Mentor de ataques em Bruxelas se explodiu em aeroporto, diz polícia


Depois de várias informações desencontradas, a polícia belga confirma que terceiro homem que aparece nas imagens das câmeras de segurança do aeroporto de Bruxelas, identificado como Najim Laachraui, é segundo homem-bomba no aeroporto

Por Bruxelas
No aeroporto, testemunhas afirmam ter ouvido gritos em árabe e o gabinete do primeiro-ministro belga afirmou que investiga a possibilidade de ataque terrorista Foto: REUTERS/David Crunelle

BRUXELAS - Menos de 24 horas após os atentados de Bruxelas, a polícia da Bélgica identificou nesta quarta-feira, 23, dois dos autores dos ataques do Estado Islâmico realizados um dia antes no país. Os irmãos Khalid e Ibrahim El Bakraoui, que estavam foragidos desde a terça-feira 15 de uma operação em Forest, nas imediações da capital, foram responsáveis pelas explosões no Aeroporto Internacional de Zaventem e na estação de metrô de Maellbeek. A descoberta confirma os vínculos do ataque de ontem com os realizados em Paris em 13 de novembro.

Depois de várias informações desencontradas, a polícia belga confirmou a agências de notícias internacionais nesta quarta-feira que o terceiro homem que aparece nas imagens das câmeras de segurança do aeroporto de Bruxelas, identificado como Najim Laachraui e comandante dos ataques, é segundo homem-bomba que se explodiu no aeroporto.

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Explosões fecham aeroporto e metrô de Bruxelas

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Mais cedo, o procurador belga, Frederic van Leeuw, havia informado que ele estava foragido, e não morto. A rede de TV RTBF chegou a divulgar a prisão de um homem e o citou como sendo Laachraui. Durante entrevista coletiva, o procurador belga não mencionou nenhuma detenção. 

Segundo Van Leeuw, Ibrahim se explodiu no aeroporto e Khalid na estação de metrô. A emissora TF1 afirma que os irmãos realizaram os atentados em retaliação à prisão de Salah Abdeslam na sexta-feira 18. Os irmãos terroristas suicidas aparecem carregando carrinhos com bagagens na imagem registrada pelas câmaras de segurança do aeroporto momentos antes das explosões.

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Laachraui, de 24 anos e cidadania belga, segundo a imprensa local, teria fabricado os explosivos usados nos ataques de Paris. A polícia chegou a emitir uma ordem de busca e captura contra Laachraui e pediu à população que desse todas as informações que tivesse sobre ele.

Um terceiro homem que participou do ataque no aeroporto fugiu e é procurado pela polícia. As fontes policiais que confirmaram a informação à agência France-Presse, já evocadas pela imprensa belga, não indicaram o que permitiu a identificação de Laachraui.

A operação desta quarta se concentrou no bairro de Schaerbeek, onde na tarde da terça 22 foi encontrada uma bomba confeccionada com parafusos, produtos químicos e uma bandeira do grupo Estado Islâmico (EI). Laachraui é suspeito não só de estar diretamente envolvido nos atentados em Bruxelas, mas também na rede que realizou os ataques de novembro em Paris, que deixaram 130 mortos.

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Seu DNA foi encontrado no material explosivo utilizado na capital francesa. Os serviços secretos já estavam de olho nele, especialmente porque sabiam que ele havia viajado à Síria em fevereiro de 2013.

Em setembro, ele passou por um controle na fronteira entre a Áustria e a Hungria, no qual deu uma identidade falsa: Sufiane Kayal. Ele estava acompanhado de dois suspeitos de integrarem a rede que atacou Paris: o francês Salah Abdeslam e o argelino Mohammed Belkaïd, morto pela polícia belga três dias antes.

Recrutamento. Laachraui vivia no bairro Schaerbeek, e foi ligado às redes jihadistas em outro processo, que a justiça belga deve ditar sentença em maio. A procuradoria pediu em fevereiro 15 anos de prisão para ele por ter recrutado vários de seus amigos para o EI.

