Parlamento britânico chama Murdoch para depor sobre grampos telefônicos


Magnata e o filho, ambos australianos, não são obrigados a prestar declarações aos parlamentares

LONDRES - A Comissão de Cultura, Mídia e Esportes do Parlamento britânico convidou ontem a cúpula do grupo News Corp., do magnata Rupert Murdoch, para prestar esclarecimentos sobre o escândalo de grampos telefônicos na Grã-Bretanha. A crise ganhou novos contornos com as duras críticas feitas pelo ex-primeiro-ministro Gordon Brown à empresa e a revelação de que a invasão de privacidade chegou até à rainha Elizabeth II.  

Veja também: O público não se importa com os meios do sensacionalismo Aumenta pressão para magnata desistir de fusão

O convite foi feito a Murdoch, a seu filho James - diretor da empresa que edita os jornais The Sun, The Times, The Sunday Times e News of The World - e à editora-chefe do grupo, Rebekah Brooks. O Parlamento não pode exigir a presença dos Murdochs por eles não serem cidadãos britânicos, mas pode convocar a jornalista, caso ela não compareça voluntariamente.

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A News Corp. disse estar disposta a cooperar. "Soubemos do pedido e estamos à espera de um convite formal", afirmou a empresa em comunicado. A comoção pública que tomou a Grã-Bretanha com o escândalo pode pressionar a cúpula do grupo a responder às questões dos parlamentares.

Revolta. Uma das vítimas dos grampos ilegais dos jornais da família Murdoch, Brown foi a público para condenar o comportamento da News International. Segundo o ex-premiê, a empresa contratou "criminosos" para obter informações privadas sobre sua família e vida financeira.

"Eles terão de se explicar. Sei que essas pessoas trabalharam com criminosos", disse o ex-premiê em entrevista à BBC. "Por causa de ganhos comerciais e poder político, o Sunday Times e outros jornais do grupo jogaram suas reputações no fundo do poço."

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Segundo as investigações, o Sunday Times obteve ilegalmente dados médicos sobre o filho do ex-premiê, que sofre de fibrose cística, além de conseguir dados fiscais e bancários de Brown. "Como a doença de uma criança pode ser exposta publicamente sem que os médicos ou a família se pronunciem?", questionou o ex-premiê.

A News Corp. diz que as informações foram obtidas de maneira legal. Em outro comunicado, o grupo pediu que toda a informação sobre o caso seja compartilhada com a empresa para que as denúncias possam ser investigadas.

Realeza. De acordo com a BBC e o Guardian, os jornais de Murdoch subornaram policiais para utilizar tecnologia de rastreamento de celulares e outros métodos ilegais para obter informações sobre a rainha Elizabeth II e outros membros da família real.

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Um deles, responsável pela segurança da Casa de Windsor, teria recebido US$ 1,6 mil pelos dados da realeza, entre os quais estariam números de telefones e dicas de atividades da monarca e do príncipe Philip. Os celulares do príncipe Charles e de sua mulher, Camilla, também teriam sido grampeados.

Os grampos atingiram também a polícia londrina. Ao Parlamento, o subcomissário da Scotland Yard, John Yates, disse ter "99%" de certeza de que seu celular também foi espionado. Em 2009, ele decidiu não prosseguir com uma investigação sobre violação de sigilo telefônico contra o News of The World. / AP, REUTERS e NYT

LONDRES - A Comissão de Cultura, Mídia e Esportes do Parlamento britânico convidou ontem a cúpula do grupo News Corp., do magnata Rupert Murdoch, para prestar esclarecimentos sobre o escândalo de grampos telefônicos na Grã-Bretanha. A crise ganhou novos contornos com as duras críticas feitas pelo ex-primeiro-ministro Gordon Brown à empresa e a revelação de que a invasão de privacidade chegou até à rainha Elizabeth II.  

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O convite foi feito a Murdoch, a seu filho James - diretor da empresa que edita os jornais The Sun, The Times, The Sunday Times e News of The World - e à editora-chefe do grupo, Rebekah Brooks. O Parlamento não pode exigir a presença dos Murdochs por eles não serem cidadãos britânicos, mas pode convocar a jornalista, caso ela não compareça voluntariamente.

