Primária da direita na França começa com disputa apertada


Mais radical do que nunca, Sarkozy enfrenta o moderado ex-premiê Alain Juppé na disputa pela indicação do partido

Por Andrei Netto CORRESPONDENTE e PARIS

O partido Republicano, o maior da oposição de direita na França, abriu ontem sua campanha primária para escolher o candidato que representará a legenda nas eleições presidenciais de abril e maio. O quadro é de incerteza: o ex-primeiro-ministro Alain Juppé, que era favorito, foi alcançado pelo ex-presidente Nicolas Sarkozy, que reduziu a distância ao adotar um discurso anti-imigração cada vez mais radical. Para o ex-chefe de Estado – que ontem prometeu desmontar o acampamento de Calais –, franceses têm gauleses como ancestrais.

Sete candidatos disputarão a nomeação nas prévias. Todos os eleitores franceses podem participar da primária, mesmo os não-membros do partido, já que a primária foi organizada para acolher também os potenciais eleitores de partidos centristas. A votação acontecerá no fim de novembro, e o objetivo do PR é encerrar 2016 fortalecido para enfrentar o crescimento da populista de extrema direita Marine Le Pen, por ora líder nas pesquisas e mais forte candidata da direita. Outro forte rival tende a ser o candidato socialista – que pode ou não ser o atual presidente, François Hollande.

Nicolas Sarkozy Foto: Denise Andrade
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De acordo com as últimas pesquisas de intenções de voto nas primárias, os favoritos na disputa interna são Alain Juppé e Sarkozy, à frente do também ex-premiê François Fillon. Segundo sondagem realizada pelo instituto Harris Interactive, Juppé continua na liderança, com 37% da preferência, mas agora empatado com Sarkozy. Em terceiro lugar aparece Fillon, com 10%, à frente do ex-ministro Bruno Le Maire, com 9%. A simulação realizada pelo instituto indica uma disputa acirrada no segundo turno, mas ainda com ligeiro favoritismo de Juppé, que venceria por 52% a 48% das intenções de voto.

Para o cientista político Frédéric Dabi, do instituto de pesquisas Ifop, Sarkozy cresce em razão de seu discurso emocional em um país traumatizado pelo terrorismo. "Mas o posicionamento mais tranquilizador de Juppé surte efeito, em especial entre eleitores de centro e esquerda e entre idosos, mais numerosos e assíduos nas urnas", entende. 

As transformações em Calais

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Foto: REUTERS/Pascal Rossignol
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Ontem, o ex-presidente deu início à sua campanha com uma visita a Calais, onde atacou a política de imigração de François Hollande. Sarkozy passou o dia na cidade e prometeu desmantelar o acampamento improvisado sem redistribuir seus moradores – que na maior parte esperam por uma oportunidade de atravessar o Canal da Mancha e chegar ao Reino Unido. A promessa contrasta com a política de Hollande, que também promete desmantelar o acampamento, mas redistribuindo seus quase 10 mil moradores em abrigos e moradias no interior da França. 

Com um discurso cada vez mais radical, Sarkozy criou polêmica nessa semana ao afirmar em um discurso que todos os franceses têm gauleses como ancestrais. Ontem, comparou imigrantes a uma deterioração. "Quando você tem danos em uma peça e você leva para outra, você resolveu o problema?", questionou. "Não, porque assim você degrada a segunda peça." 

O partido Republicano, o maior da oposição de direita na França, abriu ontem sua campanha primária para escolher o candidato que representará a legenda nas eleições presidenciais de abril e maio. O quadro é de incerteza: o ex-primeiro-ministro Alain Juppé, que era favorito, foi alcançado pelo ex-presidente Nicolas Sarkozy, que reduziu a distância ao adotar um discurso anti-imigração cada vez mais radical. Para o ex-chefe de Estado – que ontem prometeu desmontar o acampamento de Calais –, franceses têm gauleses como ancestrais.

