Pesquisa sobre referendo aponta vitória de separação da Escócia


A dez dias de votação, partidários da secessão têm 51% das intenções de voto; resultado pode derrubar David Cameron

Por ANDREI NETTO, CORRESPONDENTE e PARIS

A dez dias da votação que pode redesenhar o mapa da Europa, uma pesquisa de opinião indica pela primeira vez que a maioria de eleitores da Escócia deseja a independência em relação à Grã-Bretanha. A sondagem, realizada pelo instituto YouGov, aponta um empate técnico entre partidários do "sim", que levam vantagem com 51% das intenções, contra 49% dos defensores do "não" à autonomia em relação a Londres. A ascensão dos independentistas obrigou o governo de David Cameron a propor transferências de poder para Edimburgo.O resultado da pesquisa para o referendo de 18 de setembro, encomendada pelo jornal Sunday Times, indica uma reviravolta espetacular no cenário eleitoral. Até aqui, o "sim" nunca havia liderado as sondagens sobre o referendo. Há um mês, o mesmo instituto apontava uma larga vantagem dos que apoiavam a campanha Better Together, a favor do "não", com 61% das preferências, contra 39%. A reviravolta ocorreu nas últimas quatro semanas. Na terça-feira, uma nova pesquisa indicou o "não" à frente, com 53% das intenções, contra 47% dos independentistas. Ontem, a vantagem de 22 pontos acabou pulverizada.Agora na frente, a campanha empreendida pelo Partido Nacional, comandado pelo primeiro-ministro da Escócia, Alex Salmond, adotou o discurso da prudência. "Mesmo se a pesquisa YouGov nos coloca ligeiramente à frente, outras pesquisas mostram que ainda temos progressos a fazer para ganhar", afirmou Blair Jenkins, coordenador da campanha do "sim". Do lado do "não", Alistair Darling, diretor do Better Together, reconheceu que o referendo será "muito apertado". "Não é uma batalha da Inglaterra. É uma batalha da Escócia, para os filhos da Escócia, seus netos e as gerações futuras", afirmou. "Vamos ganhar essa batalha."A incerteza provocou um terremoto político na Grã-Bretanha no final de semana e levou os três maiores partidos do país, Conservador (Tories), Trabalhistas (Labour) e Liberais (LibDem), a mobilizar suas bancadas no Parlamento em campanha na Escócia. Políticos como o secretário do Tesouro, George Osborne, advertem que a Escócia independente não poderia usar a libra como moeda e a adesão ao euro e à União Europeia não seria automática - o que Bruxelas confirma.Em resposta, Cameron se prepara para anunciar um pacote de medidas ampliando a autonomia da Escócia e temtar conter o avanço do "sim".A oposição ao premiê, comandada pelo líder do Partido Trabalhista, Ed Miliband, mobilizou tropas para buscar votos pelo "não". Eleitores de centro esquerda são os maiores apoiadores da independência. Mas, em caso de separação dos dois países, os Labour perderiam 40 deputados no Parlamento, reduzindo as chances de Miliband assumir a chefia de governo nas eleições gerais de 2015.Austeridade. O problema dos três maiores partidos britânicos é que o referendo na Escócia se transformou em um voto sobre Cameron e a política de austeridade do governo. Nos bastidores políticos, deputados conservadores consideram pedir a demissão do primeiro-ministro e sua substituição pelo prefeito de Londres, Boris Johnson, figura mais popular do partido. O premiê, até aqui, se recusa a colocar o cargo à disposição mesmo em caso de independência da Escócia. / COM AFP

