Parentes de jihadistas que agiram em Paris enfrentam choque, lágrimas e vergonha


Pais, irmãos e irmãs dos extremistas que mataram 130 pessoas na capital francesa lidam com desespero e infâmia

Por Redação

BONDOUFLE, FRANÇA - "Não é verdade", afirma, aos prantos, o irmão de um dos jihadistas que detonou um cinturão de explosivos na casa de espetáculos Bataclan depois de abrir fogo contra o público. Assim como ele, parentes dos autores dos atentados de Paris lidam com desespero e infâmia ao redor.

No dia 14 de novembro, este homem, pai de família e morador de Bondoufle, periferia no sul de Paris, passou quase 24 horas diante da televisão acompanhando o noticiário que relatava ataques da véspera.

Múltiplos ataques deixam feridos e mortos na França

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Múltiplos ataques deixam feridos e mortos na França

Foto: AFP PHOTO / DOMINIQUE FAGET
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Foto: EFE/EPA/CLAUDIO PERI
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Senado

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O Anjo da Independência

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Prefeitura de São Francisco

Foto: REUTERS/Stephen Lam
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O irmão dele, Omar Mostefaï, do qual não tinha notícias há vários meses, foi identificado formalmente pelos investigadores como um dos homens-bomba que agiu no Bataclan, deixando 90 mortos. O nome ainda não havia sido divulgado pela imprensa, mas alguns jornalistas tentavam entrar em contato com a família.

"É uma coisa de maluco, um delírio", respondeu, tentando conter as lágrimas. "Com quem eu posso falar para saber exatamente?", perguntou a um jornalista da agência France Presse.

Sua esposa, angustiada, afirma de repente: "Estou começando a ficar realmente preocupada". O marido a interrompe: "Era capaz de estar lá como público e morreu". "Que relação tinha conosco? Estávamos distanciados há vários anos. Eu quero proteger meus filhos", responde a mulher.

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O homem fica sozinho e conversa com sua mãe, que parece não estar a par da situação. Ele afirma que "não há nada" e desliga o telefone. "Não tenho vontade de contar qualquer coisa para ela e provocar uma crise cardíaca."

Pouco depois, durante a noite, ele se apresentou ao lado da esposa à polícia, que o deteve para um interrogatório e o liberou pouco depois. O homem não recebeu nenhuma acusação, mas desde sua liberação vive trancado em casa, onde responde a jornalistas de todo o mundo. Sobre Omar Mostefaï, ele tem apenas um comentário: "Ele virou um monstro".

Após os atentados, o espanto atingiu pais, irmãos e irmãs dos jihadistas. Alguns já imaginavam o futuro de seus filhos, como a mãe de Bilal Hadfi, de 20 anos, um dos homens-bomba dos arredores do Stade de France, .

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Omar Ismail Mostefai, primeiro suicida francês formalmente identificado, frequentou uma mesquita de Lucé ao sul de Paris. Líderes religiosos muçulmanos deixaram claro que não tinham contato com o terrorista.

Ela havia chamado o filho de "panela de pressão" em uma entrevista ao jornal La Libre Belgique. "Tinha a impressão de que ele iria explodir de um dia para o outro".

Outros mantinham a esperança de recuperar os radicais, como a família de Samy Amimour, que tentou de todas as maneiras repatriar o jovem de 28 anos. Ele viajou para a Síria em 2013 e foi um dos homens-bomba que agiu no Bataclan.

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A família de Hasna Aitboulahcen se pronunciou brevemente sobre os atos da jovem prima do homem apontado como o mentor dos atentados, Abdelhamid Abaaoud. Os dois morreram na quarta-feira em uma operação policial em um edifício de Saint-Denis no qual estavam escondidos. "Não temos nada a ver com estes acontecimentos, nem de longe, nem de perto. Não temos porque nos justificar", declarou um de seus irmãos.

Apesar das atrocidades, todos são obrigados a enfrentar a necessidade de chorar por seus parentes."Pensamos efetivamente nas vítimas, em suas famílias", declarou Mohamed Abdeslam, irmão de dois jihadistas. Um deles detonou um cinturão de explosivos preso ao corpo em um café parisiense depois de atirar contra os clientes. O outro é, no momento, o fugitivo mais procurado da Europa. "Mas vocês devem compreender também que temos uma família, temos uma mãe e que ele é seu filho, apesar de tudo", completou. /AFP

BONDOUFLE, FRANÇA - "Não é verdade", afirma, aos prantos, o irmão de um dos jihadistas que detonou um cinturão de explosivos na casa de espetáculos Bataclan depois de abrir fogo contra o público. Assim como ele, parentes dos autores dos atentados de Paris lidam com desespero e infâmia ao redor.

No dia 14 de novembro, este homem, pai de família e morador de Bondoufle, periferia no sul de Paris, passou quase 24 horas diante da televisão acompanhando o noticiário que relatava ataques da véspera.

