A polícia deteve 80 pessoas em meio aos distúrbios que abalam há três dias a capital do Timor Leste. O governo local prometeu hoje punir os responsáveis pela violência que deixou pelo menos dois mortos e dezenas de casas e prédios em ruínas, entre elas a residência do primeiro-ministro. Os conflitos em Dili são os piores no Timor Leste desde maio, quando a ex-província indonésia tornou-se um país independente, e refletem o crescente descontentamento com o governo. A maioria dos 800 mil habitantes do país é gravemente afetada pela pobreza e ganhou poucos benefícios após a conquista da independência. Líderes timorenses disseram ter formado uma comissão independente para investigar os choques desta semana. Policiais dispararam tiros para o alto para dispersar 20 pessoas que saqueavam uma loja nesta quinta-feira. Ninguém ficou ferido hoje. "As investigações durarão pouco tempo e todos os que forem considerados culpados enfrentarão a Justiça, mesmo que sejam policiais ou militares", garantiu o primeiro-ministro Mari Alkatiri. Todas as 80 pessoas detidas hoje eram civis, mas ainda não se sabia quando nem onde elas foram presas.
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