A dez dias da votação que pode redesenhar o mapa da Europa, uma pesquisa de opinião indica pela primeira vez que a maioria de eleitores da Escócia deseja a independência em relação à Grã-Bretanha. A sondagem, realizada pelo instituto YouGov, aponta um empate técnico entre partidários do "sim", que levam vantagem com 51% das intenções, contra 49% dos defensores do "não" à autonomia em relação a Londres. A ascensão dos independentistas obrigou o governo de David Cameron a propor transferências de poder para Edimburgo.O resultado da pesquisa para o referendo de 18 de setembro, encomendada pelo jornal Sunday Times, indica uma reviravolta espetacular no cenário eleitoral. Até aqui, o "sim" nunca havia liderado as sondagens sobre o referendo. Há um mês, o mesmo instituto apontava uma larga vantagem dos que apoiavam a campanha Better Together, a favor do "não", com 61% das preferências, contra 39%. A reviravolta ocorreu nas últimas quatro semanas. Na terça-feira, uma nova pesquisa indicou o "não" à frente, com 53% das intenções, contra 47% dos independentistas. Ontem, a vantagem de 22 pontos acabou pulverizada.Agora na frente, a campanha empreendida pelo Partido Nacional, comandado pelo primeiro-ministro da Escócia, Alex Salmond, adotou o discurso da prudência. "Mesmo se a pesquisa YouGov nos coloca ligeiramente à frente, outras pesquisas mostram que ainda temos progressos a fazer para ganhar", afirmou Blair Jenkins, coordenador da campanha do "sim". Do lado do "não", Alistair Darling, diretor do Better Together, reconheceu que o referendo será "muito apertado". "Não é uma batalha da Inglaterra. É uma batalha da Escócia, para os filhos da Escócia, seus netos e as gerações futuras", afirmou. "Vamos ganhar essa batalha."A incerteza provocou um terremoto político na Grã-Bretanha no final de semana e levou os três maiores partidos do país, Conservador (Tories), Trabalhistas (Labour) e Liberais (LibDem), a mobilizar suas bancadas no Parlamento em campanha na Escócia. Políticos como o secretário do Tesouro, George Osborne, advertem que a Escócia independente não poderia usar a libra como moeda e a adesão ao euro e à União Europeia não seria automática - o que Bruxelas confirma.Em resposta, Cameron se prepara para anunciar um pacote de medidas ampliando a autonomia da Escócia e temtar conter o avanço do "sim".A oposição ao premiê, comandada pelo líder do Partido Trabalhista, Ed Miliband, mobilizou tropas para buscar votos pelo "não". Eleitores de centro esquerda são os maiores apoiadores da independência. Mas, em caso de separação dos dois países, os Labour perderiam 40 deputados no Parlamento, reduzindo as chances de Miliband assumir a chefia de governo nas eleições gerais de 2015.Austeridade. O problema dos três maiores partidos britânicos é que o referendo na Escócia se transformou em um voto sobre Cameron e a política de austeridade do governo. Nos bastidores políticos, deputados conservadores consideram pedir a demissão do primeiro-ministro e sua substituição pelo prefeito de Londres, Boris Johnson, figura mais popular do partido. O premiê, até aqui, se recusa a colocar o cargo à disposição mesmo em caso de independência da Escócia. / COM AFP

A dez dias da votação que pode redesenhar o mapa da Europa, uma pesquisa de opinião indica pela primeira vez que a maioria de eleitores da Escócia deseja a independência em relação à Grã-Bretanha. A sondagem, realizada pelo instituto YouGov, aponta um empate técnico entre partidários do "sim", que levam vantagem com 51% das intenções, contra 49% dos defensores do "não" à autonomia em relação a Londres. A ascensão dos independentistas obrigou o governo de David Cameron a propor transferências de poder para Edimburgo.O resultado da pesquisa para o referendo de 18 de setembro, encomendada pelo jornal Sunday Times, indica uma reviravolta espetacular no cenário eleitoral. Até aqui, o "sim" nunca havia liderado as sondagens sobre o referendo. Há um mês, o mesmo instituto apontava uma larga vantagem dos que apoiavam a campanha Better Together, a favor do "não", com 61% das preferências, contra 39%. A reviravolta ocorreu nas últimas quatro semanas. Na terça-feira, uma nova pesquisa indicou o "não" à frente, com 53% das intenções, contra 47% dos independentistas. Ontem, a vantagem de 22 pontos acabou pulverizada.Agora na frente, a campanha empreendida pelo Partido Nacional, comandado pelo primeiro-ministro da Escócia, Alex Salmond, adotou o discurso da prudência. "Mesmo se a pesquisa YouGov nos coloca ligeiramente à frente, outras pesquisas mostram que ainda temos progressos a fazer para ganhar", afirmou Blair Jenkins, coordenador da campanha do "sim". Do lado do "não", Alistair Darling, diretor do Better Together, reconheceu que o referendo será "muito apertado". "Não é uma batalha da Inglaterra. É uma batalha da Escócia, para os filhos da Escócia, seus netos e as gerações futuras", afirmou. "Vamos ganhar essa batalha."A incerteza provocou um terremoto político na Grã-Bretanha no final de semana e levou os três maiores partidos do país, Conservador (Tories), Trabalhistas (Labour) e Liberais (LibDem), a mobilizar suas bancadas no Parlamento em campanha na Escócia. Políticos como o secretário do Tesouro, George Osborne, advertem que a Escócia independente não poderia usar a libra como moeda e a adesão ao euro e à União Europeia não seria automática - o que Bruxelas confirma.Em resposta, Cameron se prepara para anunciar um pacote de medidas ampliando a autonomia da Escócia e temtar conter o avanço do "sim".A oposição ao premiê, comandada pelo líder do Partido Trabalhista, Ed Miliband, mobilizou tropas para buscar votos pelo "não". Eleitores de centro esquerda são os maiores apoiadores da independência. Mas, em caso de separação dos dois países, os Labour perderiam 40 deputados no Parlamento, reduzindo as chances de Miliband assumir a chefia de governo nas eleições gerais de 2015.Austeridade. O problema dos três maiores partidos britânicos é que o referendo na Escócia se transformou em um voto sobre Cameron e a política de austeridade do governo. Nos bastidores políticos, deputados conservadores consideram pedir a demissão do primeiro-ministro e sua substituição pelo prefeito de Londres, Boris Johnson, figura mais popular do partido. O premiê, até aqui, se recusa a colocar o cargo à disposição mesmo em caso de independência da Escócia. / COM AFP