Sete candidatos disputarão a nomeação nas prévias. Todos os eleitores franceses podem participar da primária, mesmo os não-membros do partido, já que a primária foi organizada para acolher também os potenciais eleitores de partidos centristas. A votação acontecerá no fim de novembro, e o objetivo do PR é encerrar 2016 fortalecido para enfrentar o crescimento da populista de extrema direita Marine Le Pen, por ora líder nas pesquisas e mais forte candidata da direita. Outro forte rival tende a ser o candidato socialista – que pode ou não ser o atual presidente, François Hollande.

Nicolas Sarkozy Foto: Denise Andrade

De acordo com as últimas pesquisas de intenções de voto nas primárias, os favoritos na disputa interna são Alain Juppé e Sarkozy, à frente do também ex-premiê François Fillon. Segundo sondagem realizada pelo instituto Harris Interactive, Juppé continua na liderança, com 37% da preferência, mas agora empatado com Sarkozy. Em terceiro lugar aparece Fillon, com 10%, à frente do ex-ministro Bruno Le Maire, com 9%. A simulação realizada pelo instituto indica uma disputa acirrada no segundo turno, mas ainda com ligeiro favoritismo de Juppé, que venceria por 52% a 48% das intenções de voto.

Para o cientista político Frédéric Dabi, do instituto de pesquisas Ifop, Sarkozy cresce em razão de seu discurso emocional em um país traumatizado pelo terrorismo. "Mas o posicionamento mais tranquilizador de Juppé surte efeito, em especial entre eleitores de centro e esquerda e entre idosos, mais numerosos e assíduos nas urnas", entende. 

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Ontem, o ex-presidente deu início à sua campanha com uma visita a Calais, onde atacou a política de imigração de François Hollande. Sarkozy passou o dia na cidade e prometeu desmantelar o acampamento improvisado sem redistribuir seus moradores – que na maior parte esperam por uma oportunidade de atravessar o Canal da Mancha e chegar ao Reino Unido. A promessa contrasta com a política de Hollande, que também promete desmantelar o acampamento, mas redistribuindo seus quase 10 mil moradores em abrigos e moradias no interior da França. 

Com um discurso cada vez mais radical, Sarkozy criou polêmica nessa semana ao afirmar em um discurso que todos os franceses têm gauleses como ancestrais. Ontem, comparou imigrantes a uma deterioração. "Quando você tem danos em uma peça e você leva para outra, você resolveu o problema?", questionou. "Não, porque assim você degrada a segunda peça." 

O partido Republicano, o maior da oposição de direita na França, abriu ontem sua campanha primária para escolher o candidato que representará a legenda nas eleições presidenciais de abril e maio. O quadro é de incerteza: o ex-primeiro-ministro Alain Juppé, que era favorito, foi alcançado pelo ex-presidente Nicolas Sarkozy, que reduziu a distância ao adotar um discurso anti-imigração cada vez mais radical. Para o ex-chefe de Estado – que ontem prometeu desmontar o acampamento de Calais –, franceses têm gauleses como ancestrais.

Sete candidatos disputarão a nomeação nas prévias. Todos os eleitores franceses podem participar da primária, mesmo os não-membros do partido, já que a primária foi organizada para acolher também os potenciais eleitores de partidos centristas. A votação acontecerá no fim de novembro, e o objetivo do PR é encerrar 2016 fortalecido para enfrentar o crescimento da populista de extrema direita Marine Le Pen, por ora líder nas pesquisas e mais forte candidata da direita. Outro forte rival tende a ser o candidato socialista – que pode ou não ser o atual presidente, François Hollande.

Nicolas Sarkozy Foto: Denise Andrade

De acordo com as últimas pesquisas de intenções de voto nas primárias, os favoritos na disputa interna são Alain Juppé e Sarkozy, à frente do também ex-premiê François Fillon. Segundo sondagem realizada pelo instituto Harris Interactive, Juppé continua na liderança, com 37% da preferência, mas agora empatado com Sarkozy. Em terceiro lugar aparece Fillon, com 10%, à frente do ex-ministro Bruno Le Maire, com 9%. A simulação realizada pelo instituto indica uma disputa acirrada no segundo turno, mas ainda com ligeiro favoritismo de Juppé, que venceria por 52% a 48% das intenções de voto.