A News Corp. disse estar disposta a cooperar. "Soubemos do pedido e estamos à espera de um convite formal", afirmou a empresa em comunicado. A comoção pública que tomou a Grã-Bretanha com o escândalo pode pressionar a cúpula do grupo a responder às questões dos parlamentares.

Revolta. Uma das vítimas dos grampos ilegais dos jornais da família Murdoch, Brown foi a público para condenar o comportamento da News International. Segundo o ex-premiê, a empresa contratou "criminosos" para obter informações privadas sobre sua família e vida financeira.

"Eles terão de se explicar. Sei que essas pessoas trabalharam com criminosos", disse o ex-premiê em entrevista à BBC. "Por causa de ganhos comerciais e poder político, o Sunday Times e outros jornais do grupo jogaram suas reputações no fundo do poço."

Segundo as investigações, o Sunday Times obteve ilegalmente dados médicos sobre o filho do ex-premiê, que sofre de fibrose cística, além de conseguir dados fiscais e bancários de Brown. "Como a doença de uma criança pode ser exposta publicamente sem que os médicos ou a família se pronunciem?", questionou o ex-premiê.

A News Corp. diz que as informações foram obtidas de maneira legal. Em outro comunicado, o grupo pediu que toda a informação sobre o caso seja compartilhada com a empresa para que as denúncias possam ser investigadas.

Realeza. De acordo com a BBC e o Guardian, os jornais de Murdoch subornaram policiais para utilizar tecnologia de rastreamento de celulares e outros métodos ilegais para obter informações sobre a rainha Elizabeth II e outros membros da família real.

Um deles, responsável pela segurança da Casa de Windsor, teria recebido US$ 1,6 mil pelos dados da realeza, entre os quais estariam números de telefones e dicas de atividades da monarca e do príncipe Philip. Os celulares do príncipe Charles e de sua mulher, Camilla, também teriam sido grampeados.

Os grampos atingiram também a polícia londrina. Ao Parlamento, o subcomissário da Scotland Yard, John Yates, disse ter "99%" de certeza de que seu celular também foi espionado. Em 2009, ele decidiu não prosseguir com uma investigação sobre violação de sigilo telefônico contra o News of The World. / AP, REUTERS e NYT

LONDRES - A Comissão de Cultura, Mídia e Esportes do Parlamento britânico convidou ontem a cúpula do grupo News Corp., do magnata Rupert Murdoch, para prestar esclarecimentos sobre o escândalo de grampos telefônicos na Grã-Bretanha. A crise ganhou novos contornos com as duras críticas feitas pelo ex-primeiro-ministro Gordon Brown à empresa e a revelação de que a invasão de privacidade chegou até à rainha Elizabeth II.  

Veja também: O público não se importa com os meios do sensacionalismo Aumenta pressão para magnata desistir de fusão

O convite foi feito a Murdoch, a seu filho James - diretor da empresa que edita os jornais The Sun, The Times, The Sunday Times e News of The World - e à editora-chefe do grupo, Rebekah Brooks. O Parlamento não pode exigir a presença dos Murdochs por eles não serem cidadãos britânicos, mas pode convocar a jornalista, caso ela não compareça voluntariamente.

A News Corp. disse estar disposta a cooperar. "Soubemos do pedido e estamos à espera de um convite formal", afirmou a empresa em comunicado. A comoção pública que tomou a Grã-Bretanha com o escândalo pode pressionar a cúpula do grupo a responder às questões dos parlamentares.

Revolta. Uma das vítimas dos grampos ilegais dos jornais da família Murdoch, Brown foi a público para condenar o comportamento da News International. Segundo o ex-premiê, a empresa contratou "criminosos" para obter informações privadas sobre sua família e vida financeira.

"Eles terão de se explicar. Sei que essas pessoas trabalharam com criminosos", disse o ex-premiê em entrevista à BBC. "Por causa de ganhos comerciais e poder político, o Sunday Times e outros jornais do grupo jogaram suas reputações no fundo do poço."

Segundo as investigações, o Sunday Times obteve ilegalmente dados médicos sobre o filho do ex-premiê, que sofre de fibrose cística, além de conseguir dados fiscais e bancários de Brown. "Como a doença de uma criança pode ser exposta publicamente sem que os médicos ou a família se pronunciem?", questionou o ex-premiê.