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Khalid e Ibrahim El Bakraoui já tinham antecedentes policiais antes de aderirem ao EI e seriam dois dos jihadistas que prestaram apoio durante os quatro meses de fuga de Salah Abdeslam, o único dos 10 terroristas de Paris que sobreviveu e fugiu da capital francesa. Há nove dias, os dois haviam escapado da operação de polícia que resultou na morte de Mohamed Belkaid, suspeito de ter mantido contato telefônico constante com os terroristas de Paris. Belkaid teria sido o destinatário da mensagem "Vai começar", enviada às 21h42 de 13 de novembro, instantes antes da invasão da casa de shows Bataclan, em Paris.

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A polícia federal belga, a pedido da procuradoria, divulgou uma imagem captada pelas câmeras de segurança do aeroporto de Bruxelas, onde se vê os supostos autores dos atentados desta terça-feira.

Os três seriam membros de uma célula terrorista do EI formada por moradores ou ex-moradores de Molenbeek, o distrito de Bruxelas com maior concentração de comunidades muçulmanas. Ainda há um integrante considerado foragido: Mohamed Abrini, que teria participado da logística dos atentados na França – há imagens de circuitos internos de filmagem que mostram sua presença ao lado de Abdeslam às vésperas do crime. A polícia da Bélgica não descarta que Abrini tenha participado dos atentados de Bruxelas. 

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O grupo terrorista Estado Islâmico reivindicou os atentados ainda na tarde de terça-feira, indicando que seus "combatentes" seriam os autores dos ataques. O último balanço das autoridades indica 31 mortos e 220 feridos. 

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No aeroporto, testemunhas afirmam ter ouvido gritos em árabe e o gabinete do primeiro-ministro belga afirmou que investiga a possibilidade de ataque terrorista Foto: REUTERS/David Crunelle

BRUXELAS - Menos de 24 horas após os atentados de Bruxelas, a polícia da Bélgica identificou nesta quarta-feira, 23, dois dos autores dos ataques do Estado Islâmico realizados um dia antes no país. Os irmãos Khalid e Ibrahim El Bakraoui, que estavam foragidos desde a terça-feira 15 de uma operação em Forest, nas imediações da capital, foram responsáveis pelas explosões no Aeroporto Internacional de Zaventem e na estação de metrô de Maellbeek. A descoberta confirma os vínculos do ataque de ontem com os realizados em Paris em 13 de novembro.

Depois de várias informações desencontradas, a polícia belga confirmou a agências de notícias internacionais nesta quarta-feira que o terceiro homem que aparece nas imagens das câmeras de segurança do aeroporto de Bruxelas, identificado como Najim Laachraui e comandante dos ataques, é segundo homem-bomba que se explodiu no aeroporto.

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Mais cedo, o procurador belga, Frederic van Leeuw, havia informado que ele estava foragido, e não morto. A rede de TV RTBF chegou a divulgar a prisão de um homem e o citou como sendo Laachraui. Durante entrevista coletiva, o procurador belga não mencionou nenhuma detenção. 

Segundo Van Leeuw, Ibrahim se explodiu no aeroporto e Khalid na estação de metrô. A emissora TF1 afirma que os irmãos realizaram os atentados em retaliação à prisão de Salah Abdeslam na sexta-feira 18. Os irmãos terroristas suicidas aparecem carregando carrinhos com bagagens na imagem registrada pelas câmaras de segurança do aeroporto momentos antes das explosões.

Laachraui, de 24 anos e cidadania belga, segundo a imprensa local, teria fabricado os explosivos usados nos ataques de Paris. A polícia chegou a emitir uma ordem de busca e captura contra Laachraui e pediu à população que desse todas as informações que tivesse sobre ele.

Um terceiro homem que participou do ataque no aeroporto fugiu e é procurado pela polícia. As fontes policiais que confirmaram a informação à agência France-Presse, já evocadas pela imprensa belga, não indicaram o que permitiu a identificação de Laachraui.