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O irmão dele, Omar Mostefaï, do qual não tinha notícias há vários meses, foi identificado formalmente pelos investigadores como um dos homens-bomba que agiu no Bataclan, deixando 90 mortos. O nome ainda não havia sido divulgado pela imprensa, mas alguns jornalistas tentavam entrar em contato com a família.

"É uma coisa de maluco, um delírio", respondeu, tentando conter as lágrimas. "Com quem eu posso falar para saber exatamente?", perguntou a um jornalista da agência France Presse.

Sua esposa, angustiada, afirma de repente: "Estou começando a ficar realmente preocupada". O marido a interrompe: "Era capaz de estar lá como público e morreu". "Que relação tinha conosco? Estávamos distanciados há vários anos. Eu quero proteger meus filhos", responde a mulher.

O homem fica sozinho e conversa com sua mãe, que parece não estar a par da situação. Ele afirma que "não há nada" e desliga o telefone. "Não tenho vontade de contar qualquer coisa para ela e provocar uma crise cardíaca."

Pouco depois, durante a noite, ele se apresentou ao lado da esposa à polícia, que o deteve para um interrogatório e o liberou pouco depois. O homem não recebeu nenhuma acusação, mas desde sua liberação vive trancado em casa, onde responde a jornalistas de todo o mundo. Sobre Omar Mostefaï, ele tem apenas um comentário: "Ele virou um monstro".

Após os atentados, o espanto atingiu pais, irmãos e irmãs dos jihadistas. Alguns já imaginavam o futuro de seus filhos, como a mãe de Bilal Hadfi, de 20 anos, um dos homens-bomba dos arredores do Stade de France, .

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Omar Ismail Mostefai, primeiro suicida francês formalmente identificado, frequentou uma mesquita de Lucé ao sul de Paris. Líderes religiosos muçulmanos deixaram claro que não tinham contato com o terrorista.

Ela havia chamado o filho de "panela de pressão" em uma entrevista ao jornal La Libre Belgique. "Tinha a impressão de que ele iria explodir de um dia para o outro".

Outros mantinham a esperança de recuperar os radicais, como a família de Samy Amimour, que tentou de todas as maneiras repatriar o jovem de 28 anos. Ele viajou para a Síria em 2013 e foi um dos homens-bomba que agiu no Bataclan.

A família de Hasna Aitboulahcen se pronunciou brevemente sobre os atos da jovem prima do homem apontado como o mentor dos atentados, Abdelhamid Abaaoud. Os dois morreram na quarta-feira em uma operação policial em um edifício de Saint-Denis no qual estavam escondidos. "Não temos nada a ver com estes acontecimentos, nem de longe, nem de perto. Não temos porque nos justificar", declarou um de seus irmãos.

Apesar das atrocidades, todos são obrigados a enfrentar a necessidade de chorar por seus parentes."Pensamos efetivamente nas vítimas, em suas famílias", declarou Mohamed Abdeslam, irmão de dois jihadistas. Um deles detonou um cinturão de explosivos preso ao corpo em um café parisiense depois de atirar contra os clientes. O outro é, no momento, o fugitivo mais procurado da Europa. "Mas vocês devem compreender também que temos uma família, temos uma mãe e que ele é seu filho, apesar de tudo", completou. /AFP

BONDOUFLE, FRANÇA - "Não é verdade", afirma, aos prantos, o irmão de um dos jihadistas que detonou um cinturão de explosivos na casa de espetáculos Bataclan depois de abrir fogo contra o público. Assim como ele, parentes dos autores dos atentados de Paris lidam com desespero e infâmia ao redor.

No dia 14 de novembro, este homem, pai de família e morador de Bondoufle, periferia no sul de Paris, passou quase 24 horas diante da televisão acompanhando o noticiário que relatava ataques da véspera.

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"É uma coisa de maluco, um delírio", respondeu, tentando conter as lágrimas. "Com quem eu posso falar para saber exatamente?", perguntou a um jornalista da agência France Presse.

Sua esposa, angustiada, afirma de repente: "Estou começando a ficar realmente preocupada". O marido a interrompe: "Era capaz de estar lá como público e morreu". "Que relação tinha conosco? Estávamos distanciados há vários anos. Eu quero proteger meus filhos", responde a mulher.

O homem fica sozinho e conversa com sua mãe, que parece não estar a par da situação. Ele afirma que "não há nada" e desliga o telefone. "Não tenho vontade de contar qualquer coisa para ela e provocar uma crise cardíaca."

Pouco depois, durante a noite, ele se apresentou ao lado da esposa à polícia, que o deteve para um interrogatório e o liberou pouco depois. O homem não recebeu nenhuma acusação, mas desde sua liberação vive trancado em casa, onde responde a jornalistas de todo o mundo. Sobre Omar Mostefaï, ele tem apenas um comentário: "Ele virou um monstro".

Após os atentados, o espanto atingiu pais, irmãos e irmãs dos jihadistas. Alguns já imaginavam o futuro de seus filhos, como a mãe de Bilal Hadfi, de 20 anos, um dos homens-bomba dos arredores do Stade de France, .