A News Corp. diz que as informações foram obtidas de maneira legal. Em outro comunicado, o grupo pediu que toda a informação sobre o caso seja compartilhada com a empresa para que as denúncias possam ser investigadas.

Realeza. De acordo com a BBC e o Guardian, os jornais de Murdoch subornaram policiais para utilizar tecnologia de rastreamento de celulares e outros métodos ilegais para obter informações sobre a rainha Elizabeth II e outros membros da família real.

Um deles, responsável pela segurança da Casa de Windsor, teria recebido US$ 1,6 mil pelos dados da realeza, entre os quais estariam números de telefones e dicas de atividades da monarca e do príncipe Philip. Os celulares do príncipe Charles e de sua mulher, Camilla, também teriam sido grampeados.

Os grampos atingiram também a polícia londrina. Ao Parlamento, o subcomissário da Scotland Yard, John Yates, disse ter "99%" de certeza de que seu celular também foi espionado. Em 2009, ele decidiu não prosseguir com uma investigação sobre violação de sigilo telefônico contra o News of The World. / AP, REUTERS e NYT

LONDRES - A Comissão de Cultura, Mídia e Esportes do Parlamento britânico convidou ontem a cúpula do grupo News Corp., do magnata Rupert Murdoch, para prestar esclarecimentos sobre o escândalo de grampos telefônicos na Grã-Bretanha. A crise ganhou novos contornos com as duras críticas feitas pelo ex-primeiro-ministro Gordon Brown à empresa e a revelação de que a invasão de privacidade chegou até à rainha Elizabeth II.  

Veja também: O público não se importa com os meios do sensacionalismo Aumenta pressão para magnata desistir de fusão

O convite foi feito a Murdoch, a seu filho James - diretor da empresa que edita os jornais The Sun, The Times, The Sunday Times e News of The World - e à editora-chefe do grupo, Rebekah Brooks. O Parlamento não pode exigir a presença dos Murdochs por eles não serem cidadãos britânicos, mas pode convocar a jornalista, caso ela não compareça voluntariamente.

A News Corp. disse estar disposta a cooperar. "Soubemos do pedido e estamos à espera de um convite formal", afirmou a empresa em comunicado. A comoção pública que tomou a Grã-Bretanha com o escândalo pode pressionar a cúpula do grupo a responder às questões dos parlamentares.

Revolta. Uma das vítimas dos grampos ilegais dos jornais da família Murdoch, Brown foi a público para condenar o comportamento da News International. Segundo o ex-premiê, a empresa contratou "criminosos" para obter informações privadas sobre sua família e vida financeira.

"Eles terão de se explicar. Sei que essas pessoas trabalharam com criminosos", disse o ex-premiê em entrevista à BBC. "Por causa de ganhos comerciais e poder político, o Sunday Times e outros jornais do grupo jogaram suas reputações no fundo do poço."

Segundo as investigações, o Sunday Times obteve ilegalmente dados médicos sobre o filho do ex-premiê, que sofre de fibrose cística, além de conseguir dados fiscais e bancários de Brown. "Como a doença de uma criança pode ser exposta publicamente sem que os médicos ou a família se pronunciem?", questionou o ex-premiê.

A News Corp. diz que as informações foram obtidas de maneira legal. Em outro comunicado, o grupo pediu que toda a informação sobre o caso seja compartilhada com a empresa para que as denúncias possam ser investigadas.

Realeza. De acordo com a BBC e o Guardian, os jornais de Murdoch subornaram policiais para utilizar tecnologia de rastreamento de celulares e outros métodos ilegais para obter informações sobre a rainha Elizabeth II e outros membros da família real.

Um deles, responsável pela segurança da Casa de Windsor, teria recebido US$ 1,6 mil pelos dados da realeza, entre os quais estariam números de telefones e dicas de atividades da monarca e do príncipe Philip. Os celulares do príncipe Charles e de sua mulher, Camilla, também teriam sido grampeados.

Os grampos atingiram também a polícia londrina. Ao Parlamento, o subcomissário da Scotland Yard, John Yates, disse ter "99%" de certeza de que seu celular também foi espionado. Em 2009, ele decidiu não prosseguir com uma investigação sobre violação de sigilo telefônico contra o News of The World. / AP, REUTERS e NYT

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