O órgão do governo egípcio responsável por monitorar o respeito aos direitos humanos pelas autoridades do país alertou nesta segunda-feira que a polícia e as demais forças de segurança do Egito deveriam reavaliar "medidas excessivamente cruéis" aplicadas contra manifestantes em protestos realizados recentemente no Cairo. O Conselho Nacional de Direitos Humanos emitiu uma declaração na qual manifestou sua "grande preocupação com as violações dos direitos humanos daqueles que foram detidos enquanto praticavam os direitos à livre expressão e ao protesto". De acordo com o comunicado, o órgão governamental pede "a reavaliação de medidas de segurança excessivamente cruéis aplicadas recentemente para lidar com manifestantes que exercitavam, de acordo com a lei, seu direito legítimo à liberdade de expressão". Desde abril, quando começou a mais recente onda de protestos, a polícia egípcia espancou e prendeu centenas de ativistas durante manifestações pacíficas de apoio a dois juízes reformistas punidos por revelarem fraudes nas eleições parlamentares do ano passado. Para o Conselho Nacional de Direitos Humanos, "não há contradição entre a segurança do país e a necessidade de se respeitar e garantir a segurança dos cidadãos". Formado em 2004, o Conselho Nacional de Direitos Humanos foi alvo de críticas de reformistas por causa de relatórios superficiais sobre as violações aos direitos humanos atribuídas ao governo egípcio. No ano passado, porém, o órgão criticou a campanha de intimidação ocorrida durante as eleições parlamentares.
COM 92% OFF