A operação desta quarta se concentrou no bairro de Schaerbeek, onde na tarde da terça 22 foi encontrada uma bomba confeccionada com parafusos, produtos químicos e uma bandeira do grupo Estado Islâmico (EI). Laachraui é suspeito não só de estar diretamente envolvido nos atentados em Bruxelas, mas também na rede que realizou os ataques de novembro em Paris, que deixaram 130 mortos.

Seu DNA foi encontrado no material explosivo utilizado na capital francesa. Os serviços secretos já estavam de olho nele, especialmente porque sabiam que ele havia viajado à Síria em fevereiro de 2013.

Em setembro, ele passou por um controle na fronteira entre a Áustria e a Hungria, no qual deu uma identidade falsa: Sufiane Kayal. Ele estava acompanhado de dois suspeitos de integrarem a rede que atacou Paris: o francês Salah Abdeslam e o argelino Mohammed Belkaïd, morto pela polícia belga três dias antes.

Recrutamento. Laachraui vivia no bairro Schaerbeek, e foi ligado às redes jihadistas em outro processo, que a justiça belga deve ditar sentença em maio. A procuradoria pediu em fevereiro 15 anos de prisão para ele por ter recrutado vários de seus amigos para o EI.

Khalid e Ibrahim El Bakraoui já tinham antecedentes policiais antes de aderirem ao EI e seriam dois dos jihadistas que prestaram apoio durante os quatro meses de fuga de Salah Abdeslam, o único dos 10 terroristas de Paris que sobreviveu e fugiu da capital francesa. Há nove dias, os dois haviam escapado da operação de polícia que resultou na morte de Mohamed Belkaid, suspeito de ter mantido contato telefônico constante com os terroristas de Paris. Belkaid teria sido o destinatário da mensagem "Vai começar", enviada às 21h42 de 13 de novembro, instantes antes da invasão da casa de shows Bataclan, em Paris.

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A polícia federal belga, a pedido da procuradoria, divulgou uma imagem captada pelas câmeras de segurança do aeroporto de Bruxelas, onde se vê os supostos autores dos atentados desta terça-feira.

Os três seriam membros de uma célula terrorista do EI formada por moradores ou ex-moradores de Molenbeek, o distrito de Bruxelas com maior concentração de comunidades muçulmanas. Ainda há um integrante considerado foragido: Mohamed Abrini, que teria participado da logística dos atentados na França – há imagens de circuitos internos de filmagem que mostram sua presença ao lado de Abdeslam às vésperas do crime. A polícia da Bélgica não descarta que Abrini tenha participado dos atentados de Bruxelas. 

O grupo terrorista Estado Islâmico reivindicou os atentados ainda na tarde de terça-feira, indicando que seus "combatentes" seriam os autores dos ataques. O último balanço das autoridades indica 31 mortos e 220 feridos. 

No aeroporto, testemunhas afirmam ter ouvido gritos em árabe e o gabinete do primeiro-ministro belga afirmou que investiga a possibilidade de ataque terrorista Foto: REUTERS/David Crunelle

BRUXELAS - Menos de 24 horas após os atentados de Bruxelas, a polícia da Bélgica identificou nesta quarta-feira, 23, dois dos autores dos ataques do Estado Islâmico realizados um dia antes no país. Os irmãos Khalid e Ibrahim El Bakraoui, que estavam foragidos desde a terça-feira 15 de uma operação em Forest, nas imediações da capital, foram responsáveis pelas explosões no Aeroporto Internacional de Zaventem e na estação de metrô de Maellbeek. A descoberta confirma os vínculos do ataque de ontem com os realizados em Paris em 13 de novembro.

Depois de várias informações desencontradas, a polícia belga confirmou a agências de notícias internacionais nesta quarta-feira que o terceiro homem que aparece nas imagens das câmeras de segurança do aeroporto de Bruxelas, identificado como Najim Laachraui e comandante dos ataques, é segundo homem-bomba que se explodiu no aeroporto.