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Omar Ismail Mostefai, primeiro suicida francês formalmente identificado, frequentou uma mesquita de Lucé ao sul de Paris. Líderes religiosos muçulmanos deixaram claro que não tinham contato com o terrorista.

Ela havia chamado o filho de "panela de pressão" em uma entrevista ao jornal La Libre Belgique. "Tinha a impressão de que ele iria explodir de um dia para o outro".

Outros mantinham a esperança de recuperar os radicais, como a família de Samy Amimour, que tentou de todas as maneiras repatriar o jovem de 28 anos. Ele viajou para a Síria em 2013 e foi um dos homens-bomba que agiu no Bataclan.

A família de Hasna Aitboulahcen se pronunciou brevemente sobre os atos da jovem prima do homem apontado como o mentor dos atentados, Abdelhamid Abaaoud. Os dois morreram na quarta-feira em uma operação policial em um edifício de Saint-Denis no qual estavam escondidos. "Não temos nada a ver com estes acontecimentos, nem de longe, nem de perto. Não temos porque nos justificar", declarou um de seus irmãos.

Apesar das atrocidades, todos são obrigados a enfrentar a necessidade de chorar por seus parentes."Pensamos efetivamente nas vítimas, em suas famílias", declarou Mohamed Abdeslam, irmão de dois jihadistas. Um deles detonou um cinturão de explosivos preso ao corpo em um café parisiense depois de atirar contra os clientes. O outro é, no momento, o fugitivo mais procurado da Europa. "Mas vocês devem compreender também que temos uma família, temos uma mãe e que ele é seu filho, apesar de tudo", completou. /AFP

BONDOUFLE, FRANÇA - "Não é verdade", afirma, aos prantos, o irmão de um dos jihadistas que detonou um cinturão de explosivos na casa de espetáculos Bataclan depois de abrir fogo contra o público. Assim como ele, parentes dos autores dos atentados de Paris lidam com desespero e infâmia ao redor.

No dia 14 de novembro, este homem, pai de família e morador de Bondoufle, periferia no sul de Paris, passou quase 24 horas diante da televisão acompanhando o noticiário que relatava ataques da véspera.

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"É uma coisa de maluco, um delírio", respondeu, tentando conter as lágrimas. "Com quem eu posso falar para saber exatamente?", perguntou a um jornalista da agência France Presse.

Sua esposa, angustiada, afirma de repente: "Estou começando a ficar realmente preocupada". O marido a interrompe: "Era capaz de estar lá como público e morreu". "Que relação tinha conosco? Estávamos distanciados há vários anos. Eu quero proteger meus filhos", responde a mulher.

O homem fica sozinho e conversa com sua mãe, que parece não estar a par da situação. Ele afirma que "não há nada" e desliga o telefone. "Não tenho vontade de contar qualquer coisa para ela e provocar uma crise cardíaca."

Pouco depois, durante a noite, ele se apresentou ao lado da esposa à polícia, que o deteve para um interrogatório e o liberou pouco depois. O homem não recebeu nenhuma acusação, mas desde sua liberação vive trancado em casa, onde responde a jornalistas de todo o mundo. Sobre Omar Mostefaï, ele tem apenas um comentário: "Ele virou um monstro".

Após os atentados, o espanto atingiu pais, irmãos e irmãs dos jihadistas. Alguns já imaginavam o futuro de seus filhos, como a mãe de Bilal Hadfi, de 20 anos, um dos homens-bomba dos arredores do Stade de France, .

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Omar Ismail Mostefai, primeiro suicida francês formalmente identificado, frequentou uma mesquita de Lucé ao sul de Paris. Líderes religiosos muçulmanos deixaram claro que não tinham contato com o terrorista.

Ela havia chamado o filho de "panela de pressão" em uma entrevista ao jornal La Libre Belgique. "Tinha a impressão de que ele iria explodir de um dia para o outro".

Outros mantinham a esperança de recuperar os radicais, como a família de Samy Amimour, que tentou de todas as maneiras repatriar o jovem de 28 anos. Ele viajou para a Síria em 2013 e foi um dos homens-bomba que agiu no Bataclan.

A família de Hasna Aitboulahcen se pronunciou brevemente sobre os atos da jovem prima do homem apontado como o mentor dos atentados, Abdelhamid Abaaoud. Os dois morreram na quarta-feira em uma operação policial em um edifício de Saint-Denis no qual estavam escondidos. "Não temos nada a ver com estes acontecimentos, nem de longe, nem de perto. Não temos porque nos justificar", declarou um de seus irmãos.

Apesar das atrocidades, todos são obrigados a enfrentar a necessidade de chorar por seus parentes."Pensamos efetivamente nas vítimas, em suas famílias", declarou Mohamed Abdeslam, irmão de dois jihadistas. Um deles detonou um cinturão de explosivos preso ao corpo em um café parisiense depois de atirar contra os clientes. O outro é, no momento, o fugitivo mais procurado da Europa. "Mas vocês devem compreender também que temos uma família, temos uma mãe e que ele é seu filho, apesar de tudo", completou. /AFP

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