PARIS - Uma nota manuscrita de apoio ao grupo jihadista Estado Islâmico (EI) foi encontrada perto do corpo do autor do atentado na Avenida Champs-Elysées, em Paris. Na quinta-feira 20, ele matou um policial e feriu outros dois antes de ser abatido por forças de segurança francesas. Os investigadores estão analisando a prova, assim como outras encontradas dentro do carro com o qual se dirigiu ao local onde realizou o ataque, cuja autoria foi reivindicada pouco depois pelos extremistas.
Os veículos de imprensa franceses informaram nesta sexta-feira, 21, que o nome do suspeito seria Karim Cheurfi, cuja identidade os investigadores não queriam tornar pública de início, pois ainda pesquisavam sobre ele.
Identificado como um francês de 39 anos, Cheurfi foi abatido na noite de quinta-feira após matar um policial. Ele já havia sido condenado em 2005 por atirar contra dois agentes e foi detido em fevereiro por ameaças contra as forças da ordem, embora posteriormente tenha sido colocado em liberdade por falta de provas conclusivas.
Há apenas alguns meses a divisão antiterrorista da Promotoria de Paris abriu uma investigação preliminar contra ele por ameaças à Polícia, mas não por islamismo radical.
Três membros de sua família estão sendo interrogados sob detenção e diversas buscas estão sendo feitas na região de Paris, em particular na casa de sua mãe e de sua companheira, informou a rádio France Info.
No carro do agressor foram encontrados um fuzil de calibre 12, duas facas de cozinha, um secador, um Alcorão e várias notas nas quais havia endereços de delegacias de Polícia, segundo a rádio francesa.
O porta-voz do Ministério do Interior, Pierre-Henry Brandet, disse que o assassino tinha um passado na Justiça "muito carregado".
Troca de tiros em Paris deixa ao menos dois mortos
Mandado. A França emitiu um mandado de prisão contra um suposto terrorista, após informações vindas da Bélgica, o qual poderia estar envolvido no atentado em Paris, segundo Brandet. O suspeito foi apresentado nesta sexta-feira em uma delegacia de polícia da Antuérpia.
Em uma entrevista à rádio Europe 1, o porta-voz disse que é "muito cedo" para dizer se o homem "tem ou não" relação com o ocorrido no Champs-Elysées.
As buscas começaram logo depois que o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) assumiu a autoria do ataque em Paris, e o atribuiu a um de seus "combatentes", identificado por eles como o Abou Youssef al-Belgiki. / EFE