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Segundo Van Leeuw, Ibrahim se explodiu no aeroporto e Khalid na estação de metrô. A emissora TF1 afirma que os irmãos realizaram os atentados em retaliação à prisão de Salah Abdeslam na sexta-feira 18. Os irmãos terroristas suicidas aparecem carregando carrinhos com bagagens na imagem registrada pelas câmaras de segurança do aeroporto momentos antes das explosões.

Laachraui, de 24 anos e cidadania belga, segundo a imprensa local, teria fabricado os explosivos usados nos ataques de Paris. A polícia chegou a emitir uma ordem de busca e captura contra Laachraui e pediu à população que desse todas as informações que tivesse sobre ele.

Um terceiro homem que participou do ataque no aeroporto fugiu e é procurado pela polícia. As fontes policiais que confirmaram a informação à agência France-Presse, já evocadas pela imprensa belga, não indicaram o que permitiu a identificação de Laachraui.

A operação desta quarta se concentrou no bairro de Schaerbeek, onde na tarde da terça 22 foi encontrada uma bomba confeccionada com parafusos, produtos químicos e uma bandeira do grupo Estado Islâmico (EI). Laachraui é suspeito não só de estar diretamente envolvido nos atentados em Bruxelas, mas também na rede que realizou os ataques de novembro em Paris, que deixaram 130 mortos.

Seu DNA foi encontrado no material explosivo utilizado na capital francesa. Os serviços secretos já estavam de olho nele, especialmente porque sabiam que ele havia viajado à Síria em fevereiro de 2013.

Em setembro, ele passou por um controle na fronteira entre a Áustria e a Hungria, no qual deu uma identidade falsa: Sufiane Kayal. Ele estava acompanhado de dois suspeitos de integrarem a rede que atacou Paris: o francês Salah Abdeslam e o argelino Mohammed Belkaïd, morto pela polícia belga três dias antes.

Recrutamento. Laachraui vivia no bairro Schaerbeek, e foi ligado às redes jihadistas em outro processo, que a justiça belga deve ditar sentença em maio. A procuradoria pediu em fevereiro 15 anos de prisão para ele por ter recrutado vários de seus amigos para o EI.

Khalid e Ibrahim El Bakraoui já tinham antecedentes policiais antes de aderirem ao EI e seriam dois dos jihadistas que prestaram apoio durante os quatro meses de fuga de Salah Abdeslam, o único dos 10 terroristas de Paris que sobreviveu e fugiu da capital francesa. Há nove dias, os dois haviam escapado da operação de polícia que resultou na morte de Mohamed Belkaid, suspeito de ter mantido contato telefônico constante com os terroristas de Paris. Belkaid teria sido o destinatário da mensagem "Vai começar", enviada às 21h42 de 13 de novembro, instantes antes da invasão da casa de shows Bataclan, em Paris.

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A polícia federal belga, a pedido da procuradoria, divulgou uma imagem captada pelas câmeras de segurança do aeroporto de Bruxelas, onde se vê os supostos autores dos atentados desta terça-feira.

Os três seriam membros de uma célula terrorista do EI formada por moradores ou ex-moradores de Molenbeek, o distrito de Bruxelas com maior concentração de comunidades muçulmanas. Ainda há um integrante considerado foragido: Mohamed Abrini, que teria participado da logística dos atentados na França – há imagens de circuitos internos de filmagem que mostram sua presença ao lado de Abdeslam às vésperas do crime. A polícia da Bélgica não descarta que Abrini tenha participado dos atentados de Bruxelas. 

O grupo terrorista Estado Islâmico reivindicou os atentados ainda na tarde de terça-feira, indicando que seus "combatentes" seriam os autores dos ataques. O último balanço das autoridades indica 31 mortos e 220 feridos. 