Para o cientista político Frédéric Dabi, do instituto de pesquisas Ifop, Sarkozy cresce em razão de seu discurso emocional em um país traumatizado pelo terrorismo. "Mas o posicionamento mais tranquilizador de Juppé surte efeito, em especial entre eleitores de centro e esquerda e entre idosos, mais numerosos e assíduos nas urnas", entende. 

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Ontem, o ex-presidente deu início à sua campanha com uma visita a Calais, onde atacou a política de imigração de François Hollande. Sarkozy passou o dia na cidade e prometeu desmantelar o acampamento improvisado sem redistribuir seus moradores – que na maior parte esperam por uma oportunidade de atravessar o Canal da Mancha e chegar ao Reino Unido. A promessa contrasta com a política de Hollande, que também promete desmantelar o acampamento, mas redistribuindo seus quase 10 mil moradores em abrigos e moradias no interior da França. 

Com um discurso cada vez mais radical, Sarkozy criou polêmica nessa semana ao afirmar em um discurso que todos os franceses têm gauleses como ancestrais. Ontem, comparou imigrantes a uma deterioração. "Quando você tem danos em uma peça e você leva para outra, você resolveu o problema?", questionou. "Não, porque assim você degrada a segunda peça." 

O partido Republicano, o maior da oposição de direita na França, abriu ontem sua campanha primária para escolher o candidato que representará a legenda nas eleições presidenciais de abril e maio. O quadro é de incerteza: o ex-primeiro-ministro Alain Juppé, que era favorito, foi alcançado pelo ex-presidente Nicolas Sarkozy, que reduziu a distância ao adotar um discurso anti-imigração cada vez mais radical. Para o ex-chefe de Estado – que ontem prometeu desmontar o acampamento de Calais –, franceses têm gauleses como ancestrais.

Sete candidatos disputarão a nomeação nas prévias. Todos os eleitores franceses podem participar da primária, mesmo os não-membros do partido, já que a primária foi organizada para acolher também os potenciais eleitores de partidos centristas. A votação acontecerá no fim de novembro, e o objetivo do PR é encerrar 2016 fortalecido para enfrentar o crescimento da populista de extrema direita Marine Le Pen, por ora líder nas pesquisas e mais forte candidata da direita. Outro forte rival tende a ser o candidato socialista – que pode ou não ser o atual presidente, François Hollande.

Nicolas Sarkozy Foto: Denise Andrade

De acordo com as últimas pesquisas de intenções de voto nas primárias, os favoritos na disputa interna são Alain Juppé e Sarkozy, à frente do também ex-premiê François Fillon. Segundo sondagem realizada pelo instituto Harris Interactive, Juppé continua na liderança, com 37% da preferência, mas agora empatado com Sarkozy. Em terceiro lugar aparece Fillon, com 10%, à frente do ex-ministro Bruno Le Maire, com 9%. A simulação realizada pelo instituto indica uma disputa acirrada no segundo turno, mas ainda com ligeiro favoritismo de Juppé, que venceria por 52% a 48% das intenções de voto.

Para o cientista político Frédéric Dabi, do instituto de pesquisas Ifop, Sarkozy cresce em razão de seu discurso emocional em um país traumatizado pelo terrorismo. "Mas o posicionamento mais tranquilizador de Juppé surte efeito, em especial entre eleitores de centro e esquerda e entre idosos, mais numerosos e assíduos nas urnas", entende. 

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Ontem, o ex-presidente deu início à sua campanha com uma visita a Calais, onde atacou a política de imigração de François Hollande. Sarkozy passou o dia na cidade e prometeu desmantelar o acampamento improvisado sem redistribuir seus moradores – que na maior parte esperam por uma oportunidade de atravessar o Canal da Mancha e chegar ao Reino Unido. A promessa contrasta com a política de Hollande, que também promete desmantelar o acampamento, mas redistribuindo seus quase 10 mil moradores em abrigos e moradias no interior da França. 

Com um discurso cada vez mais radical, Sarkozy criou polêmica nessa semana ao afirmar em um discurso que todos os franceses têm gauleses como ancestrais. Ontem, comparou imigrantes a uma deterioração. "Quando você tem danos em uma peça e você leva para outra, você resolveu o problema?", questionou. "Não, porque assim você degrada a segunda peça." 

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