosul contra a Venezuela vão “enfraquecer” a região e “dividir” o bloco sul-americano, alerta Jorge Valero, um dos diplomatas de maior patente no governo de Nicolas Maduro. “Há um redesenho do mapa das forças políticas na América Latina”, disse. “Ao atacar a Venezuela, o que está em jogo é a força da região. Teremos, a partir de agora, uma região enfraquecida e profundamente dividida.”

Valero foi deputado aliado a Hugo Chávez, representante da Venezuela no conselho da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), além de vice-ministro de Relações Exteriores. Hoje ocupa o cargo de embaixador na ONU. 

Carregando a bandeira da Venezuela, mulher protesta em Madri para pedir a realização do referendo revogatório contra o Nicolás Maduro Foto: AFP PHOTO / PIERRE-PHILIPPE MARCOU
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Para ele, a decisão das chancelarias do Brasil, Argentina e Paraguai de retirar a presidência do bloco de Caracas e ameaçar uma suspensão "faz parte dessa estratégia de enfraquecimento". A conclusão dos três países é que Caracas não cumpriu as normas exigidas pelo protocolo de adesão e terá até 1.º de dezembro fazê-lo. “A presidência do Mercosul no corrente semestre não passa à Venezuela, mas será exercida por meio da coordenação entre Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai”, diz o comunicado brasileiro assinado pelo chanceler José Serra. 

Valero insiste que a questão de direitos humanos apontada pela comunidade internacional é apenas “um instrumento” para “derrubar a Venezuela”. “Chávez iniciou uma onda de políticas soberanas na América Latina e isso não se perdoa”, disse. “Agora vemos uma nova definição, com governos como o da Argentina e Brasil.”

Na terça-feira, a ONU acusou o governo de Nicolás Maduro de ter fechado o acesso ao país aos inspetores internacionais. Em seu discurso para abrir as reuniões do Conselho de Direitos Humanos, o alto comissário Zeid Al-Hussein incluiu as violações na Venezuela na lista de preocupações mundiais. 

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Opositores protestam na Venezuela contra Nicolás Maduro

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Opositores protestam na Venezuela contra Nicolás Maduro

Foto: FEDERICO PARRA / AFP
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Foto: REUTERS/Marco Bello
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Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins
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Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins

Um dia depois, Valero criticou o discurso do representante da ONU. “Ele não falou uma palavra sobre a situação do Brasil, sobre o golpe de estado que ocorreu na América do Sul e nem sobre a situação política do país”, disse. Ele também negou qualquer tipo de violação em seu país. “Na Venezuela se dá garantias como nunca ao pleno exercício dos direitos humanos. Somos exemplo de tolerância política e cada um pode se expressar como desejar”, afirmou. A avaliação é contestada pelos relatores da ONU e algumas ONGs. “Ninguém foi preso por se expressar. Manifestar pacificamente também é um direito”, insistiu o embaixador. 

Valero, porém, alertou que Maduro viveu uma “tentativa de golpe” e que seu país atravessa um momento de “violência terrorista”. “Pessoas implicadas em destruição e assassinatos já causaram danos ao país de US$ 10 bilhões. Mas elas são mostradas pelo mundo como manifestantes pacíficos”, disse.

GENEBRA - As decisões tomadas pelo Brasil e o restante do Mercosul contra a Venezuela vão “enfraquecer” a região e “dividir” o bloco sul-americano, alerta Jorge Valero, um dos diplomatas de maior patente no governo de Nicolas Maduro. “Há um redesenho do mapa das forças políticas na América Latina”, disse. “Ao atacar a Venezuela, o que está em jogo é a força da região. Teremos, a partir de agora, uma região enfraquecida e profundamente dividida.”

Valero foi deputado aliado a Hugo Chávez, representante da Venezuela no conselho da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), além de vice-ministro de Relações Exteriores. Hoje ocupa o cargo de embaixador na ONU. 