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BRUXELAS - Menos de 24 horas após os atentados de Bruxelas, a polícia da Bélgica identificou nesta quarta-feira, 23, dois dos autores dos ataques do Estado Islâmico realizados um dia antes no país. Os irmãos Khalid e Ibrahim El Bakraoui, que estavam foragidos desde a terça-feira 15 de uma operação em Forest, nas imediações da capital, foram responsáveis pelas explosões no Aeroporto Internacional de Zaventem e na estação de metrô de Maellbeek. A descoberta confirma os vínculos do ataque de ontem com os realizados em Paris em 13 de novembro.

Depois de várias informações desencontradas, a polícia belga confirmou a agências de notícias internacionais nesta quarta-feira que o terceiro homem que aparece nas imagens das câmeras de segurança do aeroporto de Bruxelas, identificado como Najim Laachraui e comandante dos ataques, é segundo homem-bomba que se explodiu no aeroporto.

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Mais cedo, o procurador belga, Frederic van Leeuw, havia informado que ele estava foragido, e não morto. A rede de TV RTBF chegou a divulgar a prisão de um homem e o citou como sendo Laachraui. Durante entrevista coletiva, o procurador belga não mencionou nenhuma detenção. 

Segundo Van Leeuw, Ibrahim se explodiu no aeroporto e Khalid na estação de metrô. A emissora TF1 afirma que os irmãos realizaram os atentados em retaliação à prisão de Salah Abdeslam na sexta-feira 18. Os irmãos terroristas suicidas aparecem carregando carrinhos com bagagens na imagem registrada pelas câmaras de segurança do aeroporto momentos antes das explosões.

Laachraui, de 24 anos e cidadania belga, segundo a imprensa local, teria fabricado os explosivos usados nos ataques de Paris. A polícia chegou a emitir uma ordem de busca e captura contra Laachraui e pediu à população que desse todas as informações que tivesse sobre ele.

Um terceiro homem que participou do ataque no aeroporto fugiu e é procurado pela polícia. As fontes policiais que confirmaram a informação à agência France-Presse, já evocadas pela imprensa belga, não indicaram o que permitiu a identificação de Laachraui.

A operação desta quarta se concentrou no bairro de Schaerbeek, onde na tarde da terça 22 foi encontrada uma bomba confeccionada com parafusos, produtos químicos e uma bandeira do grupo Estado Islâmico (EI). Laachraui é suspeito não só de estar diretamente envolvido nos atentados em Bruxelas, mas também na rede que realizou os ataques de novembro em Paris, que deixaram 130 mortos.

Seu DNA foi encontrado no material explosivo utilizado na capital francesa. Os serviços secretos já estavam de olho nele, especialmente porque sabiam que ele havia viajado à Síria em fevereiro de 2013.

Em setembro, ele passou por um controle na fronteira entre a Áustria e a Hungria, no qual deu uma identidade falsa: Sufiane Kayal. Ele estava acompanhado de dois suspeitos de integrarem a rede que atacou Paris: o francês Salah Abdeslam e o argelino Mohammed Belkaïd, morto pela polícia belga três dias antes.

Recrutamento. Laachraui vivia no bairro Schaerbeek, e foi ligado às redes jihadistas em outro processo, que a justiça belga deve ditar sentença em maio. A procuradoria pediu em fevereiro 15 anos de prisão para ele por ter recrutado vários de seus amigos para o EI.

Khalid e Ibrahim El Bakraoui já tinham antecedentes policiais antes de aderirem ao EI e seriam dois dos jihadistas que prestaram apoio durante os quatro meses de fuga de Salah Abdeslam, o único dos 10 terroristas de Paris que sobreviveu e fugiu da capital francesa. Há nove dias, os dois haviam escapado da operação de polícia que resultou na morte de Mohamed Belkaid, suspeito de ter mantido contato telefônico constante com os terroristas de Paris. Belkaid teria sido o destinatário da mensagem "Vai começar", enviada às 21h42 de 13 de novembro, instantes antes da invasão da casa de shows Bataclan, em Paris.

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