A dez dias da votação que pode redesenhar o mapa da Europa, uma pesquisa de opinião indica pela primeira vez que a maioria de eleitores da Escócia deseja a independência em relação à Grã-Bretanha. A sondagem, realizada pelo instituto YouGov, aponta um empate técnico entre partidários do "sim", que levam vantagem com 51% das intenções, contra 49% dos defensores do "não" à autonomia em relação a Londres. A ascensão dos independentistas obrigou o governo de David Cameron a propor transferências de poder para Edimburgo.O resultado da pesquisa para o referendo de 18 de setembro, encomendada pelo jornal Sunday Times, indica uma reviravolta espetacular no cenário eleitoral. Até aqui, o "sim" nunca havia liderado as sondagens sobre o referendo. Há um mês, o mesmo instituto apontava uma larga vantagem dos que apoiavam a campanha Better Together, a favor do "não", com 61% das preferências, contra 39%. A reviravolta ocorreu nas últimas quatro semanas. Na terça-feira, uma nova pesquisa indicou o "não" à frente, com 53% das intenções, contra 47% dos independentistas. Ontem, a vantagem de 22 pontos acabou pulverizada.Agora na frente, a campanha empreendida pelo Partido Nacional, comandado pelo primeiro-ministro da Escócia, Alex Salmond, adotou o discurso da prudência. "Mesmo se a pesquisa YouGov nos coloca ligeiramente à frente, outras pesquisas mostram que ainda temos progressos a fazer para ganhar", afirmou Blair Jenkins, coordenador da campanha do "sim". Do lado do "não", Alistair Darling, diretor do Better Together, reconheceu que o referendo será "muito apertado". "Não é uma batalha da Inglaterra. É uma batalha da Escócia, para os filhos da Escócia, seus netos e as gerações futuras", afirmou. "Vamos ganhar essa batalha."A incerteza provocou um terremoto político na Grã-Bretanha no final de semana e levou os três maiores partidos do país, Conservador (Tories), Trabalhistas (Labour) e Liberais (LibDem), a mobilizar suas bancadas no Parlamento em campanha na Escócia. Políticos como o secretário do Tesouro, George Osborne, advertem que a Escócia independente não poderia usar a libra como moeda e a adesão ao euro e à União Europeia não seria automática - o que Bruxelas confirma.Em resposta, Cameron se prepara para anunciar um pacote de medidas ampliando a autonomia da Escócia e temtar conter o avanço do "sim".A oposição ao premiê, comandada pelo líder do Partido Trabalhista, Ed Miliband, mobilizou tropas para buscar votos pelo "não". Eleitores de centro esquerda são os maiores apoiadores da independência. Mas, em caso de separação dos dois países, os Labour perderiam 40 deputados no Parlamento, reduzindo as chances de Miliband assumir a chefia de governo nas eleições gerais de 2015.Austeridade. O problema dos três maiores partidos britânicos é que o referendo na Escócia se transformou em um voto sobre Cameron e a política de austeridade do governo. Nos bastidores políticos, deputados conservadores consideram pedir a demissão do primeiro-ministro e sua substituição pelo prefeito de Londres, Boris Johnson, figura mais popular do partido. O premiê, até aqui, se recusa a colocar o cargo à disposição mesmo em caso de independência da Escócia. / COM AFP

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