Carregando a bandeira da Venezuela, mulher protesta em Madri para pedir a realização do referendo revogatório contra o Nicolás Maduro Foto: AFP PHOTO / PIERRE-PHILIPPE MARCOU

Para ele, a decisão das chancelarias do Brasil, Argentina e Paraguai de retirar a presidência do bloco de Caracas e ameaçar uma suspensão "faz parte dessa estratégia de enfraquecimento". A conclusão dos três países é que Caracas não cumpriu as normas exigidas pelo protocolo de adesão e terá até 1.º de dezembro fazê-lo. “A presidência do Mercosul no corrente semestre não passa à Venezuela, mas será exercida por meio da coordenação entre Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai”, diz o comunicado brasileiro assinado pelo chanceler José Serra. 

Valero insiste que a questão de direitos humanos apontada pela comunidade internacional é apenas “um instrumento” para “derrubar a Venezuela”. “Chávez iniciou uma onda de políticas soberanas na América Latina e isso não se perdoa”, disse. “Agora vemos uma nova definição, com governos como o da Argentina e Brasil.”

Na terça-feira, a ONU acusou o governo de Nicolás Maduro de ter fechado o acesso ao país aos inspetores internacionais. Em seu discurso para abrir as reuniões do Conselho de Direitos Humanos, o alto comissário Zeid Al-Hussein incluiu as violações na Venezuela na lista de preocupações mundiais. 

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Um dia depois, Valero criticou o discurso do representante da ONU. “Ele não falou uma palavra sobre a situação do Brasil, sobre o golpe de estado que ocorreu na América do Sul e nem sobre a situação política do país”, disse. Ele também negou qualquer tipo de violação em seu país. “Na Venezuela se dá garantias como nunca ao pleno exercício dos direitos humanos. Somos exemplo de tolerância política e cada um pode se expressar como desejar”, afirmou. A avaliação é contestada pelos relatores da ONU e algumas ONGs. “Ninguém foi preso por se expressar. Manifestar pacificamente também é um direito”, insistiu o embaixador. 

Valero, porém, alertou que Maduro viveu uma “tentativa de golpe” e que seu país atravessa um momento de “violência terrorista”. “Pessoas implicadas em destruição e assassinatos já causaram danos ao país de US$ 10 bilhões. Mas elas são mostradas pelo mundo como manifestantes pacíficos”, disse.

GENEBRA - As decisões tomadas pelo Brasil e o restante do Mercosul contra a Venezuela vão “enfraquecer” a região e “dividir” o bloco sul-americano, alerta Jorge Valero, um dos diplomatas de maior patente no governo de Nicolas Maduro. “Há um redesenho do mapa das forças políticas na América Latina”, disse. “Ao atacar a Venezuela, o que está em jogo é a força da região. Teremos, a partir de agora, uma região enfraquecida e profundamente dividida.”

Valero foi deputado aliado a Hugo Chávez, representante da Venezuela no conselho da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), além de vice-ministro de Relações Exteriores. Hoje ocupa o cargo de embaixador na ONU. 

Carregando a bandeira da Venezuela, mulher protesta em Madri para pedir a realização do referendo revogatório contra o Nicolás Maduro Foto: AFP PHOTO / PIERRE-PHILIPPE MARCOU

Para ele, a decisão das chancelarias do Brasil, Argentina e Paraguai de retirar a presidência do bloco de Caracas e ameaçar uma suspensão "faz parte dessa estratégia de enfraquecimento". A conclusão dos três países é que Caracas não cumpriu as normas exigidas pelo protocolo de adesão e terá até 1.º de dezembro fazê-lo. “A presidência do Mercosul no corrente semestre não passa à Venezuela, mas será exercida por meio da coordenação entre Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai”, diz o comunicado brasileiro assinado pelo chanceler José Serra. 

Valero insiste que a questão de direitos humanos apontada pela comunidade internacional é apenas “um instrumento” para “derrubar a Venezuela”. “Chávez iniciou uma onda de políticas soberanas na América Latina e isso não se perdoa”, disse. “Agora vemos uma nova definição, com governos como o da Argentina e Brasil.”

Na terça-feira, a ONU acusou o governo de Nicolás Maduro de ter fechado o acesso ao país aos inspetores internacionais. Em seu discurso para abrir as reuniões do Conselho de Direitos Humanos, o alto comissário Zeid Al-Hussein incluiu as violações na Venezuela na lista de preocupações mundiais. 

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Um dia depois, Valero criticou o discurso do representante da ONU. “Ele não falou uma palavra sobre a situação do Brasil, sobre o golpe de estado que ocorreu na América do Sul e nem sobre a situação política do país”, disse. Ele também negou qualquer tipo de violação em seu país. “Na Venezuela se dá garantias como nunca ao pleno exercício dos direitos humanos. Somos exemplo de tolerância política e cada um pode se expressar como desejar”, afirmou. A avaliação é contestada pelos relatores da ONU e algumas ONGs. “Ninguém foi preso por se expressar. Manifestar pacificamente também é um direito”, insistiu o embaixador. 

Valero, porém, alertou que Maduro viveu uma “tentativa de golpe” e que seu país atravessa um momento de “violência terrorista”. “Pessoas implicadas em destruição e assassinatos já causaram danos ao país de US$ 10 bilhões. Mas elas são mostradas pelo mundo como manifestantes pacíficos”, disse.

GENEBRA - As decisões tomadas pelo Brasil e o restante do Mercosul contra a Venezuela vão “enfraquecer” a região e “dividir” o bloco sul-americano, alerta Jorge Valero, um dos diplomatas de maior patente no governo de Nicolas Maduro. “Há um redesenho do mapa das forças políticas na América Latina”, disse. “Ao atacar a Venezuela, o que está em jogo é a força da região. Teremos, a partir de agora, uma região enfraquecida e profundamente dividida.”

Valero foi deputado aliado a Hugo Chávez, representante da Venezuela no conselho da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), além de vice-ministro de Relações Exteriores. Hoje ocupa o cargo de embaixador na ONU. 

Carregando a bandeira da Venezuela, mulher protesta em Madri para pedir a realização do referendo revogatório contra o Nicolás Maduro Foto: AFP PHOTO / PIERRE-PHILIPPE MARCOU

Para ele, a decisão das chancelarias do Brasil, Argentina e Paraguai de retirar a presidência do bloco de Caracas e ameaçar uma suspensão "faz parte dessa estratégia de enfraquecimento". A conclusão dos três países é que Caracas não cumpriu as normas exigidas pelo protocolo de adesão e terá até 1.º de dezembro fazê-lo. “A presidência do Mercosul no corrente semestre não passa à Venezuela, mas será exercida por meio da coordenação entre Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai”, diz o comunicado brasileiro assinado pelo chanceler José Serra. 

Valero insiste que a questão de direitos humanos apontada pela comunidade internacional é apenas “um instrumento” para “derrubar a Venezuela”. “Chávez iniciou uma onda de políticas soberanas na América Latina e isso não se perdoa”, disse. “Agora vemos uma nova definição, com governos como o da Argentina e Brasil.”

Na terça-feira, a ONU acusou o governo de Nicolás Maduro de ter fechado o acesso ao país aos inspetores internacionais. Em seu discurso para abrir as reuniões do Conselho de Direitos Humanos, o alto comissário Zeid Al-Hussein incluiu as violações na Venezuela na lista de preocupações mundiais. 

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Um dia depois, Valero criticou o discurso do representante da ONU. “Ele não falou uma palavra sobre a situação do Brasil, sobre o golpe de estado que ocorreu na América do Sul e nem sobre a situação política do país”, disse. Ele também negou qualquer tipo de violação em seu país. “Na Venezuela se dá garantias como nunca ao pleno exercício dos direitos humanos. Somos exemplo de tolerância política e cada um pode se expressar como desejar”, afirmou. A avaliação é contestada pelos relatores da ONU e algumas ONGs. “Ninguém foi preso por se expressar. Manifestar pacificamente também é um direito”, insistiu o embaixador. 

Valero, porém, alertou que Maduro viveu uma “tentativa de golpe” e que seu país atravessa um momento de “violência terrorista”. “Pessoas implicadas em destruição e assassinatos já causaram danos ao país de US$ 10 bilhões. Mas elas são mostradas pelo mundo como manifestantes pacíficos”, disse.

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